sexta-feira, 17 de maio de 2013

PNB e PIB - O QUE ENTRA E O QUE NÃO ENTRA NO CÁLCULO.

PNB e PIB - O QUE ENTRA E O QUE NÃO ENTRA NO CÁLCULO.

DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL - OPÇÃO POR REDUÇÃO DO PIB (POBREZA).

PNB (produto nacional bruto): é o total dos valores adicionados pelos diversos setores da economia ao processo produtivo. Valor Adicionado: conceito que mede a contribuição de cada setor ao processo produtivo (sem duplicações). O PNB mede a capacidade de criação de valor da economia. É a soma de: bens econômicos (tangíveis e intangíveis) produzidos para o mercado + retenção de mercadorias pelos produtores para o consumo + valor do aluguel das casas habitadas pelos proprietários + salários in natura (aluguéis, mercadorias, etc.). PNB = RNB (renda nacional bruta) = total das remunerações pagas aos fatores de produção (salários + juros + lucros + aluguéis). PNB = RNB = DNB (despesa nacional bruta) = valor total das despesas em bens para uso final (mercadorias e serviços para o consumo e investimentos).
Não se inclui no cálculo do PNB: serviços domésticos da dona de casa, pagamentos de renda que não resultem de atividades produtivas (aposentadorias, juros da dívida pública,) e atividades ilegais (não socialmente úteis, como contrabando, etc.).
Fazem parte do PIB produtos benéficos (pão, medicamentos) e maléficos (fumo, bebidas, armas), necessários (alimentos) e desnecessários (pirâmides do Egito).
Os liberais e monetaristas condenam os gastos desnecessários como um mal para a economia, os keynesianos defendem os gastos sejam eles quais forem.
PIB (produto interno bruto): é o PNB ajustado para somar os recebimentos procedentes de rendas do exterior e deduzir as remessas ao exterior.

RLFE (renda líquida de fatores do exterior) = recebimentos menos remessas de rendas para o exterior (Rec. - Rem.).

PNB = PIB + - RLFE = PIB + Rec. – Rem., portanto PIB = PNB – Rec. + Rem.

PNB = C + I +G + E – M + Rec. – Rem. e PIB = C + I + G + E - M

Pelas definições acima vimos que não entra no cálculo do PNB e do PIB a propriedade de ativos, internos ou externos, entram apenas os bens econômicos produzidos para o mercado. Então não entra no PNB a propriedade de bens intelectuais (os ativos protegidos por registros), o capital de empresas no exterior, o capital emprestado ao exterior, a propriedade de qualquer ativo no exterior. Apesar de não entrar no cálculo do PNB, seus rendimentos (lucros, aluguéis, juros, royalties) entram. Semelhante aos aluguéis das casas residenciais. O ativo casa não entra, mas é representado pelo valor do aluguel que é semelhante a uma renda (renda = produto). Melhores as residências maiores os aluguéis e o PIB. Da mesma maneira a propriedade de ativos no exterior é representada no PNB pelas suas rendas (lucros, juros, royalties, etc.).

EFEITO DA DESVALORIZAÇÃO DA MOEDA (para privilegiar exportadores): acomoda a necessidade (e a motivação) da busca de melhoria contínua de qualidade e gestão; transfere recursos da parte eficiente (a competitiva) da economia para proteger os incompetentes e privilegiar os competitivos que exportam (a maioria empresas. com capitais estrangeiros); é opção por redução de poder de compra da população, da demanda e do PIB (empregos inclusive); é opção por parque industrial atrasado e não competitivo.   
Outro efeito muito importante e não divulgado da desvalorização cambial é o barateamento dos ativos nacionais (empresas, imóveis, etc.) e sua conseqüente transferência de titularidade para estrangeiros. Os ativos sendo de propriedade de estrangeiros têm como contrapartida a remessa de lucros (o maior saldo negativo da conta transações correntes do balanço de pagamentos brasileiro).

