quarta-feira, 30 de outubro de 2013

EFEITO DO CÂMBIO NO PIB.


EFEITO DO CÂMBIO NO PIB.
Indicadores econômicos  -  Países selecionados – PIB nominal - US$ bilhões
Países 2007 2008 2009 2010 2011 2012 20131/ 20141/
África
  África do Sul  285,8   273,5   285,2   363,2   402,2   384,3   353,9   371,2 
Ásia
  China 3 494,2  4 520,0  4 990,5  5 930,4  7 322,0  8 221,0  8 939,3  9 761,2 
  Coreia do Sul 1 049,2   931,4   834,1  1 014,9  1 114,5  1 129,5  1 197,5  1 271,3 
  Índia 1 238,5  1 223,2  1 365,3  1 711,0  1 872,9  1 841,7  1 758,2  1 750,0 
  Indonésia  432,2   510,8   538,8   709,5   846,2   878,5   867,5   863,2 
  Taiwan  393,1   400,2   377,6   428,2   464,0   474,1   484,7   517,0 
  Tailândia  247,0   272,6   263,7   318,9   345,7   366,0   400,9   422,3 
Europa
  Polônia  425,3   529,4   431,5   469,8   515,7   489,8   513,9   544,0 
  Rússia 1 299,7  1 660,9  1 222,7  1 524,9  1 899,1  2 029,8  2 117,8  2 215,4 
  Turquia  647,1   730,3   614,6   731,1   774,8   788,3   821,8   851,4 
América Latina
  Argentina  260,1   324,4   305,8   367,6   444,6   475,2   484,6   497,2 
  Brasil  1 366,5  1 650,9  1 625,6  2 143,9  2 475,1  2 252,6  2 190,2  2 169,8 
  Chile  173,1   179,5   172,1   217,3   251,0   268,2   281,7   301,9 
  México 1 042,7  1 100,7   894,6  1 046,7  1 160,7  1 177,4  1 327,0  1 395,6 
  Venezuela2/  230,4   315,6   329,4   295,6   316,5   381,3   367,5   377,0 
 Fonte:  Bacen .FMI – Outubro/2013 e IBGE.   - 1 Previsão FMI - 2 Estimativa FMI, inclusive 2011.
Uma política econômica inadequada provoca a desvalorização da moeda pátria e da riqueza da nação. O PIB cai, o per capta acompanha (cai o poder de compra de todos).  Um país que fixa o câmbio oficial superior ao paralelo (valoriza a sua moeda em relação ao dólar), mantém uma conjuntura artificial, insustentável no tempo, que se não revertida a tempo, quebra a nação. O PIB medido pelo câmbio oficial é falso, o verdadeiro seria o de mercado. Casos atuais da Argentina e da Venezuela. Com a globalização está ficando muito maior a percepção da população.

 MAG 10/2013.

domingo, 29 de setembro de 2013

TAXA DE DESEMPREGO. (Fed, banco central mundial?)

TAXA DE DESEMPREGO. (Fed, banco central mundial?)
Em economia, sabemos, toda análise baseada em uma única variável leva a entendimento embotado (sem deixar de considerar a utilidade do dado como parte de um conjunto). Uma análise preliminar da taxa de desemprego deve levar em consideração a relação da PIA (população em idade Ativa) e a PEA (população economicamente ativa), a tendência do crescimento da população (ascendente, descendente), os investimentos passados (e sua qualidade) entrando em maturação. Os Fatores de Produção: Trabalho (se investimentos em educação no passado estão elevando o nível da qualidade da mão de obra e a sua produtividade); Capital (se investimentos passados estão entrando em maturação, se o NUCI - nível de utilização da capacidade instalada - é baixo); Recursos Naturais; Tecnologia (se a tecnologia está aumentando a produtividade).
É preciso também analisar os conceitos a seguir:
1)    NAIRU (Non-Accelerating Inflation Rate of Unemployment); se a TAXA DE DESEMPREGO QUE NÃO ACELERA A INFLAÇÃO está alta ou baixa.
2)  NAICU (Non-Accelerating Inflation Rate of Capacity Utilization); se a Taxa de utilização da capacidade instalada que não acelera a inflação está alta ou baixa.
3)     NUCI : NÍVEL DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA. Se existe capacidade instalada livre e atualizada tecnologicamente (a depreciação tecnológica ficou muito rápida).
4)     PIB POTENCIAL, CAPACIDADE DE CRESCIMENTO DA ECONOMIA. Se existe capacidade de crescimento da economia (fatores de produção).
5)     HIATO DO PRODUTO, diferença entre o PIB potencial e o efetivo. Se existe PIB potencial não utilizado.
6)     HIATO INFLACIONÁRIO demanda agregada maior do que a oferta agregada em situação de pleno emprego dos fatores.
7)     HIATO DEFLACIONÁRIO oferta agregada maior do que a demanda agregada em situação de desemprego.

