TAXA
BÁSICA E INFLAÇÃO. 02/2017.
AMBIENTE: da
mesma maneira que em engenharia é necessário estudar o ambiente (solo, ventos,
sol), em economia também o é (ambiente e conjuntura).
EXPANSÃO
MONETÁRIA: nos países que não emitem moeda conversível (reserva) a expansão
monetária acima do PIB potencial é causa de inflação.
NUNCA ACONTECEU
UM PROCESSO INFLACIONÁRIO SEM EXPANSÃO MONETÁRIA E DEMANDA QUE O SUSTENTASSE. A
EXPANSÃO MONETÁRIA É CAUSA DE INFLAÇÃO DEPENDENDO DE CADA PAÍS (e da conjuntura
dos mesmos). O que aprendemos é que a expansão monetária sozinha não provoca
crescimento nem inflação em país que emite moeda reserva mundial.
REGIME DE METAS
DE INFLAÇÃO: no Brasil o regime de metas de inflação (o tripé meta de inflação,
superávit primário e câmbio flutuante) é de 01/06/1999.
DEPRESSÃO E
RECESSÃO: não existe depressão sem deflação (existe recessão mais longa por não
ser combatida corretamente). Existe recessão com inflação ascendente e
descendente (a descendente é o caminho para deflação e depressão).
O Japão não
consegue fazer inflação com expansão monetária (nem com dívida interna, já em
200% do PIB). Os japoneses acreditam e preferem a liquidez imediata do Yen a
outros ativos já valorizados (já perderam com várias bolhas de ativos que não
moeda). O risco de desvalorização é alto.
Os EUA não
conseguiram fazer inflação com taxa básica zero e com as operações de QE –
quantitative easing – liquidez a juros baixos para os títulos de LP, mas
conseguiram evitar uma depressão (crise de 2007/2008 denominada de subprime ou
quebra do Lehman Brother, de solvência, liquidez e crédito). A emissão da moeda
meio de pagamento mundial permite importar do mundo todo sem crise cambial, mas
as commodities subiram. Formaram bolha que já furou (a crise foi para os
exportadores). O ouro subiu e caiu (a bolha furou). O dólar ainda é atração nas
crises (aversão a perdas maiores).
TAXA BÁSICA
E INFLAÇÃO (aumentos e reduções):
a) taxa básica
alta, mas abaixo da adequada piora a inflação, é semelhante a altas doses de
antibióticos, mas abaixo do necessário (piora a infecção);
b) em um
processo inflacionário (inflação ascendente) enquanto os aumentos graduais da
taxa básica não ultrapassarem o juro de equilíbrio (neutro), a inflação e o
aumento dos juros ocorrem simultaneamente;
c) após
revertido o processo inflacionário a inflação e a taxa básica (quedas graduais)
caem simultaneamente;
d) um governo
acreditado necessita de taxas básicas menores e por menos tempo do que um
desacreditado;
e) com
superávits primários ou relação dívida PIB estável é mais fácil reverter um
processo inflacionário (inclusive as taxas de juros nominais de mercado são
mais baixas).
QUANDO O AUMENTO DA TAXA BÁSICA PODE PROVOCAR INFLAÇÃO?
Sabemos que a
taxa básica deve ser elevada acima da taxa de equilíbrio (neutra), mas o mínimo
possível, até que o processo inflacionário inicie a reversão de ascendente para
descendente assim como a curva de juros nominal de mercado (os juros de mercado
de LP caem).
Se o governo é
desacreditado (causa de insegurança e de imprevisibilidade), exista uma relação
dívida PIB considerada alta (também causa de insegurança), acompanhada de
déficits fiscais primários (causa de processo ascendente da dívida) e a taxa
básica acima da de equilíbrio (no Brasil o DI 360, nos EUA a taxa de 2 ou de 5
anos) não conseguir reverter as expectativas de inflação e a curva de juro
nominal de mercado, significa que o mercado espera que a dívida será paga
através de emissão de moeda (de inflação). Neste caso não adianta utilizar a
taxa básica.
Claro que uma
política fiscal superavitária evita processo inflacionário, mas sabemos que não
existe processo inflacionário sem política fiscal considerada irresponsável
pelo mercado.
MAG 02/2017.
MAG 02/2017.
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