terça-feira, 4 de agosto de 2015
domingo, 2 de agosto de 2015
A SELIC E SEUS EFEITOS SOBRE A INFLAÇÃO E O CUSTO DA DÍVIDA DO TN.
A SELIC E SEUS EFEITOS SOBRE A INFLAÇÃO
E O CUSTO DA DÍVIDA DO TN.
Diferente do que muitos escrevem, inclusive
economistas, a Selic (taxa básica do BC) abaixo da adequada aumenta o custo da
dívida. A Selic é uma taxa de juros de cp, controlada pelo COPOM (comitê de
política monetária) – BC (Banco Central), podendo ser mudada de acordo com a
tendência da inflação. É a ferramenta mais eficiente no combate à inflação. O
TN vende títulos corrigidos pela taxa Selic por ser de seu interesse e também a
de menor custo do mercado.
COMPOSIÇÃO % DA DPMFI
(DÍV. PÚBL. MOB. FED. INT.).
Datas
|
12/2010
|
08/2015
|
||
Títulos
|
Valor
|
%
|
Valor
|
%
|
Pre-fixados
|
608,3
|
37,9
|
1103,9
|
43,26
|
SELIC
|
521,71
|
32,5
|
571,75
|
22,40
|
ÍNDICES
|
451,30
|
28,1
|
859,22
|
31,99
|
V. Cambial
|
9,17
|
0,57
|
17,05
|
0,67
|
TR
|
13,40
|
0,84
|
0
|
0
|
TOTAL TN
|
1603,94
|
100
|
2551,97
|
100
|
Carteira BC
|
703,2
|
43,8
|
1139,6
|
44,65
|
Total Geral
|
2304,1
|
143
|
3691,6
|
144,6
|
EFEITOS DA POLÍTICA MONETÁRIA NA DÍVIDA PÚBLICA
MOBILIÁRIA FEDERAL INTERNA (DPMFI).
1) POLÍTICA
MON. FROUXA - Selic artificial, abaixo
da adequada, aumenta expectativas de inflação:
a) aumenta as taxas de juros pré-fixadas
de longo prazo (a curva de juros de mercado fica positivamente mais inclinada)
e o custo das renovações e das novas captações;
b) reduz o prazo das renovações e das novas
captações (insegurança);
c) o TN não consegue fazer novas
captações Selic (só com deságios desaconselháveis);
d) o custo de carregamento do estoque
da dívida corrigida por índices (IPCA, IGPM) aumenta. O risco de inflação
inercial volta.
2)
POLÍTICA MONETÁRIA
CORRETA – Selic adequada. As expectativas de inflação caem. Condição para crescimento
sustentado:
a) as taxas de juros pré-fixadas de
longo prazo caem (a curva reduz a inclinação ascendente para descendente),
reduzindo o custo das renovações e das novas captações, facilitando o
alongamento da dívida;
b) o alongamento da dívida reduz
os valores mensais a serem refinanciados (facilitando as captações pelo TN) facilitando
negociações para redução de taxas;
c) os índices e as expectativas de
inflação caem, consequentemente a Selic, reduzindo o custo (sustentado) de
carregamento do estoque da dívida.
MAG 08/2015.
Mais em:
COM SELIC ABAIXO DA ADEQUADA A
CURVA DE JUROS DO MERCADO FICA ASCENDENTE. JUROS FUTUROS MAIORES DO QUE A
SELIC.
COM A SELIC ADEQUADA A CURVA DE JUROS FICA DESCENDENTE NA PARTE LONGA.
OS JUROS FUTUROS FICAM MENORES DO QUE A SELIC.
Se algum acontecimento influencia negativamente as expectativas de
inflação, os juros futuros iniciam movimento de alta. Veja a curva sofrendo a influência
da notícia da queda do superávit primário. A curva em vermelho, do último dia,
subindo a parte mais longa.
HAYEK FALANDO SOBRE O MONETARISMO DE MILTON FRIEDMAN: DISCIPLINANDO AS AUTORIDADES MONETÁRIAS.
HAYEK FALANDO SOBRE O MONETARISMO DE MILTON FRIEDMAN:
DISCIPLINANDO AS AUTORIDADES MONETÁRIAS.
Seria bom poder dividir com meu amigo Milton Friedman a confiança que tem no fato de que se poderiam evitar
abusos de poder, por parte das autoridades monetárias para fins políticos, se
se destituíssem estas autoridades de
todo e qualquer poder discricionário,
prescrevendo a soma de dinheiro que elas poderiam e deveriam, a cada ano,
acrescentar ao meio circulante. Talvez ele considerasse isto viável
porque, para efeitos estatísticos, ele acostumou-se a distinguir com precisão a
linha divisória entre o que é e o que não é considerado dinheiro. Essa
distinção, no entanto, não existe no mundo real.
