EXPLICANDO INFLAÇÃO PARA
LEIGOS.
INFLAÇÃO ocorre quando acontece aumento generalizado e contínuo dos preços dos bens e serviços (o
nível geral dos preços).
CAUSA PRINCIPAL: EXPANSÃO MONETÁRIA SUPERIOR À CAPACIDADE DE
CRESCIMENTO DA ECONOMIA (PIB potencial. Existência de fatores de produção) que
provoca o efeito da alta
generalizada e contínua dos
preços. Os aumentos dos preços, podemos ver, são efeitos. A conjuntura (presente
e passada) e expectativas são importantes na definição da expansão monetária e
na taxa básica de juro adequadas. Nunca ocorreu
um processo inflacionário sem expansão monetária e demanda que o sustente. O
país que emite a moeda aceita como reserva mundial (o dólar) tem que medir a
quantidade de moeda no mercado doméstico e externo (as reservas dos países e os depósitos
e aplicações de poupadores estrangeiros em bancos fora do país com liquidez menores que 30 dias), pois podem aumentar a liquidez e a pressão da demanda (interna e externa). Os USA podem
expandir sua moeda e os efeitos inflacionários domésticos demorarão mais a ser
sentido. Os preços das importações e exportações nos países com economia mais
aberta têm influência maior. Apesar da expansão monetária do Fed (com os QE –
quantitative easing, expansão monetária) ter provocado efeito sobre os preços
das commodities, não aconteceu inflação interna (nos USA). A China manteve os preços de
suas exportações quase que sem aumento. O Japão não conseguiu fazer crescimento
nem inflação com afrouxamento monetário. Não conseguiu também nem distribuindo
bônus para o povo (a alta renda, necessidades já atendidas e a aversão ao risco,
impedem o aumento da demanda e da inflação).
FUNDAMENTOS ECONÔMICOS (Teorias Econômicas) devem
ser estudados sob as óticas:
a) De países desenvolvidos (exportadores
de capitais);
b) De países em desenvolvimento
(importadores de capitais);
c) De país emissor de moeda reserva
mundial (USA etc.);
d) De país não emissor de moeda
conversível;
e) De todos os agentes econômicos.
10/1998 do site http://www.magconsultoria.uaivip.com.br/artigos.htm
ESTAGFLAÇÃO: inflação com estagnação. A corrida preços x
expansão monetária.
INFLAÇÃO COM RECESSÃO: ocorre após um período de crescimento
artificial provocado por expansão monetária, preços e câmbio reprimidos e taxa
básica abaixo da adequada. A demanda fica superior à capacidade de produção
interna e é sustentada por importações (e déficits externos). Dizemos que a
economia está rodando em um nível superior ao sustentável. Este quadro não tem
sustentação e tem que ser revertido, quando são necessários os ajustes
(eliminação das medidas conjunturais artificiais e correção das estruturais). A
liberação dos preços e do câmbio provoca a inflação que exige aumento do juro
básico para evitar a contaminação do nível geral dos preços (índice de difusão
= percentual de preços pesquisados com preços em alta). Se for possível fazer
saldo fiscal positivo a necessidade de taxa básica é mínima. O poder de compra
se reduz com a queda do valor da moeda e por extensão a demanda cai (as
importações caem e o déficit externo reduz). Para evitar a contaminação geral
dos preços a ferramenta de política monetária mais eficaz é a adequada taxa
básica. Após o plano real os reinícios dos processos inflacionários só
conseguiram ser revertidos com a taxa básica fixada acima do DI 360 (0,25%
acima).
O PROCESSO INFLACIONÁRIO CONSEGUIRÁ SER REVERTIDO SEM MAIS
AUMENTOS DE TAXA BÁSICA? A. C. PASTORE, economista racional (ortodoxo) escreveu
que sim. Para ele a queda da demanda já provocou a queda do PIB real abaixo do
potencial. Dois diretores do BC, com os quais concordo, votaram pelo aumento da
Selic. O juro real pelo critério SELIC - IRF - IPCA ou IGPM está negativo todo
este ano (e isto provoca inflação).
PREVISÕES BC E FOCUS em 12/2014: para 2015 a previsão para a
inflação ficou estável em 6,5% ao ano (real acima de 10%). As informações
constam do Boletim Focus divulgado pelo BC. Os especialistas ouvidos pelo (BC)
mantiveram a projeção da taxa básica de juros (Selic) do país em 12,50% em
2015.
MÁXIMAS DE ECONOMIA MONETÁRIA:
“Se os juros reais ex-post (acontecidos) são negativos e menores
do que os ex-ante (previstos) acontece a perda de poder de compra da moeda mais
juros (os poupadores aplicadores passam a ter renda negativa). A taxa de juro
perde o poder de ancorar as expectativas inflacionárias.”
“A expansão monetária acima da capacidade de crescimento da
economia (PIB potencial) é causa de inflação. Os aumentos dos preços são
consequência.”
“A estabilidade monetária (do poder de comora da moeda) é
condição necessária, mas não o suficiente, para o crescimento econômico
sustentado.” MAG 12/2015
Leia mais em:
http://www.magconsultoria.uaivip.com.br/TABFINANCEIRAS.htm
http://www.magconsultoria.uaivip.com.br/moeda.htm
http://www.magconsultoria.uaivip.com.br/JUROSECAMBIO.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário