sexta-feira, 21 de outubro de 2016

TEORIA QUANTITATIVA DA MOEDA (a evolução).


TEORIA QUANTITATIVA DA MOEDA (a evolução).
MOEDA PÁTRIA  X ATIVOS X PRODUÇÃO (PIB)

A Moeda (uma das maiores criações da humanidade) tem como Funções:
a) Meio de Pagamento: facilita e aumenta negociações;
b) Unidade de Medida (e de escrituração, contabilidade): facilita, permite fixar preços de produtos diferentes e aumenta negociações;
c) Reserva de Valor: permite a formação de poupanças e facilita as negociações financeiras (empréstimos e financiamentos).
 
Para cumprir suas Funções (principalmente a reserva de valor) ela precisa ser estável, não ter inflação nem deflação que a invalide como Unidade Medida e Reserva de Valor. Como utilizar um metro que está sempre mudando o seu comprimento, ou um peso que sempre muda? A moeda é semelhante.

CARACTERÍSTICA ESSENCIAL da moeda: ACEITAÇÃO (natural e curso forçado).
A aceitação define uma moeda como de curso mundial (aceitação como meio de pagamento e reserva de valor) ou apenas doméstico.
Os ativos (estoque de riqueza de um país) e a produção (PIB) são medidos em unidades de moeda. É a unidade de medida que permite registrar (Contabilidade Nacional, PIB, PNB) quantidades (peso, metros) diferentes e apresentar balancetes e balanços únicos em valores. A moeda permite a escrituração única de quilos de ouro, de aço e de trigo (as estatísticas quantitativas complementam).

TEORIA QUANTITATIVA DA MOEDA E EQUAÇÕES QUANTITATIVAS (a evolução no tempo): as equações quantitativas são expressões matemáticas da teoria. Como todo modelo ou equação econômica é uma representação simplificada da realidade e como tal deve ser entendido. É um reducionismo. A teoria quantitativa é ampla e desenvolveu-se (e desenvolve-se) no tempo, não tendo as limitações das equações quantitativas.  A quantidade de moeda pode ser medida como a seguir:
M0 = Base Monetária = Moeda corrente + Reservas;
M1 = Meio de Pagamento = Oferta Monetária = Moeda Corrente + Dep. a Vista;
M2 = M1 + dep. investimentos + poupança;
M3 = M2 + fundos investimentos + operações compromissadas;
M4 = M3 + títulos federais Selic.
A teoria absorveu o estudo de inúmeras variáveis e seus efeitos no curto prazo e no longo prazo, no primeiro momento e nos sequenciais (o processo econômico, a evolução dinâmica). Conceitos como a curva de juros e sua evolução no tempo, a taxa básica e seus efeitos diferentes na parte curta, média e longa da curva, no primeiro e no segundo momentos, nos preços de consumo e nos dos ativos financeiros e reais. A criação de moeda fiduciária, a quase moeda, as crises (bolhas e seus furos), as expectativas (positivas, negativas), o Banco Central, a liquidez, a política monetária, etc.
O conceito de quantidade de moeda estendeu-se para o de liquidez (todos os ativos que conseguirem liquidez imediata ou com menos de 30 dias). Nas crises a análise estendeu-se da quantidade de moeda para queda (ou aumento) da liquidez. A redução das possibilidades de transformar ativos em moeda (para compras ou pagamentos). A desvalorização dos ativos  reduz a quantidade de moeda (a liquidez). A desvalorização dos ativos e a dificuldade de transformá-los em moeda (redução da liquidez) é semelhante a uma redução na quantidade de moeda, com o agravante do sentimento de empobrecimento.    

Podemos dividir o estudo da economia em dois lados:
I)  O MONETÁRIO (os tipos de moeda, a quantidade e a liquidez);
II) O REAL (produtos e serviços = PIB e ativos que não a moeda pátria = fatores de produção = capital, trabalho, recursos naturais e tecnologia).