Para garantir que tudo o que é quase-dinheiro possa ser convertido em
dinheiro propriamente dito — o que se faz necessário para evitar pânico ou
graves crises de liquidez —, estou certo de que é preciso que as autoridades monetárias tenham um certo grau de arbítrio.
Concordo com Friedman, no entanto, quando diz que temos de tentar voltar a
um sistema mais ou menos automático, se quisermos regular a quantidade de
dinheiro dos tempos normais.
Comento: o liberalismo de Hayek e o de Friedman são iguais, a divergência
é o monetarismo. Prevaleceu o princípio de Friedman, a aceitação de BCs e o
monopólio estatal na emissão da moeda. O poder discricionário da autoridade
monetária passou a ser limitado pela meta de inflação e pelo câmbio flutuante.
HAYEK FALANDO SOBRE
A INFLAÇÃO E O DESEMPREGO.
DESEMPREGO: CONSEQUÊNCIA INEVITÁVEL DA INFLAÇÃO.
O primeiro dever de qualquer economista que mereça este nome parece-me
ser o de acentuar, em todas as oportunidades, o fato de que o desemprego de hoje é a consequência direta
e inevitável das chamadas políticas de pleno emprego que, nos últimos vinte
e cinco anos, vêm sendo seguidas. Muita gente ainda acredita
equivocadamente que um aumento da demanda agregada eliminará, por algum tempo,
o desemprego. Esta solução para o desemprego, muito embora, no mais das
vezes, seja bastante eficiente a curto
prazo, longe de ter efeitos positivos, vai gerar, mais tarde, um desemprego
muito maior. E só a compreensão deste fato pode impedir o público de
exercer uma pressão irresistível para retomar a inflação assim que o desemprego
for aumentando consideravelmente.
Não há possibilidade de escolha entre inflação e desemprego.
A inflação tem, obviamente, muitos outros efeitos nocivos, muito mais
graves e dolorosos, aliás, do que podem supor as pessoas que não vivenciaram um
processo inflacionário severo. Mas o efeito, mais devastador, e ao mesmo
tempo o menos compreendido, é que a
inflação, a longo prazo, inevitavelmente leva ao desemprego em grande escala. 09/2012
(parte da publicação).
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
UMA DAS MAIORES CRIAÇÕES DA HUMANIDADE A
MOEDA. A EVOLUÇÃO PARA A MOEDA ESCRITURAL (FIDUCIÁRIA ESTATAL).
ABAIXO PARTE DA POSTAGEM: A MOEDA - RESUMO HISTÓRICO.
4) MOEDA-PAPEL: os certificados
emitidos pelas casas de custódia passaram a ser considerados como uma
moeda-papel. Os donos das casas de custódia, com o tempo, verificaram que um
saldo de estoque de moedas (ouro e prata) sempre ficava ocioso (apesar da
movimentação de novos depósitos e saques).
5) PAPEL MOEDA, MOEDA FIDUCIÁRIA: os depósitos de
ouro que ficavam ociosos em estoque nas Casas de Custódia permitiram que
estas emitissem certificados não lastreados ou parcialmente lastreados,
sendo que sua circulação e aceitação dependiam da CONFIANÇA da casa
emissora do certificado, dando início ao que seria no futuro o papel moeda com
emissão monopolizada pelos governos. Como vemos os primeiros certificados eram
100% lastreados em metal.
6) PAPEL MOEDA MONOPÓLIO DOS GOVERNOS; com o tempo os
governos se viram obrigados a controlar e fiscalizar as casas de custódia
(primeiros bancos). O monopólio de emissão de moedas pelos governos foi uma evolução natural.
A evolução na tecnologia na fabricação do papel moeda (início do século XIX),
evitando falsificações, foi fator importante e preponderante no abandono da
moeda metálica ouro para o papel moeda padrão ouro. No início as moedas
emitidas pelos governos eram parcialmente conversíveis. A última moeda
importante parcialmente conversível foi o dólar americano, que abandonou o padrão
ouro em 1971.
