O BRASIL CORRE RISCO DE ENTRAR EM DOMINÂNCIA FISCAL?
Apenas se o Presidente da República e o PT continuarem a
agredir o saber econômico consolidado (sabotando o próprio governo) e aceito
pelo mercado e o mundo civilizado em política monetária e fiscal, criticando a
Selic (taxa básica de juros) e defendendo gastos públicos improdutivos como se
fossem investimentos.
Política fiscal: o Brasil tem uma dívida pública
considerada alta, mas financiável com taxa Selic adequada e superávit primário
(saldo antes dos juros), mantendo um déficit nominal (após juros) decrescente.
Política monetária: o mercado precisa receber mensagens (do
governo e da autoridade monetária) que proporcionem credibilidade,
confiança e segurança aos capitais. Se o
governo (leigos em política monetária) ficar mandando mensagens ao mercado de
que a taxa básica está alta (acima da adequada), mesmo com a inflação subindo,
criticando os profissionais do BC, ele passa insegurança ao mercado. Efeitos: a
necessidade de taxa básica sobe, a inflação sobe e pode ocorrer fuga de
capitais para o dólar por causa da desvalorização da moeda pátria. É o governo
sabotando a política monetária e fiscal (sabotando o próprio governo),
desacreditando os esforços do Ministro da Fazenda e do BC. A necessidade de
taxa básica sobe, o dólar sobe e provoca mais fugas de capitais. O BC tem que
entrar vendendo dólares à vista e no mercado futuro (demonstrando confiança e
tentando passar segurança no real). EXISTIA RISCO DE DOMINÂNCIA FISCAL? Perto
de zero. E agora existe? O BC e o Ministro da Fazenda têm condições de reverter
o risco de dominância fiscal? Sim se o presidente e o PT pararem de sabotar a
política fiscal e monetária. Passarem segurança ao mercado. É isto.
DOMINÂNCIA FISCAL: ocorre quando a taxa básica (Selic) perde poder para reverter um processo inflacionário de ascendente para descendente. Neste caso a solução é através da política fiscal. A política monetária atua como complementar. Um superávit fiscal primário com déficit nominal tem como efeito aumento da dívida do TN. Uma política monetária preventiva passa credibilidade para o mercado e impede a dominância fiscal. O Brasil tem a vantagem de ter reservas altas, dívida interna do TN (tesouro nacional) em moeda nacional e facilidade se captação.
No cenário de Dominância Fiscal o TN tem dificuldades de
financiar o déficit público e rolar a dívida. O custo financeiro sobe. Os
prêmios exigidos sobem muito acima do razoável.
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