domingo, 12 de fevereiro de 2023

A TAXA BÁSICA, A RENDA, A POLÍTICA FISCAL E SEUS EFEITOS NAS ATIVIDADES, PIB (texto complementar a outros já publicados). 2020 E 2021.

 

A TAXA BÁSICA, A RENDA, A POLÍTICA FISCAL E SEUS EFEITOS NAS ATIVIDADES, PIB (texto complementar a outros já publicados).

 

EFEITOS IMEDIATOS (1º momento, curto prazo) E NO SEGUNDO MOMENTO (médio e longo prazos) DA TAXA BÁSICA:

      a)    Em um processo gradualista o aumento da taxa básica abaixo da inflação percebida (ou da taxa neutra) no primeiro momento (no processo de aumentos) tem como efeito imediato o aumento das taxas de juros de mercado de curto prazo e poderá ter como efeito a queda dos juros de mercado de longo prazo (a curva de juros inicia um processo de queda na parte longa) se o BC conseguir passar expectativas de queda da inflação (CONFIANÇA). Se o BC não conseguir passar Confiança na Expectativa de queda da inflação os juros de longo prazo só cairão após, no processo de aumentos da taxa básica, a percepção (expectativas) de queda da inflação passarem a ser acreditadas (aí os juros de lp cairão);

     b)    a taxa básica é a ferramenta mais potente para harmonizar (equilibrar) a oferta e a demanda. Tem mais força para desacelerar as atividades e demanda (fazer a demanda harmonizar com a oferta possível e sustentada) do que para aumentar a oferta (fazer o PIB crescer com sustentação). A taxa básica é mais potente para reduzir as atividades, fazer a economia rodar no ponto possível e adequado e menos potente do que, sozinha, fazer as atividades aumentarem com sustentação. Em um primeiro momento é possível, mas sem sustentação, provocando no momento a seguir dificuldades muito maiores (piora a conjuntura);

      c)    a taxa de juros é um instrumento (ferramenta) de harmonia entre a Liquidez (moeda e ativos líquidos), a Oferta e a Demanda. O processo pode ser gradual ou tratamento de choque; 

      d)    INSTITUIÇÕES CONFIÁVEIS melhoram as expectativas e reduzem as taxas de juros e motivam investimentos. As relações harmoniosas do poder executivo, legislativo e judiciário melhoram as expectativas e reduzem as taxas de juros. Uma mídia fazendo campanha contra o governo reduz a confiança, piora as expectativas, aumenta as taxas de juros e reduz investimentos;

     e)    FUNÇÕES DE UM GOVERNO LIBERAL (resumo): e1 - Poder Legislativo, fazer leis, aprovar o orçamento e fiscalizar sua execução; e2 - Poder Executivo, executar o orçamento, obedecer e propor leis. Diretamente Forças Armadas e Polícia. Indiretamente Agências de Controle, Saúde (parte diretamente), Educação (parte diretamente), Obras; e3 - Poder Judiciário julgar.     

 A DIFERENÇA ENTRE OS EFEITOS DA TAXA BÁSICA E DA POLÍTICA FISCAL NA LIQUIDEZ:

1)    O aumento da taxa básica reduz a liquidez de imediato retirando dinheiro do mercado para o Banco Central (os agentes vendem dinheiro para o BC). O efeito se dá pela redução imediata da liquidez a seguir nas atividades e na inflação;

 2)    O aumento do superávit fiscal (ou redução do déficit) aumenta o dinheiro com o TN que geralmente é utilizado para pagar parte da dívida pública aumentando a liquidez com o mercado. O aumento da liquidez com o mercado aumenta a oferta de crédito, pode reduzir as taxas de juros ou aumentar atividades e demanda (a demanda do setor privado substitui a redução dos gastos do governo). Geralmente o mercado percebe o aumento do superavit fiscal (ou redução de déficit) com melhoria da confiança e das expectativas. Isto pode fazer a oferta subir para harmonizar com a demanda e por efeito das expectativas positivas reverter o processo inflacionário, mas é mais lento que os aumentos da taxa básica;

 3)    Considerando que a Renda Nacional é a soma de: Renda do trabalho + Juros + Lucros + Aluguéis, com a liquidez aumentando e os juros caindo a segurança com o futuro de parte dos agentes cai (renda dos fundos de aposentadorias e das p poupanças pessoais) e nos momentos iniciais os preços aos produtores (IGPs no atacado) aumentam (o repasse aos preços aos consumidores acontece no segundo momento). A receita tributária sobe acima dos IPCs melhorando o caixa do governo. A regularização da harmonia entre a oferta e a demanda se dará com aumento da taxa básica para reverter o desequilíbrio provocado;

 4)    O superávit fiscal (ou redução do déficit) e a taxa básica adequada afetam a liquidez e melhoram a confiança do mercado, a credibilidade do governo e as expectativas ficam positivas. MAG.  06/12/2021

 Publicação de 07/11/2020:

O CRESCIMENTO NATURAL DA DEMANDA (PIB).

1) POPULAÇÃO. Novas pessoas (jovens e migrações do exterior e rurais para cidades) entrando no mercado como consumidores de: roupas (pessoais, cama, mesa, banho), eletrodomésticos, casa (alugar ou comprar).

2)  RENDA. Melhoria de distribuição de renda. Pessoas de renda mais baixa entrando no mercado de consumo (êxodo rural para cidades).

3)  INOVAÇÕES. Melhorias contínuas e inovações estimulam compras de automóveis e outros bens de consumo e maquinários. As inovações: as TVs de tela plana substituíram as antigas (as Smarts outra inovação) e os computadores e suas melhorias contínuas que são semelhantes a inovações (depreciação ou exaustão tecnológica). 

