terça-feira, 26 de janeiro de 2016

DEMANDA POR CRÉDITO, TAXA BÁSICA DE JURO, JURO DE MERCADO DE CP E DE LP.

DEMANDA POR CRÉDITO, TAXA BÁSICA DE JURO, JURO DE MERCADO DE CP E DE LP.
Existe uma relação de causa e efeito entre a taxa básica de juro e os juros de mercado de CP e de LP. A taxa básica por ser de CP quando aumentada para um nível acima da neutra (natural ou de equilíbrio) tem os seguintes efeitos: influencia as expectativas de inflação, reduzindo-a, sobe os juros de mercado de CP e abaixa os de LP (se a previsão de inflação cai, caem também os juros de LP). Se fixada abaixo da neutra, sobe a expectativa de inflação e os juros de mercado de LP. Um BC acreditado faz com que a necessidade de taxa básica para influenciar as expectativas de inflação seja menor (as comunicações do BC, se acreditadas, ajudam a influenciar positivamente as expectativas de inflação antes de atingir a taxa neutra). No caso atual o BC deixou transparecer que iria subir a Selic (taxa básica de juro), o mercado como sempre faz se antecipou e subiu as taxas de juros de mercado de CP (se a Selic é uma taxa de CP e o BC anuncia que irá subi-la claro que o mercado também sobe). A taxa de juro de mercado de LP cai se a expectativa de inflação cair. Na conjuntura atual a Selic teria que subir para 15,25% (no mínimo) para ter um forte efeito sobre a expectativa de inflação e os juros de mercado de LP. Com um BC acreditado bastaria que ele anunciasse que iria subir a taxa básica até o necessário para que os efeitos se iniciassem imediatamente e com o primeiro aumento de 0,5% (antes de atingir os 15,25%) a queda dos juros de mercado de LP seriam substanciais. Como este BC não é acreditado pelo mercado (participou da campanha eleitoral com as onerosas operações de swaps cambiais), os aumentos da taxa básica precisam ser maiores para conseguir os efeitos sobre a inflação e os juros de LP.
Se os empresários estão inseguros a previsibilidade baixa e os investimentos caem (estão quase parados). O medo do desemprego desestimula o endividamento pelas famílias. A demanda de duráveis cai (os preços acompanham). Os preços dos outros produtos acompanharão os aumentos dos salários e aposentadorias. Apesar da redução da demanda por crédito os juros não caíram nem cairão. Por que? Expectativa de aumento da inflação. MAG 01/2016.

Wicksell ensinou que um processo inflacionário se constata quando a taxa natural de juros (neutra, de equilíbrio) inicia uma tendência de alta. A causa dos processos inflacionários são os juros de mercado baixos em relação ao natural (neutro ou de equilíbrio).

Fisher complementa o raciocínio introduzindo o conceito de comparação entre os juros de mercado (nominal, ex-ante, fruto das expectativas de inflação, efetivamente planejado.), com o juro acontecido (real, ex-post, efetivamente realizado.). Se as expectativas de inflação são maiores do que os juros de mercado é o pior dos mundos para o processo inflacionário. Para ele a inflação alimenta a expectativa de que os preços continuarão a subir.

A CRISE AMERICANA (SUBPRIME). Publicado em 23/12/2007.

No site http://www.magconsultoria.uaivip.com.br/artigos.htm#15) A CRISE AMERICANA - CORRELAÇÃO COM A POLÍTICA MONETÁRIA.

