domingo, 19 de fevereiro de 2012

CHINA – O RÁPIDO CAMINHO DO MILAGRE


CHINA – O RÁPIDO CAMINHO DO MILAGRE
1949: Mao vence e funda a República Popular da China (considera que os capitalistas foram derrotados por causa da insatisfação da população com a inflação.).
1972: Nixon visita a China.
1980: Deng Xiaoping inicia as reformas liberalizantes. As ZPE (zonas econômicas especiais) concentram a produção para exportações.  
1990 a 1994: processo de liberalização do câmbio. Em 1994 o câmbio era totalmente livre (o mercado negro acabou). O RMB (Renminbi ou Yuan) passou a ser valorizado em oito por um em relação ao dólar, antes eram dois.  
1991: quase 70% dos preços eram formados pelo mercado.
1997: Hong Kong (na entrada do delta do rio das Pérolas, a região que primeiro se desenvolveu) passa para a soberania da China.
2001: a China entra para a OMC (Organização Mundial do Comércio).
2007 (março): aprovado o direito de propriedade pelo CNP (congresso nacional do povo).
AS EXPORTAÇÕES: cresceram para mais de US$ 1 trilhão por ano (a qualidade melhora a cada ano).
OS PROBLEMAS: o excesso de entrada de dólares fez as autoridades monetárias comprarem moeda para evitar a super valorização do RMB. Para enxugar o excesso de RMB no mercado emitiu títulos pagando juros (um custo para o tesouro chinês. Os exportadores, alguns estrangeiros, são os detentores destes títulos) para evitar a inflação (consideram a inflação como causa de revoltas e queda de governos). O excesso de Reservas (de moedas em desvalorização) é um problema para a China. Se permitir que sua moeda valorize suas reservas também se desvalorização (o prejuízo será enorme).  Para fugir deste risco a China está investindo no mundo inteiro e acumulando estoques de commodities.   
A população começará a exigir melhoria da qualidade de vida (maiores salários, residências, etc.) com os custos daí advindos.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

ECONOMISTAS BRASILEIROS - IMPORTANTES E QUE ESTAVAM CERTOS.


ECONOMISTAS BRASILEIROS - IMPORTANTES E QUE ESTAVAM CERTOS.
Relaciono entre os economistas brasileiros mais importantes e que estavam certos em seus pontos de vista os abaixo:
EUGÊNIO GUDIN: foi quem introduziu o estudo da economia (fez o curso) e a profissão de economista no Brasil (foi o principal fundador da FGV). Escreveu o livro PRINCÍPIOS DE ECONOMIA MONETÁRIA (ótimo para a época e bom até hoje). Autor de diversos artigos em jornais e estudos. Na época da ditadura do pensamento keynesiano conseguiu ter o bom senso de salvar-se. Foi professor de Moeda e Crédito da Faculdade de Ciências Econômicas da UNB.
ROBERTO CAMPOS: autor de diversos estudos, do livro Lanterna na Popa, previu antes de todos a derrocada e dissolução da União Soviética (problemas das nacionalidades). Estava certo em tudo que escreveu. Defendeu o pensamento liberal e a liberal democracia.
MÁRIO HENRIQUE SIMONSEN: conheci-o quando ainda um jovem engenheiro que se notabilizava no estudo da economia (foi paraninfo de minha turma, 1969). Foi um dos precursores na modernização no estudo da economia no país. Escreveu diversos estudos e artigos em jornais e na revista Exame. Com Rubens Penha Cysne escreveu dois clássicos de economia: Macroeconomia e Microeconomia.  Foi professor da FGV – EPGE.
ARMÍNIO FRAGA: lançou o sistema de metas de controle da inflação (o tripé, superávit primário, câmbio flutuante e meta de inflação). Impediu que o Real fracassasse como tantos outros planos (alguns mirabolantes e de pensamento mágico).  

EFEITOS DA SELIC NO IPCA E NOS JUROS FUTUROS


MÊS
ANO
IPCA
Meta 4,5%a.a
0,367485% a.m
SELIC  
DI 360
SELIC
EXPANS.
CONTRAC.
NEUTRA
COMENTÁRIOS
MÊS

Acum.
12 meses
JAN./07
0,44
2,99
13
12,36
CONTRAC.

DEZ./07
0,74
4,46
11,25
12,05
EXPANS.

JAN./08
0,54
4,56
11,25
12,08
EXPANS.

