domingo, 17 de agosto de 2014

RELAÇÃO QUANTIDADE DE MOEDA X OPER. DE CRÉDITO SISTEMA FINANCEIRO X PIB X INFLAÇÃO.

RELAÇÃO QUANTIDADE DE MOEDA X OPER. DE CRÉDITO SISTEMA FINANCEIRO X PIB X INFLAÇÃO

M1, M2, M3, M4
Data M4 Oper. Créd.
Sist. Financ.
12 meses %
Variação % ano
Valor % 12
meses
i real
IGPM
PIB IPCA IGPM
2010 3040495 16,7 20,57 -0,102 7,5 5,91 11,32
2011 3550253 16,8 19,02 4,18 2,6 6,50 5,10
2012 4103151 15,6 16,2 -1,1 1 5,84 7,82
2013 4455383 8,6 14,64 0,938 2,3 5,91 5,51
ACUMULADO xxxx 71,12 91,16 3,898 13,96 26,43 33,1
06/2014 4714713 10,6 11,8 1,526 X 3,75 2,45

     Em 4 anos (2010 a 2013) o M4 (a liquidez do M4 é fácil no Brasil) cresceu 71,12%, as operações de crédito 91,16%, o juro básico real ex-post (CDI - 20% de IRF - IGPM) rendeu 3,898%, o PIB cresceu 13,96%, o IPCA 26,43% e o IGPM 33,1%. A quantidade de moeda quando cresce sem existir sobras no NUCI (nível de utilização da capacidade instalada) e muito acima do PIB potencial por vários anos o resultado só pode ser inflação e no processo a famigerada estagflação. A fixação da taxa básica abaixo da adequada fez a velocidade de crescimento da demanda superar a da oferta, trazendo problemas ao Balanço de Pagamentos (a demanda interna passa a ser atendida por importações). A moeda desvaloriza para compensar. No caso brasileiro o real que estava sendo valorizado em relação ao dólar o processo inverteu-se, o BC passou a fazer operações de swaps cambiais (semelhante a uma venda de dólares futuros) para sustentar o valor do real e ajudar no combate à inflação (um risco para os cofres públicos). Os empreendedores e investidores por queda da previsibilidade ficaram desmotivados (as expectativas ficaram negativas). Se somarmos a isto um governo que tem aversão ao lucro, reprime os preços administrados, não demonstra compromisso com a responsabilidade fiscal e monetária, o resultado só pode ser expectativas negativas. É muito artificialismo (populismo, mentiras, demagogias) para não ser percebido. Uma boa política econômica é necessária ao crescimento econômico (não o suficiente). O crescimento exige também boa qualidade na gestão dos gastos públicos, investimentos produtivos, ambiente receptivo e encorajador aos investimentos (como querer investimentos se o governo tem aversão ao lucro?).  RESUMINDO: os problemas da economia brasileira são de responsabilidade do governo. MAG 07/2014

Um comentário:

  1. Do site www.magconsultoria.uaivip.com.br
    7) POLÍTICA MONETÁRIA – EFICÁCIA (INFLAÇÃO E CRESCIMENTO). 01/2007.
    MOTIVO: tentar explicar que o crescimento conseguido através de taxa básica expansionista e imprudente não tem sustentação.
    1) A experiência demonstrou que a política monetária é mais eficaz no combate à inflação (claro que a parceria com a política cambial e fiscal adequadas torna-a mais eficaz ainda) do que (sozinha) para motivar e conseguir crescimentos (aumentos consistentes das atividades econômicas). O crescimento depende de outras variáveis fundamentais que constituem também a relação das causas das atividades econômicas (Anatole Murad desenvolveu um estudo interessante sobre o assunto). A queda da taxa de juro (sozinha) não provoca, com certeza, o aumento dos investimentos, é apenas uma variável necessária. A contestação de que a política monetária pode criar um ambiente de expansão, como único fator, é unanimemente aceito. O reconhecimento das limitações da política monetária, de que ela não pode como único fator resolver os complexos problemas e interesses individuais da atividade econômica, não tira sua importância no quadro mais vasto da política macroeconômica.
    2) 2) Uma adequada distribuição de rendas, a existência de fatores de produção (recursos naturais, capital, trabalho, tecnologia), a segurança institucional do capital investido, uma normatização (marco regulatório) adequada que passe segurança e motivação, vantagens ou desvantagens comparativas naturais e artificiais (leis adequadas, judiciário eficaz – rápido e justo - legislativo ou executivo que passem segurança), um sistema financeiro compatível que proporcione segurança para as poupanças e que alimente as necessidades de financiamentos do consumo e dos investimentos, um sistema previdenciário que estimule a formação de poupanças e que não permita privilégios, contas públicas transparentes com publicações de balancetes mensais analíticos, gastos públicos improdutivos (atividades meio) sejam o menor possível, são fatores importantes e que devem ser analisados.

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