Em
2012 publiquei no blog uma postagem com o título “CRESCIMENTO ECONÔMICO
SUSTENTADO”. Abaixo publico parte dela e mudo o título para: A MOEDA – POLÍTICA MONETÁRIA E CRESCIMENTO.
COMENTO:
um Ministro da Fazenda e um presidente de BC competentes e responsáveis, conseguem
em apenas 5 meses reverter um processo inflacionário de ascendente para descendente
apesar de toda forma de críticas e sabotagens políticas. A inflação em 2017
ficará abaixo da meta 4,5%, os juros nominais de mercado de longo prazo já caíram
de 16,8% para 10% (o custo de captação do TN está caindo de fato). A economia reverte
uma recessão com queda do PIB acima de 3% ao ano para uma conjuntura de
crescimento sustentado. E os políticos e economistas que construíram essa
conjuntura que custou ao país mais de 12 milhões de empregos e a maior recessão
por que o país já passou ainda receitam mais do mesmo: a receita de política
econômica que teve como efeito a maior recessão por que o Brasil já passou.
A MOEDA – POLÍTICA
MONETÁRIA E CRESCIMENTO.
J. M. KEYNES: “Não
existe meio mais sutil e mais seguro de subverter a base existente da sociedade
do que pela desmoralização da moeda.” "Os regimes autoritários
contemporâneos parecem resolver o problema do emprego à custa da eficiência e
da liberdade."
LÊNIN: “A melhor
maneira de destruir um sistema capitalista é destruir a sua moeda.”
ADAM SMITH: “Para
retirar um estado do mais baixo nível de pobreza e elevá-lo à riqueza bastam
três coisas: a paz, impostos módicos e uma boa administração da justiça. O
resto virá por consequência.” Adam Smith, 21 anos antes de publicar A Riqueza
das Nações.
“Não existe
crescimento sustentado onde a política monetária não é acreditada (as
autoridades, as instituições).”
A
eficácia da política monetária depende da sua CREDIBILIDADE:
a)
Uma COMUNICAÇÃO eficaz e o compromisso com a TRANSPARÊNCIA são
fundamentais;
b) A
coordenação das EXPECTATIVAS exige explicações racionais e consistentes por
parte do BC (confirmadas por dados);
c) O
BC determina a taxa de juros de curto prazo (Selic), mas a transmissão da
política monetária se dá por meio das taxas de mercado de médio e de longo
prazo, que não são controladas pela autoridade monetária;
d) é
possível ocorrer um descasamento entre a taxa básica (selic) e as taxas de
mercado, se os agentes anteciparem as mudanças da política monetária, em
períodos de incerteza ou quando a política monetária perde CREDIBILIDADE;
e) A
economia em equilíbrio (pouca volatilidade, moeda estável) facilita a
PREVISIBILIDADE e o PLANEJAMENTO e encoraja os investimentos, o crescimento
passa a ser sustentado. A economia em desequilíbrio é mais volátil e
imprevisível (desencoraja os empreendedores e os investimentos).
O
MERCADO E AS AUTORIDADES ECONÔMICAS (PRINCIPALMENTE A MONETÁRIA).
Existem
economistas (que influenciaram parte da imprensa) e autoridades que têm aversão
ao mercado, inclusive apelidam os economistas da linha racional e responsável (monetaristas-liberais,
adeptos da economia de mercado) de mercadistas. Quando no poder têm que
conviver e motivar os empreendedores, os consumidores, enfim todos os agentes
econômicos. Em geral mudam totalmente de opinião e posição. Alguns, entretanto,
não conseguem ser acreditados pelo mercado, amedrontam e passam instabilidade,
desencorajando investimentos (passam a imprevisibilidade deles para o mercado).
No BC são causa de inflação. No MF amedrontam os empreendedores e desencorajam
os investimentos. Um presidente de BC que fale uma linguagem racional e
responsável passa segurança para o mercado. Um MF que tenha prestígio e
credibilidade encoraja e motiva os empreendedores e os investimentos. MAG 08/2012