I) Do lado MONETÁRIO, por ordem de liquidez, podemos listar:
1) MOEDA;
1.1) Moeda corrente;
1.2 ) Dep. a vista;
2) MOEDA PÁTRIA MAIS JUROS;
2.1) aplicações financeiras com cláusulas de recompra;
2.2) Cad. de poupanças e títulos vincendos (de cp e de lp) com liquidez inferior a 30 dias;
2.3) aplicações financeiras de médio e de lp, com facilidade de negociação no mercado (liquidez inferior a 30 dias);
3) ATIVOS QUE NÃO A MOEDA PÁTRIA (com liquidez inferior a 30 dias). NOVA ÓTICA;
3.1) moedas reservas mundiais;
3.2) Ações da Bovespa e Ouro;
3.3) Imóveis residenciais, comerciais e industriais (maquinários);
3.4) Quadros, joias;
 
 II ) Do lado da Economia Real temos:
1)   PRODUTO (produção material e serviços) = PIB = Consumo + Investimentos = C + I.
2)  ATIVOS DOS PAÍSES (fatores de produção): Ativos reais, residências, prédios comerciais, galpões industriais, hidroelétricas, energia nuclear, a gás, a carvão, a biomassa, solar, a óleo, estradas, portos, aeroportos, frotas, terras produtivas (agropecuária, mineração, petróleo, etc.), parque industrial, tecnologia (ativo que rende royalties), mão de obra (qualificada e não), etc.

FATORES DE PRODUÇÃO (capital, trabalho, recursos naturais, tecnologia), PIB POTENCIAL (capacidade de crescimento da economia sem provocar inflação), HIATO DO PRODUTO (diferença entre o PIB potencial e o efetivo). NAICU (Non-Accelerating Inflation Rate of Capacity Utilization) = Taxa de utilização da capacidade instalada que não acelera a inflação. NUCI = nível de utilização da capacidade instalada. Existindo fatores de produção e capacidade instalada não utilizada, o aumento de M não produzirá inflação. Em tese, a quantidade de moeda poderá (para M. Friedman deverá) ser aumentada em percentual igual à capacidade de crescimento da economia (algo em torno de 5%). A taxa básica (taxa de cp) de juro do BC é utilizada para retirar moeda (excesso de liquidez) do mercado se a inflação superar a meta ou ficar ascendente. Para que a taxa básica consiga retirar moeda do mercado (para enfrentar um processo inflacionário) ela deverá ser fixada acima da taxa de mercado de equilíbrio (neutra) de médio ou de lp. 

BOLHA DE PREÇOS DOS ATIVOS QUE NÃO A MOEDA PÁTRIA (a riqueza virtual e o furo, a percepção de perdas e de pobreza): se o BC permitir que o processo inflacionário se instale, com a taxa básica de juro inadequadamente baixa, os agentes econômicos fogem da desvalorização da moeda pátria mais juros (no caso negativos) para outros ativos, provocando aumentos dos preços destes muito acima dos índices de preços de consumo, formando as bolhas dos preços dos ativos. Neste período de aumentos dos preços dos ativos que não moeda a liquidez dos mesmos aumenta, provocando uma percepção de riqueza, que dá segurança para gastos e financiamentos (na verdade a riqueza é virtual). Quando a bolha dos preços dos ativos fura, os preços e a liquidez dos mesmos caem e a percepção de riqueza transforma-se em sentimento de empobrecimento. 

A BOLHA, O FURO, A QUANTIDADE DE MOEDA E SEUS EFEITOS: vimos que as bolhas ocorrem por políticas monetárias e/ou fiscais inadequadas (na verdade irresponsáveis, quase sempre por demagogia ou ignorância), que desvalorizam a moeda, provocando a fuga dela como reserva de valor, para outros ativos que não moeda. Este processo ocorre lentamente no início e mais veloz perto do fim (nas vésperas do furo da bolha). Durante o período de formação da bolha acontece um sentimento de enriquecimento sem trabalho, que dá uma sensação de segurança que facilita gastos, a valorização dos ativos faz aumentar a sua liquidez (transformando-se em quase moeda). Então podemos dividir a quantidade de moeda conforme especificado acima em I (Do lado MONETÁRIO, por ordem de liquidez). A nova ótica é a inclusão do item 3 (ATIVOS QUE NÃO A MOEDA PÁTRIA - com liquidez inferior a 30 dias -. NOVA ÓTICA), ativos com alta liquidez e valorização. Isto passa um sentimento de segurança e de riqueza que alimenta a economia.

O FURO DA BOLHA: acontece naturalmente quando os preços dos ativos alcançam valores artificialmente irreais ocorrendo uma queda na demanda dos mesmos, os preços param de subir e até mesmo começam a ter pequenas quedas. A seguir, a liquidez dos ativos cai abruptamente e os preços acompanham. Acontece também quando a autoridade monetária verificando a formação das bolhas aumenta a taxa básica, invertendo a política monetária (o processo de queda dos preços e da liquidez é semelhante).