EXCESSO DE RESERVAS PARA EVITAR VALORIZAÇÃO CAMBIAL: se originada de compras feitas pelo BC para dar liquidez ao mercado é correto. Se, porém, é originada de excessos de compras de moedas para evitar valorização cambial é errado. O excesso de reserva se aplicado com rendimento de juros menores do que a inflação é como se estivéssemos fazendo uma doação ao país emissor da moeda reserva mundial (pobres doando para ricos). É pobre financiando rico.
No momento atual o Brasil tem excesso de reserva e aplica em títulos de liquidez mais alta (e juros menores). Como temos necessidade de captar poupança externa em torno de US$65 bi. em 2012, é aceitável e recomendado que o excesso da reserva seja aplicado financiando empresas (e bancos) brasileiras que fazem captação no exterior (através do BNDES e BB que têm expertise em financiamentos).
Se aplicarmos em títulos americanos estaremos financiando o Fed (com juros baixos) a monetizar o mundo, cobrando juros baixos dos bancos, que reemprestam a empresas brasileiras (e ao TN) cobrando juros altos. MAG 01/03/2012.

sábado, 4 de maio de 2013

A RIQUEZA DAS NAÇÕES - ATIVOS (FATORES DE PRODUÇÃO), PRODUTO (PRODUÇÃO) E A QUANTIDADE DE MOEDA.


A RIQUEZA DAS NAÇÕES

 ATIVOS (FATORES DE PRODUÇÃO), PRODUTO (PRODUÇÃO) E A QUANTIDADE DE MOEDA.
ATIVOS (FATORES DE PRODUÇÃO) PRODUÇÃO = PRODUTO = PIB QUANTIDADE DE MOEDA
1) RECURSOS NATURAIS
 SOLO -  Qualidade: agricultura, pecuária.
 ENERGIA -  Petróleo, Hidráulica,  Outras.                

 RECURSOS MINERAIS - Preciosos,

 Ferrosos, Metálicos, Atômicos, Outros.       

2) TRABALHO
 MÃO DE OBRA QUALIFICADA
 MÃO DE OBRA NÃO QUALIFICADA

3) CAPITAL
 ENERGIA - Capacidade Instalada.
 TRANSPORTES - Rodovias, Ferrovias,

 Hidrovias, Portos, Aeroportos. 

 COMUNICAÇÕES - Telefonia, Internet.
 PLANTAS INDUSTRIAIS -  Edificações
 e Maquinários.
 INFRA ESTRUTURA -  Água, Esgoto,
 Energia, Telefonia, Hotéis.      

 HABITAÇÕES - Residências.       

4) TECNOLOGIA:
 Royalties, patentes, Capacidade de inovação.
PIB = Y = C + I + G + E - M

PNB = PIB + Rec. - Rem.

RNB = S + L + J + A
FUNÇÕES DA MOEDA:
UNIDADE DE MEDIDA,
MEIO DE PAGAMENTO,
RESERVA DE VALOR.

MOEDA SEGUNDO SUA LIQUIDEZ:

M0 = Base Monetária = Moeda corrente + Reservas;

M1 = Meio de Pagamento = Oferta Monetária;
M1 = Moeda Corrente + Dep. a Vista;
M2 = M1 + Dep. Investimentos + Poupança;
M3 = M2 + Fundos Invest. + Oper. Compromissadas;

M4 = M3 + Títulos Federais Selic.

1) MEIO DE PAGAMENTO (MOEDA);

1.1) Moeda corrente;

1.2 ) Dep. a vista;
2) MOEDA PÁTRIA MAIS JUROS;
2.1) Aplicações Financeiras com cláusulas de recompra;
2.2) Cad. de poupanças e títulos vincendos (de cp e de lp)
com 30 dias;
2.3) Aplicações Financ. de médio e lp, com facilidade de
negociação no mercado;
3) ATIVOS QUE NÃO A MOEDA PÁTRIA
(possíveis de venda).  NOVA ÓTICA;
3.1) Moedas reservas mundiais;
3.2) Ações da Bovespa e Ouro;
3.3) Imóveis residenciais, comerciais e industriais (maquinários);

3.4) Quadros, Joias;
1) ATIVOS FATORES DE PRODUÇÃO: Os fatores de produção (ativos) não fazem parte do PIB, entretanto são condições (investimentos) necessárias para a produção nacional (PIB). Uma fábrica instalada em um país igual à de outro pode produzir mais ou menos (produtividade, eficácia). O custo de construção de uma fábrica (igual) pode ser maior em um país do que em outro. Os fatores de produção depreciam por uso, por tempo de uso e por exaustão tecnológica (inovações), portanto necessitam de gastos com manutenções e modernizações constantes.
O fator de produção registro de patentes não faz parte do PNB, mas os royalties e os aluguéis recebidos sim (medicamentos, software, tecnologias).
A manutenção dos portos, das usinas hidroelétricas, assim como a correta utilização das terras, evitando o seu esgotamento é essencial para a economia de um país. A floresta não faz parte do PIB, mas o corte e venda das madeiras sim. A relação Fatores de Produção e a produção (PIB) é que demonstra a produtividade de um país. 

