sexta-feira, 12 de junho de 2020

DÍVIDA PÚBLICA


DÍVIDA EXTERNA E RESERVAS.


TÍTULOS / ANO 2019 04 / 2020
 RESERVAS - CAIXA US$ bi. 356.884 339.317
 DÍVIDA  EXT . US$ bi. 574 565
    Pública 82 77,8
   Privada 242 243,3
   Entre Empresas 250 243,9
TÍTULOS INT. c/ não resid. 102 72,7

COMPOSIÇÃO % DA DPF (DÍV. PÚBL. FED.) EM PODER DO PÚBLICO (Fonte TN e BC).

MÊS/ANO
PRÉ
%
SELIC
%
ÍNDICES
%
V. C.
%
TOTAL
fora BC
% s/ ano

anterior
Cart.
BC

% s/ ano

anterior
TOTAL

Geral
DEZ. / 2018 1280,41 33,03 1376,87 35,51 1064,62 27,46 155,16 4,00 3877,06 12,85 1806,79 8,40 5535,68
DEZ. / 2019 1315,80 30,97 1653,78 38,92 1106,39 23,04 172,94 4,07 4083,23 5,317 1856,22 2,73 5579,65
ABR. / 2020 1200,58 28,85 1611,62 38,73 1118,20 26,87 230,41 5,54 3943,70 1874,18 5817,89

DETENTORES DE TÍTULOS PÚBLICOS FED. - DPF - Fonte TN.

TÍTULOS DEZ. / 2019 ABR. / 2020
Valor % Valor %
Inst. Financ. (priv. e est.) 1008,08 24,69 1014,22 25,72
Fundos de Inv. 1089,48 26,68 1015,81 25,76
Previdência 1016,19 24,89 1011,38 25,65
Não residentes 425,77 10,43 369,26 9,36
Governo 161,97 3,97 158,67 4,02
Seguradoras 160,78 3,94 156,09 3,96
Outros 220,97 5,41 218,28 5,53
EFEITOS DA POLÍTICA MONETÁRIA NA DÍVIDA PÚBLICA MOBILIÁRIA FEDERAL INTERNA (DPMFI).

POLÍTICA MON. FROUXA (a queda artificial da selic provoca inflação):
a) AUMENTA AS TAXAS DE JUROS PRÉ DE LONGO PRAZO (a curva de juros de mercado fica positivamente mais inclinada) E O CUSTO DE NOVAS CAPTAÇÕES;
b) REDUZ O PRAZO DE NOVAS CAPTAÇÕES;
c)  O TN NÃO CONSEGUE FAZER NOVAS CAPTAÇÕES SELIC (só com deságios desaconselháveis);
d) O CUSTO DE CARREGAMENTO DO ESTOQUE DA DÍVIDA CORRIGIDA POR ÍNDICES AUMENTA (o risco de inflação inercial volta).
POLÍTICA MONETÁRIA CORRETA (condição para crescimento sustentado):
a) AS TAXAS DE JUROS DE LONGO PRAZO CAEM (a curva reduz a inclinação positiva podendo até ficar negativa, descendente), REDUZINDO O CUSTO DE CAPTAÇÃO E FACILITANDO O ALONGAMENTO DA DÍVIDA;
b) O ALONGAMENTO DA DÍVIDA  REDUZ OS VALORES MENSAIS A SEREM REFINANCIADOS (facilitando as captações pelo TN) PERMITINDO REDUÇÃO DE TAXAS;
c) OS ÍNDICES DE INFLAÇÃO CAEM (CONSEQÜENTEMENTE A SELIC) REDUZINDO O CUSTO (SUSTENTADO) DE CARREGAMENTO DO ESTOQUE DA DÍVIDA.  

terça-feira, 2 de junho de 2020

BALANÇO DE PAGAMENTOS E FLUXOS CAMBIAIS 2018 a 04 / 2020



BALANÇO DE PAGAMENTOS - US$ milhões.