O item 3) ATIVOS QUE NÃO A MOEDA PÁTRIA (possíveis de venda). NOVA ÓTICA, acima, perde liquidez e seus preços caem, instaurando uma sensação de empobrecimento. A perda de riqueza é semelhante às desvalorizações dos ativos. A queda da quantidade de moeda é semelhante à desvalorização dos ativos e à perda de liquidez dos mesmos. Isto não é percebido pelas estatísticas normais da teoria monetária (é a nova ótica). Milton Friedman já havia descrito a queda da quantidade de moeda (sem incluir o item 3 e o 2, pois os mercados financeiros eram menos complexos e líquidos) que ocorreu na crise de 30 (a queda foi de um terço). A Oferta Monetária caiu 28% e os depósitos bancários 40%. Já a moeda corrente subiu 40%. Receitou que os BCs atuassem para que a queda não ocorresse, oferecendo liquidez ao mercado através do redesconto e impedindo quebra de bancos (diferente de salvar banqueiros incompetentes), o que faria reduzir em muito os sofrimentos. A redução do sofrimento não seria total, pois o retorno da economia ao nível sustentável (menor do que o da formação da bolha) acabaria com os excessos (a riqueza virtual sem trabalho).  O quadro abaixo é um resumo do descrito por M. Friedman sobre a crise de 30, comparado com dados do Brasil (crise de 2008).

OFERTA MONETÁRIA X BASE MONETÁRIA
USA AGO./1929 X MAR./1933; BRASIL SET./2008 X JUN./2009.

HISTÓRICO
USA
x
BRASIL
AGO./1929
MAR./1933
VAR. %
SET./2008
JUN./2009
Var. %
OFERTA MONET. (OM)
26,5
19,0
-28,3
x
215338
224493
4,25
Moeda Corrente (MC)
3,9
5,5
41
x
98211
103474
5,35
Dep. à Vista (DV)
22,6
13,5
-40,2
x
117127
121458
3,69
BASE MONET. (BM) = M0
7,1
8,4
18,3
x
136936
139185
1,64
Moeda Corrente
3,9
5,5
41
x
98211
103474
5,35
Reservas (R)
3,2
2,9
-9,37
x
38725
35711
-7,78
MULT. MONET. (OM/BM)
3,7
2,3
x
x
1,57
1,613
x
Reservas/Dep.
0,14
0,21
x
x
0,33
0,294
x
Moeda Corr./ Dep.
0,17
0,41
x
x
0,838
0,852
x
FONTE: USA, MACROECONOMIA, N. GREGORY MANKIW (ADAPTADO DE MILTON FRIEDMAN, A MONETARY HISTORY OF THE USA). BRASIL, BCB.
OBS.: A CORRETA ATUAÇÃO DO BCB IMPEDIU QUE A OFERTA MONETÁRIA CAÍSSE, AMENIZANDO OS EFEITOS DA CRISE AMERICANA (SET../2009) NO BRASIL (DIFERENTE DA ATUAÇÃO DA AUTORIDADE MONETÁRIA AMERICANA NA CRISE DE 1930).

O item 2) MOEDA PÁTRIA MAIS JUROS também perde liquidez e os títulos desvalorizam causando uma perda de riqueza e sensação de empobrecimento. Com o furo da bolha, a desvalorização dos ativos e a consequente insegurança e redução do crédito, amplia-se a crise. Se o BC não atuar inicia a deflação (pior do que inflação) e os agentes refugiam-se na moeda corrente como defesa do seu capital. Os depósitos à vista e as aplicações financeiras caem (por insegurança e medo da quebra dos bancos), reduzindo a criação de moeda (depósitos criam empréstimos que criam depósitos que criam empréstimos. O processo de formação de moeda bancária).
A QUEDA DA QUANTIDADE DE MOEDA (NOVA ÓTICA): além da queda da quantidade de moeda descrita acima ocorre também a perda de riqueza por desvalorização dos ativos descritos no item 3 (exceto o ouro, que passa a flutuar, mas com tendência de alta. Quando a crise passa o ouro desvaloriza, já que não rende juros) e da liquidez dos mesmos. Isto traz insegurança e redução das atividades. 

O QUE FAZER PARA EVITAR AS DESVALORIZAÇÕES DOS ATIVOS? EVITAR AS CRISES. COMO? NÃO PRATICANDO POLÍTICAS MONETÁRIAS E FISCAIS IRRESPONSÁVEIS. PRATICANDO RESPONSABILIDADE FISCAL E MONETÁRIA. ACREDITANDO NA RELAÇÃO PIB POTENCIAL E CRIAÇÃO DE MOEDA. MAG 04/2013.
   
O FLUXO DE CRIAÇÃO DA MOEDA

EMISSÃO DE MOEDA
100
CRIA DEPÓSITO
97
CRIA EMPRÉST.
90
CRIA DEPÓSITO
87
CRIA EMPREST.
80
CRIA DEPÓS..
77
E ASSIM SUCESSIVAMENTE. PARA CADA 100 DE EMISSÃO DE MOEDA SÃO CRIADAS MAIS, DE 700 A 1100 NOVAS MOEDAS 
(CHAMADAS FIDUCIÁRIAS OU BANCÁRIAS).

A ESCOLHA DOS POUPADORES: MOEDA PÁTRIA X OUTROS ATIVOS
ATIVO
RISCOS
RENDA DOS POUPADORES
DESTINO, FINALIDADE
MOEDA (preferência pela liquidez)
Guarda
Evita perda com deflação,
desvalorizações de títulos e insolvências.
Entesourar moeda.
APLIC. FINANC. Renda Fixa Pré
Inflação, Juros subirem (cai valor títulos)
Juros (- Inflação - IRF).
Financiamentos (empresas e pessoas).
APLIC. FINANC. CM, Índices
A parte de juros subir (cai valor títulos)
Juros + CM - IRF
Financiamentos (empresas e pessoas).
BOLSA
Desvalorizações
Dividendos. + - Variações no valor
Aumento de Capital, Transferências.
IMÓVEIS, TERRENOS, AMPLIAÇÕES
Liquidez, desvalorizações
Alugueis + -  Variações no Valor
Locatários (empresas e pessoas).
ESTOQUES, MAQUINÁRIOS
Depreciações tecnológicas (inovações)
Valorizações
Consumo futuro.
OUTRAS MOEDAS
Desvalorizações
Juros + - Variações Cambiais
Câmbio.
OURO
Desvalorizações
Valorizações
Entesourar

OS USA (Fed) para evitar o agravamento da crise baixaram a taxa básica a zero (juro de curto prazo) e fizeram as operações de QE - quantitative easing (compra de títulos) aumentando a liquidez e reduzindo os juros de longo prazo.  04/2013.








quarta-feira, 12 de outubro de 2016

EXPLICANDO SELIC E JUROS NOMINAIS DE MERCADO.



EXPLICANDO SELIC E JUROS NOMINAIS DE MERCADO.

Mais uma vez tentando explicar taxa básica (Selic) e juro nominal de mercado.

A taxa básica é fixada pelo BC como a mais potente ferramenta de POLÍTICA MONETÁRIA (não confundir com política financeira) para reverter um processo inflacionário ascendente. Nestes casos a curva de juros nominais de mercado também é ascendente. A Selic é uma taxa flutuante diária que pode ser fixada e modificada pelo BC à sua vontade. O seu custo efetivo no ano é a média das taxas Selic (chamamos de curva da Selic). Uma Selic alta, mas abaixo da necessária não consegue reverter a tendência da inflação para descendente. É a Selic adequada que reverte as expectativas de inflação para descendente e a curva de juros nominais de mercado acompanha a queda.

A SELIC (com o nome de CDI) serve de base para os juros que os bancos pagam a seus clientes. Com um over serve também de base para os juros que o BC cobra dos bancos (Redesconto). Os negócios com taxas nominais pré-fixadas é que formam a Curva de Juros Nominais de Mercado e é a base de custo de captação do TN - Tesouro Nacional e das empresas.

TAXAS DE JUROS FUTUROS DE MERCADO CONTINUAM CAINDO.
A TAXA BÁSICA ESTÁ EM 14,25% DESDE 07/2015.
EM DEZ./ 2015 A TAXA DE LP ATINGIU 16,8%.
VEJAM COMO A TAXA COM VENCIMENTO EM 01/2021 CAIU PARA 11,22%.

CURVA DO DIA 10/10/2016.



VEJAM COMO ERA A CURVA EM 21/12/2015 .




sexta-feira, 23 de setembro de 2016

TAXAS DE JUROS FUTUROS DE MERCADO CONTINUAM CAINDO.