2) PRODUÇÃO = PRODUTO = PIB: O PIB é a produção conseguida com os fatores de produção existentes. O PIB potencial é a capacidade de crescimento sustentado da produção (bens e serviços) dos fatores. A capacidade de produção para ser mantida precisa de gastos com manutenção e investimentos para enfrentar as depreciações. Se estes gastos não forem feitos a capacidade de produção dos fatores cai.

3) QUANTIDADE DE MOEDA: A moeda como unidade de medida não pode sofrer desvalorizações (inflação) ou valorizações (deflações). Então a sua quantidade deve guardar uma relação harmônica com o PIB e com a sua capacidade de crescimento (PIB potencial). Se a capacidade de crescimento do PIB for de 5% a quantidade de moeda deverá crescer em 5%. 
Vimos na postagem anterior que se a moeda não cumprir sua função de reserva de valor (desvalorizando-se = inflação) será substituída por outros ativos que não ela. Como a demanda destes ativos aumenta (como reserva de valor), os preços acompanham e aumentam muito acima do aceitável, formando as bolhas. Estas bolhas sempre furam causando grandes perdas de riqueza (sensação de empobrecimento), de liquidez e de crédito, podendo virar uma depressão se o BC não entrar socorrendo (evitando a queda da liquidez). É preciso entender que a desvalorização dos ativos (item 3 acima) vem acompanhada de queda de liquidez, com efeito semelhante a uma queda na quantidade de moeda (item 1 e 2 acima).  São efeitos que se potencializam (um somatiza o outro). Portanto as políticas fiscais e monetárias irresponsáveis provocam, após a formação artificial da riqueza virtual, os sofrimentos para os ajustes.
A novidade deste quadro é a demonstração dos Fatores de Produção como um ATIVO (riqueza) pouco noticiado pela imprensa, mas responsável pela produção (PIB). Demonstra também que Keynes estava errado ao receitar gastos improdutivos (pirâmides do Egito, furar buracos e tampar) como forma de crescimento, e taxas de juros sempre baixas que provocam inflação e ficam negativas, originando as bolhas. Vimos que são necessários esforços para construir, instruir (educação), manter e modernizar os Fatores de Produção, sob pena de queda da produção e da riqueza. A taxa básica de juro é utilizada para harmonizar a velocidade de crescimento da oferta e da demanda, através da adequação da quantidade de moeda ao PIB potencial. Inflação e juros negativos são a receita para o empobrecimento.    MAG /  05/2013.
A LEITURA DAS POSTAGENS DE ABRIL E DA http://mageconomia.blogspot.com.br/2012/03/pnb-e-pib-o-que-entra-e-o-que-nao-entra.html 
PNB e PIB - O QUE ENTRA E O QUE NÃO ENTRA NO CÁLCULO. DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL - OPÇÃO POR REDUÇÃO DO PIB (POBREZA).  AJUDARÃO NO ENTENDIMENTO DO PRETENDIDO. MAG 05/2013


ESTA MATÉRIA SERÁ MELHOR VISUALIZADA NO ENDEREÇO:
http://www.magconsultoria.uaivip.com.br/POSTS%20DO%20BLOG.htm 

terça-feira, 30 de abril de 2013

TAXA DE JURO NEGATIVO X RNB X PNB X POUPANÇA X INVESTIMENTO. O SEMPRE VIRTUOSO CAMINHO DO MEIO.


