TAXA
DE DESEMPREGO. (Fed, banco central mundial?)
Em economia, sabemos, toda
análise baseada em uma única variável leva a entendimento embotado (sem deixar
de considerar a utilidade do dado como parte de um conjunto). Uma análise
preliminar da taxa de desemprego deve levar em consideração a relação da PIA
(população em idade Ativa) e a PEA (população economicamente ativa), a
tendência do crescimento da população (ascendente, descendente), os investimentos
passados (e sua qualidade) entrando em maturação. Os Fatores de Produção:
Trabalho (se investimentos em educação no passado estão elevando o nível da
qualidade da mão de obra e a sua produtividade); Capital (se investimentos
passados estão entrando em maturação, se o NUCI - nível de utilização da capacidade
instalada - é baixo); Recursos Naturais; Tecnologia (se a
tecnologia está aumentando a produtividade).
É preciso também analisar os
conceitos a seguir:
1) NAIRU (Non-Accelerating Inflation Rate of Unemployment); se a TAXA DE
DESEMPREGO QUE NÃO ACELERA A INFLAÇÃO está alta ou baixa.
2) NAICU (Non-Accelerating
Inflation Rate of Capacity Utilization); se a Taxa de utilização da capacidade
instalada que não acelera a inflação está alta ou baixa.
3) NUCI : NÍVEL DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE
INSTALADA. Se existe capacidade instalada livre e atualizada tecnologicamente
(a depreciação tecnológica ficou muito rápida).
4) PIB POTENCIAL,
CAPACIDADE DE CRESCIMENTO DA ECONOMIA. Se existe capacidade de crescimento da
economia (fatores de produção).
5) HIATO DO PRODUTO,
diferença entre o PIB potencial e o efetivo. Se existe PIB potencial não
utilizado.
6) HIATO
INFLACIONÁRIO demanda
agregada maior do que a oferta agregada em situação de pleno emprego dos
fatores.
7) HIATO
DEFLACIONÁRIO oferta agregada maior do
que a demanda agregada em situação de desemprego.
O que faz as atividades econômicas
crescerem no curto prazo? Reduzir a taxa básica de juros abaixo da neutra,
aumentar a liquidez. Mas para fazer crescimento SUSTENTADO a longo prazo
medidas populistas e demagógicas de curto prazo não são aconselháveis, pois as
consequências serão inflação e no processo a seguir a estagnação. Para
crescimento sustentado a longo prazo é necessário um AMBIENTE (governo) que
passe SEGURANÇA. Para isto tem que praticar política econômica responsável
(monetária, fiscal e cambial).
USA (Fed, Federal Reserve, BC
americano): com a crise de 2008, o Fed, passou a adotar uma política monetária
de taxa básica baixa e o aumento da liquidez através do que se denominou QE
(quantitative easing), compra de títulos no mercado. Esta política de QE deixou
aflorar que o Fed tem uma atuação de Banco Central Mundial (o que todos sabiam
ficou escancarado). Como os USA emitem a moeda aceita como meio de pagamento
mundial (e reserva de valor), tem uma política livre para movimentos de
capitais, sua política monetária afeta o mundo todo (o Brasil com mais
intensidade ainda por ter praticado uma política econômica considerada
irresponsável - pelo governo DR). O aumento da liquidez reduz as taxas de juros
dos títulos americanos (influencia o mundo todo) e não acontece apenas na
economia doméstica, através dos bancos e das empresas americanas flui para o
mundo todo. Como contrapartida os USA recebem juros, dividendos, aluguéis de
equipamentos e de tecnologias, que somam em seu Balanço de Pagamentos. O Brasil
recebe capitais através de empréstimos entre empresas, aumentos de capitais,
empréstimos de bancos de cp e de lp. Isto pesa positivamente nas atividades do
país (aumenta a liquidez interna). Infelizmente, por populismo ou por
acreditarem em política econômica errada e ultrapassada, o Brasil não
aproveitou adequadamente a conjuntura favorável. MAG 09/2013
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