O FEDERAL RESERVE (autoridade monetária americana) fixou a taxa básica, Fed Funds, excessivamente expansionista (diferença Fed Fund x T Note 5) por tempo demasiado (2002 a 2005). Apesar disto a inflação doméstica não subiu, pois o mundo absorveu o excesso de dólares (não aconteceu excesso de monetização interna). O aumento do consumo foi satisfeito por aumentos das importações (os preços não subiram). Mas o excesso de dólares no mundo provocou a inflação de demanda mundial das commodities (a China e outros tigres asiáticos seguraram a inflação de industrializados por algum tempo), que está sendo importada pelos USA somente agora. Como não era possível importar moradias e as taxas de juros estavam muito baixas, os preços dos imóveis subiram acima da inflação (a bolha se formou aí). Quando o FED subiu a taxa básica elevando-a até 5,25%, em excesso e por tempo demasiado, 06/2006 a 08/2007, a bolha furou rapidamente (o que já estava acontecendo, sabido por poucos, há uns dois anos). Aparentemente a básica deveria ter ido apenas até 4% e por tempo menor. Os efeitos se fizeram sentir nos preços dos imóveis que subiram muito mais do que a inflação (a taxa básica baixa, 2002 a 2005, provocou fuga da moeda que não conseguia cumprir sua função de reserva de valor, a bolha se formou em imóveis e outros ativos). Some-se a isto o efeito do aumento das taxas de juros nas prestações dos imóveis (a renda dos americanos não subiu). É uma crise de solvência que vai alastrar-se mais ainda e transformar-se em crise de liquidez (isto foi distribuído para o mundo todo, afetando mais os mais ricos e os que aceitaram riscos maiores). Apesar da inflação mundial começar a ser importada somente agora pelos USA o FED foi obrigado a reduzir a taxa de redesconto e a básica para evitar um risco sistêmico (mesmo assim ela ainda está acima da imlp). O BC Europeu foi obrigado a socorrer seus bancos (afetados pela crise de liquidez). A crise poderá ter um curso suave, mas longo (redução do crescimento), ou mais grave (recessão). O Brasil será afetado pela redução da demanda mundial, que será afetada pela redução da americana. A Selic terá que ser fixada pelo menos 0,15% acima da imlp (portanto terá que subir) para que evitemos uma crise semelhante. O Real poderá sofrer um pequeno ajuste (adequar-se à nova realidade). Obs: Greenspan ficou no Fed de 1987 ao início de 2006, quando assumiu Ben Bernanke. MAG 23/12/2007.  

USA - SALDO FISCAL, Fed Funds e T Note de 5 anos (1º dia mês).
  
Ano
Em % do PIB
Fed Funds
T Note
5 Years
PRES.
Rec.
Desp.
Saldo
Jan.
Dez.
Jan.
Dez.
2000
20,8
18,4
2,4
5,43
6,4
6,58
5,17
CLINTON
2001
19,5
18,2
1,3
5,98
1,82
4,86
4,39
CLINTON
2002
17,5
19,0
-1,5
1,73
1,24
4,34
3,03
BUSH
2003
16,2
19,7
-3,4
1,24
0,98
3,05
3,27
BUSH
2004
16,1
19,6
-3,5
1,0
2,16
3,12
3,60
BUSH
2005
17,3
19,9
-2,6
2,28
4,16
3,71
4,39
BUSH
2006
18,0
19,9
-1,9
4,29
5,24
4,35
4,53
BUSH
2007
18,5
19,6
-1,1
5,25
4,24
4,75
3,49
BUSH
2008
17,5
20,7
-3,2
2,98
0,25
2,98
1,52
BUSH
2009
14,9
25,0
-10,1
0,25
0,25
1,60
2,34
BUSH
2010
14,9
23,8
-8,9
0,25
0,25
2,48
2,03
OBAMA
2011



0,25

2,02

OBAMA

COMMODITIES - PREÇOS US$.

DATAS
Fed
funds
OURO
PETR.
Brent.
Milho
Café
Soja
Suco
Laran.
Açucar
Trigo
2002
1,25%
348,2
28,66
235,75
60,2
569,5
91,75
7,61
325,0
2003
1,00
416,1
30,17
246,0
64,95
789,0
60,75
5,67
377,0
2004
2,25
438,4
40,46
204,75
103,75
547,75
86,1
9,04
307,5
2005
4,25
518,9
58,98
215,75
107,1
602,0
125,2
14,68
339,3
2006
5,25
638,0
60,86
390
126
683,5
201,3
11,75
501,0
2007
4,25
838,0
93,85
455,5
136,2
1199
143,6
10,82
885,0
2008
0,25
884,3
45,59
407,0
112,05
972,25
68,55
11,81
610,8
2009
0,25
1096,2
77,93
414,5
135,95
1039,8
124,0
26,95
541,5
2010
0,25
1421,4
94,75
629,0
240,5
1393,8
172,35
32,12
794,3
2011
0,25
1566,8
107,38
646,5
226,85
1198,5
169,0
23,30
652,75
2012
0,25
1675,8
111,11
698,25
143,80
1418,7
116,05
19,51
778,0
2013
0,25
1202,3
110,80
422,00
110,70
1312,5
136,45
16,41
605,25
2014
0,25
1184,10
57,33
397,00
166,60
1019,25
140,25
14,52
589,75
2015
0,25
1065,20
37,28
358,75
126,70
871,25
140,00
15,24
470,00
% ano
x
-10,46
-34,97
-9,63
-23,95
-14,52
-0,04
4,96
-20,31
% 12 meses
x
-10,46
-34,97
-9,63
-23,95
-14,52
-0,04
4,96
-20,31


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

ESTAMOS ENTRANDO EM UMA CRISE MUNDIAL COM DEFLAÇÃO?

ESTAMOS ENTRANDO EM UMA CRISE MUNDIAL COM DEFLAÇÃO?

EXPLICAÇÃO ANTECEDENTE. BOLHA: fuga pelo mercado da moeda pátria mais juros como forma de poupar (reserva de valor). Os agentes refugiam-se em outros ativos que não a moeda pátria mais juros, como o ouro, imóveis, bolsas ou outros. As nações emergentes muitas vezes utilizam o dólar como fuga da sua moeda doméstica. As bolhas se formam tendo como causas, políticas fiscal (déficits) e monetária populistas (expansão monetária acima da capacidade de crescimento da economia), heterodoxa ou desenvolvimentista. O ativo escolhido como reserva de valor sobe o seu preço muito acima do índice de inflação, dando uma falsa impressão de ganhos (riqueza). É a riqueza virtual (forma-se uma falsa impressão de riqueza). Com o furo da bolha a riqueza virtual acaba e forma-se um sentimento de empobrecimento.

O Fed (BC dos USA) após a crise de 2008 manteve os Fed Funds (taxa básica) em 0,25% e aumentou a liquidez comprando títulos do mercado. Esta política não aumentou a inflação doméstica americana, evitou uma recessão profunda, mas inflacionou os preços das commodities mundiais. O aumento da liquidez foi absorvido pelo mundo, nações exportadoras de commodities agrícolas, pecuárias, minerais (as emergentes) e as chão de fábrica (China, e tigres asiáticos). As exportações da China mantiveram a inflação americana baixa. Onde aconteceu inflação? Nos preços das commodities mundiais (principalmente as minerais). A relação de trocas (preços de importações e de exportações) das nações (emergentes) exportadoras de commodities (agrícolas, pecuárias e minerais) saiu muito favorecida. O Brasil saiu muito favorecido, permitiu a acumulação das reservas, valorização de sua moeda (aumento do poder de compra e facilidades no controle da inflação) apesar das políticas fiscal e monetária não adequadas, principalmente no segundo governo Lula e o de DR. Foi uma década perdida, o segundo governo Lula e o governo DR. A bolha da crise de 2008 aconteceu nos USA nos preços dos imóveis (o mundo inteiro absorveu parte). Os preços dos imóveis nos USA caíram, os devedores não conseguiram pagar a dívida e quase todos os bancos iriam falir. O Fed entrou salvando-os. Onde se formou a BOLHA agora? Nos preços das commodities e um pouco no ouro. A queda está sendo maior do que todos esperavam (o ouro resiste). Afetou mais os países que adotaram políticas fiscal e monetária populistas (o Brasil entrou nesse populismo). Para não quebrar tentou reverter a política econômica, liberou os preços reprimidos, câmbio e tentou fazer os ajustes fiscais (conseguiu apenas parte). As receitas com exportações caíram apesar da desvalorização cambial (a queda das importações foi maior ainda). A pergunta: a  queda dos preços das commodities não ajudou no combate à inflação interna? Ajudou, mas a desvalorização cambial compensou parte da queda dos preços. O processo inflacionário seria muito mais difícil de reverter. A queda do poder de compra segurou a velocidade do crescimento da demanda.
A PERGUNTA? Teremos deflação no mundo? O dólar valorizando caem os preços das importações americanas (o poder de compra dos americanos aumenta). Os países que formaram reservas ganham com as mesmas apesar da redução do poder de compra de sua população. Os países que praticaram política monetária e fiscal responsáveis são os menos afetados. A deflação das commodities afetou as grandes mineradoras e produtoras de petróleo (e os países). Irá a deflação generalizar-se atingindo todos os preços? Muito pouco provável, mas os bancos credores terão que renegociar e alongar as dívidas das empresas e de alguns países. MAG 01/2016


sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

RENDIMENTOS DE ATIVOS E PREÇOS DE COMMODITIES

COMMODITIES - PREÇOS US$.


DATAS
Fed
funds
OURO
PETR.
Brent.
Milho
Café
Soja
Suco
Laran.
Açucar
Trigo
2002 1,25% 348,2 28,66 235,75 60,2 569,5 91,75 7,61 325,0
2003 1,00 416,1 30,17 246,0 64,95 789,0 60,75 5,67 377,0
2004 2,25 438,4 40,46 204,75 103,75 547,75 86,1 9,04 307,5
2005 4,25 518,9 58,98 215,75 107,1 602,0 125,2 14,68 339,3
2006 5,25 638,0 60,86 390,25 126,2 683,5 201,3 11,75 501,0
2007 4,25 838,0 93,85 455,5 136,2 1199 143,6 10,82 885,0
2008 0,25 884,3 45,59 407,0 112,05 972,25 68,55 11,81 610,8
2009 0,25 1096,2 77,93 414,5 135,95 1039,8 124,0 26,95 541,5
2010 0,25 1421,4 94,75 629,0 240,5 1393,8 172,35 32,12 794,3
2011 0,25 1566,8 107,38 646,5 226,85 1198,5 169,0 23,30 652,75
2012 0,25 1675,8 111,11 698,25 143,80 1418,7 116,05 19,51 778,0
2013 0,25 1202,3 110,80 422,00 110,70 1312,5 136,45 16,41 605,25
2014 0,25 1184,10 57,33 397,00 166,60 1019,25 140,25 14,52 589,75
2015 0,25 1065,20 37,28 358,75 126,70 871,25 140,00 15,24 470,00
% ano x -10,46 -34,97 -9,63 -23,95 -14,52 -0,04 4,96 -20,31
% 12 meses x -10,46 -34,97 -9,63 -23,95 -14,52 -0,04 4,96 -20,31



ÍNDICES COMMODITIES - IC Br. BC
DATA IC Br
CRB
Composto
Agropec.
Metais Energia
2005 Dez. 100 100 100 100 100
2006 105,06 103,23 143,62 75,01 112,16
2007 100,17 101,04 115,92 81,71 107,37
2008 102,64 115,29 81,95 79,57 107,13
2009 99,32 107,51 102,11 67,89 105,89
2010 124,77 137,62 122,98 81,06 124,71
2011 124,34 136,96 109,72 92,00 128,29
2012 137,40 149,06 131,39 100,68 146,45
2012 % 10,51 8,84 19,75 9,44 14,16
2013 151,90 166,87 132,06 115,51 164,77
2014 149,44 167,80 144,70 88,67 171,17
% ANO -5,14 -3,62 -4,21 -15,56 -3,99
2015 181,47 213,29 158,35 90,16 213,22
% ano 21,43 27,11 9,43 1,68 24,57
% 12 meses 21,43 27,11 9,43 1,68 24,57

 Fonte: BCB. Agropecuária: carne de boi e de porco, algodão, óleo de soja, trigo, café. Metais: alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel. Energia: petróleo brent, gás e carvão. CRB: Commodity Research Bureau (produtos básicos mais sensíveis a mudanças). FONTE: BC

domingo, 3 de janeiro de 2016

CURIOSIDADES SOBRE O BLOG E OS LEITORES

CURIOSIDADES SOBRE O BLOG E OS LEITORES:

18,76% SÃO AMERICANOS, MAS NO ÚLTIMO MÊS OS RUSSOS ATINGIRAM 10,1%.
A SEGUIR LEITORES NÃO BRASILEIROS: ALEMÃES, ANGOLANOS, REINO UNIDO, PORTUGUESES, EMIRADOS ÁRABES UNIDOS,  MALÁSIA, FRANÇA, CHINA, UCRÂNIA.  

