segunda-feira, 23 de julho de 2012

AGREGADOS FINANCEIROS X SELIC X PIB X INFLAÇÃO


AGREGADOS FINANCEIROS X SELIC X  PIB X INFLAÇÃO (atualizado até 07/2012)

OPERAÇÕES DE CRÉDITO DO SISTEMA FINANCEIRO (BRASIL).

ANO
TOTAL
VAR. %
i real
PIB
IPCA
IGPM
META
12
meses
Ano
2007
936
x
x
1,706
5,4
4,46
7,75
4,5
2008
1228
31,14
31,14
0,174
5,1
5,9
9,81
4,5
2009
1414
15,22
15,22
9,624
-0,6
4,31
-1,72
4,5
2010
1705
20,57
20,57
-3,52
7,5
5,91
11,32
4,5
2011
2030
19,02
19,02
4,18
2,6
6,50
5,10
4,5
06/2012
2167
17,9
6,8
0,482
x
2,32
3,19
2,22
07/2012
x
x
x
-0,33
x
2,76
4,57
2,628
FONTE BCB e MAGECONOMIA. i real = CDI – IRRF – IGPM. Em vermelho acima da meta.
Data
M1
Meio
de pag.
M3
%
ano
M4
%  
ano
12/2010
281876
2549739
x
3040495
16,7
12/2011
285377
3030280
18,85
3550253
16,8
06/2012
263920
3282583
8,32
3838018
8,10
Fonte: Conjuntura. M2 = M1 + dep. Investimentos + poupança; M3 = M2 + fundos investimentos + operações compromissadas; M4 = M3 + títulos federais Selic.

COMPARAÇÃO SELIC X DI 360 X IGPM X IPCA
Índices mensais anualizados
2011
IGPM
DI 360
SELIC
IPCA
i real
jan./11
9,99
12,44
E11,25
10,43
-1,23
Fev.
12,68
12,62
E11,25
10,04
-4,01
Mar.
7,7
12,29
E11,75
9,90
1,40
Abr.
5,54
12,58
E12
9,64
2,08
Mai.
5,28
12,45
E12
5,79
4,31
Jun.
-2,18
12,65
E12,25
1,81
11,89
Jul.
-1,5
12,58
E12,5
1,94
11,37
Ago.
5,41
11,22
C12
4,53
5,11
Set.
8,08
10,39
C12
6,55
1,23
Out.
6,55
10,3
C11,5
5,28
2,11
Nov.
6,17
9,66
C11,5
6,42
2,28
Dez./11
-1,45
10,04
C11
6,17
10,56

COMPARAÇÃO SELIC X DI 360 X IGPM X IPCA
Índices mensais anualizados
2012
IGPM
DI 360
SELIC
IPCA
i real
jan.12
3,04
9,55
C10,5
6,93
5,69
Fev.
-0,77
9,41
C10,5
5,53
8,11
Mar.
5,28
8,96
C9,75
2,55
2,65
Abr.
10,69
8,33
C9,0
7,96
-3,54
Mai.
12,95
7,93
C8,5
4,41
-5,36
Jun.
8,21
7,57
C8,5
0,96
-1,79
Jul.
 17,32
 P7,45
 C8,0
5,2838
-10,77
SELIC MENOR DO QUE DI 360 = POL. MONET. EXPANSIONISTA (E), MAIOR = CONTRACIONISTA (C). O ambiente interno e externo, a tendência da inflação, a conjuntura, as taxas de juros de mercado, as expectativas (positivas, neutras, negativas) é que definem que selic adotar. Selic inadequadamente baixa faz as expectativas de inflação subir. Taxas de juros negativas para os poupadores provocam fuga da moeda como reserva de valor (ABRIL, MAIO, JUNHO E JULHO FORAM NEGATIVAS). Os agentes procuram ativos que não moeda (imóveis, etc.) podendo provocar bolhas e crises (dependendo do tempo). Com taxas de juro real ex-post negativas durante 4 meses seguidos, cair a selic novamente é demagogia eleitoral irresponsável. Isto afasta investimentos do país, amedronta a todos, torna o ambiente inseguro, volátil e dificulta planejamentos de longo prazo. As autoridades monetárias ficam desacreditadas (o pior que pode acontecer). O MF é fator de insegurança, não consegue passar credibilidade (é instável). .

ACUMULADOS 2012: EM VERMELHO ACIMA DA META.
ACUMULADOS 2012: ÍNDICES E META DE INFLAÇÃO
2012
ACUM.
ATÉ
META
IPC
IGP
INCC
10
IPP
IPA DI
IPCA
IPC 10
IPC M
IPC DI
IGP 10
IGP M
IGP DI
IPA M
Prod. ind.
Prod. agrop.
ABR.
1,4780
1,87
2,288
2,29
2,288
1,089
1,47
1,95
1,05
2,003
1,64
1,22
3,37
MAI.
1,8509
2,24
2,81
2,79
2,72
2,11
2,51
2,89
2,24
2,88
3,32
2,22
4,07
JUN.
2,2252
2,32
3,15
2,96
2,83
2,86
3,19
3,59
2,99
4,60 
4,53
3,10
5,10
JUL.
2,6283
2,76
3,34
3,22
3,06
3,84
4,57
5,16
4,85
5,48
x
4,11
10,68
OBS: em vermelho acima da meta.
Com todos os acumulados de inflação acima da meta, considerando que as atividades no segundo semestre deverão aumentar, podendo influenciar os índices de inflação mais ainda, com o IPP (Índice de preços ao produtor) acumulado de jul. 103,5% acima da meta,  o risco de descontrole da inflação no segundo semestre é muito grande. O IPA M de jul. está 84,52% acima da meta (estes preços serão repassados aos IPCs). Todos sabem que não existe crescimento sustentado com descontrole da inflação, é demagogia (eleitoral).    

domingo, 15 de julho de 2012

LIBERALISMO X NACIONAL-DESENVOLVIMENTISMO (NORMAS).


LIBERALISMO X NACIONAL-DESENVOLVIMENTISMO (NORMAS).

O PENSAMENTO LIBERAL DEFENDE NORMAS PARA LIMITAR O PODER DISCRICIONÁRIO DAS AUTORIDADES (o poder deve ser das leis e não das autoridades), DO MAIS FORTE SOBRE O MAIS FRACO, PARA DEFENDER A CONCORRÊNCIA (já que não existe liberalismo sem concorrência), E QUE SIMPLIFIQUEM AS NEGOCIAÇÕES (as normas não devem dificultar as partes de negociarem entre si) E OS MERCADOS. PODEMOS DIZER QUE DEFENDE REGRAS DO JOGO PRÉ-ESTABELECIDAS QUE PROPORCIONEM UM AMBIENTE DE SEGURANÇA FAVORÁVEL PARA OS INVESTIDORES (que facilitem o planejamento  de LP). 
AS NORMAS NÃO DEVEM PERMITIR A CRIAÇÃO DE DIFICULDADES PARA EVITAR A VENDA DE FACILIDADES. 

O SISTEMA DE PREÇOS É O DE MERCADO. 
CLARO QUE OS LIBERAIS DEFENDEM NORMAS PRUDENCIAIS E AUDITORIAS RIGOROSAS NA GESTÃO DOS GASTOS PÚBLICOS. 
DEFENDEM TAMBÉM A MENOR PRESENÇA DO ESTADO E A MAIOR QUANDO NECESSÁRIA. 
CONSIDERA QUE UMA RELAÇÃO GASTOS PÚBLICOS IMPRODUTIVOS / PRODUTIVOS MUITO ALTA É NEGATIVA AO CRESCIMENTO ECONÔMICO. 
Consideram que a maior presença estatal aumenta a corrupção. O estado deve ser mínimo para que sua atuação seja efetiva no necessário.  

O NACIONAL-DESENVOLVIMENTISMO (KEYNESIANOS) DEFENDE NORMAS QUE AUMENTEM O PODER DISCRICIONÁRIO DAS AUTORIDADES (na prática os excessos burocráticos facilitam a venda de facilidades), A MAIOR PRESENÇA ESTATAL, MONOPÓLIOS ESTATAIS E PREÇOS TABELADOS,  CONSIDERA OS GASTOS PÚBLICOS IMPRODUTIVOS BENÉFICOS AO CRESCIMENTO ECONÔMICO. 

sábado, 30 de junho de 2012

EFEITOS DA SELIC NA DÍVIDA DO TN (A VERDADE).



