sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

A ANÁLISE ECONÔMICA CAUSAS E EFEITOS: RESTRITA, AMPLA, CURTO PRAZO E LONGO PRAZO, NO PRIMEIRO MOMENTO E SEGUINTES, ESTÁTICA E DINÂMICA.

 

A ANÁLISE ECONÔMICA CAUSAS E EFEITOS: RESTRITA, AMPLA, CURTO PRAZO E LONGO PRAZO, NO PRIMEIRO MOMENTO E SEGUINTES, ESTÁTICA E DINÂMICA.

O ensino da economia nas escolas inicia pela análise estática, restrita, efeitos no CP e no primeiro momento. Estes conhecimentos permitem que ampliemos as análises para ampla, CP e LP, dinâmica, no primeiro momento e seguintes, o lado do débito e do crédito.

As análises dos efeitos estáticos, no CP, no primeiro momento e restritos dominavam as mídias (inclusive artigos de economistas). As críticas às taxas básicas (Selic) fixadas pelo BC incorriam no erro de analisarem os efeitos apenas no CP e no primeiro momento. A Selic (taxa básica de curtíssimo prazo), aumentada (fixada) tem o efeito de subir os juros de mercado de curto prazo, para que mudem as expectativas do processo inflacionário de ascendente para descente para que as taxas de juros nominais de mercado de LP caiam. Para conseguir mudar as expectativas do mercado o BC e quem tem poder sobre ele tem que ter os mesmos conhecimentos e falas para que os efeitos do aumento da taxa básica consigam influenciar a queda das taxas nominais de mercado de LP no momento a seguir. Se a credibilidade do BC e das autoridades governamentais com poderes de influenciar a política monetária forem positivas os efeitos ocorrerão mais rapidamente. Exemplo: se a Selic está fixada em 10% e a adequada ao momento seria 14%, um aumento 0,75% (política gradualista) terá mais efeitos se as autoridades monetárias tiverem credibilidade. Se as autoridades monetárias não tiverem credibilidade a política monetária terá que ser de choque ao invés de gradualista. Os escritos de economistas que se denominavam keynesianos, de jornalistas de economia, entrevistas de presidentes de federações e presidentes da república sem convicções nos conhecimentos de política monetária, criticando os necessários aumentos da Selic sempre atrapalharam os BCs, reduzindo a sua credibilidade.  

EFEITOS DO AUMENTO DAS IMPORTAÇÕES E MUDANÇA DO SALDO DA BALANÇA COMERCIAL DE POSITIVO PARA NEGATIVO.

O saldo da balança comercial entra somando no PIB se for positivo e reduzindo se for negativo. Mas isto é uma análise restrita (reducionista). O correto é fazer uma análise ampla dos efeitos das importações no PIB. A mídia especializada e artigos sempre se referem a saldos negativos (ou aumento das importações) da balança comercial como contribuição negativa no PIB. Em uma análise estática sim, mas em uma análise ampla nem sempre são. Vejamos: PIB = C + I + G + E – M (onde C = consumo, I = investimentos, G = gastos do governo, E = exportações e I = importações). Se as importações aumentarem e o saldo da balança comercial reduzir ou ficar negativo entrará no cálculo do PIB reduzindo isto em uma análise estática, restrita, mas devemos considerar que os efeitos também (análise ampla, dinâmica) no C (consumo) e no I (investimentos) que entram aumentando. O aumento do C e do I compensam o efeito negativo do aumento das importações. É o débito e o crédito. E o aumento das importações no I (investimentos) influenciará a capacidade produtiva do país em um momento a seguir (análise dinâmica).

Na economia devemos definir as causas (e a principal) e os efeitos (o principal).

Na política monetária: comparar a taxa básica adequada com a taxa básica fixada e a diferença (se alta ou baixa). Uma taxa básica alta, mas menor que a adequada só terá efeito se o BC tiver credibilidade e anunciar uma política gradual de aumentos. Se o BC não tiver credibilidade no mercado a política terá que ser de choque, fazer o aumento necessário de uma ou duas vezes. O BC terá credibilidade se for considerado competente e com apoio político.

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