O que faz as atividades econômicas crescerem no curto prazo? Reduzir a taxa básica de juros abaixo da neutra, aumentar a liquidez. Mas para fazer crescimento SUSTENTADO a longo prazo medidas populistas e demagógicas de curto prazo não são aconselháveis, pois as consequências serão inflação e no processo a seguir a estagnação. Para crescimento sustentado a longo prazo é necessário um AMBIENTE (governo) que passe SEGURANÇA. Para isto tem que praticar política econômica responsável (monetária, fiscal e cambial).

USA (Fed, Federal Reserve, BC americano): com a crise de 2008, o Fed, passou a adotar uma política monetária de taxa básica baixa e o aumento da liquidez através do que se denominou QE (quantitative easing), compra de títulos no mercado. Esta política de QE deixou aflorar que o Fed tem uma atuação de Banco Central Mundial (o que todos sabiam ficou escancarado). Como os USA emitem a moeda aceita como meio de pagamento mundial (e reserva de valor), tem uma política livre para movimentos de capitais, sua política monetária afeta o mundo todo (o Brasil com mais intensidade ainda por ter praticado uma política econômica considerada irresponsável - pelo governo DR). O aumento da liquidez reduz as taxas de juros dos títulos americanos (influencia o mundo todo) e não acontece apenas na economia doméstica, através dos bancos e das empresas americanas flui para o mundo todo. Como contrapartida os USA recebem juros, dividendos, aluguéis de equipamentos e de tecnologias, que somam em seu Balanço de Pagamentos. O Brasil recebe capitais através de empréstimos entre empresas, aumentos de capitais, empréstimos de bancos de cp e de lp. Isto pesa positivamente nas atividades do país (aumenta a liquidez interna). Infelizmente, por populismo ou por acreditarem em política econômica errada e ultrapassada, o Brasil não aproveitou adequadamente a conjuntura favorável.  MAG 09/2013



sábado, 21 de setembro de 2013

QUANTIDADE DE MOEDA E ORÇAMENTO PÚBLICO (política monetária x fiscal).


QUANTIDADE DE MOEDA E ORÇAMENTO PÚBLICO (política monetária x fiscal).

ORÇAMENTO PÚBLICO % PIB  (política fiscal) - 5 SITUAÇÕES
Opções
Receita
Despesa
Resultado
Primário
antes juros
Resultado
Nominal
Final
Dívida
Pública
Corrente
Invest.
Soma
Juros
Total
1
100
78
19
97
3
100
3
0
50
2
100
81
17
98
5
103
2
-3
53
3
100
85
15
100
10
110
0
-10
60
4
100
80
20
100
5
105
0
-5
55
5
100
72
25
97
3
100
3
0
50

Na situação 1 os investimentos representam 19% do PIB, os juros 3% e a dívida pública 50%. O crescimento dependerá da qualidade dos fatores de produção (trabalho, capital, recursos naturais, tecnologia), dos investimentos (sua produtividade) e do percentual destes em relação ao PIB. A dívida pública acompanhará o resultado nominal.  O raciocínio é o mesmo para todas as 5 situações.

Na situação 2 o TN pode captar 3% do PIB reduzindo a liquidez do mercado destinada à atividade privada (os im podem subir). O BC pode compensar aumentando a liquidez em 3% do PIB, comprando títulos públicos em poder do mercado (os im equlibram-se). Se o BC comprar mais do que 3% do PIB em títulos públicos em poder do mercado ele estará aumentando a liquidez (este aumento pode e deve acontecer até o percentual de crescimento potencial do PIB). O BC é proibido por lei de financiar o TN, entretanto quando ele aumenta a liquidez e o TN aumenta sua dívida  com o mercado (quase sempre através dos bancos) é como se estivesse financiando-o indiretamente. Quando o BC atua como fornecedor de moeda de última instância, é como se estivesse financiando o TN utilizando os bancos como intermediários. O BC financia os bancos que financiam o TN. 

TÍTULOS PÚBLICOS TN (Carteira do BC e fora do BC).
MÊS/ANO
TOTAL
fora BC
% s/ ano
anterior
Carteira
BC
% s/ ano
anterior
TOTAL Geral
DEZ./2001
624,08
x
x
x
x
DEZ./2002
623,19
-0,14
282,7
x
838,8
DEZ./2003
731,43
17,368
276,9
-2,05
978,1
DEZ./2004
810,26
10,777
302,8
9,35
1099,5
DEZ./2005
979,66
20,906
279,6
-7,66
1252,5
DEZ./2006
1093,5
11,62
297,2
6,29
1390,7
DEZ./2007
1224,87
12,059
359,0
20,79
1583,9
DEZ./2008
1264,82
3,2615
494,3
37,68
1759,1
DEZ./2009
1398,42
10,562
637,8
29,0
2036,2
DEZ./2010
1603,94
14,69
703,2
10,25
2307,1
DEZ./2011
1783,06
11,167
751,8
6,91
2534,9
DEZ./2012
1916,71
7,49
906,6
20,59
2823,3
JUL/2013
1864,31
-2,73
914,7
0,89
2779,0

TÍTULOS PÚBLICOS FORA DO BC: aumento é igual a retirada de moeda do mercado para o TN ou para o BC.
TÍTULOS PÚBLICOS NA CARTEIRA DO BC: aumento é igual a aumento de liquidez (mais moeda no mercado).

MAG 09/2013