7) MOEDA ESCRITURAL, CONTÁBIL OU BANCÁRIA: com a evolução e o
desenvolvimento do sistema financeiro, do crescimento dos depósitos e dos
empréstimos, foi sendo aumentada a circulação e a quantidade da moeda
escritural, movimentada por meio de cheques e de ordens de pagamentos (hoje
transações eletrônicas). Verificou-se que os depósitos criam condições de
empréstimos, que criam novos depósitos, que criam novos empréstimos,
sucessivamente. Os governos verificaram a necessidade de regulamentar o sistema bancário, com normas prudenciais, limites de
criação de moeda escritural (capital x empréstimos) e a atividade passou a ser concedida ou autorizada e regulamentada
pelos governos.
8) O BANCO CENTRAL (A AUTORIDADE MONETÁRIA): o
monopólio da emissão de moeda, a necessidade de controle e fiscalização dos
bancos e do meio circulante fez surgir, como evolução natural, o que hoje
entendemos por Banco Central (século XIX). Podemos considerar o Banco da
Inglaterra como o primeiro banco central do mundo. Foi uma evolução natural,
depositário das reservas do sistema bancário, compensação das operações dos
outros bancos, emprestador de última instância (redesconto). Na América Latina,
o Banco do Uruguai, foi o que podemos considerar como primeiro Banco Central da
região (1896). A separação do Banco Central com a execução orçamentária de
receita e despesa dos governos (orçamento fiscal) é uma conquista que veio aos
poucos e está ainda em implantação em muitos países. A autonomia ou independência
do BC é assunto que ainda provoca contraditórios, mas é uma necessidade e
evolução natural. As funções modernas dos bancos centrais são: a)
emissão de moeda e controle do meio circulante; b) redesconto (empréstimos a
instituições financeiras); d) regular a oferta da moeda através da taxa básica
de juros (compra de títulos do governo) e do compulsório (medida também
prudencial); e) banco do governo (caixa do tesouro nacional) e dos bancos; f)
regulamentar, supervisionar e fiscalizar o sistema financeiro nacional,
inclusive conceder autorização para o funcionamento de bancos; g) administrar o
sistema de pagamentos e o meio circulante; h) administrar as reservas (em
moedas, títulos e ouro); i) executar a política cambial, incluindo o movimento
de capitais. Resumindo, podemos definir a missão do Banco Central como: Assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e
a solidez do sistema financeiro. 03/2011 (parte da publicação). 07/2014.
sexta-feira, 31 de julho de 2015
CRISES E CRESCIMENTO ECONÔMICO – CONSUMO X INVESTIMENTO X DÍVIDA PÚBLICA X DÉFICIT PÚBLICO
CRISES E CRESCIMENTO
ECONÔMICO – CONSUMO X INVESTIMENTO X DÍVIDA PÚBLICA X DÉFICIT PÚBLICO.
Considerando a fórmula reduzida de PIB = C + I (Consumo + Investimentos),
qual seria o efeito das diversas relações percentuais I / PIB (Investimento / PIB)
no crescimento econômico? Sabemos que os gastos com investimentos permitem o
aumento da produção e da produtividade (ajudam nas inovações). Sabemos também
que um gasto mínimo com investimentos é necessário para fazer face às depreciações
(inclusive as tecnológicas, que hoje são muito rápidas). Sabemos que a Qualidade dos Gastos Públicos influencia a
qualidade de vida e o crescimento econômico.
Os gastos públicos (consumo e
investimentos) podem ser classificados, além de possíveis e ideais, em:
a)
necessários e desnecessários;
b)
produtivos e improdutivos (existem investimentos improdutivos);
c)
meio ou fim;
d)
benéficos (alimentos) ou maléficos (cigarros, bebidas);
e)
honestos ou desonestos (corrupção nos gastos públicos).
Fácil entender que a boa ou má qualidade dos
gastos públicos é fator condicionante e preponderante no crescimento e no
desenvolvimento econômico e social (qualidade de vida). Neste sentido podemos
afirmar que o subdesenvolvimento (pobreza) é conseqüência da má qualidade na
gestão dos gastos públicos.
No quadro abaixo varias relações de % do PIB
e suas análises:
a)
maior a dívida e a receita em % do PIB menor
a possibilidade de aumentá-las;
b) maior o saldo primário (antes dos juros), menor o
pagamento de juros e o crescimento da dívida;
c) menor a dívida e a receita mais fácil aumentá-las;
d) menor o saldo primário, maior o aumento da dívida, do
risco, da credibilidade, a redução da previsibilidade e menor a propensão a
investimentos.