TAXAS DE JUROS FUTUROS DE MERCADO CONTINUAM CAINDO.

A TAXA BÁSICA ESTÁ EM 14,25% DESDE 07/2015.

Taxa dia
VENCIMENTOS
DI 360
01/2018
10/2019
01/2021
19/09/16
12,87
12,54
11,97
12,07
20/09/16
12,81
12,47
11,93
12,07
21/09/16
12,72
12,36

11,88
22/09/16
12,60
12,25
11,63
11,72

COMENTO:  o DI 360 caiu de 12,87% para 12,6%. A taxa com vencimento em 01/2018 caiu de 12,54% para 12,25%. A taxa com vencimento em 01/2021 caiu de 12,07% para 11,72%.  Em 12/2015 a taxa de mercado com vencimento em 10/2019 estava em 16,8% caiu para 12,25% em 22/09/2016 (a queda foi substancial). Significa que o custo de captação das empresas e do TN caiu. 


A BAIXO A CURVA DE 21/12/2015 E DE 22/09/2016. A CURVA MUDOU A TENDÊNCIA DE ASCENDENTE PARA DESCENDENTE (efeito da taxa básica e de BC acreditado). 





quarta-feira, 21 de setembro de 2016

JUROS FUTUROS DE MERCADO CONTINUAM A CAIR. SELIC (Taxa básica) E SEUS EFEITOS SOBRE OS JUROS FUTUROS DE MERCADO.




JUROS FUTUROS DE MERCADO CONTINUAM A CAIR.
SELIC (Taxa básica) E SEUS EFEITOS SOBRE OS JUROS FUTUROS DE MERCADO.

TAXAS DE JURO DE MERCADO:
SELIC 14,25% DESDE 07/2015. 
a) 360 DIAS, DI 360 NO DIA 20/09 DEU 12,81%;
b) COM VENCIMENTO EM 01/2018 DEU 12,47%; 
c) COM VENCIMENTO EM 10/2019 DEU 11,93%;
d) COM VENCIMENTO EM 01/2021 DEU 12,07%. 

ABAIXO A CURVA DE JURO DE MERCADO NA DESCENDENTE. 
O JURO COM VENCIMENTO EM 10/2019 = 11,93%.  

sábado, 17 de setembro de 2016

CÂMBIO: UMA ANÁLISE RESUMIDA.


CÂMBIO: UMA ANÁLISE RESUMIDA.

O Câmbio é EFEITO de CAUSAS internas (fluxo cambial, balanço comercial, saldo em transações correntes, taxa básica, política fiscal, credibilidade de autoridades monetárias, do governo, etc.) e externas (Fed, taxa básica, liquidez, preços de commodities etc.).
Na tabela abaixo vemos que o Saldo do Fluxo Cambial Financeiro foi negativo até o mês 08/2016. Não estava ocorrendo o volume de entradas de capitais que o mercado financeiro antecipava se defendendo através da valorização do real (as expectativas de valorização do real). O BC para evitar uma valorização maior do real passou a fazer operações de Swaps Cambiais Reversos. Uma operação semelhante à oferta de dólares, mas virtual (venda virtual de dólares contra real em data futura). O BC aposta em dólares contra reais. O BC informou que estava reduzindo a exposição de seus estoques de Swaps Cambiais (diretos, o inverso de reversos). Nos primeiros dias de setembro (até o dia 9) o saldo do Fluxo Cambial Financeiro ficou POSITIVO em US$ 15 milhões (inverteu de negativo para positivo), mas nos dias 8 e 9 o saldo ficou POSITIVO em US$ 787 milhões, apontando para uma direção. É uma condição que tem como efeito a valorização do real (outras variáveis internas e externas têm que ser consideradas, principalmente a taxa básica do Fed). É uma variável muito importante na análise da variação cambial.
A TABELA ABAIXO EM US$ milhões.
http://www.magconsultoria.uaivip.com.br/SETOREXTERNO.htm 

terça-feira, 6 de setembro de 2016

CURVA DE JURO DE 05/09/2016


CURVA DE JURO DE 05/09/2016.

CURVA DE JURO DE MERCADO continua descendente (negativa) e juro de 10/2019 cai para 11,86%. DI 360 12,92%. Há 1 ano estava em 15,02%. Em dez./2015 estava em 16,8%. 
Para conseguir reverter as expectativas de inflação foi necessário subir a Selic para 14,25% e mantê-la neste nível desde jul./2015 (15 meses. Normalmente com 9 meses se consegue resultados. A insegurança política dificultou). 



sábado, 27 de agosto de 2016

O IMPEACHMENT DE DILMA ROUSSEF.


