sexta-feira, 31 de julho de 2015

CRISES E CRESCIMENTO ECONÔMICO – CONSUMO X INVESTIMENTO X DÍVIDA PÚBLICA X DÉFICIT PÚBLICO

CRISES E CRESCIMENTO ECONÔMICO – CONSUMO X INVESTIMENTO X DÍVIDA PÚBLICA X DÉFICIT PÚBLICO.

Considerando a fórmula reduzida de PIB = C + I (Consumo + Investimentos), qual seria o efeito das diversas relações percentuais I / PIB (Investimento / PIB) no crescimento econômico? Sabemos que os gastos com investimentos permitem o aumento da produção e da produtividade (ajudam nas inovações). Sabemos também que um gasto mínimo com investimentos é necessário para fazer face às depreciações (inclusive as tecnológicas, que hoje são muito rápidas). Sabemos que a Qualidade dos Gastos Públicos influencia a qualidade de vida e o crescimento econômico.

 Os gastos públicos (consumo e investimentos) podem ser classificados, além de possíveis e ideais, em:
  a) necessários e desnecessários;
  b) produtivos e improdutivos (existem investimentos improdutivos);
  c) meio ou fim;
  d) benéficos (alimentos) ou maléficos (cigarros, bebidas);
  e) honestos ou desonestos (corrupção nos gastos públicos).

Fácil entender que a boa ou má qualidade dos gastos públicos é fator condicionante e preponderante no crescimento e no desenvolvimento econômico e social (qualidade de vida). Neste sentido podemos afirmar que o subdesenvolvimento (pobreza) é conseqüência da má qualidade na gestão dos gastos públicos.
No quadro abaixo varias relações de % do PIB e suas análises:
       a)    maior a dívida e a receita em % do PIB menor a possibilidade de aumentá-las;
      b) maior o saldo primário (antes dos juros), menor o pagamento de juros e o crescimento    da dívida;
      c)    menor a dívida e a receita mais fácil  aumentá-las;
      d)  menor o saldo primário, maior o aumento da dívida, do risco, da credibilidade, a redução da  previsibilidade e menor a propensão a investimentos.

% PIB
C
I
Dívida
Receita
Gastos
Saldo
Primário
Saldo
Nominal
Antes juros
Juros
Total
85
15
50
40
40
3
43
0
-3
80
20
50
35
35
3
38
0
-3
70
30
60
30
28 
3
31 
2
-1
70
30
60
30
32
3
35
-2
-5
80
20
50
35
32
3
35
3
0

Fácil entender que o país com a melhor relação consumo x investimentos tem mais condições de crescimento (claro que a qualidade dos gastos influencia).    
CRISES:
Adam Smith escreveu que se a relação gastos improdutivos x produtivos assumisse uma proporção alta a riqueza das nações reduziria.
Keynes aconselhou gastos públicos mesmo que improdutivos para aumentar a propensão a consumir e incentivar os investimentos. Esta solução dada por Keynes depende de: se o país é emissor de moeda reserva mundial, das relações Dívida Pública e Déficit Público / PIB. Os gastos públicos não podem ser aumentados de forma a aumentar a desconfiança dos agentes no governo (as taxas de juros sobem e pioram o cenário). Instala-se um processo de inflação ascendente, hiperinflação, estagflação e recessão (quando do furo da bolha de ativos acontece).     
Milton Friedman ensinou que os BCs não podem deixar cair a quantidade de moeda (diferente de aumentar irresponsavelmente).

 As crises são sempre resultados de políticas fiscal e/ou monetárias irresponsáveis (os ativos que não moeda valorizam muito acima dos IPCs, clima de desconfiança se instala e as taxas de juros para rolagem da dívida aumentam). Quando a bolha fura as perdas das riquezas virtuais (valorizações dos ativos) passam um sentimento de empobrecimento que provoca redução das atividades. 10/01/2012. Redação renovada em 30/07/2015.

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