TAXA DE JURO NEGATIVO X RNB X PNB X POUPANÇA X INVESTIMENTO.
O SEMPRE VIRTUOSO CAMINHO DO MEIO.
Sabemos que a Renda Nacional Bruta é igual ao somatório da Renda do Trabalho (S) + Lucros (L) + Juros (J) + Aluguéis (A). RNB = S + L + J + A = PNB = produto nacional bruto.
Sabemos também que taxa de juro baixa estimula os investimentos (relação expectativas de lucros x juros). Juros maiores estimulam a poupança. As duas afirmações nos levam a aceitar que existe uma taxa de equilíbrio. Renda de juros é uma parcela do PNB.
Qual é o efeito de uma taxa de juro negativa no PNB? A taxa negativa de juro só existe com inflação superior a ela. Os agentes para defenderem-se da desvalorização da moeda refugiam-se em consumo ou investimentos em ativos que não a moeda pátria. Estes ativos valorizam-se mais rapidamente do que a inflação de bens de consumo formando as famosas bolhas de ativos (imóveis, ações, ouro). As valorizações artificiais (ou virtuais) dos ativos que não moeda não fazem parte da RNB, mas influenciam as atividades por darem uma sensação de segurança e de riqueza. Sabemos que as bolhas furam e os ativos desvalorizam, invertendo a sensação de riqueza para a de empobrecimento. Isto é semelhante a uma perda de riqueza.  Menor a riqueza menor a renda, menor o consumo, menores os investimentos. O efeito é semelhante a uma redução na quantidade de moeda. Portanto podemos afirmar que um dos motivos da estagflação (inflação sem crescimento) é a taxa de juro negativa, que é fruto de monetização excessiva. Resumindo: taxa básica de juro inadequadamente baixa ou negativa reduz a renda dos poupadores (trabalhadores, empresários, investidores e capitalistas). Por tabela o consumo e os investimentos produtivos (ficam os artificiais) destes agentes também caem (os agentes que poupam são os mesmos que consomem e investem). Fica a noção de um equilíbrio entre taxa de juro, poupança e investimento.
TAXA NEGATIVA DE JURO PROVOCA QUEDA DA RENDA NACIONAL (RNB = PNB), ESTAGFLAÇÃO, EMPOBRECIMENTO. MAG 04/2013.  

domingo, 28 de abril de 2013

TEORIA QUANTITATIVA DA MOEDA (UMA NOVA ÓTICA) MOEDA PÁTRIA X ATIVOS X PRODUÇÃO (PIB) .


TEORIA QUANTITATIVA DA MOEDA (UMA NOVA ÓTICA)
MOEDA PÁTRIA  X ATIVOS X PRODUÇÃO (PIB)

A Moeda (uma das maiores criações da humanidade) tem como Funções:
a) Meio de Pagamento (interno e mundial);
b) Unidade de Medida (unidade contábil interna e mundial);
c) Reserva de Valor (aceitação interna e mundial). 
Para cumprir suas Funções ela precisa ser estável, não ter inflação nem deflação que a invalide como Unidade Medida (contábil). Como utilizar um metro que está sempre mudando o seu comprimento, ou um peso que sempre muda? A moeda é semelhante.

CARACTERÍSTICA ESSENCIAL da moeda: ACEITAÇÃO (natural e curso forçado).
A aceitação define uma moeda como de curso mundial (aceitação como meio de pagamento e reserva.) ou apenas doméstico.
Os ativos (estoque de riqueza de um país) e a produção (PIB) são medidos em unidades de moeda. É a unidade de medida que permite registrar (Contabilidade Nacional, PIB, PNB) quantidades (peso, metros) diferentes e apresentar balancetes e balanços únicos em valores. A moeda permite a escrituração única de quilos de ouro, de aço e de trigo (as estatísticas quantitativas complementam).

TEORIA QUANTITATIVA DA MOEDA E EQUAÇÕES QUANTITATIVAS: as equações quantitativas são expressões matemáticas da teoria. Como todo modelo econômico é uma representação simplificada da realidade e como tal deve ser entendido. É um reducionismo. A teoria quantitativa é ampla e desenvolveu-se (e desenvolve-se) no tempo, não tendo as limitações das equações quantitativas. A quantidade de moeda pode ser medida como a seguir:

M0 = Base Monetária = Moeda corrente + Reservas;
M1 = Meio de Pagamento = Oferta Monetária = Moeda Corrente + Dep. a Vista;
M2 = M1 + dep. investimentos + poupança;
M3 = M2 + fundos investimentos + operações compromissadas;
M4 = M3 + títulos federais Selic.

