terça-feira, 6 de agosto de 2013

A DÍVIDA INTERNA E EXTERNA – RISCO DE MORATÓRIA (07/13).

A DÍVIDA INTERNA E EXTERNA – RISCO DE MORATÓRIA:
Considerando as três hipóteses explicitadas a seguir sobre a dívida pública da União pergunta-se, qual representa maior risco? a) dívida em poder do público 80 + em poder do BC 20 = 100;  b) 70 + 30 = 100; c) 90 + 10 = 100.
Na verdade a dívida em poder do BC não deve ser considerada um fator de maior ou menor risco da dívida da União. O BC não vai cobrar do TN apesar de constitucionalmente ser proibido de financiar a União. O BC tem que cobrar o recebimento dos títulos no vencimento, mas pode adquirir outros no mercado. O TN pode pagar através de superávits, de emissão de moeda (o BC precisa de autorização do congresso), ou da venda de novos títulos (rolar a dívida). O risco para o público é de fato a dívida em seu poder. Mas as dívidas das cidades, dos estados, das entidades governamentais independentes também devem ser consideradas. Os EUA (através do Obama) falou que o governo da União não irá dar garantia para a dívida de Detroit (que pediu moratória). O governo brasileiro não pode negar uma dívida da CEF, do BNDES ou do BB, mas sabemos que sempre existirá uma solução de mercado. O congresso, também, sempre autorizou a emissão para capitalizar estes Bancos.  Entretanto existem outros órgãos, como a Eletrobrás, o DNIT, etc. A nossa experiência demonstra vários canos dados por órgãos do governo que não afetaram o crédito do TN. Eu considero apenas a dívida do TN em poder do público.  O resto ainda é gerenciável sem afetar o TN.