DEZ./08
0,28
5,9
13,75
12,17
CONTRAC.
A queda da selic para 11,25 (12/07) fez o IPCA 
subir de 2,99 para 5,9 %.
JAN./09
0,48
5,84
12,75
11,16
CONTRAC.
O aumento da selic para 13,75 fez o IPCA cair 
para 4,31% (12/09).
DEZ./09
0,37
4,31
8,75
10,46
EXPANS.
A Selic em 8,75% por tempo superior ao indicado 
fez o IPCA subir para 5,91% (12/10).
JAN./10
0,75
4,59
8,75
10,46
EXPANS.

DEZ./10
0,63
5,91
10,75
12,03
EXPANS.

JAN./11
0,83
5,99
11,25
12,44
EXPANS.

FEV.
0,80
6,01
11,25
12,62
EXPANS.

MAR.
0,79
6,30
11,75
12,29
EXPANS.

ABR.
0,77
6,51
12,00
12,52
EXPANS.

MAI.
0,47
6,55
12,00
12,45
EXPANS.

JUN.
0,15
6,71
12,25
12,65
EXPANS.

JUL.
0,16
6,87
12,50
12,58
EXPANS.
A selic foi mantida expansionista de 12/10 até 
07/11; o IPCA subiu para 6,87%.
AGO.
0,37
7,23
12,00
11,22
CONTRAC.
A selic passou a ficar contracionista (cenário negativo). O IPCA caiu; 7,23% para 6,22% (01/12).
SET.
0,53
7,31
12,00
10,39
CONTRAC.

OUT.
0,43
6,97
11,50
10,30
CONTRAC.

NOV.
0,52
6,64
11,5
9,66
CONTRAC.

DEZ./11
0,50
6,50
11,0
10,04
CONTRAC.

JAN./12
0,56
6,22
10,5
9,55
CONTRAC.
Selic contrac. de 08/11 a 01/12 fez  IPCA cair de 
7,23% para 6,22% (o cenário mudou).
Em vermelho os índices que ultrapassaram a meta do IPCA. Em amarelo SELIC menor do que DI 360 (política monetária expansionista).
Em 09/02/2012  a taxa mais negociada da curva de juros estava em (venc. jan./13) 9,55%; a mais longa em (03/2015) em 10,45%. O maior volume negociado estava acima de 1 ano (mas os volumes negociados muito baixos.). Aparentemente os vencimentos mais longos estão se concentrando em taxas corrigidas por IPCA ou IGPM (é uma maneira de defesa contra a insegurança quanto a inflação futura).
Em 15/02 os volumes negociados migraram para prazos menores do que 1 ano. Significa que os agentes não estão confiando na relação selic x expectativas de inflação futura (juros futuros).  Se a LIBOR foi manipulada a dúvida pode ter influenciado os agentes brasileiros. 

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

TAXA DE JURO NEUTRO (in - NATURAL OU DE EQUILÍBRIO) X TAXA BÁSICA (ib) x TAXA DE JURO DE MERCADO (im)


TAXA DE JURO NEUTRO (in - NATURAL OU DE EQUILÍBRIO) X TAXA BÁSICA (ib) x TAXA DE JURO DE MERCADO (im)
A taxa de juro neutro (natural ou de equilíbrio) é a que não influencia as atividades e não provoca inflação. A economia roda com equilíbrio entre a oferta e a demanda e cresce com sustentação (dentro do limite do PIB potencial).  
A taxa básica (ib) é a de curto prazo fixada pelo BC (controlável) para remunerar as sobras de moeda no mercado.
Estando as expectativas prevendo inflação superior à meta o BC deve fixar a taxa básica em percentual superior à neutra. Ela influenciará a queda nas expectativas da inflação e dos juros de longo prazo (o custo de captação do TN cai).
A taxa de mercado (im) é a negociada pelos aplicadores (poupadores) e tomadores (bancos). A curva de juros (as diversas taxas para os vários prazos) é formada neste mercado (onde vendedores e compradores de títulos públicos fazem seus negócios. A BM&F publica uma tabela.). A taxa neutra (nominal) em condições de normalidade é sempre o ponto mais negociado desta curva, com prazo mínimo (ou acima) de um ano.
A taxa de mercado pode estar acima ou abaixo da natural (neutra) por excesso de liquidez (moeda) no mercado. O BC pode fazer a taxa de mercado ficar abaixo da neutra fixando uma taxa básica que não estimula os poupadores a aplicarem seus recursos com ele (BC). Enfim permite (ou induz) que a quantidade de moeda em circulação esteja acima do necessário (sobra liquidez no mercado). Os detentores de renda (do trabalho, lucros, juros e aluguéis) ou de poupanças, com expectativas de perda para a inflação, fogem da moeda (moeda mais juros) como reserva de valor. O quadro resumidamente explica as opções dos agentes:
A ESCOLHA DOS POUPADORES: MOEDA PÁTRIA X OUTROS ATIVOS
ATIVO
RISCOS
RENDA DOS POUPADORES
DESTINO, FINALIDADE
MOEDA (preferência pela liquidez).
Guarda.
Evita perda com deflação
Entesourar moeda.
APLIC. FINANC. Renda Fixa Pré
Inflação, Juros subirem (cai valor dos títulos).
Juros (- Inflação – IRF).
Financiamentos (empresas e pessoas).
APLIC. FINANC. CM, Índices.
A parte de juros subir (cai valor dos títulos)
Juros + CM - IRF
Financiamentos (empresas e pessoas).
BOLSA
Desvalorizações
Divid. + - Variações no valor das ações.
Aumento de Capital, Transferências.
IMÓVEIS, TERRENOS, AMPLIAÇÕES
Liquidez, desvalorizações.
Alugueis + -  Var. no valor dos imóveis.
Locatários (empresas e pessoas).
ESTOQUES, MAQUINÁRIOS.
Deprec. tecnológica (inovações)
Valorizações (aumento produção).
Consumo futuro.
OUTRAS MOEDAS.
Desvalorizações
Juros + - Variações Cambiais
Câmbio.
OURO.
Desvalorizações
Valorizações
Entesourar