CONTAS

2018

2019 04/2020
1- BAL. COMERCIAL

53587

39404 9626
 1.1- Exportações 239034 224436 67563
 1.2- Importações 185447 185032 57937
2- BAL. SERV. E RENDAS

-70620

-91130 -21934
 2.1) RENDAS

-36668

-55989 -13871
  2.1.1- Juros -19970 -25058 -7791
  2.1.2 - Divid. e Lucros -16946 -31126 -6143
  2.1.3 - Salários 248 195 63
  2.2) SERVIÇOS -33952 -35141 -8063
  2.2.1 - Viagens -12346 -11681 -1576
  2.2.2 - Transpotes -6154 -5926 -1578
  2.2.3 - Aluguel Equip. -15032 -14483 -4679
  2.2.4 - Outros X x X
3- TRANSF. UNILAT. 2522 964 432
4- TRANS. CORRENTES -14511 -50762 -11877
5- CONTA CAPITAL e FINAN. -8878 -52687 -10072
6- BAL. PGTO. Saldo -23389 -103449 -21949
6.1) PIB cresc. % 1,0 1,2  
8- RESERVAS - CAIXA bi. 379722 356884 339317
8.1) Fluxo Com. saldo milhões 47740 17901 19789
 8.2) Fluxo Finan. saldo -48735 -61154 -32519
8.3) Fluxo Total saldo milhões -995 -43253 -12730
9- Dívida Externa bilhões 559 574 565
   9.1- Pública 75 82 77,8
   9.2- Privada 244,4 252 -170,6
   9.3- Entre Empresas 238,6 250 243,9
9. A - Tít. internos c/ não resid. 107 102 72,7
10 - Dív..  Mobil. int. TN  tri. 3827 4083 4006
10.1 - Dív. Mob. int. Bruta 5383 4248 4214
11 - SRF - REC. admin. tri. 1305,5 1476 383,47
 11.1 - DÍV. / REC. 2,93 2,87  
12 - IGPM    7,54 7,30 2,50
13 - IPCA  3,75 4,31 0,22
14- CDI   6,42 5,96 1,30
15 - US$ % ACUM.   17,13 4,02 34,64

 


 

 

CÂMBIO - FLUXOS CAMBIAIS E SALDOS.

 

 

DATAS

SALDO

COMERC.

FLUXO

SALDO

FINANC.

FLUXO

SALDO

COM +

FINANC.

US$

RESERVAS

US$

SALDO

VAR.

CAMB.

%

POSIÇÃO

CÂMBIO

BANCOS

US$

SWAPS

US$

SALDO

RESULT.

SWAPS

R$

BALANÇO

COMERC.

US$

TRANS.

CORRENT.

US$

CONTA

CAPITAL

US$

DÍV.

EXTERNA

US$

MAI. 3962  -882  3080  345706  -1,39  V25505  56989 3538         
ABR. 5439 -6817 -243 339.317 4,39 V29204 52764 -8538 6437 3840 -10072 565
MAR. 8302 -14862 --6561 343.165 15,56 V33511 45972 -31259 4189 -15242 -15019 561
FEV. 4914 -9322 -4408 362.460 5,37 V38912 38792 -7606 2518 -3904 -3138 575
JAN. 1133 -1518 -384 359.394 5,92 V34261 35484 -7615 -2563 -11879 -11969 572
2020 19789 -32519 -12730 339317 32,50 V29204 X -51281 9626 -11877 -10072 565
2019 17475 -62244 -44768 356684 7,47 V33931 68863 -8152 39404 -50762 -52687 574
2018 47740 -48735 -995 375273 17,13 V24865 68863 -15125 47409 -12144 -4870 559
2017 52924 -52299 625 373972 1,50 V23296 23794 7.033 64028 -9762 4851 550,8

2016

47309 -51562 -4252 365016 -13,01 V24541 26559 75.562 47692 -23507 15949 552,3

BALANÇA COMERCIAL 2019 A 05/2020


sexta-feira, 29 de maio de 2020

A VERDADE SOBRE O GOVERNO DO BRASIL DE JAIR MESSIAS BOLSONARO.


A VERDADE SOBRE O GOVERNO DO BRASIL DE JAIR MESSIAS BOLSONARO.