 NA DÉCADA DE 60 JÁ SE ESCREVIA SOBRE A MOEDA E A INFLAÇÃO:

 a) SEGURANÇA, CONFIANÇA. Em ambientes que transmitam Segurança (Confiança) as taxas de juros são mais baixas (os poupadores e os investidores preferem estes ambientes). A taxa de juro deve ser a menor possível, mas sem afetar a estabilidade monetária, preservando a função de RESERVA DE VALOR da moeda.

A boa ou má QUALIDADE do GASTO PÚBLICO - G - (necessários, desnecessários, produtivos, improdutivos, meio ou fim, benéficos, maléficos, honestos ou desonestos), é fator condicionante do crescimento e do desenvolvimento econômico e social (qualidade de vida). Neste sentido podemos afirmar que o subdesenvolvimento (a pobreza) é consequência da má qualidade da gestão dos gastos públicos.

O aumento dos meios de pagamentos e das atividades econômicas (demanda) sem contrapartida de aumento da produção (oferta PIB) tem como efeito demanda subir em desarmonia com a oferta e provoca inflação.  Existindo capacidade instalada ociosa, estoques, fatores de produção não utilizados ou evolução tecnológica que permita aumento de produção (produtividade), o aumento dos meios de pagamentos pode provocar aumento do PIB sem ocorrer inflação. Os monetaristas (e liberais) aconselham que a moeda deve ter um crescimento conhecido e ter por limite o crescimento potencial do PIB;

b)  DISTRIBUIÇÃO DE RENDA. A melhoria da distribuição da renda aumenta o consumo (nível de atividades) e pode causar inflação (se não ocorrer aumento de produção);

c)  TAXAS DE JUROS de mercado menor que a natural, ou taxa básica (ou redesconto) menor do que a de equilíbrio ou neutra eleva a demanda e os preços;

d)  EMISSÃO DE MOEDAS para fazer face a gastos improdutivos e desnecessários aumenta meios de pagamento e demanda e inflação se o aumento da oferta ocorrer após o aumento da demanda;

e)  DIVISAS. Entrada de divisas estrangeiras com conversão para moeda local (aumenta liquidez e pode provocar inflação);

f)  DEMANDA X OFERTA. Aumento da procura global sem aumento da oferta global é a causa geral de inflação;

g)  EXPORTAÇÕES. Necessidade de aumentar as exportações para fazer face a pagamentos de dívidas externas reduz oferta interna e aumenta preços;

h)  Desvalorização da moeda para aumentar as exportações aumenta internamente os preços de produtos e de insumos importados e exportados;

i) FATORES DE PRODUÇÃO (pleno emprego) - Não existindo pleno emprego dos fatores de produção (trabalho, capital, recursos naturais, tecnologia), o aumento dos gastos do governo (G) e dos meios de pagamentos, direcionados a investimentos eficazes e de maturação de médio prazo, não provocam inflação podendo ser uma medida benéfica e de estímulo à economia (estimula a procura global, os investimentos e a produção);

j) EFEITO ENRIQUECIMENTO - Expectativas positivas e segurança quanto ao futuro podem aumentar o consumo provocando aumentos de preços, caso inexista aumento de produção. A percepção de aumento de renda pessoal, provocada por valorizações de ativos etc., provoca sensação de segurança e aumento de consumo;

k) EFEITO EMPOBRECIMENTO - Expectativas negativas provocadas por desvalorizações de ativos, poupanças, bolsas, imóveis etc., provoca percepção de empobrecimento e por taxas de juros reais negativas (queda da renda de poupadores, de fundos de pensões etc.), provocam insegurança quanto ao futuro e podem induzir a redução de consumo e a queda de preços (paradoxo);

l) DESARMONIA ENTRE AS POLÍTICAS FISCAL E MONETÁRIA (incluso a cambial) - Déficits públicos (política fiscal) puxam as taxas de juros de mercado para cima e exigem maior taxa básica por parte da política monetária (um puxa para um lado, o outro, para outro), influenciam negativamente as expectativas.

MAG 07/11/2020.

CAPITALISMO DE MERCADO (ECONOMIA DE MERCADO, LIBERAL) X CAPITALISMO DE ESTADO (SOCIALISMO, COMUNISMO, INTERVENCIONISMO).

a)    as experiências socialistas no mundo fracassaram provocando pobreza, queda na qualidade de vida, falta de produtos e qualidade inferior da produção industrial, filas para comprar, totalitarismos, ditaduras cruéis, redução de liberdades de imprensa e de ir e vir. A Queda do Muro de Berlim e a dissolução da URSS foi o reconhecimento do fracasso do sistema em produzir para concorrer com o mundo da economia de mercado liberal. O nacional-socialismo (nazismo e fascismo) foram ditaduras totalitárias (estatizantes e intervencionistas), experiências de economias dominadas pela elite política e burocrática do estado que controlava tudo através de normas, regulamentos e estatais. O fracasso se deu pela derrota na guerra. O Socialismo acabou por não conseguir oferecer qualidade de vida à sua população (e por falta de liberdade);

 

b) TODAS AS ECONOMIAS SÃO CAPITALISTAS, A DIFERENÇA É:

b1) AS ECONOMIAS LIBERAIS (DE MERCADO): a iniciativa privada (empresas, pessoas) luta pela sobrevivência enfrentando as concorrências. A sobrevivência depende de atenderem a vontade dos consumidores, de ganhos contínuos de produtividade e de inovações. A riqueza fica com a iniciativa privada, o estado normatiza e cobra tributos, mas não opera;

b2) O CAPITALISMO DE ESTADO (INTERVENCIONISMO DE ESQUERDA, SOCIALISMO, COMUNISMO): as empresas são dirigidas por burocratas de governo (a produção obedece ao plano de burocratas do governo, as empresas sobrevivem mesmo com prejuízos). A riqueza fica nas mãos dos burocratas que comandam o governo.

