terça-feira, 2 de junho de 2020
sexta-feira, 29 de maio de 2020
A VERDADE SOBRE O GOVERNO DO BRASIL DE JAIR MESSIAS BOLSONARO.
A VERDADE SOBRE O GOVERNO DO BRASIL DE
JAIR MESSIAS BOLSONARO.
J. M. BOLSONARO, surpreendentemente, derrotou democraticamente
o poder político estabelecido (e o grande poder político das oposições), o
poder dos sindicatos (que sobreviviam com imposto sindical obrigatório), o
poder das mídias corporativas (que faziam e desfaziam governos e pessoas), o
poder das corporações que dominavam as estatais e, sem dinheiro, sem mídia, apenas
com seguidores apaixonados por seu discurso defensor dos antigos regimes
militares (ditaduras legalizadas e apoiadas pelo povo), contra as corrupções do
PT e seguidores, conservador em costumes e liberal em economia (conseguiu
atrair eleitores ao falar que Paulo Guedes, economista liberal, seria seu
ministro da economia).
Como é seu governo?
a) liberal
em economia, privatizante, contra o intervencionismo corporativo estatal e
privado que sobrevive de explorar estatais e o povo com controles
desnecessários, criando dificuldades para vender facilidades, simplificador, elimina
controles desnecessários (se funciona sem controle ele não controla. Na
verdade, tenta eliminar e o judiciário não permite). A equipe econômica é das
melhores que o país já teve. Tenta privatizar estatais e operações de serviços;
b) na
política não trocou ministérios com partidos políticos (fez um ministério
técnico), tentou não ter base no legislativo (comprar apoios partidários com
benesses e cargos). Fez propostas reformistas e encaminhou para o legislativo
sem tentar influenciá-los (comprar apoios). As reclamações foram
vergonhosamente absurdas, atacaram-no de autoritário, antidemocrata, quando
estava sendo democrata em excesso (independência e harmonia entre os poderes).
Agora parece que está cedendo em cargos do segundo escalão para evitar um processo
de impeachment (o legislativo recuou de sua trama golpista com apoio da mídia
corporativa e de parte do STF, que ainda cria problemas. Possível crise
institucional ainda existe) que não seria aprovado, mas duraria um ano. Tem uma
base popular de apoio de uns 33%, mas muito ativa nas redes sociais e em
passeatas. É o único político que se sair na rua e aeroportos é aplaudido (ministros
do STF são odiados);
c) nos
costumes é um conservador religioso radical. A maioria do povo brasileiro é conservadora
religiosa, mas liberal e moderada no sentido de liberdade de religiões (na
mesma família professam várias religiões) e aceitação de diferenças respeitosas;
d) relação
com mídias corporativas: cortou verbas e qualquer favorecimento e em
contrapartida é atacado raivosa e diariamente. Torcem ao invés de noticiar,
distorcem notícias (de tão escandaloso não surte efeitos). É defendido por seus
eleitores diariamente (e agressivamente) nas mídias sociais (da mesma maneira
que é atacado);
e) corrupção:
até agora o governo ainda não teve nenhum escândalo de corrupção;
f) relação
com o STF. O STF brasileiro é de alto nível, mas infelizmente nos últimos tempos,
alguns ministros, deixaram-se dominar por vaidades, prolixidades inúteis e
paixões partidárias (todos eles foram escolhidos por presidentes que hoje são
oposicionistas raivosos. Perderam as mamatas e sabem que Bolsonaro deve ser
reeleito se nada fizerem). Monocraticamente estão tomando decisões (ditatoriais)
que estão provocando uma possível crise institucional;
g) e Bolsonaro
como é? É o que demonstrou ser na campanha eleitoral. Sincero, verdadeiro, dizem
que pessoalmente simpático e aberto a conciliações, piadista, reconhece erros e
volta atrás, rigoroso quanto a fidelidade de amigos (dizem que meio tosco, casca
grossa. Lula e Dilma eram piores).
FINALIZANDO: QUEM APOSTAR NO BRASIL GANHARÁ MUITO.
29/05/2020.
quinta-feira, 14 de maio de 2020
REVERTER A POLÍTICA MONETÁRIA ENQUANTO É TEMPO.
CÁLCULO DA TAXA BÁSICA CONSIDERANDO PREVISÃO DE IGPM
5%.
Com o IGPM previsto para 2020 de 5% e Selic nominal bruta de
3%, teremos a mesma líquida de IRF = 3% – 20% IRF = 2,4%. Reduzindo - 5% IGPM =
- 2,6% (negativo). TAXA BÁSICA REAL NEGATIVA EM - 2,6%.
A Taxa Natural (neutra) considerada de 2,8% (ponto da curva
de juro de 360 dias) positivos para - 2,6% (taxa básica líquida de IRF) teremos
- 5,4% (uma diferença absurda e perigosíssima). Significa que a taxa básica Selic real está ABAIXO da
NATURAL em - 5,4% sob a ótica dos aplicadores nacionais e dos investidores estrangeiros
ou os que racionam em dólar (podem optar por investir no exterior).
O normal e aconselhável seria a Selic estar entre 0,5% e 1%
abaixo da neutra portanto, em 2,3% ou 1,8% reais. Para estar em 1,8% ou 2,3% reais a Selic nominal
deveria estar positiva em (5% + 2,3) / 0,8 = 9,125% ou (5 +1,8) / 0,8 = 8,5%. Outra opção
seria eliminar o IRF (aconselhável) e aí teríamos: 7,3% ou 6,8%.
CONSIDERANDO O IPCA DE 2,7%.
Seguindo o mesmo raciocínio e considerando o IPCA previsto
para 2020 em 2,7%, teremos: Selic líquida de IRF 2,4% - 2,7% IPCA = - 0,3%
(negativo). A diferença para a taxa natural (neutra) é 2,8% positivos para -
0,3% = -3,1% (uma diferença absurda e perigosíssima).
Significa que a taxa básica Selic real está ABAIXO da
NATURAL em – 3,1% sob a ótica dos aplicadores nacionais e dos investidores
estrangeiros ou os que racionam em dólar (podem optar por investir no
exterior). O normal e aconselhável seria a Selic estar entre 0,5% e 1% abaixo
da neutra portanto, em 2,3% ou 1,8% reais.
Para estar em
1,8% ou 2,3% reais a Selic nominal deveria estar positiva em (2,7% + 2,3) / 0,8
= 6,25% ou (2,7 +1,8) / 0,8 = 5,625%. Outra opção seria eliminar o IRF (aconselhável)
e aí teríamos: 5% ou 4,5%.
QUAIS OS EFEITOS QUE PODERIAM OCORRER:
a) o real voltaria a valorizar e aumentar o poder de compra
da população (e a segurança e previsibilidade fariam a demanda aumentar);
b) a expectativa de inflação futura (IGPM) cairia e os juros
de longo prazo acompanhariam (e o custo de captação do TN). Os volumes negociados
no longo prazo aumentariam (facilitaria financiamentos de investimentos);
c) o custo das importações de maquinários e insumos cairiam
(reduziria custo de fabricação). O custo das importações concorrentes também
cederia e obrigaria as empresas nacionais a trabalharem a melhoria contínua e os
ganhos de produtividade;
d) os ativos brasileiros valorizariam em dólar (inclusive o
PIB);
e) o
poder de compra das famílias aumentaria (e a qualidade de vida, que no fim é o
que interessa);
f) a
insegurança externa que o Brasil está passando reverteria (e isto não pode
perdurar);
g) o juro real é considerado alto ou baixo sempre em relação
às expectativas do mercado (positivas, ascendentes, ou negativas descendentes). 14/05/2020.
quinta-feira, 7 de maio de 2020
COPOM CAI TAXA BÁSICA. A RELAÇÃO TAXA BÁSICA (SELIC) X TAXA NATURAL (NEUTRA OU DE EQUILÍBRIO) X CONJUNTURA PRESENTE E PERCEPÇÃO DA FUTURA.
COPOM CAI TAXA
BÁSICA. A RELAÇÃO TAXA BÁSICA (SELIC) X TAXA NATURAL (NEUTRA OU DE EQUILÍBRIO)
X CONJUNTURA PRESENTE E PERCEPÇÃO DA FUTURA. EM 07/05/2020.
A TAXA SELIC DE 3% RENDE
LÍQUIDO DE IRF (3% X 0,8 = 2,4%): 2,4%. É ESTA TAXA LÍQUIDA (2,4%) QUE OS POUPADORES
INTERNOS (APLICADORES) E EXTERNOS LEVAM EM CONSIDERAÇÃO. COMPARAM-NA (taxa de
juro ex-ante) COM A INFLAÇÃO FUTURA PELO IPCA E PELO IGPM (taxa de juro
ex-post). PELO IGPM PREVISTO TERÁ UM NÚMERO NEGATIVO ELEVADO (E O IGPM É INDICAÇÃO
DO IPCA DO FUTURO). PELO IPCA DEVERÁ DAR UM NEGATIVO PEQUENO. PELO DÓLAR É IMPREVISÍVEL
NO MOMENTO.
A taxa Básica deve ser
fixada acima ou abaixo da taxa Natural. Considerando-a = ao DI 360, 2,85% teremos:
a)
com o IGPM
previsto para 2020 de 5% e Selic de 3%. 3% – 20% IRF = 2,4% - 5% IGPM = - 2,6% (negativo).