J. M. BOLSONARO, surpreendentemente, derrotou democraticamente o poder político estabelecido (e o grande poder político das oposições), o poder dos sindicatos (que sobreviviam com imposto sindical obrigatório), o poder das mídias corporativas (que faziam e desfaziam governos e pessoas), o poder das corporações que dominavam as estatais e, sem dinheiro, sem mídia, apenas com seguidores apaixonados por seu discurso defensor dos antigos regimes militares (ditaduras legalizadas e apoiadas pelo povo), contra as corrupções do PT e seguidores, conservador em costumes e liberal em economia (conseguiu atrair eleitores ao falar que Paulo Guedes, economista liberal, seria seu ministro da economia).

Como é seu governo?

     a)    liberal em economia, privatizante, contra o intervencionismo corporativo estatal e privado que sobrevive de explorar estatais e o povo com controles desnecessários, criando dificuldades para vender facilidades, simplificador, elimina controles desnecessários (se funciona sem controle ele não controla. Na verdade, tenta eliminar e o judiciário não permite). A equipe econômica é das melhores que o país já teve. Tenta privatizar estatais e operações de serviços;

     b)    na política não trocou ministérios com partidos políticos (fez um ministério técnico), tentou não ter base no legislativo (comprar apoios partidários com benesses e cargos). Fez propostas reformistas e encaminhou para o legislativo sem tentar influenciá-los (comprar apoios). As reclamações foram vergonhosamente absurdas, atacaram-no de autoritário, antidemocrata, quando estava sendo democrata em excesso (independência e harmonia entre os poderes). Agora parece que está cedendo em cargos do segundo escalão para evitar um processo de impeachment (o legislativo recuou de sua trama golpista com apoio da mídia corporativa e de parte do STF, que ainda cria problemas. Possível crise institucional ainda existe) que não seria aprovado, mas duraria um ano. Tem uma base popular de apoio de uns 33%, mas muito ativa nas redes sociais e em passeatas. É o único político que se sair na rua e aeroportos é aplaudido (ministros do STF são odiados);

     c)    nos costumes é um conservador religioso radical. A maioria do povo brasileiro é conservadora religiosa, mas liberal e moderada no sentido de liberdade de religiões (na mesma família professam várias religiões) e aceitação de diferenças respeitosas;

    d)    relação com mídias corporativas: cortou verbas e qualquer favorecimento e em contrapartida é atacado raivosa e diariamente. Torcem ao invés de noticiar, distorcem notícias (de tão escandaloso não surte efeitos). É defendido por seus eleitores diariamente (e agressivamente) nas mídias sociais (da mesma maneira que é atacado);
     
    e)    corrupção: até agora o governo ainda não teve nenhum escândalo de corrupção;

    f)     relação com o STF. O STF brasileiro é de alto nível, mas infelizmente nos últimos tempos, alguns ministros, deixaram-se dominar por vaidades, prolixidades inúteis e paixões partidárias (todos eles foram escolhidos por presidentes que hoje são oposicionistas raivosos. Perderam as mamatas e sabem que Bolsonaro deve ser reeleito se nada fizerem). Monocraticamente estão tomando decisões (ditatoriais) que estão provocando uma possível crise institucional;

    g)    e Bolsonaro como é? É o que demonstrou ser na campanha eleitoral. Sincero, verdadeiro, dizem que pessoalmente simpático e aberto a conciliações, piadista, reconhece erros e volta atrás, rigoroso quanto a fidelidade de amigos (dizem que meio tosco, casca grossa. Lula e Dilma eram piores).

FINALIZANDO: QUEM APOSTAR NO BRASIL GANHARÁ MUITO.
29/05/2020.             

quinta-feira, 14 de maio de 2020

REVERTER A POLÍTICA MONETÁRIA ENQUANTO É TEMPO.


CÁLCULO DA TAXA BÁSICA CONSIDERANDO PREVISÃO DE IGPM 5%.

Com o IGPM previsto para 2020 de 5% e Selic nominal bruta de 3%, teremos a mesma líquida de IRF = 3% – 20% IRF = 2,4%. Reduzindo - 5% IGPM = - 2,6% (negativo). TAXA BÁSICA REAL NEGATIVA EM - 2,6%.