ESTA É A ESCOLHA:

a)    a distribuição da riqueza no Capitalismo Liberal fica nas mãos da iniciativa privada (que se sacrifica pela sobrevivência das empresas);

b)    no Capitalismo de Estado (intervencionismo de estado) a maior parte da riqueza fica na mão do estado (na verdade nas mãos da burocracia que domina o estado);

c) a demagogia sobre a distribuição da riqueza: ficar nas mãos de quem se sacrifica pelo sucesso das empresas, ou nas mãos da elite burocrática que domina o estado.  MAG 07/11/2020.

 A RENDA (PODER DE COMPRA) E O CONSUMO (28/09/2020).

A renda nacional é representada pela soma das variáveis:

RNB = RENDA DO TRABALHO (assalariado com e sem carteira, autônomos e MEI) + LUCROS + JUROS + ALUGUÉIS.

A DEMANDA D = C + I + G + E = PIB + M (= OFERTA)

O CONSUMO = D - (I + G + E) = OF – (I + G + E) = PIB + M – (I + G + E) = PIB - (I + G + E - M) 

(Conforme o sistema padronizado de contas nacionais originado em Keynes, Teoria Geral

, iniciado e organizado por Simon Kuznets, aperfeiçoado por Richard Stone. A ideia de equilíbrio presume o desequilíbrio).  

Sabemos que: o consumo é função da riqueza acumulada e da garantia de renda futura em relação à expectativa de vida.

A expectativa, neste momento, não é de renda futura garantida: Renda do Trabalho, Lucros, Juros, Aluguéis. Os empregos e a renda do trabalho ainda não demonstram segurança futura. As empresas também sem segurança de lucros futuros. Os juros básicos negativos representam queda de renda e de poder de compra (consumo). Além de reduzir a renda provocam fuga para ativos no exterior (dólar, ouro ou bolsa). O juro básico tem que ser fixado buscando manter uma relação de equilíbrio entre demanda e oferta. Juros negativos podem estimular a demanda na mesma proporção que a fuga de capitais e uma percepção de empobrecimento (queda de poder de compra).

EFEITO EMPOBRECIMENTO - Expectativas negativas, provocadas por desvalorizações de ativos (poupanças, bolsas, imóveis etc., provoca percepção de empobrecimento), e por taxas de juros reais negativas (queda da renda de poupadores, de fundos de pensões etc.), provocam insegurança quanto ao futuro e podem induzir a redução de consumo e a queda de preços (paradoxo).   

EFEITO ENRIQUECIMENTO - Expectativas positivas e segurança quanto ao futuro podem aumentar o consumo provocando aumentos de preços, caso inexista aumento de produção (a percepção de aumento de renda pessoal, provocada por valorizações de ativos etc., provoca sensação de segurança e aumento de consumo). MAG 28/09/2020. Resumo de escrito 10/1998.

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A POLÍTICA MONETÁRIA E SUA RELAÇÃO COM O PIB E A RIB EM PAÍS QUE NÃO EMITE MOEDA RESERVA E MEIO DE PAGAMENTO MUNDIAL (17/08/2020).

consumo (maior parte do PIB = C + I) é influenciado pela renda das pessoas físicas = renda das famílias (a renda das pessoas jurídicas é influenciada pela das famílias). Sabemos que a RIB (renda interna bruta) = PIB (produto interno bruto) = renda do trabalho (salários + autônomos) + juros + lucros + aluguéis (S + L + J + A)Para o PIB crescer teremos que ter expectativas de crescimento do consumo que depende das expectativas de renda futura. Resumindo: o consumo depende da riqueza acumulada e de sua renda (juros, lucros, dividendos) e da expectativa da renda permanente do trabalho (empregos, rendas do trabalho e expectativa de conjuntura ascendente). Os investimentos dependem da expectativa do consumo.

Se o IGPM (índice geral dos preços do mercado) e o IPAM (índice dos preços no atacado do mercado) estão quase 5 vezes maiores do que o IPCM e o IPCA podemos entender que estamos com uma inflação represada (reprimida) que irá ser corrigida se a COVID-19 for controlada pelas vacinas. Qual a causa dos IGPs estarem tão mais altos do que os IPCs? SELIC negativa e muito abaixo da adequada (considerando Selic – irf – ipca ou – igpm) provocou (e está provocando) desvalorização do real (desvalorizou muito em relação ao dólar) e por consequência da renda das famílias (redução do poder de compra de todos, famílias e empresas). Os preços do IGP e do IPA subiram mais do que os preços ao consumo IPC por causa do aumento do dólar (e o consequente aumento dos insumos dolarizados e produtos importados). Os preços ao consumo serão afetados quando os efeitos da COVID-19 forem abrandados. As rendas das famílias foram afetadas pela redução dos empregos e das expectativas de conseguir outro, pela redução da renda das poupanças dos trabalhadores (assalariados e autônomos) e de seus fundos de pensão e da insegurança sobre a sobrevivência de muitas empresas (pequenas, médias e grandes). É a insegurança quanto a expectativa da renda permanente do trabalho, a eliminação da renda de suas poupanças. Isto retrai o consumo e a inflação correspondente, mas quando vier virá muito alta. Muitos preços ao consumo já estão com inflação muito alta. E os títulos do TN de LP já pagam IPCA + perto de 4%.

