Há
4 anos
Marco Aurélio
Garcia
21 de dezembro de
2015. Belo Horizonte, Minas Gerais.
NAS DEMOCRACIAS
LIBERAIS A CORRUPÇÃO SEMPRE EXISTIRÁ. AS AUDITORIAS, CONTROLADORIAS,
CORREGEDORIAS E TRIBUNAIS DE CONTAS EXISTEM PARA REDUZIR E IMPEDIR A
GENERALIZAÇÃO DOS DESVIOS. O QUE APRENDEMOS É QUE MAIOR O PODER MAIOR A
CORRUPÇÃO. A MELHOR MANEIRA DE CONTROLAR A CORRUPÇÃO SÃO LEIS E NORMAS QUE
REDUZAM O PODER DISCRICIONÁRIOS DAS AUTORIDADES.
POR QUE A
CORRUPÇÃO SE AVOLUMOU E GENERALIZOU TANTO NO BRASIL? TREZE ANOS DE PROJETO DE
PODER DO PT (a utilização dos órgãos do estado como arrecadadores para o partido).
A CORRUPÇÃO PASSOU A SER INSTITUCIONALIZADA, ANTES ERA PESSOAL (muito menor).
DIRETORES DE ESTATAIS PASSARAM A SER OBRIGADOS A PAGAR PARA OCUPAREM O CARGO.
21/12/2019,
COMENTO:
HOJE SABEMOS QUE
TODOS OS PARTIDOS (E LÍDERES) FORAM COOPTADOS (NÃO RESISTIRAM À TENTAÇÃO DOS
GANHOS FÁCEIS). A DEMOCRACIA RESPONDEU ELEGENDO UM DESCONHECIDO. É O
APRENDIZADO.
O QUE MELHOROU E
APRENDEMOS:
a) a ignorância
sobre Política Monetária que dominava a mídia e as escolas de economia (exceção
para PUC RJ e FGV RJ e alguns jornalistas analistas de economia), reduziu-se ao
mínimo. Hoje já existe, podemos dizer, saber no assunto disseminado pela mídia
e articulistas;
b) as definições
erradas que dominavam a mídia e apostilas toscas de faculdades (dos esquerdinha
que só olhavam seus interesses pessoais, as desonestidades acadêmicas e aqueles
que tinham preguiça de procurar literatura de qualidade) definindo erradamente
as linhas de pensamento. Nem sabiam dividir em Política, Econômica e Costumes.
As definições de liberalismo eram quase totalmente erradas. Definiam como
pensamento liberal o inverso do mesmo. Hoje, felizmente, já reduzido, e apenas
os demagogos e ignorantes (que sempre existirão) incorrem no erro;
c) as corrupções
que já existiam (em alguns estados e cidades vergonhosamente) e foram
generalizadas e institucionalizadas nos governos PT, desconhecidas do grande
público e até por profissionais pragmáticos (não sabiam a extensão das
safadezas) foram investigadas pela Lava Jato, PF e MPF, mostradas ao público,
denunciadas e algumas julgadas e condenadas. Falta ainda por fazer?
Provavelmente sim. Estamos aprendendo que as condenações não amedrontaram os
ladrões (a tentação pelo ganho fácil é maior que o medo das condenações) e
ainda não indignaram os eleitores de esquerda (verdade que parte dos
intelectuais retraíram por indignação e vergonha). Existe um eleitorado de
direita que ainda acredita em mitos, mas condenam a corrupção (alguns ainda não
aceitam a ação da mídia investigativa);
d) aprendemos
também (apesar de existir alguns saudosistas que ainda acreditam em ditaduras
honestas) que as democracias apesar de serem vulneráveis às corrupções, têm
órgão de estados (e mídia independente e livre) com poder para investigar,
julgar e condenar ou absolver. Nas ditaduras a mídia é amordaçada e os órgão de
estados são cooptados pela ditadura ou eliminados. As democracias são falhas?