A Taxa Natural (neutra) considerada de 2,8% (ponto da curva de juro de 360 dias) positivos para - 2,6% (taxa básica líquida de IRF) teremos - 5,4% (uma diferença absurda e perigosíssima). Significa que a taxa básica Selic real está ABAIXO da NATURAL em - 5,4% sob a ótica dos aplicadores nacionais e dos investidores estrangeiros ou os que racionam em dólar (podem optar por investir no exterior).

O normal e aconselhável seria a Selic estar entre 0,5% e 1% abaixo da neutra portanto, em 2,3% ou 1,8% reais.  Para estar em 1,8% ou 2,3% reais a Selic nominal deveria estar positiva em (5% + 2,3) / 0,8 = 9,125% ou (5 +1,8) / 0,8 = 8,5%. Outra opção seria eliminar o IRF (aconselhável) e aí teríamos: 7,3% ou 6,8%.

CONSIDERANDO O IPCA DE 2,7%.

Seguindo o mesmo raciocínio e considerando o IPCA previsto para 2020 em 2,7%, teremos: Selic líquida de IRF 2,4% - 2,7% IPCA = - 0,3% (negativo). A diferença para a taxa natural (neutra) é 2,8% positivos para - 0,3% = -3,1% (uma diferença absurda e perigosíssima).

Significa que a taxa básica Selic real está ABAIXO da NATURAL em – 3,1% sob a ótica dos aplicadores nacionais e dos investidores estrangeiros ou os que racionam em dólar (podem optar por investir no exterior). O normal e aconselhável seria a Selic estar entre 0,5% e 1% abaixo da neutra portanto, em 2,3% ou 1,8% reais.  Para estar em 1,8% ou 2,3% reais a Selic nominal deveria estar positiva em (2,7% + 2,3) / 0,8 = 6,25% ou (2,7 +1,8) / 0,8 = 5,625%. Outra opção seria eliminar o IRF (aconselhável) e aí teríamos: 5% ou 4,5%.

QUAIS OS EFEITOS QUE PODERIAM OCORRER:

a) o real voltaria a valorizar e aumentar o poder de compra da população (e a segurança e previsibilidade fariam a demanda aumentar);
b) a expectativa de inflação futura (IGPM) cairia e os juros de longo prazo acompanhariam (e o custo de captação do TN). Os volumes negociados no longo prazo aumentariam (facilitaria financiamentos de investimentos);
c) o custo das importações de maquinários e insumos cairiam (reduziria custo de fabricação). O custo das importações concorrentes também cederia e obrigaria as empresas nacionais a trabalharem a melhoria contínua e os ganhos de produtividade;
d) os ativos brasileiros valorizariam em dólar (inclusive o PIB);
e) o poder de compra das famílias aumentaria (e a qualidade de vida, que no fim é o que interessa);
f) a insegurança externa que o Brasil está passando reverteria (e isto não pode perdurar);
g) o juro real é considerado alto ou baixo sempre em relação às expectativas do mercado (positivas, ascendentes, ou negativas descendentes). 14/05/2020.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

COPOM CAI TAXA BÁSICA. A RELAÇÃO TAXA BÁSICA (SELIC) X TAXA NATURAL (NEUTRA OU DE EQUILÍBRIO) X CONJUNTURA PRESENTE E PERCEPÇÃO DA FUTURA.



COPOM CAI TAXA BÁSICA. A RELAÇÃO TAXA BÁSICA (SELIC) X TAXA NATURAL (NEUTRA OU DE EQUILÍBRIO) X CONJUNTURA PRESENTE E PERCEPÇÃO DA FUTURA. EM 07/05/2020.

