terça-feira, 10 de março de 2015

CARGA TRIBUTÁRIA SOBRE O SALÁRIO

UM TRABALHADOR DA INICIATIVA PRIVADA COM SALÁRIO DE R$ 4.663,75 MENSAIS (teto do INSS), PAGA, DIRETA (11%) OU ATRAVÉS DO EMPREGADOR (20%), O A SEGUIR:
1) PARA O INSS R$ (31%) 1.539,03;
2) PARA O SEGURO DO INSS (2%) = R$ 93,27;
3) PARA O IR (27,5% - R$ 826,15) = R$ 456,38;
4) A CARGA DO TRABALHADOR É = R$ 2.088,68 = 44,78%.
ALÉM DISTO: SEU FGTS RENDE 3% DE JUROS a.a (a taxa básica selic é 12,75%). A PERDA EM 35 ANOS (420 meses) É DE : 
R$ 100,00 à taxa de 1% a.m renderia em 35 anos R$ 643,00.
À taxa de 3% a.a (0,25% a.m) renderia R$ 74,00. 
A perda do trabalhador é de 88,5%, do valor correto a receber (recebe-se apenas 11,5% do correto).
SALÁRIO ACIMA DO TETO: A EMPRESA É OBRIGADA A RECOLHER 20% SOBRE O VALOR PAGO (que não beneficia o trabalhador diretamente em nada).
E O PT PARTIDO QUE SE DIZ DOS TRABALHADORES, HÁ 12 ANOS NO PODER, REDUZIU OS JUROS DO FGTS DE 6% PARA 3% a.a.
MAGECONOMIA resumo atualizado de escrito de 1994.

terça-feira, 3 de março de 2015

A RELAÇÃO DÉFICIT PÚBLICO X TAXA BÁSICA DE JUROS X CRESCIMENTO ECONÔMICO E AS LINHAS DE PENSAMENTO ECONÔMICO.

A RELAÇÃO DÉFICIT PÚBLICO X TAXA BÁSICA DE JUROS X CRESCIMENTO ECONÔMICO E AS LINHAS DE PENSAMENTO ECONÔMICO.

Existem duas linhas de pensamento econômico antagônicas a respeito: a liberal monetarista (clássica) e a heterodoxa (nacional desenvolvimentista ou keynesiana desvirtuada).

A LIBERAL MONETARISTA DEFENDE: a estabilidade da moeda como condição necessária, mas não o suficiente, ao crescimento sustentado, a menor presença estatal possível, a maior quando necessária (o estado deve limitar-se às funções de estado, às estratégicas de defesa, às deficiências ocasionais da iniciativa privada e a estabelecer as regras do jogo justas e adequadas à vida econômica). A moeda deve crescer tendo por limites o PIB potencial e sem surpresas ou desvios, o crescimento deve ser constante e conhecido por todos (é um limite ao poder discricionário dos governos). Defende normas que limitem o poder discricionário das autoridades, o poder deve ser da lei e não das autoridades. Os gastos públicos improdutivos (atividades meio) devem ser o menor possível para não provocar queda do PIB. É contra normas que aumentem o poder discricionário de autoridades ou de poderes. É contra a burocratização, se funciona sem normas não as faça, melhor sem elas. É contra o excesso de leis. É contra a legislação política ser feita pelo legislativo comum. Deve ser feita por uma constituinte exclusiva onde os constituintes (e parentes) não possam fazer parte do governo, inclusive do legislativo. Um exemplo: o legislativo não pode fazer leis que o beneficiem (em causa própria). Defende uma política monetária (BC) que estabeleça a taxa básica de juros adequada à política fiscal estabelecida (que evite inflação ascendente). A inflação deve ser limitada a 2% com desvio de 1% (máxima de 3%). O déficit público deve limitar-se à capacidade de crescimento da economia (PIB potencial). O câmbio deve ser flutuante. É contra o tabelamento de preços, a favor do lucro obtido através da concorrência. Defendem a concorrência com regras do jogo pré-estabelecidas. São a favor das expectativas racionais, teoria que justifica a relação causa e efeito na política monetária.

A HETERODOXA (nacionais desenvolvimentistas, keynesianos de araque): opiniões ou doutrinas que discordem do saber consolidado e aceito pela maioria. São muito utilizadas nas demagogias políticas eleitorais. É o que denomino de turma do pensamento mágico, que prega existir o paraíso terrestre: gaste à vontade, emita moeda à vontade, no fim tudo dará certo. As experiências ensinaram que dão muito errado. Defendem sempre a queda da taxa básica mesmo com inflação ascendente (alguns falam que a taxa básica não controla a inflação). Defendem que um pouco mais de inflação é benéfica ao desenvolvimento, a maior presença estatal, o poder discricionário na condução da política monetária (a meta de inflação é uma norma que limita o poder discricionário da autoridade monetária, por isto são contra). O limite do déficit público é uma norma que limita o poder discricionário da autoridade política, por isto são contra. São contra o limite na emissão de moeda (são a favor do poder discricionário). Defendem os gastos públicos, produtivos ou improdutivos (que chamam de sociais) como desencadeadores do crescimento. Adotam o tabelamento de preços para controlar a inflação (inclusive câmbio valorizado e insustentável). São contra as expectativas racionais, uma das teorias que justificam a relação causa e efeito na política econômica, principalmente a monetária.