Sim, mas as ditaduras são piores;
e)
a internet e as mídias sociais estão reduzindo o poder às vezes desproporcional
da mídia (4º poder cada vez mais equilibrado, apesar de ainda em transição),
democratizando as opiniões e saberes e notícias falsas. Grande parte a maioria
sabe ser falsa e compartilha por interesse e paixão que embota a racionalidade
e o saber. Isto acontece mais com a extrema esquerda e direita. Mas os saberes
passaram a ficar à disposição na internet, reduziram a fragilidade e quantidade
da massa de manobra (a turma que é enganada e torce apaixonadamente, esquerda e
direita. A turma que tem ladrões de estimação, acredita em mitos e que chamo de
leigopatas e bobopatas). A mídia passou a torcer e distorcer noticiário
desavergonhadamente? Infelizmente sim, mas vai mudar com o tempo. Sem a mídia
seria muito pior. Temos o direito de criticar? Sim e devemos, mas também
devemos defender a liberdade da mídia (mesmo a que torce e distorce).
Há
4 anos
Marco Aurélio
Garcia
23 de dezembro de 2015 às 09:48 · Belo Horizonte, Minas Gerais ·
RECESSÃO, ESTAGFLAÇÃO E DEPRESSÃO ECONÔMICA.
RECESSÃO: acontece
quando o PIB cai (pode ser uma queda rápida e repetida do crescimento), mas não
acontece deflação. Pode ocorrer recessão com inflação.
ESTAGFLAÇÃO:
acontece quando o PIB não sobe e é acompanhado por inflação.
DEPRESSÃO
ECONÔMICA: acontece quando o PIB cai e ocorre deflação (queda do nível geral de
preços).
A PIOR CONJUNTURA
É A DEPRESSÃO.
Há
4 anos
23 de dezembro de
2015 às 12:34 · Belo Horizonte, Minas Gerais ·
LIBERAIS
E LIBERTÁRIOS:
Parece que o pensamento Liberal está voltando a ser considerado como o melhor
para a sociedade que enriquece. Com a valorização das ideias liberais o
Libertarismo (escola austríaca) volta a aparecer também. As ideias básicas são
iguais, a diferença é que os liberais aceitam o estado regulador, o monopólio
na emissão da moeda e Banco Central. Como os liberais aceitam o monopólio na
emissão da moeda e Banco Central, desenvolveram o estudo da Economia Monetária
que passou a ser denominada Monetarismo (é uma linha de pensamento mais técnico
em constante evolução, a adequação ao desenvolvimento das formas de negociações
do mundo). A ideia básica do Monetarismo moderno é: a estabilidade do poder de
compra da moeda é condição necessária, mas não o suficiente, para que ocorra o
crescimento econômico sustentado. A taxa básica de juro (Selic no Brasil) é a
ferramenta mais poderosa para o combate à inflação, errando nela errou em tudo.
Taxa básica alta, mas abaixo da adequada, é semelhante a uma dose insuficiente
de antibiótico, reforça a infecção e a inflação.
PENSAMENTO
LIBERAL: a principal função dos governos é regular, estabelecer a regra do
jogo. Se funciona sem regulamento, não regulamente. Os regulamentos devem
defender a concorrência e limitar o poder discricionários das autoridades. A
autoridade é da lei.
MÁXIMAS DE
ECONOMIA MONETÁRIA:
“Se os juros reais ex-post (acontecidos) são negativos e menores do que os
ex-ante (previstos) acontece a perda de poder de compra da moeda mais juros (os
poupadores aplicadores passam a ter renda negativa). A taxa de juro perde o
poder de ancorar as expectativas inflacionárias.”
“A expansão monetária acima da capacidade de crescimento da economia (PIB
potencial) é causa de inflação. Os aumentos dos preços são consequência.”
“A estabilidade monetária (do poder de compra da moeda) é condição necessária,
mas não o suficiente, para o crescimento econômico sustentado.”
Selic alta, mas
abaixo da necessária é semelhante a antibiótico insuficiente, faz mais mal do
que bem. Por que a inflação ficou ascendente apesar dos aumentos da Selic?
Porque os aumentos foram insuficientes. Os juros de mercado futuros (a parte
longa da curva) passaram de ascendentes para descendentes quando Levy anunciou
o primeiro superávit primário. Quando noticiaram que o superávit primário não
seria conseguido os juros longos de mercado passaram de descendentes para
ascendentes (a parte longa da curva reverteu de descendente para ascendente).
Os juros reais ex-post (efetivamente realizados) calculados pelo critério CDI
(ou Selic) – IRF – IPCA ou IGPM ficaram todo o ano de 2015 negativos.
PARECE
MENTIRA: O BC VENCEU A INFLAÇÃO E POR EXTENSÃO OS JUROS ALTOS DE EQUILÍBRIO. O
BRASIL (MÍDIA, ECONOMISTAS HETERODOXOS, ACADEMIA DOMINADA PELA ESQUERDA)
APRENDEU QUE POLÍTICA MONETÁRIA PRAGMÁTICA E NÃO A DEMAGOGA LEIGA É A CORRETA.
GERAÇÕES DE BRASILEIROS SOFRERAM POR CAUSA DA PRÁTICA DE POLÍTICA MONETÁRIA
DEMAGOGA (A MAIORIA LEIGOS MESMO).
Há 4 anos
Marco Aurélio
Garcia
19 de dezembro de 2015 às 17:11 · Belo Horizonte ·
EXPLICANDO INFLAÇÃO.
INFLAÇÃO ocorre
quando acontece aumento generalizado e contínuo dos preços dos bens e serviços
(o nível geral dos preços).
CAUSA PRINCIPAL: INFLAÇÃO É EXPANSÃO MONETÁRIA SUPERIOR À CAPACIDADE DE
CRESCIMENTO DA ECONOMIA (PIB potencial) que provoca o efeito da alta
generalizada e contínua dos preços. Os aumentos dos preços, podemos ver, são
efeitos.
ESTAGFLAÇÃO:
inflação com estagnação. A corrida preços x expansão monetária.
INFLAÇÃO COM
RECESSÃO: ocorre após um período de crescimento artificial provocado por
expansão monetária, preços e câmbio reprimidos e taxa básica abaixo da
adequada. A demanda fica superior à capacidade de produção interna e é
sustentada por importações (e déficits externos). Dizemos que a economia está
rodando em um nível superior ao sustentável. Este quadro não tem sustentação e
tem que ser revertido, quando são necessários os ajustes (eliminação das
medidas artificiais). A liberação dos preços e do câmbio provoca a inflação que
exige aumento do juro básico para evitar a contaminação do nível geral dos
preços. Se for possível fazer saldo fiscal positivo a necessidade de taxa
básica é mínima. O poder de compra se reduz com a queda do valor da moeda e por
extensão a demanda cai (as importações caem e o déficit externo reduz). Para
evitar a contaminação geral dos preços a ferramenta de política monetária mais
eficaz é a adequada taxa básica. Após o plano real os reinícios dos processos
inflacionários só conseguiram ser revertidos com a taxa básica fixada acima do
DI 360.
O PROCESSO
INFLACIONÁRIO CONSEGUIRÁ SER REVERTIDO SEM MAIS AUMENTOS DE TAXA BÁSICA? A. C.
PASTORE, economista racional (ortodoxo) escreveu que sim. Para ele a queda da
demanda já provocou a queda do PIB real abaixo do potencial. Dois diretores do
BC, com os quais concordo, votaram pelo aumento da
Selic. O juro real pelo critério SELIC - IRF - IPCA ou IGPM está negativo todo
este ano.