     Uma selic de 10,5%, prevendo uma inflação de 5,5% e IRF de 20% (um ano) dará uma taxa básica real efetiva de 2,8436% (110,5 - 20% DE IRF = 108,4 / 105,5 = 2,8436%). É esta a taxa que irá influenciar as escolhas e ações dos agentes.  

domingo, 5 de fevereiro de 2012

DAR SOBREVIDA A UMA DITADURA (TIRANIA) FAMILIAR SANGUINÁRIA – VERGONHA


DAR SOBREVIDA A UMA DITADURA (TIRANIA) FAMILIAR SANGUINÁRIA – VERGONHA
Ajudar a uma tirania familiar sanguinária envergonha os brasileiros. O pior tipo de ditadura que existe, a demagógica. A que retira do povo a capacidade de enxergar a verdade e os absurdos a que são submetidos (uma minoria esclarecida e corajosa entende e condena, graças à internet.). Uma ditadura que se impôs com o uso da força, assassinando os adversários. Se mantém pela fraude, intimidação, terror, pelo desrespeito às liberdades civis, ao direito de ir e vir, ao amordaçamento da imprensa (na verdade não existe), ao direito à informação. A propaganda institucional satura o povo de forma a cultuar a personalidade do ditador (que se torna líder), ou líderes, ou mesmo o país, para manter o apoio da opinião pública. Uma das formas mais eficientes de impor à população um sistema tirano é a propaganda subliminar, onde as defesas mentais não estão em guarda contra a informação que está a se introduzir no inconsciente coletivo. Esta se faz por saturação em todos os meios de comunicação (no caso de Cuba não existe meios de comunicação). Estamos gastando com Cuba em torno de US$ 1 bilhão, comprando vacinas imprestáveis, medicamentos sem qualidade comprovada e construindo um porto que servirá aos USA quando a ditadura for derrubada (e será em breve). Tudo em nome de uma vaidade juvenil de fã (tiete) de Che e Fidel (quando jovem, sem cultura, ainda se perdoa). Como disse Krushev, “que diabos de socialismo bom é este que tem que construir muros para que todos não fujam? Se fosse bom estaríamos construindo muros para que não entrassem.” O maior crime é retirar do povo a capacidade de julgar entre o bem e o mal (são submetidos a absurdos e ainda batem palmas. Os coreanos do norte até choram).     

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

POLÍTICA MONETÁRIA (evolução ao regime de metas de inflação).


POLÍTICA MONETÁRIA (evolução ao regime de metas de inflação).