A teoria absorveu o estudo de inúmeras variáveis econômicas e de mercado financeiro (em constante e contínua evolução) e seus efeitos no cp e no lp, no primeiro momento e nos sequenciais (o processo econômico, a evolução dinâmica). Conceitos como a curva de juros e sua evolução no tempo, a taxa básica e seus efeitos na parte curta e na longa da curva, no primeiro e no segundo momentos, nos preços de consumo e nos dos ativos financeiros e reais. A criação de moeda fiduciária, a quase moeda, as crises (bolhas e seus furos), as expectativas (positivas, negativas), o Banco Central, a liquidez, a política monetária, etc. 
O conceito de quantidade de moeda estendeu-se para o de liquidez (todos os ativos que conseguirem liquidez imediata ou com menos de 30 dias). Nas crises a análise estendeu-se da quantidade de moeda para queda (ou aumento) da liquidez. A redução das possibilidades de transformar ativos em moeda (para compras ou pagamentos). A desvalorização dos ativos  reduz a quantidade de moeda (a liquidez). A desvalorização dos ativos e a dificuldade de transformá-los em moeda (redução da liquidez) é semelhante a uma redução na quantidade de moeda, com o agravante do sentimento de empobrecimento.    

Podemos dividir o estudo da economia em dois lados:

I)     O MONETÁRIO (os tipos de moeda, a quantidade e a liquidez);

II) O REAL (produtos e serviços = PIB e ativos que não a moeda pátria = fatores de produção = capital, trabalho, recursos naturais e tecnologia).

I ) Do lado MONETÁRIO, por ordem de liquidez, podemos listar:

1) MOEDA;
1.1) Moeda corrente;
1.2 ) Dep. a vista;

2) MOEDA PÁTRIA MAIS JUROS;
2.1) aplicações financeiras com cláusulas de recompra;
2.2) Cad. de poupanças e títulos vincendos (de cp e de lp) até 30 dias;
2.3) aplicações financeiras de médio e lp, com facilidade de negociação diária no mercado;

3) ATIVOS QUE NÃO A MOEDA PÁTRIA (possíveis de venda). NOVA ÓTICA;
3.1) moedas reservas mundiais (com liquidez imediata);
3.2) Ações da Bovespa e Ouro (com liquidez com menos de 30 dias);
3.3) Imóveis residenciais, comerciais e industriais (maquinários) com liquidez com menos de 30 dias (venda);
3.4) Quadros, joias com liquidez com menos de 30 dias;
 

II ) Do lado da Economia Real temos:

1)    PRODUTO (produção material e serviços) = PIB = Consumo + Investimentos = C + I.

2)    ATIVOS DOS PAÍSES (fatores de produção): Ativos reais, residências, prédios comerciais, galpões industriais, hidroelétricas, energia nuclear, a gás, a carvão, a biomassa, solar, a óleo, estradas, portos, aeroportos, frotas, terras produtivas (agropecuária, mineração, petróleo, etc.), parque industrial, tecnologia (ativo que rende royalties), mão de obra (qualificada), etc.

FATORES DE PRODUÇÃO (capital, trabalho, recursos naturais, tecnologia).
PIB POTENCIAL (capacidade de crescimento da economia sem provocar inflação).
HIATO DO PRODUTO (diferença entre o PIB potencial e o efetivo). 
NAICU (Non-Accelerating Inflation Rate of Capacity Utilization) = Taxa de utilização da capacidade instalada que não acelera a inflação. 
NUCI = nível de utilização da capacidade instalada. 
Existindo fatores de produção e ou capacidade instalada não utilizada, o aumento de M não produzirá inflação. Em tese, a quantidade de moeda poderá (para M. Friedman deverá) ser aumentada em percentual igual à capacidade de crescimento da economia (algo em torno de 5%). A taxa básica (taxa de cp) de juro do BC é utilizada para retirar moeda (excesso de liquidez) do mercado se a inflação superar a meta ou ficar ascendente. Para que a taxa básica consiga retirar moeda do mercado ela deverá ser fixada acima da taxa de mercado de equilíbrio (neutra) de lp. 

BOLHA DE PREÇOS DOS ATIVOS QUE NÃO A MOEDA PÁTRIA: se o BC permitir que o processo inflacionário se instale, com a taxa básica de juro inadequadamente baixa (se negativa pior ainda), os agentes econômicos fogem da desvalorização da moeda pátria mais juros para outros ativos, provocando aumentos dos preços destes muito acima dos índices de preços de consumo, formando as bolhas dos preços dos ativos. Neste período de aumentos dos preços dos ativos que não moeda a liquidez dos mesmos aumenta, provocando uma percepção de riqueza, que dá segurança para gastos e financiamentos (na verdade a riqueza é virtual). Quando a bolha dos preços dos ativos fura, os preços e a liquidez dos mesmos caem e a percepção de riqueza transforma-se em sentimento de empobrecimento (a redução da liquidez é semelhante a redução da quantidade de moeda)

A BOLHA, O FURO, A QUANTIDADE DE MOEDA E SEUS EFEITOS: vimos que as bolhas ocorrem por políticas monetárias e/ou fiscais inadequadas (na verdade irresponsáveis, quase sempre por demagogia ou ignorância), que desvalorizam a moeda, provocando a fuga dela como Reserva de Valor, para outros ativos que não moeda. Este processo ocorre lentamente no início e mais veloz perto do fim (nas vésperas do furo da bolha). Durante o período de formação da bolha acontece um sentimento de enriquecimento sem trabalho, que dá uma sensação de segurança que facilita gastos, a valorização dos ativos faz aumentar a sua liquidez (transformando-se em quase moeda). Então podemos dividir a quantidade de moeda conforme especificado acima em I. A nova ótica é a inclusão do item 3, ativos que não a moeda pátria, com alta liquidez e valorização. Isto passa um sentimento de segurança e de riqueza (PENA QUE VIRTUAL) que alimenta a economia.

O FURO DA BOLHA: acontece naturalmente quando os preços dos ativos alcançam valores artificialmente irreais, ocorrendo uma queda na demanda dos mesmos, os preços param de subir e até mesmo começam a ter pequenas quedas. A seguir, a liquidez dos ativos cai abruptamente e os preços acompanham. Acontece também quando a autoridade monetária, verificando a formação das bolhas, aumenta a taxa básica, invertendo a política monetária (o processo de queda dos preços e da liquidez é semelhante).

O item 3) ATIVOS QUE NÃO A MOEDA PÁTRIA (possíveis de venda). NOVA ÓTICA, acima, perde liquidez e seus preços caem, instaurando uma sensação de empobrecimento. A perda de riqueza (VIRTUAL) é semelhante às desvalorizações dos ativos. A queda da quantidade de moeda (LIQUIDEZ) é semelhante à desvalorização dos ativos e à perda de liquidez dos mesmos. Isto não é percebido pelas estatísticas normais da teoria monetária (é a nova ótica). Milton Friedman já havia descrito a queda da quantidade de moeda (sem incluir o item 3 e o 2), que ocorreu na crise de 30 (a queda foi de um terço). A Oferta Monetária caiu 28% e os depósitos bancários 40%. Já a moeda corrente subiu 40%. Receitou que os BCs atuassem para que a queda não ocorresse, oferecendo liquidez ao mercado através do redesconto e impedindo quebra de bancos, o que faria reduzir em muito os sofrimentos. A redução do sofrimento não seria total, pois o retorno da economia ao nível sustentável (menor do que o da formação da bolha) acabaria com os excessos (a riqueza virtual sem trabalho).  O quadro abaixo é um resumo do descrito por M. Friedman sobre a crise de 30, comparado com dados do Brasil (crise de 2008).

OFERTA MONETÁRIA X BASE MONETÁRIA
USA AGO./1929 X MAR./1933; BRASIL SET./2008 X JUN./2009.
HISTÓRICO
USA
x
BRASIL
AGO./1929
MAR./1933
VAR. %
SET./2008
JUN./2009
Var. %
OFERTA MONET. (OM)
26,5
19,0
-28,3
x
215338
224493
4,25
Moeda Corrente (MC)
3,9
5,5
41
x
98211
103474
5,35
Dep. à Vista (DV)
22,6
13,5
-40,2
x
117127
121458
3,69
BASE MONET. (BM) = M0
7,1
8,4
18,3
x
136936
139185
1,64
Moeda Corrente
3,9
5,5
41
x
98211
103474
5,35
Reservas (R)
3,2
2,9
-9,37
x
38725
35711
-7,78
MULT. MONET. (OM/BM)
3,7
2,3
x
x
1,57
1,613
x
Reservas/Dep.
0,14
0,21
x
x
0,33
0,294
x
Moeda Corr./ Dep.
0,17
0,41
x
x
0,838
0,852
x
FONTE: USA, MACROECONOMIA, N. GREGORY MANKIW (ADAPTADO DE MILTON FRIEDMAN, A MONETARY HISTORY OF THE USA). BRASIL, BCB.
OBS.: A CORRETA ATUAÇÃO DO BCB IMPEDIU QUE A OFERTA MONETÁRIA CAÍSSE, AMENIZANDO OS EFEITOS DA CRISE AMERICANA (SET../2009) NO BRASIL (DIFERENTE DA ATUAÇÃO DA AUTORIDADE MONETÁRIA AMERICANA NA CRISE DE 1930).

