domingo, 20 de dezembro de 2015

EXPLICANDO INFLAÇÃO PARA LEIGOS.


EXPLICANDO INFLAÇÃO PARA LEIGOS.

INFLAÇÃO ocorre quando acontece aumento generalizado e contínuo dos preços dos bens e serviços (o nível geral dos preços).

CAUSA PRINCIPAL: EXPANSÃO MONETÁRIA SUPERIOR À CAPACIDADE DE CRESCIMENTO DA ECONOMIA (PIB potencial. Existência de fatores de produção) que provoca o efeito da alta generalizada e contínua dos preços. Os aumentos dos preços, podemos ver, são efeitos. A conjuntura (presente e passada) e expectativas são importantes na definição da expansão monetária e na taxa básica de juro adequadas. Nunca ocorreu um processo inflacionário sem expansão monetária e demanda que o sustente. O país que emite a moeda aceita como reserva mundial (o dólar) tem que medir a quantidade de moeda no mercado doméstico e externo (as reservas dos países e os depósitos e aplicações de poupadores estrangeiros em bancos fora do país com liquidez menores que 30 dias), pois podem aumentar a liquidez e a pressão da demanda (interna e externa). Os USA podem expandir sua moeda e os efeitos inflacionários domésticos demorarão mais a ser sentido. Os preços das importações e exportações nos países com economia mais aberta têm influência maior. Apesar da expansão monetária do Fed (com os QE – quantitative easing, expansão monetária) ter provocado efeito sobre os preços das commodities, não aconteceu inflação interna (nos USA). A China manteve os preços de suas exportações quase que sem aumento. O Japão não conseguiu fazer crescimento nem inflação com afrouxamento monetário. Não conseguiu também nem distribuindo bônus para o povo (a alta renda, necessidades já atendidas e a aversão ao risco, impedem o aumento da demanda e da inflação).

FUNDAMENTOS ECONÔMICOS (Teorias Econômicas) devem ser estudados sob as óticas:
a)  De países desenvolvidos (exportadores de capitais);
b)  De países em desenvolvimento (importadores de capitais);
c)  De país emissor de moeda reserva mundial (USA etc.);
d)  De país não emissor de moeda conversível;
e)  De todos os agentes econômicos.
    
ESTAGFLAÇÃO: inflação com estagnação. A corrida preços x expansão monetária.

INFLAÇÃO COM RECESSÃO: ocorre após um período de crescimento artificial provocado por expansão monetária, preços e câmbio reprimidos e taxa básica abaixo da adequada. A demanda fica superior à capacidade de produção interna e é sustentada por importações (e déficits externos). Dizemos que a economia está rodando em um nível superior ao sustentável. Este quadro não tem sustentação e tem que ser revertido, quando são necessários os ajustes (eliminação das medidas conjunturais artificiais e correção das estruturais). A liberação dos preços e do câmbio provoca a inflação que exige aumento do juro básico para evitar a contaminação do nível geral dos preços (índice de difusão = percentual de preços pesquisados com preços em alta). Se for possível fazer saldo fiscal positivo a necessidade de taxa básica é mínima. O poder de compra se reduz com a queda do valor da moeda e por extensão a demanda cai (as importações caem e o déficit externo reduz). Para evitar a contaminação geral dos preços a ferramenta de política monetária mais eficaz é a adequada taxa básica. Após o plano real os reinícios dos processos inflacionários só conseguiram ser revertidos com a taxa básica fixada acima do DI 360 (0,25% acima).

O PROCESSO INFLACIONÁRIO CONSEGUIRÁ SER REVERTIDO SEM MAIS AUMENTOS DE TAXA BÁSICA? A. C. PASTORE, economista racional (ortodoxo) escreveu que sim. Para ele a queda da demanda já provocou a queda do PIB real abaixo do potencial. Dois diretores do BC, com os quais concordo, votaram pelo aumento da Selic. O juro real pelo critério SELIC - IRF - IPCA ou IGPM está negativo todo este ano (e isto provoca inflação).

PREVISÕES BC E FOCUS em 12/2014: para 2015 a previsão para a inflação ficou estável em 6,5% ao ano (real acima de 10%). As informações constam do Boletim Focus divulgado pelo BC. Os especialistas ouvidos pelo (BC) mantiveram a projeção da taxa básica de juros (Selic) do país em 12,50% em 2015.

MÁXIMAS DE ECONOMIA MONETÁRIA:
“Se os juros reais ex-post (acontecidos) são negativos e menores do que os ex-ante (previstos) acontece a perda de poder de compra da moeda mais juros (os poupadores aplicadores passam a ter renda negativa). A taxa de juro perde o poder de ancorar as expectativas inflacionárias.”
“A expansão monetária acima da capacidade de crescimento da economia (PIB potencial) é causa de inflação. Os aumentos dos preços são consequência.”
“A estabilidade monetária (do poder de comora da moeda) é condição necessária, mas não o suficiente, para o crescimento econômico sustentado.” MAG 12/2015
Leia mais em:
http://www.magconsultoria.uaivip.com.br/TABFINANCEIRAS.htm  
http://www.magconsultoria.uaivip.com.br/moeda.htm  
http://www.magconsultoria.uaivip.com.br/JUROSECAMBIO.htm 


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