O IMPEACHMENT DE DILMA ROUSSEF.

Para os leitores dos 25 países que normalmente visitam o blog: 

A Constituição do Brasil em seus artigos 85 e 86 diz: 

Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e especialmente, contra: 
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;

Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
Parágrafo 1º - O Presidente ficará suspenso de suas funções: 

ll - nos crimes de responsabilidade, após instauração do processo pelo Senado Federal.  

OS FATOS. Para conseguir se reeleger a presidente em 2013 e 2014 praticou inúmeras formas de abusos: reprimiu preços, fez swaps cambiais prejudiciais ao país (o prejuízo foi superior a R$ 100 bilhões), caiu a taxa básica para percentual que levou a um déficit em Transações Correntes (contas externas) de US$ 104 bilhões, para retardar a explosão do processo inflacionário. Distribuiu bolsas famílias sem controle, deu subsídios de juros para empresas escolhidas através do BNDES e permitiu a institucionalização e a generalização da corrupção no país como nunca se viu (SÃO 13,5 ANOS NO PODER). Autorizou a compra da refinaria de Pasadena, nos USA, causando um prejuízo perto de US$ 1 bilhão (depoimentos acusam corrupção). Na campanha MENTIU  falando que a situação do país era boa, desmentindo seu concorrente que avisava da crise iminente. 
Após tomar posse do novo mandato (2015) iniciou, corretamente, um ajuste fiscal. Não conseguindo ser acreditada socorreu-se de um economista (J. Levy) de linha de pensamento o inverso de seu discurso de campanha. Como os desarranjos foram maiores do que o previsto pelos críticos mais pessimistas, o buraco feito através do que denominaram de Contabilidade Criativa e Pedaladas Fiscais, a situação fiscal e a inflação agravaram-se. A presidente perdeu o apoio que tinha no legislativo (a maioria que a apoiava e acreditou em suas mentiras sentiu-se traída). Ao invés de pedir autorização ao legislativo para corrigir o orçamento e o superávit primário para déficit (chegou a R$ 170 bilhões), escondeu os fatos. Utilizou-se dos bancos públicos para fazer seus populismos e não pagou. O governo é proibido pela constituição de utilizar os bancos públicos para financiar-se. Defendem-se com o argumento de que os saldos negativos não pagos aos bancos públicos não são operações financeiras (um argumento absurdo). 

O PIB do país caiu mais de 3,5%, 12 milhões de desempregados, a inflação ultrapassou 10% (a meta é 4,5%). 
O Presidente da Câmara (a quem acusam, tem direito a um único voto) deixou de aceitar mais de 40 pedidos de impeachment. Aceitou um único, assinado por respeitado jurista, fundador do PT. 
Na Câmara mais de 2/3 dos Deputados votaram a favor do impeachment. 
No Senado em duas votações mais de dois terços dos Senadores votaram a favor do impeachment. 
Agora é a terceira e final votação. 

A presidente está sendo enxotada da presidência pelo conjunto da obra, pelas mentiras, pela corrupção generalizada e para evitar que o país volte a ser governado por incompetentes  que construíram tal quadro e que têm o foco na corrupção. O país quebraria e o sofrimento seria do povo brasileiro. Quem entende um pouquinho de economia e de contas públicas sabe que o Brasil não resistiria ao retorno da organização criminosa no comando do país (denominação dada pelo pleno do Supremo Tribunal Federal em julgamento).
Toda a elite dirigente do PT foi condenada à cadeia pelo pleno do STF, inclusive seu presidente e os 3 últimos tesoureiros. Lula, sua esposa, seus amigos e seus filhos estão submetidos a inquérito investigativo pela Polícia Federal. É disto que os brasileiros e o país está se livrando. 
Felizmente o Brasil é uma democracia madura (os órgãos de estado competentes e independentes) que através de suas leis está conseguindo livrar-se de tal organização que iria quebrar o país. MAG 08/2016. 
      

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

POLÍTICA MONETÁRIA – EFICÁCIA (INFLAÇÃO E CRESCIMENTO).

7) POLÍTICA MONETÁRIA – EFICÁCIA (INFLAÇÃO E CRESCIMENTO). 