O item 2) MOEDA PÁTRIA MAIS JUROS também perde liquidez e os títulos desvalorizam, causando uma perda de riqueza e sensação de empobrecimento. Com o furo da bolha, a desvalorização dos ativos e a consequente insegurança e redução do crédito, amplia-se a crise. Se o BC não atuar inicia a deflação (pior do que inflação) e os agentes refugiam-se na moeda corrente como defesa do seu capital. Os depósitos à vista e as aplicações financeiras caem (por insegurança e medo da quebra dos bancos), reduzindo a criação de moeda (depósitos criam empréstimos que criam depósitos que criam empréstimos. O processo de formação de moeda bancária).

A QUEDA DA QUANTIDADE DE MOEDA (NOVA ÓTICA): além da queda da quantidade de moeda, descrita acima, ocorre também a perda de riqueza por desvalorização dos ativos descritos no item 3 (exceto o ouro, que passa a flutuar, mas com tendência de alta. Quando a crise passa o ouro desvaloriza, já que não rende juros) e da liquidez dos mesmos. Isto traz insegurança e redução das atividades.  

O QUE FAZER PARA EVITAR AS DESVALORIZAÇÕES DOS ATIVOS? EVITAR AS CRISES. COMO? NÃO PRATICANDO POLÍTICAS MONETÁRIAS E FISCAIS IRRESPONSÁVEIS. PRATICANDO RESPONSABILIDADE FISCAL E MONETÁRIA. ACREDITANDO NA RELAÇÃO PIB POTENCIAL E CRIAÇÃO DE MOEDA. MAG 04/2013.



O FLUXO DE CRIAÇÃO DA MOEDA

EMISSÃO DE MOEDA
100
CRIA DEPÓSITO
97
CRIA EMPRÉST.
90
CRIA DEPÓSITO
87
CRIA EMPREST.
80
CRIA DEPÓS..
77
E ASSIM SUCESSIVAMENTE. PARA CADA 100 DE EMISSÃO DE MOEDA SÃO CRIADAS MAIS, DE 700 A 1100 NOVAS MOEDAS 
(CHAMADAS FIDUCIÁRIAS OU BANCÁRIAS).

A ESCOLHA DOS POUPADORES: MOEDA PÁTRIA X OUTROS ATIVOS
ATIVO
RISCOS
RENDA DOS POUPADORES
DESTINO, FINALIDADE
MOEDA (preferência pela liquidez)
Guarda
Evita perda com deflação,
desvalorizações de títulos e insolvências.
Entesourar moeda.
APLIC. FINANC. Renda Fixa Pré
Inflação, Juros subirem (cai valor títulos)
Juros (- Inflação - IRF).
Financiamentos (empresas e pessoas).
APLIC. FINANC. CM, Índices
A parte de juros subir (cai valor títulos)
Juros + CM - IRF
Financiamentos (empresas e pessoas).
BOLSA
Desvalorizações
Dividendos. + - Variações no valor
Aumento de Capital, Transferências.
IMÓVEIS, TERRENOS, AMPLIAÇÕES
Liquidez, desvalorizações
Alugueis + -  Variações no Valor
Locatários (empresas e pessoas).
ESTOQUES, MAQUINÁRIOS
Depreciações tecnológicas (inovações)
Valorizações
Consumo futuro.
OUTRAS MOEDAS
Desvalorizações
Juros + - Variações Cambiais
Câmbio.
OURO
Desvalorizações
Valorizações
Entesourar

MAG 04/2013.