quinta-feira, 7 de junho de 2012

POLÍTICA FISCAL E MONETÁRIA


A RESPEITO DE POLÍTICA MONETÁRIA (08/2008):

1) Sozinha não resolve problemas microeconômicos, estruturais ou setoriais. A ESTABILIDADE MONETÁRIA É CONDIÇÃO NECESSÁRIA (mas não suficiente) AO DESENVOLVIMENTO E AO CRESCIMENTO ECONÔMICO;
2) A moeda neutra permite que o equilíbrio nas relações tenha como efeito uma taxa de crescimento consistente e sustentável;
3) A emissão de moeda não provoca crescimento sustentado (provoca bolhas e crises);
4) A política monetária deve contribuir para um ambiente de ESTABILIDADE  e de PREVISIBILIDADE, permitindo o alongamento do planejamento e das operações (das famílias e das empresas);
5) A estabilidade e a previsibilidade são condições para redução das taxas de juros reais e conseqüentemente do crescimento do PIB;
6) A TAXA BÁSICA DE JURO É O PRINCIPAL INSTRUMENTO DA POLÍTICA MONETÁRIA (errando nela errou em tudo);
7) A DETERMINAÇÃO DA TAXA BÁSICA IDEAL DEVE OBEDECER A AÇÃO IMPESSOAL DOS MERCADOS (um grande número de agentes, com interesses, gera resultados superiores aos alcançados pelo poder discricionário dos planejamentos centralizados). O PONTO DA CURVA DE JURO DE MERCADO ACIMA DE UM ANO MAIS NEGOCIADO É O MAIS PRÓXIMO DA TAXA NEUTRA (OU DE EQUILÍBRIO);
8) O REGIME DE TAXA DE CÂMBIO FLUTUANTE É NECESSÁRIO PARA QUE A POLÍTICA MONETÁRIA NÃO PROVOQUE DESEQUILÍBRIOS NO BALANÇO DE PAGAMENTOS.  
9) EFEITO EMPOBRECIMENTO - Expectativas negativas, provocadas por desvalorizações de ativos (poupanças, bolsas, imóveis, etc., provoca percepção de empobrecimento), e por taxas de juros reais negativas (queda da renda de poupadores, de fundos de pensões, etc.), provocam insegurança quanto ao futuro e podem induzir a redução de consumo e a queda de preços (paradoxo).
10) DESARMONIA ENTRE AS POLÍTICAS FISCAL E MONETÁRIA (incluso a cambial) - Déficits públicos (política fiscal) puxam as taxas de juro de mercado para cima e exigem maior taxa básica por parte da política monetária (um puxa para um lado, o outro, para outro), influenciam negativamente as expectativas.  08/2008.

REGIME DE METAS DE INFLAÇÃO:
a) A eficácia da política monetária depende em grande medida da sua CREDIBILIDADE;
b) Uma COMUNICAÇÃO  eficaz e o compromisso com a TRANSPARÊNCIA são fundamentais;
c) A coordenação das EXPECTATIVAS exige explicações racionais e consistentes por parte do BC;
d) O BC determina a taxa de juros de curtíssimo prazo (TAXA SELIC), mas a transmissão da política monetária se dá por meio das taxas de mercado em diferentes horizontes, que não são controladas pela autoridade monetária;
e) é possível ocorrer um descasamento entre a taxa selic e as taxas de mercado, se os agentes antecipam mudanças da política monetária, ou em períodos de incerteza ou ainda em períodos em que a política monetária perde CREDIBILIDADE.

MOTIVO: tentar explicar que o crescimento conseguido através de taxa básica expansionista e imprudente não tem sustentação.

1) A experiência demonstrou que a política monetária é mais eficaz no combate à inflação (claro que a parceria com a política cambial e fiscal adequadas torna-a mais eficaz ainda) do que (sozinha) para motivar e conseguir crescimentos (aumentos consistentes das atividades econômicas). O crescimento depende de outras variáveis fundamentais que constituem também a relação das causas das atividades econômicas (Anatole Murad desenvolveu um estudo interessante sobre o assunto). A queda da taxa de juro (sozinha) não provoca, com certeza, o aumento dos investimentos, é apenas uma variável necessária. A contestação de que a política monetária pode criar um ambiente de expansão, como único fator, é unanimemente aceito. O reconhecimento das limitações da política monetária, de que ela não pode como único fator resolver os complexos problemas e interesses individuais da atividade econômica, não tira sua importância no quadro mais vasto da política macroeconômica.
2) Uma adequada distribuição de rendas, a existência de fatores de produção (recursos naturais, capital, trabalho, tecnologia), a segurança institucional do capital investido, uma normatização (marco regulatório) adequada que passe segurança e motivação, vantagens ou desvantagens comparativas naturais e artificiais (leis adequadas, judiciário eficaz – rápido e justo - legislativo ou executivo que passem segurança), um sistema financeiro compatível que proporcione segurança para as poupanças e que alimente as necessidades de financiamentos do consumo e dos investimentos, um sistema previdenciário que estimule a formação de poupanças e que não permita privilégios, contas públicas transparentes com publicações de balancetes mensais analíticos, gastos públicos improdutivos (atividades meio) sejam o menor possível, são fatores importantes e que devem ser analisados.

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