DÍVIDA INTERNA E EXTERNA - RISCO DE MORATÓRIA
Nos quadros abaixo demonstro resumidamente a Dívida Interna (reais), Externa (US$), algumas contas do Balanço de Pagamentos (inclusive o fluxo cambial e intervenções do BC no câmbio). PERGUNTAS: a) corremos risco de moratória da dívida interna? E da externa? RESPONDO: NÃO. AS DÍVIDAS SÃO FACILMENTE GERENCIÁVEIS (o único risco que se corre é o político. Algum presidente desonesto, demagogo, ignorante ou irresponsável querer dar o cano.).
Da dívida externa de US$480 bi.  apenas US$65,6 bi são do governo. Nossas Reservas somam  US$370 bilhões. Por outro lado estamos com um déficit na Conta Transações Correntes  = Bal. Comerc. + - Bal. Serv. E Rendas + - Transf. Unilaterais  de US$43,478 bi. até junho (no ano deve chegar a US$75 bi.). Este déficit é resultado da demagógica política fiscal e monetária deste desgoverno. A política monetária estabelece a taxa básica de juros de acordo com a política fiscal (a taxa básica será mais baixa ou alta dependendo do déficit fiscal menor ou maior). O BC fixou uma taxa básica insustentável para o equilíbrio do nosso Bal. De Pagamentos. EXPLICO: a taxa básica (Selic) abaixo da neutra (ou de equilíbrio) influencia as atividades positivamente (aumenta consumo) e desequilibra A HARMONIA ENTRE A VELOCIDADE DE CRESCIMENTO DA OFERTA E DA DEMANDA (a demanda cresce em velocidade superior à oferta). Os exportadores passam a atender o mercado interno ao invés de exportar e as importações sobem para atender a demanda interna. O BC felizmente enxergou a barbeiragem e INICIOU A CORREÇÃO da taxa básica. Até quanto? Até o fluxo de capital retornar à normalidade.  O Bal. Comercial é o registro de compras e vendas ao exterior a vista e a prazo. O fluxo registra os pagamentos e os recebimentos (entradas e saídas). A CONTA DE MOVIMENTO DE CAPITAIS E FINANCEIRA (investimentos, empréstimos, pagamentos) é que permite (compensa) o saldo negativo da Conta Transações Correntes (a tabela abaixo demonstra). Se o país ou o governo perde a credibilidade por adotar política econômica considerada errada, pára de receber as entradas de capitais (os créditos e os investimentos zeram). A escolha passa  a ser: subir a taxa básica ou caminhar para moratória e ficar excluído do mundo financeiro mundial.  VERIFIQUE TABELA EM POSTAGEM ANTERIOR. 
O que chamo de turma de pensamento mágico: os economistas de pé no chão (racionais) escreviam sempre pensando no segundo momento (o ou os efeitos no LP. Entendiam que o cp não era entendimento econômico, era apenas financeiro.). A turma de pensamento mágico, nacional-desenvolvimentistas (que se apelidam de keynesianos), escrevia sempre sobre o ou os efeitos no cp (quase demagogia em economia). Mas o correto é escrever sobre os efeitos (em economia são sempre efeitos, apesar da prevalência de um ou dois) no CP (primeiro momento) e no LP (segundo momento), o que está passando a ser feito por alguns.   
A DÍVIDA INTERNA DO TN ESTAVA EM R$1,84 trilhão (1,67 vezes a receita anual do TN.  É o menor índice nos últimos 15 anos.).   MAG 07/2013.
DÍVIDA PÚBLICA (atualizada 07/13).
CONTAS
2009
2010
2011
2012
07/2013
9- Dívida Externa total
282,3
350,44
402,4
441,8
474
   9.1- Pública
77,1
83,60
62,3
67,3
63,4
   9.2- Privada
125,4
172,07
235,1
249,6
250,6
   9.3- Entre Empresas
79,8
94,77
105,0
124,9
160
8- RESERVAS - CAIXA
238520
288575
352073
373147
371966
8 - RESERVAS – LIQUIDEZ
239054
288575
352073
378560
378613
4- TRANS. CORRENTES
-24334
-47518
-52612
-54246
-52472
5- CONTA CAPITAL e FINAN.
70551
100102
111868
72762
59651
A) a1) Fluxo Comerc. saldo
9924
-1650
43950
8373
16748
   a2) Fluxo Financ. saldo
18808
26004
21329
8380
-8660
   a3) Fluxo TOTAL saldo
28732
24354
65279
16753
8088
-
10- Dív.  Mobil. Int. TN 05/13
1398,4
1603,9
1783
1916,7
1840,6
11- SRF - REC. total. 07/13
698,3
805,7
939
1029
638
 11.1- DÍV. / REC.
2,0
1,99
1,81
1,86
1,67 

DÍVIDA PÚBLICA (atualizada 10/2014).

CONTAS
2009
2010
2011
2012
10/2014
9 - Dívida Externa total
282,3
350,44
402,4
441,8
549
   9.1- Pública
77,1
83,60
62,3
67,3
74,96
   9.2- Privada
125,4
172,07
235,1
249,6
268,3
   9.3- Entre Empresas
79,8
94,77
105,0
124,9
205,7
8- RESERVAS - CAIXA
238520
288575
352073
373147
375.833
8.1 - RESERVAS – LIQUIDEZ
239054
288575
352073
378560
376.033
4 - TRANS. CORRENTES
-24334
-47518
-52612
-54246
-70697
5 - CONTA CAPITAL e FINAN.
70551
100102
111868
72762
86574
A) a1) Fluxo Comerc. saldo
9924
-1650
43950
8373
5004
   a2) Fluxo Financ. saldo
18808
26004
21329
8380
3267
   a3) Fluxo TOTAL saldo
28732
24354
65279
16753
8270
10 - Dív.  Mobil. Fed. Int. líqu. TN 10/2014
1398,4
1603,9
1783
1916,7
2050
11 - SRF - REC. total. 09/2014
698,3
805,7
939
1029
831,6
 11.1 - DÍV. / REC.
2,0
1,99
1,81
1,86
1,83 
12 – Dív. Mob. Fed. Int. TN + em poder  BC (1002).
1603,9
1783,0
1916,7
2028
3053

O governo utilizou o BC para financiar seus déficits. 

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