A TAXA SELIC DE 3% RENDE LÍQUIDO DE IRF (3% X 0,8 = 2,4%): 2,4%. É ESTA TAXA LÍQUIDA (2,4%) QUE OS POUPADORES INTERNOS (APLICADORES) E EXTERNOS LEVAM EM CONSIDERAÇÃO. COMPARAM-NA (taxa de juro ex-ante) COM A INFLAÇÃO FUTURA PELO IPCA E PELO IGPM (taxa de juro ex-post). PELO IGPM PREVISTO TERÁ UM NÚMERO NEGATIVO ELEVADO (E O IGPM É INDICAÇÃO DO IPCA DO FUTURO). PELO IPCA DEVERÁ DAR UM NEGATIVO PEQUENO. PELO DÓLAR É IMPREVISÍVEL NO MOMENTO.
A taxa Básica deve ser fixada acima ou abaixo da taxa Natural. Considerando-a = ao DI 360, 2,85% teremos:

     a)    com o IGPM previsto para 2020 de 5% e Selic de 3%. 3% – 20% IRF = 2,4% - 5% IGPM = - 2,6% (negativo). A diferença para a taxa natural (neutra) é 2,85 positivos para -2,6 = -5,45% (uma diferença absurda e perigosíssima). Taxa que provoca fuga de capitais (nacionais e estrangeiros), desvalorização da moeda pátria, possível aumento de atividades e de preços de alguns ativos (ouro, dólar, etc.). Se a percepção for de que a inflação subirá, as taxas de curto prazo de juros acompanharão a Selic, mas as de longo prazo subirão (o custo de captação do TN subirá). A nota de crédito do Brasil foi atingida negativamente (talvez mais por motivos políticos);

     b)    com o IPCA previsto para 2020 de 2,7%: 2,4% - 2,7% = - 0,3% (negativo). A diferença para a taxa natural (neutra) é 2,85% positivos para - 0,3% = -3,15% (uma diferença absurda e perigosíssima). Taxa que provoca fuga de capitais (nacionais e estrangeiros), desvalorização da moeda pátria, possível aumento de atividades e de preço de alguns ativos (ouro, dólar, etc.). Se apercepção for de que a inflação subirá, as taxas de curto prazo de juros acompanharão a Selic, mas as de longo prazo subirão (o custo de captação do TN subirá). A nota de crédito do Brasil foi atingida negativamente (talvez mais por motivos políticos).
COMENTO: considerando a insegurança conjuntural causada pelo COVD-19, pelas críticas diárias da mídia (que fizeram efeito forte no exterior) que reduziram a necessária percepção de estabilidade interna (segurança e previsibilidade) para aumento das atividades e investimentos (PIB), as duas previsões de taxa básica líquida de irf e de inflação (igpm e ipca) negativas, deverão (poderão) causar pouco efeito nas atividades. A este respeito o fundador dos cursos de economia no Brasil ensinou: E. GUDIN 1968: Em conjuntura recessiva com predomínio de pessimismo, não há taxa de juros capaz de, sozinha, reanimar a atividade. INFLAÇÃO E CÂMBIO: a inflação afeta o câmbio antes de afetar os preços, mas com as repetições entende-se que os dois efeitos são gêmeos, e um afeta o outro.  
Esta taxa básica passa insegurança para todos: poupadores (verão suas poupanças serem dilapidadas por inflação), reduzirá demanda (insegurança reduz demanda), e por extensão PIB. É semelhante a uma dose de antibiótico acima da adequada, fará mais mal do que talvez bem. MAG 07/05/2020.


 BLOG: TERÇA-FEIRA, 14 DE MARÇO DE 2017

ATÉ ONDE A SELIC PODE CAIR?

A credibilidade do MF e do presidente do BC, além da correta política monetária e dos esforços do MF para dar transparência e corrigir a política fiscal (apoiado pelo presidente MT e legislativo) conseguiram passar credibilidade para os agentes econômicos (a previsibilidade melhorou, mas ainda insuficiente). Os juros de longo prazo caíram de 16,8% em 12/2015 para abaixo de 10%. As expectativas de inflação caíram para abaixo da meta (4,5%) com a recessão invertendo a tendência de queda acima de 3,5% para um crescimento que ficará entre 0,5% e 1,5%. EM RESUMO: a competente equipe econômica e a correta política monetária venceram mais uma vez.