AS POSTAGENS MAIS LIDAS FORAM:
Pode ser que alguns leitores entrem no blog através dos endereços das postagens.

Entrada


SELIC X CDI X IPCA X i real  23 de abr de 2012






A MOEDA - RESUMO HISTÓRICO 17 de abr de 2013




No último mês:  Postagens Entrada





SELIC X CDI X IPCA X i real 23 de abr de 2012


CHOQUE OU INFLAÇÃO DE OFERTA? 5 de abr de 2013, 3 comentários

ECONOMISTAS 1969 - 2012 31 de jul de 2014,







sábado, 2 de janeiro de 2016

ANÁLISE ECONÔMICA EXIGE SABER EM TEORIA ECONÔMICA. POLÍTICA MONETÁRIA EXIGE SABER CONSOLIDADO DE ECONOMIA MONETÁRIA.

ANÁLISE ECONÔMICA EXIGE SABER EM TEORIA ECONÔMICA.

POLÍTICA MONETÁRIA EXIGE SABER CONSOLIDADO DE ECONOMIA MONETÁRIA.

Escrever exige algum conhecimento e dedicação. Escrever FICÇÃO é menos trabalhoso do que uma biografia, ciência ou uma análise. Na ficção as ideias são livres, na biografia são presas à verdade, exigem pesquisa. Escrever sobre conhecimentos acumulados pela humanidade exige estudo.  Algumas ciências e saberes exigem professores na fase inicial do aprendizado, a língua mãe e a matemática, outras podemos aprender lendo e estudando e na vida profissional. Os conhecimentos teóricos acumulados são potencializados pela experiência.  Resumindo podemos dizer que o médico fará bons diagnósticos se tiver uma boa base teórica, fará melhor ainda com anos de experiência (é o que chamamos de expertise). As empresas brasileiras aprenderam a diferença entre a eficiência e eficácia. Profissionais eficientes (boa base teórica) podem não ser eficazes, mas os conhecimentos são exigidos para as análises bem fundamentadas e decisões corretas. A microinformática e a internet permitiram a publicação e a pesquisa de saberes antes só conseguidos através de livros. Os próprios livros passaram a ser mais eficientes com as conquistas e facilidades gráficas (o estudo e a aprendizagem ficaram mais fáceis).   

A teoria econômica desenvolveu muito com as experiências vivenciadas pelos países, pelas moratórias acontecidas, pelas hiperinflações e estagflações. Muito se aprendeu depois da crise econômica e financeira de 29/30. O abandono pelos USA da conversibilidade do dólar em ouro (15/08/1971. US$ 35,00 a onça-troy) foi semelhante a uma moratória. Falar em câmbio fixo (administrado) depois deste fato pode ser considerado crime de populismo econômico (deveria ser). Semelhante a outros saberes e ciências a análise econômica só pode ser bem feita por profissionais que tenham sólido domínio da teoria econômica. Melhor ainda os profissionais que tenham expertise no campo analisado. Os profissionais de finanças entendem com mais facilidade a relação juros x conjuntura, juros de mercado de curto prazo e de longo prazo. Os profissionais do BC entendem mais sobre moeda, juros e câmbio. Mas para falar ou escrever sobre POLÍTICA MONETÁRIA é exigido sólidos conhecimentos de ECONOMIA MONETÁRIA. É inadmissível que profissionais que se proponham a escrever sobre política monetária não tenham o domínio de economia monetária, não saibam a diferença entre taxa básica de juros e taxa de mercado de CP e de LP. Não saibam estabelecer as relações entre as variáveis controláveis e os efeitos das mesmas nas outras. Que não estejam em dia com dados estatísticos da conjuntura como meios de pagamento ampliados, as operações de crédito do sistema financeiro, a composição da dívida pública, os juros de mercado de CP e de LP (acurva de juros), as contas externa (balanço de pagamentos estratificado), os índices de inflação também estratificados entre outros saberes. MAG 01/2016.