EFEITOS DA SELIC NA DÍVIDA DO TN (A VERDADE).
Sabemos que uma selic inadequadamente baixa em uma conjuntura com expectativas estáveis ou positivas provocará um crescimento no processo inflacionário (e nos índices inflacionários). Em uma conjuntura com expectativas negativas (recessiva) a taxa básica inadequadamente baixa, sozinha, não consegue mudar as expectativas para positivas. 
DÍVIDA PÚBLICA MOBILIÁRIA INTERNA DO TN
MÊS/ANO PRÉ % SELIC % ÍNDICES % V. C. % TR % TOTAL % s/ ano
anterior
DEZ./2007 456,97 37,13 409,02 33,39 321,65 26,26 11,61 0,95 25,62 2,09 1224,87 12,059
DEZ./2008 407,16 32,19 453,13 35,83 371,13 29,34 13,45 1,06 19,94 1,58 1264,82 15,667
DEZ./2009 471,48 33,71 500,22 35,77 400,15 28,16 9,84 0,70 16,72 1,20 1398,42 10,562
DEZ./2010 608,35 37,93 521,71 32,53 451,30 28,14 9,17 0,57 13,40 0,84 1603,94 14,69
DEZ./2011 682,63 38,28 562,44 31,54 527,78 29,6 10,22 0,57 0 0 1783,06 11,167
MAI./2012 719,25 39,24 495,39 27,02 607,72 33,15 10,77 0,59 0 0 1833,12 2,804
EFEITOS DA POLÍTICA MONETÁRIA NA DÍVIDA PÚBLICA MOBILIÁRIA FEDERAL INTERNA (DPMFI).
POLÍTICA MON. FROUXA (a queda artificial da selic provoca inflação):
a) AUMENTA AS TAXAS DE JUROS PRÉ DE LONGO PRAZO (a curva de juros de mercado fica positivamente mais inclinada) E O CUSTO DE NOVAS CAPTAÇÕES;
b) REDUZ O PRAZO DE NOVAS CAPTAÇÕES;
c)  O TN NÃO CONSEGUE FAZER NOVAS CAPTAÇÕES SELIC (só com deságios desaconselháveis);
d) O CUSTO DE CARREGAMENTO DO ESTOQUE DA DÍVIDA CORRIGIDA POR ÍNDICES AUMENTA (o risco de inflação inercial volta).
POLÍTICA MONETÁRIA CORRETA (condição para crescimento sustentado):
a) AS TAXAS DE JUROS DE LONGO PRAZO CAEM (a curva reduz a inclinação positiva podendo até ficar negativa, descendente), REDUZINDO O CUSTO DE CAPTAÇÃO E FACILITANDO O ALONGAMENTO DA DÍVIDA;
b) O ALONGAMENTO DA DÍVIDA  REDUZ OS VALORES A SEREM REFINANCIADOS (facilitando as captações pelo TN) PERMITINDO REDUÇÃO DE TAXAS;
c) OS ÍNDICES DE INFLAÇÃO CAEM (CONSEQÜENTEMENTE A SELIC) REDUZINDO O CUSTO (SUSTENTADO) DE CARREGAMENTO DO ESTOQUE DA DÍVIDA.  

IGPM - IPCA X META DE INFLAÇÃO
  JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. TOTAL Meta acum.
até mês
IGPM/2011 0,79 1,00 0,62 0,45 0,43 0,18 -0,12 0,44 0,55 0,53 0,50 -0,12 5,10 4,50
IGPM/2012 0,25 -0,06 0,43 0,85 1,02 0,66 x x x x x x 3,19 2,225
IPCA/2011 0,83 0,80 0,79 0,77 0,47 0,15 0,16 0,37 0,53 0,43 0,52, 0,50 6,50 4,50
IPCA/2012 0,56 0,45 0,21 0,64 0,36 0,08 x x x x x x 2,32 2,225
COMENTÁRIOS: a queda da selic foi o principal fator do aumento do IGPM.
CUSTO MÉDIO DA DPF (Fonte TN).
  Custo médio mensal Custo Médio 12 meses
Dez./09 Dez. /10 DEZ./11 MAI./12 Dez./09 Dez./10 DEZ./11 MAI./12
LFT Selic 8,66 10,66 11,90 8,87 9,96 9,78 11,62 11,03
LTN pré (i venc.) 11,23 11,33 12,35 11,72 11,72 11,06 11,96 12,13
NTN B IPCA 12,17 14,64 13,76 12,67 12,34 13,59 13,76 12,13
NTN C IGPM 6,58 18,40 18,68 23,43 7,82 22,17 15,40 14,59
NTN F pré (i sem.) 12,66 12,52 12,58 12,19 12,64 12,49 12,52 12,51
DPF externa -0,72 -13,45  52,58 107,79 -13,01 6,42 20,29 32,19
ANALISANDO AS TABELAS ACIMA CONSTATAMOS:
a) em maio/2012 a parte da dívida corrigida por Índices representava 33% do total (R$607 bilhões);
b) a parte corrigida por Selic representava 27% (R$495 bilhões);
c) o custo da dívida corrigida por IGPM em maio/12 foi de 23,43%; da parte corrigida por IPCA foi de 12,67%; da parte corrigida por Selic foi 8,87%;
d) o menor custo para o TN sempre foi a Selic;
e) os bancos fazem a maior parte de suas captações em CDI (semelhante à selic), e emprestam em taxas fixas ou por índices, portanto é argumento leigo ou embotado falar que trabalham a favor do aumento da Selic (semelhante ao CDI).