ESTADO, MOEDA E LIBERDADE.
JEAN
BODIN (1576): lança as bases teóricas do estado de direito.
BERNARDO
DAVANZATI (1582): escreve “Lição da Moeda” onde é esboçada a ideia, talvez
inicial, da teoria quantitativa da moeda.
DAVID
HUME (1752): “Of Money e Of interest” dá forma bem esboçada à ideia da teoria
quantitativa da moeda. Separa os efeitos do curto e médio prazo da alteração monetária
das do longo prazo (inflação). “Os preços das mercadorias evoluirão sempre
proporcionalmente à quantidade de moeda.”
1760
– 1770: tem início a revolução industrial inglesa (inovações).
ADAM
SMITH (1776): publica o livro “A Riqueza das Nações”, com as ideias básicas do
pensamento econômico liberal. A presença do estado deve ser definida e limitada
por leis, o poder é da lei e não da pessoa (limitar o poder discricionário das
autoridades). Redução dos gastos improdutivos dos governos. Liberdade dos
mercados, concorrência defendida por regras do jogo pré-estabelecidas, a menor
presença estatal possível.
GUSTAV
KNUT WICKSELL (1911): “Lições de Economia Política”, quase um resumo de suas
obras. Introduziu a ideia de taxa de juro de equilíbrio e suas relações com a
inflação. Se o juro de mercado é superior ao de equilíbrio a demanda e os
preços caem. O monetarismo racional tem suas origens em seus estudos.
IRVING
FISHER (1928/1937): desenvolveu os estudos da teoria monetária moderna (tudo
passa por ele).
JOHN
MAYNARD KEYNES (1936): “Teoria Geral do Trabalho, do Juro e da Moeda”, pode-se
dizer que a macroeconomia moderna baseou-se toda ela em seus estudos, foi o
tiro inicial que motivou o aprofundamento das pesquisas e o desenvolvimento da
matéria (apesar de suas conclusões terem sido influenciadas negativamente pela
depressão de 29/30).
FRIEDRICH AUGUST VON HAYEK (1944), publica o livro “Caminho da Servidão” adequou com brilhantismo o pensamento liberal
à sua época.
MILTON FRIEDMAN (1962), com a publicação do
livro “Capitalismo e Liberdade”, em linguagem acessível a todos, faz o
monetarismo renascer, contrapondo-se às conclusões de Keynes, que considerava
totalmente erradas (fábrica de estagflação). É o principal autor do liberalismo
e monetarismo modernos. Sua principal obra é “A História Monetária dos Estados
Unidos”.
Outros autores:
Karl R. Popper, A Sociedade Aberta e seus Inimigos;
Douglass North, Entendendo o Processo de Mudança Econômica;
Norberto Bobbio, Liberalismo e Democracia.
Karl R. Popper, A Sociedade Aberta e seus Inimigos;
Douglass North, Entendendo o Processo de Mudança Econômica;
Norberto Bobbio, Liberalismo e Democracia.
RESUMINDO: O pensamento liberal defende a
liberdade das pessoas e das relações entre elas. Tem como princípio fundamental
NORMAS PARA LIMITAR O PODER DISCRICIONÁRIO das autoridades e do mais forte
sobre o mais fraco, para DEFENDER A CONCORRÊNCIA e os interesses dos
consumidores (não existe liberalismo sem concorrência). A menor presença
estatal possível, a maior quando necessária. O liberalismo pode ser definido
como uma corrente de pensamento que defende a liberdade individual (os direitos
individuais e civis), a livre iniciativa, o governo democrático (baseado no
livre consentimento dos governados e estabelecido com base em eleições livres),
a liberdade de expressão, a defesa da concorrência, instituições que obedeçam a
lei igual para todos, a transparência, o lucro e o direito de propriedade e a
separação de estado e religião (O ESTADO DEMOCRÁTICO DO DIREITO).
PENSAMENTO
LIBERAL E LIBERDADE (democracias liberais). Escrito em 04/01/2014.
CÂMBIO E LIBERDADE. MOVIMENTO DE CAPITAIS:
Existindo mercado (demanda) e um ambiente
seguro e amistoso, o afluxo de capitais e os investimentos sempre ocorrerão.
MAG
A qualidade de vida é sempre melhor nas
economias abertas a muitos fornecedores (concorrência). MAG
Desvalorizar a moeda pátria, reduzindo o poder
de compra de toda uma sociedade, para proteger lucros e privilegiar segmentos
empresariais não competitivos, é arbitrariedade que só poderia ser tomada com o
consentimento dos prejudicados. MAG
Valorizar artificialmente a moeda pátria é o
caminho mais curto para crise cambial. MAG
Competitividade, ganhos de produtividade,
melhoria contínua, só com concorrência. MAG
Governo considerado incompetente ou inamistoso
com o mercado e lucros (capitais, investimentos), passa insegurança, afugenta
empreendedores e investidores, paralisa investimentos, desvaloriza a moeda
pátria acima do que seria normal (empobrece a todos e piora a qualidade de
vida). O inverso é verdadeiro: governo amistoso ao mercado atrai empreendedores
e investimentos, a moeda pátria valoriza, o poder de compra aumenta (a
qualidade de vida melhora com o desenvolvimento).
PRINCÍPIOS DO PENSAMENTO LIBERAL:
Normas (leis, regulamentos) em vez de
autoridades (reduzir o poder discricionário de autoridades, de monopólios e do
mais forte sobre o mais fraco). O poder é da norma e não da pessoa
(autoridade).
Câmbio flutuante como solução de mercado e
para evitar crises do balanço de pagamentos.
Normas que aumentam o poder discricionário das
autoridades facilitam a corrupção (venda de facilidades e de privilégios),
devem ser evitadas.
O liberalismo é contra privilégios como
reserva de mercado.
O liberalismo é a favor da concorrência e de
regras do jogo pré-estabelecidas que a regulem e defendam.
Não existe liberalismo sem concorrência.
O liberalismo defende a liberdade das pessoas
fazerem acordos, inclusive a relação capital x trabalho, sem a intervenção do
governo.
O liberalismo defende a liberdade sindical (e
de associação), mas é contra o imposto sindical obrigatório (de empregados e de
empregadores).
MAG 04/01/2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário