domingo, 3 de agosto de 2014

TAXA DE CÂMBIO: PREVISÕES (COMPLEXIDADE E DIFICULDADE).

TAXA DE CÂMBIO: PREVISÕES (COMPLEXIDADE E DIFICULDADE).
O sistema monetário mundial que está substituindo Breton Woods tem uma certeza, a taxa de câmbio flutuante (flexível, variável) veio para ficar. As autoridades monetárias (BCs) e as empresas (diretores financeiros) terão que conviver com as incertezas do mercado (monitoramento e vigilância constantes). As autoridades monetárias deverão evitar ao máximo influenciar artificialmente o mercado de câmbio. Os diretores financeiros terão que conviver com as complexidades e dificuldades de previsões, com muitas variáveis, pouca previsibilidade e certeza. A ação política (administrativa e eleitoral) tem muita importância na formação das expectativas (um presidente da república, do BC ou ministro, acreditados ou não) e na formação da taxa de câmbio.
Indicadores rudimentares, antecipados e de vulnerabilidades que devem ser monitorados:
INTERNOS:
      a)    Posição das reservas (caixa e liquidez) e sua evolução;    
       b)    Importações, Exportações e sua evolução;
     c)    Balanço de Serviços (viagens, transporte, aluguel de equipamentos, outros) e Rendas (juros, dividendos, lucros e salários);
   d)    Conta Capital e Financeira (IED = investimento externo direto, onde o investidor tem ingerência na gestão, IEI = investimento externo indireto, o investidor não tem ingerência na gestão, como ações em bolsa). Empréstimos de curto e de longo prazo;
     e)    Movimento de Câmbio (fluxo comercial e financeiro);
      f)     Dívida Externa e sua composição;
     g)    Evolução dos preços das Commodities;
     h)   Operações Cambiais do BC (swaps, swaps reversos, etc.);
     i)     Posição de Câmbio dos bancos (comprada ou vendida);
     j)      A taxa de juro (básica e de mercado) e sua relação com a externa. Imposto de igualização de juros (o nosso IOF);
     k)    Controle de movimento de capitais (segurança, liquidez e rentabilidade);
      l)     Defasagem de tempo entre causa e efeito.
EXTERNOS:
      a)    Liquidez monetária e de créditos;
       b)    Política monetária do dólar, Euro, Yen e Yuan;
      c)    Desvalorizações competitivas;
      d)    Dólares em excesso no mundo (adormecidos ou não), eurodólares, petrodólares, reservas em excesso (China, Japão, outros);       
      e)    Balanço Comercial, de Rendas, de Serviços e a conta Capital e Financeira dos USA, da China, do Japão e dos países com comércio relevante.
Os USA por emitirem a moeda mais aceita no mundo (considerada o meio de pagamento, de contabilidade e reserva de valor mundial) têm privilégios e algumas obrigações: suportam por mais tempo déficits nas contas externas (são os déficits sem lágrimas), exportam inflação (principalmente das commodities), podem pagar as menores taxas de juros do mundo, podem comprar ativos com moeda emitida e terem como contrapartida lucros, dividendos, juros, vendas casadas e aluguéis. Podem importar inteligências e financiarem avanços e inovações tecnológicas (impossível competir com eles, já que o custo é quase zero), onde são líderes incontestes.    MAG 08/2014.
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