Definindo a moeda como resultante das funções: reserva de valor, unidade de medida e meio de pagamento (instrumento de troca). Considerando que a manutenção do poder de compra da moeda (função de reserva de valor) é a missão principal da política monetária, podemos definir as variáveis (e os agentes) que direta ou indiretamente podem influenciar no alcance deste objetivo. A evolução da política monetária tem como base o estudo da relação da quantidade de moeda (conceito amplo) com o nível geral de preços. Primeiro a descoberta de que moeda cria depósito, que possibilita criar empréstimos, que criam depósitos, que criam empréstimos, assim sucessivamente. Em seguida a comparação da quantidade de moeda com a quantidade do produto e com a capacidade de produção (fatores de produção = trabalho, tecnologia, recursos naturais e capital). A descoberta do conceito de PIB potencial (nível de utilização da capacidade instalada) e hiato do produto (capacidade instalada não utilizada). A teoria quantitativa da moeda é o que veio tentar explicar de forma racional, mas reducionista, o poder de compra da moeda (sua desvalorização com os aumentos contínuos dos preços dos produtos e dos serviços = inflação). Podemos dizer que todo estudo a respeito da inflação, de alguma forma, explícita ou não, nadou em seus ensinamentos. Para controlar a quantidade de moeda (difícil de mensurar por causa da liquidez que o mercado dá aos títulos) os BCs atuavam através dos depósitos compulsórios, ofertando ou retirando moeda do mercado (manipulando a taxa de juro de mercado) e do IOF.
A manipulação da taxa de juro de mercado ocorria através da oferta de compra de títulos públicos de cp e de lp a taxas de juros abaixo destas (era como se utilizasse uma taxa de redesconto menor do que as taxas de juros pagas pelo TN). Isto provocava, no início, crescimento com taxas de juros de mercado baixas. O BC dependia de o TN fabricar superávits fiscais que nunca aconteciam, para que as taxas de juros caíssem sem artificialismos. Uma tapeação que a médio prazo levava a um processo inflacionário. Para combater a inflação subia a taxa de redesconto, medida incorreta e insuficiente. Considerando que a responsabilidade da manutenção do poder de compra da moeda é do BC e a política fiscal é de responsabilidade e autoridade do governo através do TN, a política monetária demonstrava-se totalmente incapaz de controlar a inflação.
A EVOLUÇÃO: o regime de metas de inflação, câmbio flutuante, superávit primário e utilização da taxa básica como principal ferramenta de controle da inflação veio coroar de sucesso um método eficaz e seguro de controle da inflação. A taxa básica funciona no controle da inflação retirando moeda do mercado através de juro superior ao de mercado. Ela é estabelecida de acordo com as expectativas de inflação do mercado (conjuntura prospectiva). Se as taxas de juros de mercado formarem uma curva muito ascendente (positiva), significa que os agentes preveem inflação alta.  Se a maior parte dos volumes negociados estiver abaixo de um ano significa insegurança quanto à conjuntura inflacionária prospectiva.      
  

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

NEOKEYNESIANOS X MONETARISTAS (Escolha).


NEOKEYNESIANOS X MONETARISTAS (Escolha).
O quadro abaixo é um resumo. As postagens MONETARISMO e KEYNES ESTAVA ERRADO são um pouco mais explicativas.   
ASSUNTO
KEYNESIANOS
MONETARISTAS
1 – Poder discricionário (arbítrio) na condução da política monetária
Sim
Não
2 – Regras: a pol. monet. deve ser conduzida por regras?
Não
Sim
3 – Expectativas racionais dos agentes econômicos?
Não
Sim
4 – Transparência obrigatória nas informações da autoridade monetária
Não
Sim
5 – Quantidade de moeda: crescimento sem oscilações e constante, tendo como limite o PIB potencial (fatores de produção).
Não
Sim
6 – Causa das crises: oscilações na oferta monetária
Não
Sim
7 – Taxa natural de desemprego (6%)
Não
Sim
8 – Pleno emprego
Sim
Não
9 – Câmbio flutuante
Sim
Sim
10 – PIB potencial. Nível de utilização dos fatores de produção. Limite
Não
Sim
11 – Taxa básica: em torno da neutra (de equilíbrio)
Não
Sim
12 – Taxa básica: deve ser reduzida mesmo após ser alcançado o auge
Sim
Não
13 – Meta de inflação
Não
Sim
14 – Gastos improdutivos (pirâmides do Egito)
Sim
Não
15 – Déficits públicos e aumento de dívida: causa de crise
Não
Sim
16 – Aumento da quantidade de moeda acima do PIB potencial causa inflação e após (no processo) a estagflação
Não
Sim
17 – Tabelamentos de preços
Sim
Não
18 – Presença do governo limitada à normatização, monitoramento, julgamentos e defesa da concorrência e dos consumidores.
Não
Sim
19) Presença do governo o mais ampla (inclusive na produção)
Sim
Não