A INFLAÇÃO IRÁ ESTOURAR ANTES DAS ELEIÇÕES SE A SELIC DEMORAR A SER AUMENTADA E BOLSONARO NÃO SERÁ REELEITO. MAG 17/08/2020.   

 

BANCO CENTRAL, COPOM, POLÍTICA MONETÁRIA, FISCAL E TAXA BÁSICA.

 

BANCO CENTRAL, COPOM, POLÍTICA MONETÁRIA, FISCAL E TAXA BÁSICA.

O BC - BANCO CENTRAL E O COPOM - COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA DO BC.

O Congresso brasileiro aprovou a AUTONOMIA DO BC para estabelecer a política monetária objetivando manter a estabilidade do poder de compra da moeda (a diretoria tem mandato fixo de 4 anos, sendo 2 anos em cada governo, separando a política monetária da política partidária). O CMN - Conselho Monetário Nacional aprova a meta de inflação (atualmente 3,25% e 3% em 2024) que o BC deve perseguir. O BC (através do COPOM) estabelece a taxa básica (Selic), principal e mais poderosa ferramenta sob seu poder para atingir a meta de inflação e combater processos inflacionários. Outras variáveis perseguidas, como emprego e PIB, dependem da moeda acreditada (inflação controlada), considerando o crescimento sustentável (não apenas a ilusão de crescimento de curto prazo, mas sem sustentação). A taxa básica tem um percentual estabelecido considerando o estudo de várias varáveis (conjuntura presente e futura, visão de futuro) que formam as expectativas do mercado (todos os agentes econômicos de todos os segmentos). Estas expectativas podem ser influenciadas negativamente por declarações de autoridades monetárias, do executivo (principalmente o presidente) e do legislativo. Alarmar os agentes econômicos é mais fácil do que torná-los otimistas e racionais. Passar insegurança para o mercado exige política monetária mais rígida.

TAXA BÁSICA e a taxa de juros nominais de mercado (custo de captação para o TN): uma taxa básica considerada abaixo da adequada faz as expectativas de inflação e os juros de mercado de longo prazo subirem (neste sentido aumenta o custo de captação do TN). O TN para vender seus títulos corrigidos pala Selic só consegue fazê-lo com deságios no valor de face dos mesmos. Se as expectativas de inflação têm tendência de alta as taxas de juros acompanham (e a necessidade de Selic mais alta também). Uma taxa básica nominal alta, mas abaixo da adequada é semelhante a antibióticos, abaixo do adequado pode fazer mais mal do que bem. A taxa básica adequada (valor nominal alto ou baixo) é a considerada a mais correta para manter o poder de compra da moeda e as condições básicas necessárias, mas não o suficiente, para o crescimento das atividades e dos empregos. A política fiscal irresponsável (e gastos de má qualidade) exige taxa básica mais alta. MAG 12/02/2023.

POLÍTICA MONETÁRIA, CAMBIAL, EXPECTATIVAS, RENTISTAS E SELIC. 02/2023.
Em política monetária e cambial (na macroeconomia) as expectativas influenciam as variáveis futuras (juro nominal de LP e câmbio) e são influenciadas pelas falas das autoridades. As falas de Lula influenciam as expectativas negativamente. Taxa básica negativa (juro de curto prazo) influencia positivamente os juros de LP. A curva de juros nominais de mercado fica ascendente subindo o custo de captação do TN e desvaloriza a moeda pátria, reduzindo o poder de compra e empobrecendo a todos (é o inverso do que leigos pensam). A captação do TN em Selic fica mais cara (exigem deságios altos para comprar títulos da dívida do TN).
Não existe a variável econômica rentistas em Macroeconomia, mas poupadores e investidores. Os investimentos produtivos são financiados com 35% de capital próprio e 65% de terceiros (poupadores, fundos de pensão, bolsa, trabalhadores). Uma taxa básica abaixo da adequada (o TN só conseguirá captar com deságios altos em seus títulos Selic) faz subir as expectativas de inflação e as taxas de juros nominais de mercado de LP (sobe o custo de captação do TN). Falas leigas de autoridades influenciam expectativas e impede BC de reduzir Selic.

ACONSELHO A LEITURA DA POSTAGEM ANTERIOR ABAIXO.
A COMPLEXIDADE DA POLÍTICA MONETÁRIA E CAMBIAL. FLUXO CAMBIAL CORRENTE E PERSPECTIVAS DE FLUXO, COMMODITIES, PERCEPÇÃO DE RISCOS, EXPECTATIVAS. 30/01/2023.


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• 30 de jan.
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segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

A COMPLEXIDADE DA POLÍTICA MONETÁRIA E CAMBIAL. FLUXO CAMBIAL CORRENTE E PERSPECTIVAS DE FLUXO, COMMODITIES, PERCEPÇÃO DE RISCOS, EXPECTATIVAS.

 

FLUXO CAMBIAL CORRENTE E PERSPECTIVAS DE FLUXO, COMMODITIES, PERCEPÇÃO DE RISCOS, EXPECTATIVAS.

“A formação da taxa de câmbio depende exclusivamente dos fundamentos da economia. Não existe economia forte com moeda fraca ou vice-versa.” Nathan Blanche.

“Ao longo dos anos 90, fiquei muito impressionado com a facilidade com que passamos a influenciar, com a política monetária, a taxa de juros de longo prazo. Ficou mais fácil cumprir a missão.” Alan Greenspan.

O preço (relação cambial) da mercadoria moeda é função dos movimentos do mercado (ofertas de compra e de venda). Podemos dizer que é função das expectativas (= visão de futuro, positivas, negativas, neutras, racionais, emocionais) dos agentes.16/11/2009.

Os efeitos em economia devem ser analisados nos momentos: imediato (primeiro) e no a seguir (segundo). Neste texto analisaremos os efeitos do segundo momento.   

A INFLAÇÃO AFETA O CÂMBIO ANTES DE AFETAR OS PREÇOS INTERNOS (INFLAÇÃO E CÂMBIO SÃO EFEITOS, SÃO GÊMEOS, UM AFETA O OUTRO);

A DESVALORIZAÇÃO DO REAL EMPOBRECE A TODOS E FAZ O PIB REAL (dólar) CAIR. SELIC ADEQUADA É CUSTO MENOR.

Não há taxa básica de juro, mesmo que negativa (+ i - % inflação = - i), capaz de fazer CRESCIMENTO SUSTENTADO e reanimar uma economia. Provoca apenas um crescimento virtual (e um sentimento de riqueza também virtual e sem sustentação. A correção provoca um sentimento de empobrecimento virtual).

O mal-entendido juro básico e seus efeitos. Uma definição rápida de ciência é a conexão entre causa e efeito. As Ciências Exatas pretendem definir a conexão causa e efeito com resultado numérico exato, as Sociais (entre elas a economia) pretendem definir apenas as Tendências. Como exemplo podemos citar: quais os efeitos de um aumento na taxa básica de juro? A resposta dependerá das condições conjunturais e da amplitude do aumento da taxa básica.  As leis econômicas são dinâmicas, sempre um processo em movimento, são causais e temporais, estudam fenômenos que se sucedem no tempo (e as antecipações). São também CONDICIONAIS, como todas as leis científicas (requisitos são condições necessárias). São complexas, o entendimento exige conhecimentos acumulados, quase sempre tem exceções. Os efeitos no curto prazo podem ser diferentes do longo prazo (os juros de cp podem subir e os de lp caírem), no primeiro momento ser diferente dos seguintes.

A COMPLEXIDADE DA POLÍTICA MONETÁRIA E CAMBIAL.

A relação do câmbio no Brasil com o índice de commodities (o que importamos e exportamos) e com a expectativa do fluxo cambial futuro (percepção de risco político nacional e da economia global) é mais alta do que com o fluxo cambial presente. Os agentes tentam se antecipar a esses movimentos. No mercado financeiro as expectativas são sempre importantes.

Efeitos da Selic (taxa básica) nas atividades, inflação e no câmbio:     

a   a) O aumento da Selic (taxa básica) influenciando positivamente as expectativas de inflação futura reduz a desvalorização cambial (em alguns casos valoriza a moeda pátria aumentando o seu poder de compra e a qualidade de vida);

b   b) No Balanço Comercial e no Câmbio: a taxa básica (ib) acima da taxa neutra (in = taxa de equilíbrio) diminui as atividades e a demanda interna (inclusive importações) e motiva as empresas para as exportações (o balanço comercial reduz o saldo negativo ou aumenta o positivo);

c   c)  No primeiro momento influencia as expectativas de queda da inflação futura (o aumento dos juros de curto prazo influencia a redução dos juros de longo prazo) podendo valorizar a moeda pátria (as expectativas fazem os agentes se anteciparem). No segundo momento reduz a inflação e os juros de curto e de longo prazos. O aumento das exportações e a redução das importações podem fazer a relação cambial ficar favorável à moeda pátria (aumenta o poder de compra da moeda). Em contrapartida a redução das atividades como efeito da taxa básica superior à neutra (ou de equilíbrio) reduz as importações;  

     d)    não há taxa básica de juro, mesmo que negativa (+ i - % inflação = - i), capaz de fazer CRESCIMENTO SUSTENTADO e reanimar uma economia. A taxa básica de juro é apenas a variável mais importante para controlar um processo inflacionário.

Resumo de escritos de 90 e 2000.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

BALANÇO DE PAGAMENTOS 2021 e 2022, BRASIL (US$ milhões) E OUTROS DADOS.

 

BALANÇO DE PAGAMENTOS 2021 e 2022, BRASIL (US$ milhões) E OUTROS DADOS.


SALDO EM TRANSAÇÕES CORRENTES (2021, 2022):  -46358; -55668; em % do PIB -2,8%; -2,9%;

BAL. COMERCIAL: 36363; 44389;

  Exportações: 284012; 340655;

  Importações: 247648; 293266;

SERVIÇOS: -26957; -39994;

RENDAS: -58971; -63866;

  Juros: -20629; -19236;

  Lucros e dividendos: -38442; -44731;

TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS: 3207; 3802;

CONTA CAPITAL: 225; 245;

CONTA FINANCEIRA: -50168; -58439;

INVESTIMENTOS NO EXTERIOR: 13239; 30694;

INVESTIMENTOS DO EXTERIOR: 46439; 90572; em % do PIB 2,8%; 4,8%;

RESERVAS INTERNACIONAIS: 362204; 324703;

DÍVIDA EXTERNA: Bruta 352440; 318548; Entre empresas 242718; 256810; Bruta + entre empresas 567547; 575358; Títulos da dívida interna em poder de não residentes 102739; 103803; TOTAL: 670286; 679160;

 FLUXO CAMBIAL SALDO: Comercial 8092; 21481; Financeiro -3669; -24714; Final 4423; -3233;

POSIÇÃO DE CÂMBIO DOS BANCOS: -20668; -24539;

RECEITAS DO TN R$ trilhões: 1878,8; 2218,5 (+18,%);

DÍVIDA DO TN: 11/2022 R$ milhões: 7742549; Na carteira do BC 2126412; Com o mercado, fora do BC 5618138;        

 

  

terça-feira, 27 de dezembro de 2022

OS JUROS BÁSICOS NOVAMENTE?

 

 

 

OS JUROS BÁSICOS NOVAMENTE?


