AS DIFERENÇAS SOBRE
OS ENTENDIMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA (FISCAL, MONETÁRIA, CAMBIAL,
EXTERNA) ENTRE OS ECONOMISTAS DA DIREITA (liberais) E DA ESQUERDA (socialistas
ou keynesianos) NO BRASIL.
POLÍTICA
FISCAL: a esquerda keynesiana defendia (defende?) que gastos (investimentos ou correntes)
produtivos e improdutivos faziam crescimento (não diferenciavam sustentados de
não sustentados, inflacionários de não inflacionários). Chamavam a política
fiscal da direita de austeridade contracionista.
A direita (liberais
monetaristas) defendia (defende) que a política fiscal deve ser responsável,
respeitar limites que não levem a déficits insustentáveis (dívida pública,
processo inflacionário, câmbio e risco de moratória externa). Denominam de
expansionista responsável, contracionista para evitar crises fiscais, da
dívida, aumentos de juros, desvalorização cambial e risco de moratória.
POLÍTICA MONETÁRIA:
a esquerda defendia (defende?) a tese keynesiana de juro básico sempre mais
baixos (não explicavam o quanto). Não entendiam com clareza a relação causa e efeito
do juro básico com o processo inflacionário (expectativas de inflação), com os
juros nominais de mercado de longo prazo, não conheciam os efeitos nas curvas
de juros, no equilíbrio da velocidade de crescimento da demanda global com a
capacidade de crescimento da oferta (capacidade produtiva, PIB potencial), do
risco cambial, o crescimento da demanda interna consumia a produção interna, reduzia
exportações e aumentava importações. Não entendiam as diferenças entre as relações
econômicas estáticas e dinâmicas (a evolução no tempo).
A direita
defendia e defende a política monetária que mantém o poder de compra da moeda
(impede agravamento de processo inflacionário, desvalorização cambial e risco
de crise com moratória). Defende a taxa básica como principal ferramenta de
controle inflacionário e equilíbrio geral da economia (juntamente com a
política fiscal). Defende o tripé macroeconômico responsabilidade fiscal, taxa
básica adequada (meta de inflação) e câmbio flutuante. Esta é a política consolidada e aceita por
todos os BCs do mundo.
A POLÍTICA MONETÁRIA DEPENDE DE:
a) Se a carga tributária está acima ou abaixo da capacidade contributiva
da população;
b) Se a dívida externa está em nível gerenciável (baixa ou alta).
Reservas internacionais;
c) Se a dívida interna está em nível considerado alto ou baixo;
d) Se a política fiscal está expansionista ou contracionista;
e) Se existe memória inflacionária que afeta expectativas;
f) Se o país já decretou moratória (quantas vezes);
g) Se as autoridades monetárias são consideradas competentes;
h) Se o governo é considerado populista ou da linha responsável;
i) Conjuntura externa dos USA (dólar), EURO, CHINA e outros.
DEPENDENDO DA ANÁLISE DAS HIPÓTESES ACIMA A POLÍTICA MONETÁRIA PODERÁ
SER:
a) Taxa Básica ser fixada em um nível considerado adequado (taxa neutra
ou de equilíbrio);
b) Taxa Básica acima da taxa adequada (neutra) para evitar agravamento
de processo inflacionário ou crise cambial;
c) Taxa Básica abaixo da taxa adequada (neutra) para evitar contração
das atividades com conjuntura não inflacionária (ou deflacionária).
O QUE É PIOR DO QUE A INFLAÇÃO? A DEFLAÇÃO.
Uma Taxa Básica fixada abaixo da adequada terá como efeitos: expectativa
de agravamento do processo inflacionário, volatilidade cambial, aumento das
taxas de juros nominais de mercado de longo prazo.
POLÍTICAS
FISCAL E CAMBIAL: a política cambial é reflexo da política fiscal e monetária.
A política externa pode ser a liberal (não significa portas escancaradas com o exterior,
mas abertas a negociações). Importações de tecnologias e maquinários avançados
devem ser facilitadas. Não se deve dificultar importações de bebidas de
qualidade, para desestimular falsificações e o povo ser exposto a bebidas de
qualidade inferior. O CÂMBIO FLUTUANTE É O MILAGRE QUE IMPEDE CRISE EXTERNA
(CAMBIAL). Importações de maquinários, tecnologias e partes destinadas a exportações
não devem ser dificultadas. O erro na política monetária, fixar taxa básica abaixo
da necessária, se prolongado, pode causar crise externa e moratória.
FELIZMENTE AS
AGRESSÕES AO SABER DE POLÍTICA ECONÔMICA JÁ CONSOLIDADO NO MUNDO DESENVOLVIDO
DEIXARAM DE SER NOTCIADAS NAS MÍDIAS ESPECAILIZADAS (Lula e o presidente da
FIESP tiveram uma recaída, mas calaram-se, devem ter sido advertidos do risco
que o governo corria). Mas uma parte da taxa básica se deve a falas leigas do
presidente. 10/2025
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