PREVISÕES BC E
FOCUS em 12/2014: para 2015 a previsão para a inflação ficou estável em 6,5% ao
ano. As informações constam do Boletim Focus divulgado pelo BC. Os
especialistas ouvidos pelo (BC) mantiveram a projeção da taxa básica de juros
(Selic) do país em 12,50% em 2015.
MÁXIMAS
DE ECONOMIA MONETÁRIA:
“Se os juros reais ex-post (acontecidos) são negativos e menores do que os
ex-ante (previstos) acontece a perda de poder de compra da moeda mais juros (os
poupadores aplicadores passam a ter renda negativa). A taxa de juro perde o
poder de ancorar as expectativas inflacionárias.”
“A expansão monetária acima da capacidade de crescimento da economia (PIB
potencial) é causa de inflação. Os aumentos dos preços são consequência.”
“A estabilidade monetária (do poder de comora da moeda) é condição necessária,
mas não o suficiente, para o crescimento econômico sustentado.”
CENTRO É
DIFERENTE DE MODERADO (de esquerda ou de direita), SIGNIFICA QUE NÃO SABEM PARA
ONDE IR, IGNORÂNCIA OU DEMAGOGIA.
Há
5 anos
21 de dezembro de
2014 às 12:02 · Belo Horizonte, Minas Gerais ·
INÍCIO
DE UMA POSTAGEM PARA O BLOG:
CAUSAS E EFEITOS
(O SABER E A IGNORÂNCIA).
Ainda sobre causas
e efeitos, o saber e a ignorância. A confusão entre o que é causa e o que é
efeito definem o saber e a ignorância em teoria econômica (e em quase todas as
ciências). Como a economia é dinâmica, sempre um processo em movimento,
acontecem muitas análises que confundem causa com efeito. As causas e os
efeitos podem ser definidos em (considerando o objetivo deste estudo):
a) Principais e
Secundários;
b) Controláveis, Influenciáveis e de Mercado;
c) Internas e Externas;
d) Naturais.
Podem também ser
definidas em:
a) Exógenas. São
as que influenciam outras variáveis, mas não são influenciadas por elas.
Exemplo: A emissão de moeda e os gastos do governo dependem da ação da
autoridade econômica;
b) Endógenas. São as que influenciam e são influenciadas. Exemplo: consumo,
produto, etc.
c) Dependentes. Dependem de outras variáveis;
d) Independentes. Não dependem de outras variáveis.
Como a economia é um processo em movimento as causas e os efeitos estão sempre
acontecendo e influenciando as expectativas, que são ao mesmo tempo efeito da
conjuntura passada e presente e causa (variável influenciável) da conjuntura
prospectiva. Alarmar os agentes econômicos é mais fácil do que torná-los
otimistas e racionais. Expectativas racionais de mercado influenciam possíveis cenários
econômicos, previsíveis pela teoria econômica, mas que sofrem influências
emocionais. Confiança nas instituições e nas autoridades aumentam a segurança e
a previsibilidade facilitando as previsões e influenciando positivamente as
expectativas.
A taxa básica de
juro (Selic no Brasil) é uma variável controlável e principal. A sua fixação é
feita pela autoridade monetária (uma causa) objetivando adequar a inflação à
meta estabelecida (também controlável) através da redução (ou aumento) dos
meios de pagamentos ampliados (efeito), que influenciam as atividades
econômicas (efeito) adequando-as à possibilidade do momento.
A taxa de juro de
mercado (as passadas e a atual, a evolução da curva de juro) é uma causa (às
vezes a principal) para ajudar a fixar a taxa básica e um efeito (varável
influenciável) da fixação da taxa básica passada.
O efeito do aumento da taxa básica (variável interna controlável e principal)
se verificará entre outras coisas na curva de juros de mercado (variável
interna influenciável), aumentando a parte curta da curva e reduzindo a parte
longa, por efeito do controle e da redução das expectativas de inflação.