OS AJUSTES NECESSÁRIOS PARA CORRIGIR AS BARBEIRAGENS DOS HETERODOXOS NO PODER (governo DR):
Se um país tem a sua carga tributária e a dívida pública em 20% do PIB, o espaço para abusos e barbeiragens é grande. Se um país emite moeda aceita como reserva mundial o espaço para abusos também é grande.  Se um país é considerado sério e com gastos públicos produtivos, o espaço para déficits públicos é maior do que para os considerados de risco (não sérios ou incompetentes).
O Brasil é considerado um país com um mercado grande e uma população com cultura cristã ocidental, receptiva e amigável (um mercado atrativo). É também considerado como um risco devido ao passado de políticas econômicas erradas que o obrigaram a pedir e negociar moratórias, sendo a última ainda na memória. Sua carga tributária é em torno de 40%, a legislação é complexa e excessivamente cara, difícil de ser atendida. A dívida mobiliária interna líquida não é alta, é aceitável, entretanto a bruta é alta (títulos públicos em poder do BC). O déficit nominal de 2014 foi surpreendentemente alto (assustou a todos, até aos mais pessimistas). A dívida externa pública é baixa, mas a das empesas e dos bancos é alta. As reservas são altas. O déficit externo em TRANSAÇÕES CORRENTES é alto e insustentável. Se o governo não adotasse o ajuste o país iria quebrar mais uma vez. QUAL É A SOLUÇÃO? Reduzir gastos públicos (aumentar a receita) e adequar a taxa básica para reverter a inflação ascendente, eliminar o artificialismo dos preços reprimidos que desarmonizaram os preços relativos. Se haverá redução das atividades e da renda pessoal? Claro que sim. Como eliminar déficits externos sem aumentos de juros e redução das atividades (para reduzir a demanda, as importações e motivar exportações). 

E o câmbio? Terá que se ajustar no tempo (a corrida câmbio de equilíbrio x inflação). MAGECONOMIA, 03/2015.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

VAMOS QUEBRAR? NÃO.

 VAMOS QUEBRAR? NÃO. 
Se os ajustes não forem feitos sim. As expectativas (ancoradas na política econômica passada) são piores do que a realidade. Quem vive acima das possibilidades sustentáveis no tempo tem que fazer ajustes (responsabilidade = austeridade). Vejam como a dívida bruta (TN + BC) aumentou em relação ao PIB (de 56% para 62%). Foi uma forma artificial de aumentar a dívida do TN (a dívida foi comprada pelo BC). Tabela corrigida e complementada em 02/03/2014.


ANO / MÊS 01/2015 2014 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000
1- CDI ACUMULADO 0,93 10,81 8,06 8,40 11,60 9,75 9,88 12,48 11,82 15,03 19,00 16,15 23,25 19,11 17,28 17,32
2- CDI - IRRF (20%) 0,744 8,648 6,448 6,72 9,28 7,80 7,904 9,984 9,456 12,02 15,20 12,92 18,60 15,29 13,82 13,85
3- IGP(M)  01/15 0,76 3,69 5,51 7,82 5,10 11,32 -1,72 9,81 7,75 3,83 1,21 12,41 8,71 25,31 10,38 9,95
4- i real = CDI - IRF - IGP(M) 01/15 -0,016 4,958 0,938 -1,1 4,18 -3,52 9,624 0,174 1,706 8,19 13,99 0,51 9,89 -10,02 3,44 3,90
5- IPCA 12/14 1,24 6,41 5,91 5,84 6,50 5,91 4,31 5,9 4,46 3,14 5,69 7,60 9,3 12,53 7,67 5,97
6-  i  real CDI - IRF - (IPCA) 12/14 -0,496 2,238 0,834 0,88 2,78 1,89 3,594 4,084 4,996 8,88 9,51 5,32 9,3 2,76 6,15 7,88
7- V. C. % (ptax)  01/15 0,23 13,39 14,63 8,94 12,58 -4,307 -25,49 31,94 -17,15 -8,66 -11,82 -8,13 -18,23 51,68 19,13 9,30
8 - PIB % (novo critério)  0 2,3 1 2,7 7,5 -0,3 5,2 6,1 4,0 3,2 5,7 1,1 2,7 1,3 4,3
9- PIB US$ tri. preços corr. 2243 2247 2475 2143 1625 1650 1366 1088 882 663 553 504 553 644
9.1) PIB R$ tri. preços corr. 4844 4392 4143 3770 3239 3032 2661 2369 2147 1941 1699 1477 1302 1179
10- DÍV. Liqui. Mob. int. TN 01/15 2138 2183 2028 1916,7 1783 1603,9 1398,4 1264,8 1224,8 1093 980 812 732 623 624 516
10.1) DÍV. TN + BC bruta 3301 2986 2823 2535 2307 2036 1759 1584 1391 1253 1100 978 839
11- Oper. Créd. SF 12/14 3021 2715 2359,6 2029 1705 1412 1227,3 935,97 x x x x x x x
12- DÍV. Líqu. TN (% do PIB) 41,86 43,6 43 42,5 43 41,12 46,0 46,13 45,64 41,8 43,1 42,2 47,92 43,76
12.1) Dív. Bruta TN (Públ. + BC) % PIB 61,64 64,3 61,2 61,2 62,85 58 59,5 58,7 58,36 56,67
13- REC. SRF. (Total) 01/15 125,8 1188 1138 1029 970 805,7 698,3 685,7 602,8 392 364,1 322,6 273,3 243 196,8 176
14 - DÍVIDA Líqu. / RECEITA 1,837 1,78 1,86 1,81 1,99 2,00 1,818 2,03 2,78 2,42 2,51 2,678 2,57 3,17 2,93

