A ANÁLISE
ECONÔMICA CAUSAS E EFEITOS: RESTRITA, AMPLA, CURTO PRAZO E LONGO PRAZO, NO
PRIMEIRO MOMENTO E SEGUINTES, ESTÁTICA E DINÂMICA.
O ensino da economia
nas escolas inicia pela análise estática, restrita, efeitos no CP e no primeiro
momento. Estes conhecimentos permitem que ampliemos as análises para ampla, CP
e LP, dinâmica, no primeiro momento e seguintes, o lado do débito e do crédito.
As análises dos
efeitos estáticos, no CP, no primeiro momento e restritos dominavam as mídias (inclusive
artigos de economistas). As críticas às taxas básicas (Selic) fixadas pelo BC incorriam
no erro de analisarem os efeitos apenas no CP e no primeiro momento. A Selic (taxa
básica de curtíssimo prazo), aumentada (fixada) tem o efeito de subir os juros
de mercado de curto prazo, para que mudem as expectativas do processo inflacionário
de ascendente para descente para que as taxas de juros nominais de mercado de LP
caiam. Para conseguir mudar as expectativas do mercado o BC e quem tem poder
sobre ele tem que ter os mesmos conhecimentos e falas para que os efeitos do
aumento da taxa básica consigam influenciar a queda das taxas nominais de
mercado de LP no momento a seguir. Se a credibilidade do BC e das autoridades
governamentais com poderes de influenciar a política monetária forem positivas
os efeitos ocorrerão mais rapidamente. Exemplo: se a Selic está fixada em 10% e
a adequada ao momento seria 14%, um aumento 0,75% (política gradualista) terá
mais efeitos se as autoridades monetárias tiverem credibilidade. Se as
autoridades monetárias não tiverem credibilidade a política monetária terá que
ser de choque ao invés de gradualista. Os escritos de economistas que se
denominavam keynesianos, de jornalistas de economia, entrevistas de presidentes
de federações e presidentes da república sem convicções nos conhecimentos de
política monetária, criticando os necessários aumentos da Selic sempre
atrapalharam os BCs, reduzindo a sua credibilidade.
EFEITOS DO
AUMENTO DAS IMPORTAÇÕES E MUDANÇA DO SALDO DA BALANÇA COMERCIAL DE POSITIVO
PARA NEGATIVO.
O saldo da balança
comercial entra somando no PIB se for positivo e reduzindo se for negativo. Mas
isto é uma análise restrita (reducionista). O correto é fazer uma análise ampla
dos efeitos das importações no PIB. A mídia especializada e artigos sempre se
referem a saldos negativos (ou aumento das importações) da balança comercial
como contribuição negativa no PIB. Em uma análise estática sim, mas em uma
análise ampla nem sempre são. Vejamos: PIB = C + I + G + E – M (onde C =
consumo, I = investimentos, G = gastos do governo, E = exportações e I = importações). Se as importações aumentarem e o saldo da balança comercial reduzir
ou ficar negativo entrará no cálculo do PIB reduzindo isto em uma análise
estática, restrita, mas devemos considerar que os efeitos também (análise ampla,
dinâmica) no C (consumo) e no I (investimentos) que entram aumentando. O
aumento do C e do I compensam o efeito negativo do aumento das importações. É o
débito e o crédito. E o aumento das importações no I (investimentos)
influenciará a capacidade produtiva do país em um momento a seguir (análise
dinâmica).
Na economia
devemos definir as causas (e a principal) e os efeitos (o principal).
Na política
monetária: comparar a taxa básica adequada com a taxa básica fixada e a diferença
(se alta ou baixa). Uma taxa básica alta, mas menor que a adequada só terá
efeito se o BC tiver credibilidade e anunciar uma política gradual de aumentos.
Se o BC não tiver credibilidade no mercado a política terá que ser de choque,
fazer o aumento necessário de uma ou duas vezes. O BC terá credibilidade se for
considerado competente e com apoio político.
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