% PIB
|
||||||||
C
|
I
|
Dívida
|
Receita
|
Gastos
|
Saldo
Primário
|
Saldo
Nominal
|
||
Antes juros
|
Juros
|
Total
|
||||||
85
|
15
|
50
|
40
|
40
|
3
|
43
|
0
|
-3
|
80
|
20
|
50
|
35
|
35
|
3
|
38
|
0
|
-3
|
70
|
30
|
60
|
30
|
28
|
3
|
31
|
2
|
-1
|
70
|
30
|
60
|
30
|
32
|
3
|
35
|
-2
|
-5
|
80
|
20
|
50
|
35
|
32
|
3
|
35
|
3
|
0
|
Fácil entender que o país com a melhor
relação consumo x investimentos tem mais condições de crescimento (claro que a
qualidade dos gastos influencia).
CRISES:
Adam Smith escreveu que se a relação gastos
improdutivos x produtivos assumisse uma proporção alta a riqueza das nações
reduziria.
Keynes aconselhou gastos públicos mesmo que
improdutivos para aumentar a propensão a consumir e incentivar os
investimentos. Esta solução dada por Keynes depende de: se o país é emissor de
moeda reserva mundial, das relações Dívida Pública e Déficit Público / PIB. Os
gastos públicos não podem ser aumentados de forma a aumentar a desconfiança dos
agentes no governo (as taxas de juros sobem e pioram o cenário). Instala-se um
processo de inflação ascendente, hiperinflação, estagflação e recessão (quando
do furo da bolha de ativos acontece).
Milton Friedman ensinou que os BCs não podem deixar cair a quantidade de
moeda (diferente de aumentar irresponsavelmente).
As
crises são sempre resultados de políticas fiscal e/ou monetárias irresponsáveis
(os ativos que não moeda valorizam muito acima dos IPCs, clima de desconfiança
se instala e as taxas de juros para rolagem da dívida aumentam). Quando a bolha
fura as perdas das riquezas virtuais (valorizações dos ativos) passam um
sentimento de empobrecimento que provoca redução das atividades. 10/01/2012.
Redação renovada em 30/07/2015.
quinta-feira, 23 de julho de 2015
KEYNES E O PROCESSO INFLAÇÃO, HIPERINFLAÇÃO, BOLHAS DE ATIVOS, ESTAGFLAÇÃO, RECESSÃO, FURO DAS BOLHAS (o sentimento de empobrecimento).
AS FRASES DE KEYNES QUE LEVARAM AO PROCESSO:
INFLAÇÃO, HIPERINFLAÇÃO, BOLHAS DE ATIVOS, ESTAGFLAÇÃO, RECESSÃO, FURO DAS BOLHAS DE ATIVOS
(sentimento generalizado de empobrecimento).
No
livro “A Teoria Geral do Emprego, do
Juro e da Moeda” publicado em 1936, Keynes, entre escritos que mudaram o
modo de estudar a teoria econômica, podemos dizer que revolucionou os estudos
da macroeconomia, também deixou registrado:
“É
lícito crer que a manutenção mais ou menos contínua de uma situação de pleno emprego exigirá a baixa acentuada da taxa de juro, salvo
se se verificar uma forte modificação na propensão global a consumir (incluindo
o estado).”
“Tão
logo se alcance o pleno emprego, a unidade de salários e os preços é que
subirão na medida exatamente proporcional ao aumento da demanda efetiva.”
“O remédio para o auge não é portanto a
alta, mas a baixa da taxa de juros; porque aquela pode fazer perdurar o chamado
auge. O verdadeiro remédio para o ciclo econômico não consiste em evitar os
auges e em manter assim uma semi depressão permanente, mas em evitar as
depressões e manter deste modo um quase auge constante.”
“O
antigo Egito tinha o duplo privilégio, que sem dúvida explica a sua riqueza
fabulosa, de possuir duas espécies de atividades, a construção de pirâmides e a
extração de metais preciosos, cujos frutos, pelos fatos de servirem às
necessidades do homem sem ser consumidos, não se aviltavam por serem
abundantes. A Idade média edificou catedrais e entoou cânticos.”
RESUMINDO: os seguidores
de Keynes (heterodoxos, keynesianos, desenvolvimentistas) entenderam que podiam
elevar os gastos públicos (produtivos ou improdutivos) sem se preocupar com
déficits e ao mesmo tempo abaixar as taxas de juros de mercado através da
monetização e que a riqueza aconteceria num passe de mágica, semelhante ao
paraíso. A solução para tudo é aumentar a propensão a consumir. Introduziram a
aversão ao lucro e as medidas artificiais de tabelamentos dos preços e do
câmbio (preços reprimidos), apesar de Keynes ter defendido o câmbio flutuante.
O
resultado foi a inflação, a hiperinflação, a estagflação, as bolhas de ativos
(seu furo e crises), a crise cambial, a recessão (quebras e moratórias).
