TAXA DE CÂMBIO:
PREVISÕES (COMPLEXIDADE E DIFICULDADE).
O
sistema monetário mundial que está substituindo Breton Woods tem uma certeza, a
taxa de câmbio flutuante (flexível, variável) veio para ficar. As autoridades
monetárias (BCs) e as empresas (diretores financeiros) terão que conviver com
as incertezas do mercado (monitoramento e vigilância constantes). As
autoridades monetárias deverão evitar ao máximo influenciar artificialmente o
mercado de câmbio. Os diretores financeiros terão que conviver com as
complexidades e dificuldades de previsões, com muitas variáveis, pouca
previsibilidade e certeza. A ação política (administrativa e eleitoral) tem muita
importância na formação das expectativas (um presidente da república, do BC ou
ministro, acreditados ou não) e na formação da taxa de câmbio.
Indicadores
rudimentares, antecipados e de vulnerabilidades que devem ser monitorados:
INTERNOS:
a)
Posição
das reservas (caixa e liquidez) e sua evolução;
b)
Importações,
Exportações e sua evolução;
c)
Balanço
de Serviços (viagens, transporte, aluguel de equipamentos, outros) e Rendas (juros,
dividendos, lucros e salários);
d)
Conta
Capital e Financeira (IED = investimento externo direto, onde o investidor tem ingerência
na gestão, IEI = investimento externo indireto, o investidor não tem ingerência
na gestão, como ações em bolsa). Empréstimos de curto e de longo prazo;
e)
Movimento
de Câmbio (fluxo comercial e financeiro);
f)
Dívida
Externa e sua composição;
g)
Evolução
dos preços das Commodities;
h)
Operações
Cambiais do BC (swaps, swaps reversos, etc.);
i)
Posição
de Câmbio dos bancos (comprada ou vendida);
j)
A
taxa de juro (básica e de mercado) e sua relação com a externa. Imposto de
igualização de juros (o nosso IOF);
k)
Controle
de movimento de capitais (segurança, liquidez e rentabilidade);
l)
Defasagem
de tempo entre causa e efeito.
EXTERNOS:
a)
Liquidez
monetária e de créditos;
b)
Política
monetária do dólar, Euro, Yen e Yuan;
c)
Desvalorizações
competitivas;
d)
Dólares
em excesso no mundo (adormecidos ou não), eurodólares, petrodólares, reservas
em excesso (China, Japão, outros);
e)
Balanço
Comercial, de Rendas, de Serviços e a conta Capital e Financeira dos USA, da China, do Japão
e dos países com comércio relevante.
Os
USA por emitirem a moeda mais aceita no mundo (considerada o meio de pagamento,
de contabilidade e reserva de valor mundial) têm privilégios e algumas obrigações:
suportam por mais tempo déficits nas contas externas (são os déficits sem
lágrimas), exportam inflação (principalmente das commodities), podem pagar as
menores taxas de juros do mundo, podem comprar ativos com moeda emitida e terem
como contrapartida lucros, dividendos, juros, vendas casadas e aluguéis. Podem
importar inteligências e financiarem avanços e inovações tecnológicas (impossível
competir com eles, já que o custo é quase zero), onde são líderes incontestes. MAG 08/2014.
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