 COMENTÁRIO RÁPIDO SOBRE PARTES:

 1)     DÍVIDA PÚBLICA: a aceitação da dívida pública mobiliária como % do PIB depende da moeda emitida (se é aceita interna e externamente. Algumas não são aceitas nem internamente para poupanças, reserva de valor). Países que emitem moedas reservas mundiais ou com aceitação externa e que não têm histórico de calotes (reais ou através de inflação) podem ter uma relação dívida PIB maior. O valor da dívida mobiliária bruta emitida pelo TN deve ser reduzido das reservas (BC) e do valor em caixa (e bancos) do TN para definição da dívida líquida. O conhecimento aceito pela teoria monetária e pelo mercado é que uma taxa básica abaixo da adequada faz os juros nominais de mercado de longo prazo subirem acompanhando as expectativas de inflação (a curva de juros fica ascendente). Uma taxa básica adequada (os juros de curto prazo a acompanham) faz os juros nominais de mercado de longo prazo cederem (a curva de juros muda de ascendente para descendente). A previsão racional de que Lula venceria e as falas leigas ou demagogas sobre política fiscal e monetária aumentaram a insegurança e a volatilidade (e isto exige taxa básica mais alta). A dívida pública é o resultado de déficits públicos passados. Gastos públicos podem provocar inflação (se improdutivos pior ainda);

                    

2)     A TAXA BÁSICA: é aceito por todo o mundo econômico que a taxa básica é a mais forte e eficaz ferramenta de política monetária para combater um processo inflacionário. Seu efeito (e sua magnitude) dependerá da conjuntura, das expectativas, da credibilidade das autoridades monetárias e do governo. No caso atual os aumentos iniciaram com a taxa básica em 2%, IGPM e IPAM altíssimos prevendo o repasse nos momentos a seguir para os IPCs e o dólar valorizando muito acima do IPCA e empobrecendo a todos os brasileiros. A inflação prevista era de 6%. Uma taxa básica positiva (líquida de IRRF) teria que ser de 8% (menos 20% de IRRF = 6,4%). Acontece que o período dos aumentos da taxa básica de 2% para 8% pelo processo de gradualismo (ao invés de tratamento de choque) demorou, com aumentos de 0,5% a cada reunião do COPOM 540 dias = 12 aumentos de 0,5% x 45 dias. Neste interregno a inflação só iniciou a descendência dos aumentos quando a taxa básica atingiu perto de 6% (neste interregno a previsão da inflação subiu para acima de 6%). O BC (COPOM) para que a inflação retrocedesse optou por aumentar a Selic para 13,75% (a inflação que iria subir para mais de 10% retrocedeu, com a ajuda da redução dos tributos e preços da energia). A máxima, uma taxa básica alta, mas abaixo da adequada não fará a inflação retroceder (entrar no processo descendente), é semelhante a altas doses de antibióticos, mas abaixo da necessária, poderá fazer mais mal do que bem. Com uma inflação prevista de 6% a taxa básica mínima deve ser de 10% (10% menos 20% de IRRF = 8%. Taxa básica positiva em 2%), mas como a meta de inflação é abaixo de 6% o COMPOM elevou-a para 13,75% (pese nisto um novo governo com o presidente falando contra os conhecimentos acumulados aceitos pela maioria dos BCs do mundo civilizado, e pior, ministros da Fazenda e Planejamento leigos em economia e finanças em alto nível (e um histórico de Mensalão, Petrolão e a maior recessão já vivida em tempos normais). Em teoria econômica e monetária não existe a variável rentista, mas poupadores (pessoas com renda mensal acima de R$3.000,00). Os bancos são repassadores (meio de campo) das captações das aplicações financeiras dos poupadores e repassam para empréstimos ao mercado privado e para compras de títulos públicos. Quando o mercado fica inseguro sobre as previsões de LP preferem aplicar em Selic do que em taxa fixa de LP. O TN também prefere captar em Selic do que pagar as altas taxas de LP (prevendo queda da inflação e da Selic). Análises econômicas estáticas são para facilitar o ensino a iniciantes (e amadorismo em análises econômicas). O mercado trabalha com conhecimentos acumulados e análises racionais dinâmicas;

 

3)     GASTOS PRODUTIVOS E IMPRODUTIVOS: sabemos, por bom senso, que os gastos produtivos fazem o PIB crescer com sustentação (no CP e no LP) e que os improdutivos podem fazer crescer no CP (mas seus efeitos no LP, na maioria das vezes por abusos, não têm sustentação).   MAG 27/12/2022

 


sábado, 10 de dezembro de 2022

A ESQUERDA E A DIREITA (repetição necessária).

 

A ESQUERDA E A DIREITA:

A ESQERDA CONTROLA PREÇOS, PRODUÇÃO, COMÉRCIO, PROPRIEDADE, HERANÇA E O LUCRO (origem dos investimentos). O ESTADO REGULA E OPERA (ESTATAIS), A TRIBUTAÇÃO É MÁXIMA. É CONTRA O DIREITO DE IR E VIR, A LIBERDADE DE EXPRESSÃO, DE IMPRENSA E POLÍTICA (DITADURAS). AS ESTATAIS SÃO CONTROLADAS PELA ELITE BUROCRÁTICA E MILITAR. SÃO ANTROS DE CORRUPÇÃO E INEFICIÊNCIA. A PRODUTIVIDADE É BAIXA EM RELAÇÃO AS ECONOMIAS LIBERAIS DE MERCADO ONDE A CONCORRÊNCIA (A LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA) MOTIVA AS MELHORIAS CONTÍNUAS, OS GANHOS DE PRODUTIVIDADE E AS INOVAÇÕES. AS RELIGIÕES SÃO SUPORTADAS, MAS CONTROLADAS E SEM LIBERDADES.