MOTIVO: tentar explicar que o crescimento conseguido através de taxa básica expansionista e imprudente não tem sustentação.

1) A experiência demonstrou que a política monetária é mais eficaz no combate à inflação (claro que a parceria com a política cambial e fiscal adequadas torna-a mais eficaz ainda) do que (sozinha) para motivar e conseguir crescimentos (aumentos consistentes das atividades econômicas). O crescimento depende de outras variáveis fundamentais que constituem também a relação das causas das atividades econômicas (Anatole Murad desenvolveu um estudo interessante sobre o assunto). A queda da taxa de juro (sozinha) não provoca, com certeza, o aumento dos investimentos, é apenas uma variável necessária. A contestação de que a política monetária pode criar um ambiente de expansão, como único fator, é unanimemente aceito. O reconhecimento das limitações da política monetária, de que ela não pode como único fator resolver os complexos problemas e interesses individuais da atividade econômica, não tira sua importância no quadro mais vasto da política macroeconômica.  

      2) Uma adequada distribuição de rendas, a existência de fatores de produção (recursos naturais, capital, trabalho, tecnologia), a segurança institucional do capital investido, uma normatização (marco regulatório) adequada que passe segurança e motivação, vantagens ou desvantagens comparativas naturais e artificiais (leis adequadas, judiciário eficaz – rápido e justo - legislativo ou executivo que passem segurança), um sistema financeiro compatível que proporcione segurança para as poupanças e que alimente as necessidades de financiamentos do consumo e dos investimentos, um sistema previdenciário que estimule a formação de poupanças e que não permita privilégios, contas públicas transparentes com publicações de balancetes mensais analíticos, gastos públicos improdutivos (atividades meio) sejam o menor possível, são fatores importantes e que devem ser analisados. MAG 01/2007.


PUBLICADO EM 01/2007 NO SITE: 

http://www.magconsultoria.uaivip.com.br/artigos.htm#7) EFICÁCIA  

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

CRISE: CAUSAS, EFEITOS E CORREÇÕES.


CRISE: CAUSAS, EFEITOS E CORREÇÕES.

A crise brasileira atual teve como causas:
a) a redução dos preços de nossas commodities exportadas;
b) a queda da Selic abaixo da adequada (2012 / 2013) provocando desarmonia entre a velocidade de crescimento da oferta e da demanda e déficits externos (transações correntes). Em 2014 o déficit ultrapassou US$ 100 bilhões (INSUSTENTÁVEL);
c) para retardar a inflação (efeito da Selic abaixo da adequada) reprimiram os preços dos produtos administrados (petróleo e energia) provocando prejuízos e redução da capacidade de investir das empresas (com a corrupção quebraram a Petrobras);
d) as operações de swaps cambiais iniciadas em 05/2013 para compensar os efeitos da Selic abaixo da adequada (2012 / 2013), a desvalorização cambial e seus reflexos nos preços (inflação). As operações atingiram US$ 118 bilhões e provocaram um prejuízo (regime de caixa) de mais de R$ 100 bilhões;
e) o discurso de aversão ao lucro e ao mercado, e as mentiras (a transparência zerou) das autoridades econômicas e da presidente instalou um clima de desconfiança no governo (sem confiança os investimentos zeraram);
f) como o foco gerencial do governo e das estatais era mais a corrupção, a qualidade da gestão deteriorou;
g) a presidente perdeu o apoio do congresso que a elegeu (decepcionados com as mentiras eleitorais).
AS CORREÇÕES:
      a)    o início dos aumentos da Selic em 05/2013 (deram uma parada eleitoral entre mai. e set, de 2014), atingindo 14,25% em jul. de 2015;
  b)    o juro futuro que atingiu 16,83% em 12/2014 retroagiu para 12,02% em setembro/2016.   A curva de juro de mercado reverteu de ascendente para descendente. O custo de captação do TN e das empresas reduziu (o inverso do que leigos e economistas políticos ou mal formados escrevem);
 c)    o Saldo em Transações Correntes passou de US$ 104 bi. negativos em 2014 para US$ 58,9 bi. negativos em 2015 e para US$ 8,4 bi. também negativo em junho de 2016;
 d)    os preços reajustados melhoraram a situação das empresas (Petrobras e Elétricas);
 e)    a inflação iniciou a queda em junho (e julho);
 f)     infelizmente a política fiscal irá demorar mais tempo que o previsto para ser ajustada.
MAG 08/2016.