A PERGUNTA QUE TODOS PRETENDEM RESPONDER: ATÉ ONDE A TAXA BÁSICA (SELIC) DEVERÁ CAIR? ATÉ OS JUROS DE MERCADO DE LP (A CURVA DE JUROS) NÃO REVERTER A TENDÊNCIA DE QUEDA (DESCENDENTE) PARA ASCENDENTE. ESTA SERÁ A HORA DE PARAR COM A QUEDA DA SELIC, ANTES QUE AS EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO VOLTEM. OUTRA PERGUNTA: E SE OS PREÇOS NÃO PARAREM DE CAIR (hipótese que considero improvável) E CAMINHAREM PARA DEFLAÇÃO? ALÉM DE CAIR A TAXA BÁSICA DE JURO (SELIC) O BC DEVERÁ DAR LIQUIDEZ A JUROS BAIXOS PARA O LONGO PRAZO.

A HIPÓTESE MAIS PROVÁVEL É QUE A INFLAÇÃO RETORNE SE O BC PASSAR A IMAGEM DE QUE CEDEU ÀS PRESSÕES POLÍTICAS DE VÉSPERA DE ELEIÇÃO PARA CAIR A SELIC (hipótese que considero improvável). EM NÚMEROS ACREDITO QUE A SELIC PODERÁ CAIR ATÉ 9% COM O MÁXIMO DE 1% POR REUNIÃO DO COPOM (mais é arriscado). MAG 03/2017.     

quinta-feira, 9 de abril de 2020

A CRISE ECONÔMICA COVID - 19 (03/2020) E DIFERENÇAS COM ANTERIORES.


A CRISE ECONÔMICA COVID - 19 (03/2020) E DIFERENÇAS COM ANTERIORES.

As crises econômicas têm causas em barbeiragens (ou demagogias eleitorais) na política monetária, fiscal e cambial (pode ser em uma isoladamente, mas sempre as três são atingidas). Normalmente são excessos de déficits públicos (acima dos aceitáveis pelos agentes econômicos internos e externos), política monetária expansionista acima do PIB potencial por tempo acima do aceitável (potencial de crescimento da economia sem provocar inflação), política cambial artificial (para valorizar ou desvalorizar o câmbio). As barbeiragens atingem o máximo de negatividade na economia quando provocam crise cambial externa (falta de recursos para efetuar pagamentos podendo faltar até para compras de rotina. A rica Argentina passou por isto). O caso argentino difere do brasileiro por sua moeda ter perdido a função de reserva de valor (os argentinos em sua maioria poupam em dólares), é muito mais grave. No Brasil ainda se poupa na moeda pátria (até quando?) e a maioria dos ativos são valorizados em reais (na Argentina quase todos são valorizados em dólares). A função reserva de valor da moeda pátria facilita e potencializa a política monetária. Então vemos que a maioria das crises são monetárias (se expandem para o câmbio e contas públicas), ativos que não moeda se valorizam acima dos preços aos consumidores, formando bolhas até que estourem. O estouro se dá quando os agentes racionais começam a fugir dos ativos super valorizados e estes perdem liquidez (a desvalorização se dá mais rapidamente do que a valorização). Na valorização (formação das bolhas) acontece o efeito riqueza virtual (a liquidez dos ativos fica quase imediata = moeda), no furo da bolha acontece o inverso, o efeito empobrecimento (a liquidez cai a quase zero, reduzindo a capacidade demanda e atividades). Os BCs aprenderam que nas crises não podem deixar a liquidez cair, faltar crédito nem banco quebrar. Normalmente as crises passam (claro que alguns sofrimentos acontecem) e a economia volta ao normal aos poucos. As crises de solvência (segmentos da economia ficam insolventes) exigem maiores sacrifícios (absorver as perdas). O Brasil absorveu as perdas de quebras de bancos (a maioria dos estados), dos saldos devedores dos financiamentos do BNH. Os USA salvaram bancos na crise dos títulos subprime (hipotecas sem condições de liquidez). Existem também as crises por problemas atmosféricos (terremotos) e guerras. São soluções adequadas a cada situação.