AS EXPERIÊNCIAS ACONTECIDAS PROVOCARAM PERDA DE QUALIDADE DE VIDA (e liberdades), POBREZA E PRODUÇÃO COM QUALIDADE INFERIOR EM RELAÇÃO ÀS ECONOMIAS LIBERAIS (economias de mercado). A URRS (dissolvida pela pobreza produzida) E OS PAÍSES DA EUROPA ORIENTAL REGREDIRAM EM RELAÇÃO AOS PAÍSES DA EUROPA OCIDENTAL. AS DUAS ALEMANHAS, AS DUAS COREIAS, A CHINA CONTINENTAL X TAIWAN, X JAPÃO, X SINGAPURA X MALÁSIA. A CHINA COMUNISTA X A CHINA CAPITALISTA DE DENG XIAOPING. ALÉM DA POBREZA FORAM REGIMES AUTOCRATAS, CENTRALIZADORES QUE PRATICARAM PERSEGUIÇÕES E ASSASSINATOS (as ditaduras sempre se mantêm limitando as liberdades).   

 

A DIREITA (LIBERALISMO) É A FAVOR DE LIBERDADE DE MERCADO, CONCORRÊNCIA, PREÇOS, PRODUÇÃO E COMÉRCIO LIVRES (MERCADO, A CONCORRÊNCIA CONTROLA). DEFENDE A PROPRIEDADE PRIVADA, O DIREITO DE HERANÇA E O LUCRO. COM A LIBERDADE DE MERCADO (CONCORRÊNCIA) MOTIVA AS MELHORIAS CONTÍNUAS, OS GANHOS DE PRODUTIVIDADE E AS INOVAÇÕES.

O CENTRO: demagogia política, ignorância, indecisão sobre o caminho a seguir.

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ROMA E A TENTATIVA DE GOVERNO SOCIALISTA DE DIOCLECIANO.

PARA OS ECONOMISTAS QUE ACREDITAM NO PENSAMENTO MÁGICO DE QUE GASTOS (MESMO QUE IMPRODUTIVOS) PRODUZ RIQUEZAS (TEM TEMPO DE DURAÇÃO, A SEGUIR, NO PROCESSO, VEM A POBREZA).

Em 276 os exércitos romanos escolheram MARCO AURÉLIO PROBO como Imperador (íntegro e corajoso. Reinou 6 anos). Expulsou os germanos da Gália, os vândalos da Ilíria, construiu uma muralha entre os rios Reno e o Danúbio, amedrontou os persas apenas com a firmeza de suas palavras e implantou a paz no Império. Reduziu os gastos com os exércitos e implantou o reino das leis. Colocou o exército para drenar pântanos, derrubar florestas e trabalhar em obras públicas. Foi assassinado pelo exército (que depois arrependeu-se e ergueu um monumento em sua memória).

Para sucedê-lo o escolhido foi DIOCLECIANO (reinou 21 anos) um Imperador com grande habilidade política. Conseguiu pacificar as correntes políticas e organizar o governo. Estabeleceu a sede do governo em Nicomédia na Ásia Menor (atual Izmir a sudeste de Bizâncio, depois Constantinopla, hoje Istambul). O Senado se reunia em Roma. Organizou um estado com administração centralizada. A ditadura era uma necessidade das guerras. Foi bem-sucedido nas guerras.

Nos anos de paz enfrentou uma CRISE ECONÔMICA (declínio). Para enfrentar a carestia implantou a ECONOMIA DIRIGIDA. Estabeleceu um regime monetário sadio (garantiu a pureza e o peso das moedas que dizem ter perdurado até 1453), mas tabelou preços, distribuiu alimentos pela metade dos preços e empreendeu grandes obras públicas para dar trabalho aos desempregados. Estabeleceu controle estatal sobre vários segmentos de atividades (inclusive estatizou a importação de trigo). Proibiu a exportação de sal, ferro, ouro, vinho, cereais e óleo da Itália e regulou com rigor a importação destes bens. As regulamentações eram minuciosas e entravaram as negociações. As vendas de facilidades e de privilégios (pela burocracia do governo) passaram a ser rotina. Com a desorganização dos mercados que a tentativa de organização centralizada provocou (os mercados substituídos pelo estado e regulamentações minuciosas), a solução foi tabelar preços e culpar os açambarcadores. Foi uma das tentativas de substituir as leis de mercado (oferta e procura) por dirigismo estatal. O fracasso foi total e instantâneo (tipo governos socialistas, os governos militares do Brasil e o plano cruzado e seus tabelamentos de Sarney). A carestia aumentou, mercadorias essenciais deixaram de existir. O Édito (lei socialista) teve de ser afrouxado (Constantino o revogou). O custo da administração dirigida foi uma das fraquezas do regime de Diocleciano. Para sustentar tal burocracia (dizem ter chegado à metade da mão de obra) as taxas foram aumentadas. Para evitar o recebimento de tributos com moeda depreciada começaram a receber com produtos. A fiscalização empregava até tortura. Muitas cidades deixaram de existir pois as populações passaram a buscar refúgio entre os bárbaros. Outros absurdos aconteceram (até a escravidão por dívidas com o estado). Mesmo com este exemplo a humanidade repetiu e ainda tenta repetir os mesmos erros.

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EM 1776 ADAM SMITH ESCREVEU O TEXTO ABAIXO (trecho do capítulo III do livro "A RIQUEZA DAS NAÇÕES").