Adam Smith (1776) em
seu livro “A Riqueza das Nações” havia condenado o excesso de gastos
improdutivos (consumo ou investimentos) como causa de queda da riqueza das
nações (o excesso com os gastos da corte e da armada). Descreveu as relações
gastos produtivos e improdutivos.
Knut Wicksell em seu livro
“Lições de Economia Política” de 1911 havia descrito a relação entre a taxa de
juro de mercado x a taxa de juro natural (evoluído pelos monetaristas atuais
para taxa básica de juros x taxa neutra de mercado).
Irving Fisher (1928, 1937)complementa
o raciocínio introduzindo o conceito de comparação entre os juros de mercado
(nominal, ex-ante, fruto das expectativas de inflação, efetivamente
planejado.), com o juro acontecido (real, ex-post, efetivamente realizado.). Se
as expectativas de inflação são maiores do que os juros de mercado é o pior dos
mundos para o processo inflacionário. Para ele a inflação alimenta a
expectativa de que os preços continuarão a subir.
MAGECONOMIA
12/2014.
CAPÍTULO
15
Os Incentivos Psicológicos e
Empresariais para a Liquidez
“A
cada montante da quantidade de moeda
criada pela autoridade monetária corresponderá, portanto, ceteris paribus, determinada taxa de juros ou, mais
estritamente, determinado complexo de taxas de juros para as dívidas de
diversos vencimentos.”
“Torna-se,
portanto, evidente que a taxa de juro é um fenômeno altamente psicológico. É impossível ela ficar em equilíbrio a um nível inferior ao que
corresponde ao pleno-emprego, porque
nessa altura se produzirá um estado de inflação real em que M absorverá
quantidade sempre crescente de dinheiro.”
“A
autoridade monetária governa com facilidade a taxa de juro a curto prazo, .......”
“Mas
a taxa a longo prazo pode mostrar-se
mais recalcitrante quando já baixou a um nível que, segundo a experiência
passada e as previsões correntes da política monetária futura, a opinião
autorizada considera inseguro.”
“Mas
(a taxa de juro) pode oscilar durante dezenas de anos ao redor de um nível
constantemente elevado demais para permitir o pleno-emprego _ “
“...as
dificuldades que se opõem ao propósito de manter uma demanda efetiva de nível suficientemente alto para garantir o pleno-emprego, resultantes da associação de uma taxa de juro a longo prazo convencional e bastante estável com uma eficiência marginal do capital
(lucro) inconstante e altamente instável.”
É a relação comparativa taxa de juros x
lucro sobre o capital.
CAPÍTULO
24
NOTAS FINAIS SOBRE A FILOSOFIA SOCIAL
A QUE PODERIA CONDUZIR A TEORIA GERAL
“Os
dois principais defeitos do mundo econômico em que vivemos são a sua
incapacidade para garantir o pleno emprego e a sua arbitrária e desigual
distribuição da riqueza e dos rendimentos.”
SOBRE
O IMPOSTO SOBRE HERANÇAS:
“A
crença tão generalizada de que os impostos sobre heranças são responsáveis pela
redução da riqueza de capital de um país, dão a medida da confusão que reina
entre o público neste particular. Supondo que o estado aplique o produto destes
impostos nas suas despesas comuns, de
modo a que os impostos sobre a renda e o consumo se reduzam ou anulem proporcionalmente,
não há dúvida de que uma política fiscal de altos impostos sobre heranças
reforça a propensão da comunidade a consumir. O aumento da PMC (propensão
marginal a consumir) aumenta o incentivo a investir.”
Retira o capital da iniciativa privada e o transfere para a burocracia de estado (incompetente e corrupta de modo
geral). O
argumento de Keynes de que um imposto sobre herança reforça a propensão da
comunidade a consumir e por extensão o incentivo a investir, é refutado como
uma complexa substituição do emprego do valor referente ao tributo: é o estado
que gasta mal (gastos improdutivos, desnecessários, que privilegiam minorias) x
a iniciativa privada que aplica em atividades produtivas ou aplicações
financeiras (que são aplicadas em investimentos ou consumo). É a simples
substituição do poder sobre o gasto. Como o estado gasta mal, podemos afirmar
que o imposto sobre herança é redutor da riqueza nacional.
SOBRE
AS DESIGUALDADES DE RIQUEZAS:
“Teoria
da taxa de juros explica as futuras desigualdades das riquezas.”
“O
poder cumulativamente do capitalista para explorar o valor de escassez do
capital.” “O detentor do capital pode
obter um juro porque o capital é raro, ....”
Quase populismo.
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