A CRISE ATUAL (COVID -19): é uma crise com origem (causa inicial) diferente da monetária. Uma redução forçada das atividades (isolamento social para evitar contaminações e mortes) com efeitos na renda das pessoas e empresas, que se transmite para desvalorizações dos ativos e da moeda pátria, reduz a liquidez e o crédito (o medo das insolvências), e chega até aos bancos. O BC está agindo correta e rapidamente fornecendo liquidez aos bancos e evitando crise bancária. Um certo empoçamento da liquidez (do crédito) sempre acontece. O normal seria o BC fornecer liquidez com finalidade específica para os bancos emprestarem ou financiarem. A política cambial deve se limitar a fornecer liquidez para o funcionamento normal do mercado (pagamentos de financiamentos e de importações). O BC não deve atuar contra a tendência normal do mercado (é remar contra a maré). Os swaps devem se manter nos limites anteriores à crise (as vendas à vista têm por limite a existência de moeda).

ABAIXO PEQUENA PARTE DA PUBLICAÇÃO DE 01 / 2007 (baseado em texto de 1998, atualizado com gráficos posteriores que confirmam a tese) publicada no site www.magconsultoria.uaivip.com.br .  

1) POLÍTICA MONETÁRIA: RELAÇÕES ENTRE A TAXA BÁSICA E A TAXA DE MERCADO. 01/2007 (baseado em texto de 1998, atualizado com gráficos posteriores que confirmam a tese).

A TAXA BÁSICA FAZ MAIS EFEITOS CONTRACIONISTA DO QUE EXPANSIONISTA: a escolha dos agentes econômicos (consumidores, investidores e poupadores) entre a Moeda e outros Ativos Financeiros ou não é fundamental (isto é aceito por todos, keynesianos e clássicos).  Se a Moeda Pátria não é aceita como Reserva de Valor (Moeda mais Juros) a turma foge para outros ativos (bolsa, imóveis, moedas estrangeiras, etc.), podendo formar bolhas (véspera da crise). Não existe nada pior para uma economia do que a desmoralização de sua moeda (bom senso).
Relação déficit público x taxa de juro básica x taxa de juro de mercado: o déficit público influencia as taxas de juro de mercado através da demanda por crédito pelo estado ou da monetização da economia, por extensão a taxa básica;

a) COM A ECONOMIA EM EXPANSÃO (conjuntura prospectiva de crescimento, expansionista): a taxa básica fixada acima da taxa neutra tem efeito contracionista; fixada abaixo da taxa neutra provoca inflação e bolha (preços dos ativos sobem acima dos IPCs) ao invés de mais crescimento. Com os preços subindo acima da meta o BC deve fixar a taxa básica acima da de equilíbrio (ou neutra). Os agentes fazem aplicações no BC (através dos bancos) = retirada de moeda do mercado (contração monetária, retração de empréstimos). Se o BC, ao contrário, fixar a taxa básica abaixo da neutra o efeito expansionista será imediato e absurdo provocando inflação e bolha (preços dos ativos sobem acima dos IPCs). Retirando moeda do mercado ele reduz os depósitos bancários, reduzindo por consequência os empréstimos e assim sucessivamente, desestimulando as atividades (a demanda e a inflação).
Aplicações em títulos do TN = a moeda continua no mercado (o gasto acontece através do TN). Apenas se acontecer Superávit Público Nominal e o TN depositar o valor no BC é que é = a retirada de moeda do mercado. Se o Superávit for utilizado para pagar dívida do TN a moeda continua no mercado (o efeito imediato é a redução das taxas de juros de mercado, por extensão da taxa básica). A redução da demanda do estado (G) é compensada pelo aumento de recursos com a iniciativa privada. Os juros caem pela redução das captações pelo estado;

b) COM A ECONOMIA EM CONTRAÇÃO (ou conjuntura prospectiva contracionista): Neste caso o BC deve fixar a taxa básica abaixo da neutra. O efeito expansionista da taxa básica apesar de nulo para conseguir crescimento, evita mais contração. Os agentes continuam com suas aplicações no mercado (não acontece contração monetária), mas como a conjuntura já está recessiva continua da mesma maneira (mas com menos força). Estando a conjuntura em transição, saindo da recessão, com os preços aos consumidores subindo acima da meta e os dos ativos que não moeda evoluindo acima destes, a taxa básica sendo fixada abaixo do ponto neutro agravará o cenário. A história monetária e a prática têm demonstrado que o efeito expansionista da taxa básica (o efeito expansionista da moeda) atua mais nos preços dos Ativos que Não Moeda (financeiros ou não), formando Bolhas, do que no crescimento real da economia (acontece inflação ao invés de crescimento econômico). Estando a conjuntura em recessão os efeitos acontecem nos preços dos ativos (acima dos efeitos nos preços dos bens de consumo). A conjuntura recessiva continua, agravada pelo desequilíbrio nos preços relativos e pela redução nos salários reais. A correção da economia em desequilíbrio (preços relativos e bolhas) apenas atrasa. Para evitar contração a receita é aumento dos gastos públicos (déficit público de 3%, com máximo de 5% do PIB, até que as atividades e expectativas revertam para retorno da normalidade) e fixar a taxa básica abaixo da neutra. 04/2020.







quarta-feira, 1 de abril de 2020

A TURMA DO PENSAMENTO MÁGICO TENTA REAPARECER.


A TURMA DO PENSAMENTO MÁGICO TENTA REAPARECER.

Após produzirem o retorno do processo inflacionário (conseguirem provocar motivos legais e políticos para o impeachment de DR), a maior recessão dos últimos anos (quase 10%), quase criarem uma crise cambial de difícil solução (a Argentina conseguiu quebrar duas vezes quase seguidas), e terem silenciado após o modelo liberal conseguir com racionalidade e responsabilidade:

1) controlar o processo inflacionário;
2) reduzir as taxas de juros de mercado e a seguir a taxa básica (sem artificialismo);
3) corrigir as barbeiragens (artificialismo) da política cambial e as contas externas;
4) corrigir os preços reprimidos do setor energia;
5) eliminar a corrupção generalizada em empresas e bancos públicos;
6) salvar a Petrobras;
7) aprovar a reforma da previdência;
8) encaminhar a solução das outras reformas (administrativa, tributária) com possibilidade de serem aprovadas;
9) enfim, praticarem uma política monetária, fiscal e cambial racional e responsável.

Aconteceu a crise do Coronavírus (COVID-19) com paralisação de indústrias, comércios, serviços, esportes e transportes, todos os segmentos perdendo receitas e condições de cumprirem com pagamentos, várias pessoas perdendo emprego (o seguro desemprego cobre) e a turma das atividades informais (inclusive trabalhadores sem registros) e autônomos em situação de vulnerabilidade social em razão da pandemia virótica que afeta pulmões e respiração, ocasionando uma anomalia econômica e social.

Os liberais sempre foram defensores da responsabilidade monetária, fiscal e cambial, mas também da Assistência Social aos mais necessitados (um dos princípios do liberalismo racional). Em situações anômalas (imprevisíveis), acima das perturbações aleatórias (previsto nos modelos macroeconômicos), é defendido pela política monetária, após Milton Friedman, não permitir que a liquidez caia e por extensão os gastos públicos, muito diferente do defendido por Keynes (1936) que é gastar (gastos produtivos ou improdutivos) contestando Adam Smith (1776) que defendeu que se a relação gastos improdutivos / produtivos subisse acima do aceitável (o aceitável dependeria da relação gastos públicos / PIB) os efeitos sobre a renda (PIB) seria negativo (reduziria a renda). É quando a maioria consome, mas não produz, desarmonizando a relação oferta e demanda.
A receita que está sendo adotada neste momento é a liberal monetarista na política monetária: impedir a queda da liquidez e dos empréstimos (evitar o empoçamento da liquidez); e na política fiscal: prover assistência social para quem perdeu renda, portanto nada da irresponsabilidade dos gastadores irresponsáveis, provocadores de hiperinflação e de recessão (apelidados de keynesianos). 31/03/2020.