GASTOS IMPRODUTIVOS NÃO PRODUZEM RIQUEZA E SE ACIMA DE UM PERCENTUAL DA RENDA NACIONAL PRODUZIRÁ QUEDA DO PIB, POBREZA. AS CORPORAÇÕES QUE DEFENDEM PRIVILÉGIOS TÊM QUE ENTENDER QUE GASTOS IMPRODUTIVOS NÃO TÊM SUSTENTAÇÃO, TÊM TEMPO DEDURAÇÃO.

A RIQUEZA DAS NAÇÕES, ADAM SMITH (1776).

Trecho do capítulo III:

As grandes nações nunca empobrecem devido ao esbanjamento ou à imprudência de particulares, embora empobreçam às vezes em consequência do esbanjamento e da imprudência cometidos pela administração pública. Toda ou quase toda renda pública é empregada, na maioria dos países, em manter cidadãos improdutivos. Tais pessoas constituem uma corte numerosa e esplêndida, um grande estabelecimento eclesiástico, grandes esquadras e exércitos, que em tempos de paz nada produzem, e em tempos de guerra nada adquirem que possa compensar os gastos de sua manutenção, mesmo enquanto perdura a guerra. Essas pessoas que nada produzem, são mantidas pela produção do trabalho de terceiros. Quando, portanto, esse contingente è multiplicado além do necessário, em determinado ano ele pode consumir uma parcela tão grande da produção anual, a ponto de não deixar o suficiente para manter os trabalhadores produtivos, que reproduziriam, no ano vindouro, o que foi gasto neste. Em consequência, a produção do ano seguinte será menor do que a do precedente e se a mesma situação confusa continuar, a produção do terceiro ano será ainda inferior à do segundo. Os cidadãos improdutivos, que deveriam ser mantidos apenas por uma parcela da renda economizada pelo povo, podem chegar a consumir parte tão relevante da renda total, e com isso obrigar tão grande número de pessoas a interferir em seu capital, nos fundos destinados à manutenção de mão de obra produtiva, que toda a frugalidade e a boa administração dos indivíduos podem ser incapazes de compensar o desperdício e aviltamento da produção, gerados por essa intromissão violenta e forçada.

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segunda-feira, 24 de outubro de 2022

O PENSAMENTO LIBERAL E DIREITA.

 

O PENSAMENTO LIBERAL E DIREITA.

A demonização do termo liberal que a esquerda brasileira havia conseguido fazer dominando as universidades federais (com apostilas toscas cópias de outras semelhantes) e a maioria dos jornalistas, mal formados nessas faculdades e patrulhados se não se declarassem de esquerda, semelhante ao mundo artístico, por escritos com definições erradas sobre o liberalismo (muitas das vezes escrevendo como liberal o inverso do pensamento) demonstrando a ignorância (ou má fé) de quem escrevia (até famosos economistas, sociólogos e professores universitários). Felizmente acabou em sua maioria. Os escritos estão nas mídias e nas apostilas que devem envergonhar seus autores.

Agora as críticas sobrevivem para o termo direita. Alguns profissionais de nível superior (e os antigos críticos do pensamento liberal) definem-se como liberais, mas não direita (todo liberal é de direita). Alguns, inclusive políticos, definem-se como liberais e centro (indefinição = ignorância do caminho a seguir) ou centro direita (liberal é direita). Outros definem-se como socialistas democratas (socialistas defendem planejamento centralizado em economia e ditadura em política). Democracia é o pensamento inverso de socialismo e das antigas monarquias absolutistas (as ditaduras aproximam-se das monarquias absolutistas). A China liberou sua economia (economia de mercado = liberalismo), mas manteve o regime político de ditadura, que denominam comunismo (mas comunismo é o inverso de economia de mercado). Deng Xiaoping líder das reformas econômicas da China (implantando a economia de mercado), amenizou a ditadura implantando o máximo de dois mandatos (agora revertido por Xi Jinping), mas mantendo o termo comunista (uma maneira encontrada para convencer a elite que dominava o poder).   24/10/2022.

Mais informações em:

https://mageconomia.blogspot.com/2020/10/linhas-de-pensamento-economico-1994.html

https://mageconomia.blogspot.com/2020/12/direita-liberais-conservadores-centro-e.html

https://mageconomia.blogspot.com/2021/04/concorrencia-pura-e-perfeita-e.html

https://mageconomia.blogspot.com/2021/09/o-pensamento-liberal-092015.html

 

 

 

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

BALANÇO DE PAGAMENTOS DE MAIO 2022 (jan. a mai.). US$ mi.

 

BALANÇO DE PAGAMENTOS DE MAIO 2022 (jan. a mai.). US$ mi.

 

SALDO EM TRANSAÇÕES CORRENTES   -3506 (-15.541)

Balanço Comercial 3.446 (18.628)

  Exportações 30.049 (132.751)

  Importações 26.603 (114.123)

Serviços       -2.376 (-10.071)

Rendas        -4.928 (-25.525). Obs: Juros -711 (-7.937); Lucros e Dividendos. -4.209 (-17.609)

Tansf. Unilaterais 352 (1.427)

Conta Capital -43 (65)

Conta Financeira -2.644 (-15.264).

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INVESTIMENTO DIRETO NO EXTERIOR 3.081 (13.387)

INVESTIMENTO DIRETO NO PAÍS 4.483 (39.710)

DÍVIDA EXTERNA 669.890 (Operações entre empresas 246.011), (Títulos da dívida interna em poder de estrangeiros 98.190).

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FLUXO CAMBIAL JUN. (JAN. JUN.)

SALDO COMERCIAL 10.148 (27.670);

SALDO FINANCEIRO -3.665 (-8.535);

SALDO GERAL 6.483 (19.135).

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RESERVAS INTERNACIONAIS 29/07/2022.  346.403.

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