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

BALANÇO DE PAGAMENTOS 2014 e 01/2015

BALANÇO DE PAGAMENTOS - US$ milhões - DÍVIDA MOBIL. BC + TN (reais). 01/2015 - 2015P é previsão do BC.
CONTAS 2009 2010 2011 2012 2013 2014 01/2015 2015P
1- BAL. COMERCIAL 25347 20267 29796 19431 2558 -3930 -3174 6,0
 1.1- Exportações 152995 201915 256040 242580 242179 225501 13704 234
 1.2- Importações -127637 -181649 226243 -223149 239621 229031 16878 228
2- BAL. SERV. E RENDAS -52945 -70630 -85225 -76523 -87325 -88940 -7577 -91,8
 2.1) RENDAS x -39567 -47319 -35448 -39773 -40273 -3965 -40,2
  2.1.1- Juros -9069 -9682 -9719 -11847 -14244 -14105 -2308 -14,2
  2.1.2 - Divid. e Lucros -25218 -30375 -38166 -24112 -26045 -26523 -1685 -26,5
  2.1.3 - Salários x 498 567 511 516 354 28 0,5
  2.2) SERVIÇOS x -30807 -37906 -41075 -47552 -48667 -3612 -51,6
  2.2.1 - Viagens x -10503 -14459 -15588 -18632 -18695 -1652 -18,5
  2.2.2 - Transpotes x -6406 -8335 -8769 -9786 -8938 -670 -9,5
  2.2.3 - Aluguel Equip. x -13752 -16669 -18741 -19060 -22651 -1458 -25,5
  2.2.4 - Outros x -147 1558 2022 -46 1616 168 1,9
  2.3- OUTROS -18659 X X X x x x X
3- TRANSF. UNILAT. 3263 2845 2816 2846 3364 1922 98 2,3
4- TRANS. CORRENTES -24334 -47518 -52612 -54246 -81374 -90946 -10654 -83,5
5- CONTA CAPITAL e FINAN. 70551 100102 111868 72762 73778 99572 10835 97,2
6- BAL. PGTO. Saldo 46217 52584 59256 20516 -7596. 8626 181 13,7
6.1) PIB cresc. % -0,3 7,5 2,6 1,0 2,3 x
7- AJUSTES  LIQUID. +1496 3063 -8713 +558 -6743 -10369 -1965
8- RESERVAS - CAIXA 238520 288575 352073 373147 358808 363551 361767
8 - RESERVAS - LIQUIDEZ 239054 288575 352073 378560 375794 374051 372167
 8.1) Aumento Res. L. 34532 49521 63498 26487 -14339 -1743 -1884
A) a1) Fluxo Com. saldo 9924 -1650 43950 8373 11136 4137 -215
   a2) Fluxo Finan. saldo 18808 26004 21329 8380 -23396 -13424 4118
   a3) Fluxo Total saldo 28732 24354 65279 16753 -12261 -9287 3903
9- Dívida Ext . 282,3 350,44 402,4 441,8 485 554,7 558,2
   9.1- Pública 77,1 83,60 62,3 67,3 70,8 75,3 75
   9.2- Privada 125,4 172,07 235,1 249,6 241,2 272,4 273,7
   9.3- Entre Empresas 79,8 94,77 105,0 124,9 173 207 209,5
10- Dív..  Mobil. int. TN 12/14 1398,4 1603,9 1783 1916,7 2028 2183
11- SRF - REC. admin. 12/14 698,3 805,7 939 1029 1138 1188
 11.1- DÍV. / REC. 2,0 1,99 1,81 1,86 1,78 1,84 
12- IGPM    -1,72 11,32 5,10 7,82 5,51 3,69 0,76
13- IPCA  4,31 5,91 6,50 5,84 5,91 6,41 1,24
14- CDI 9,88 9,75 11,60 8,40 8,06 10,81 0,93
15- US$ % ACUM. -25,5 -4,3074 12,58 8,84 14,63 9,28 0,23
16- PIB US$ bi. 1,625 2,143 2,475 2247 2243 2240
17- DÍV. MOB. / PIB X x x X x
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