A diferença para a taxa natural (neutra) é 2,85
positivos para -2,6 = -5,45% (uma diferença absurda e perigosíssima). Taxa
que provoca fuga de capitais (nacionais e estrangeiros), desvalorização da
moeda pátria, possível aumento de atividades e de preços de alguns ativos
(ouro, dólar, etc.). Se a percepção for de que a inflação subirá, as taxas de
curto prazo de juros acompanharão a Selic, mas as de longo prazo subirão (o
custo de captação do TN subirá). A nota de crédito do Brasil foi atingida negativamente
(talvez mais por motivos políticos);
b)
com o IPCA
previsto para 2020 de 2,7%: 2,4% - 2,7% = - 0,3% (negativo). A diferença para a
taxa natural (neutra) é 2,85% positivos para - 0,3% = -3,15% (uma diferença
absurda e perigosíssima). Taxa que provoca fuga de capitais (nacionais e
estrangeiros), desvalorização da moeda pátria, possível aumento de atividades e
de preço de alguns ativos (ouro, dólar, etc.). Se apercepção for de que a inflação
subirá, as taxas de curto prazo de juros acompanharão a Selic, mas as de longo
prazo subirão (o custo de captação do TN subirá). A nota de crédito do Brasil
foi atingida negativamente (talvez mais por motivos políticos).
COMENTO: considerando a insegurança conjuntural causada pelo COVD-19, pelas
críticas diárias da mídia (que fizeram efeito forte no exterior) que reduziram
a necessária percepção de estabilidade interna (segurança e previsibilidade)
para aumento das atividades e investimentos (PIB), as duas previsões de taxa
básica líquida de irf e de inflação (igpm e ipca) negativas, deverão (poderão)
causar pouco efeito nas atividades. A este respeito o fundador dos cursos de
economia no Brasil ensinou: E. GUDIN 1968: Em
conjuntura recessiva com predomínio de pessimismo, não há taxa de juros capaz
de, sozinha, reanimar a atividade. INFLAÇÃO
E CÂMBIO: a inflação afeta o câmbio antes de afetar os preços, mas com as repetições
entende-se que os dois efeitos são gêmeos, e um afeta o outro.
Esta taxa básica passa insegurança para todos: poupadores (verão suas
poupanças serem dilapidadas por inflação), reduzirá demanda (insegurança reduz demanda),
e por extensão PIB. É semelhante a uma dose de antibiótico acima da adequada,
fará mais mal do que talvez bem. MAG 07/05/2020.
BLOG: TERÇA-FEIRA, 14 DE MARÇO DE 2017
ATÉ ONDE A SELIC PODE
CAIR?
A credibilidade do MF e do
presidente do BC, além da correta política monetária e dos esforços do MF para
dar transparência e corrigir a política fiscal (apoiado pelo presidente MT e
legislativo) conseguiram passar credibilidade para os agentes econômicos (a
previsibilidade melhorou, mas ainda insuficiente). Os juros de longo prazo
caíram de 16,8% em 12/2015 para abaixo de 10%. As expectativas de inflação
caíram para abaixo da meta (4,5%) com a recessão invertendo a tendência de
queda acima de 3,5% para um crescimento que ficará entre 0,5% e 1,5%. EM
RESUMO: a competente equipe econômica e a correta política monetária venceram
mais uma vez.
A PERGUNTA QUE TODOS
PRETENDEM RESPONDER: ATÉ ONDE A TAXA BÁSICA (SELIC) DEVERÁ CAIR? ATÉ OS JUROS
DE MERCADO DE LP (A CURVA DE JUROS) NÃO REVERTER A TENDÊNCIA DE QUEDA
(DESCENDENTE) PARA ASCENDENTE. ESTA SERÁ A HORA DE PARAR COM A QUEDA DA SELIC,
ANTES QUE AS EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO VOLTEM. OUTRA PERGUNTA: E SE OS PREÇOS
NÃO PARAREM DE CAIR (hipótese que considero improvável) E CAMINHAREM PARA
DEFLAÇÃO? ALÉM DE CAIR A TAXA BÁSICA DE JURO (SELIC) O BC DEVERÁ DAR LIQUIDEZ A
JUROS BAIXOS PARA O LONGO PRAZO.
A HIPÓTESE MAIS PROVÁVEL É
QUE A INFLAÇÃO RETORNE SE O BC PASSAR A IMAGEM DE QUE CEDEU ÀS PRESSÕES
POLÍTICAS DE VÉSPERA DE ELEIÇÃO PARA CAIR A SELIC (hipótese que considero
improvável). EM NÚMEROS ACREDITO QUE A SELIC PODERÁ CAIR ATÉ 9% COM O MÁXIMO DE
1% POR REUNIÃO DO COPOM (mais é arriscado). MAG 03/2017.
quinta-feira, 9 de abril de 2020
A CRISE ECONÔMICA COVID - 19 (03/2020) E DIFERENÇAS COM ANTERIORES.
A CRISE ECONÔMICA COVID - 19 (03/2020) E
DIFERENÇAS COM ANTERIORES.
As crises econômicas têm causas em barbeiragens (ou
demagogias eleitorais) na política monetária, fiscal e cambial (pode ser em uma
isoladamente, mas sempre as três são atingidas). Normalmente são excessos de
déficits públicos (acima dos aceitáveis pelos agentes econômicos internos e
externos), política monetária expansionista acima do PIB potencial por tempo acima
do aceitável (potencial de crescimento da economia sem provocar inflação), política
cambial artificial (para valorizar ou desvalorizar o câmbio). As barbeiragens
atingem o máximo de negatividade na economia quando provocam crise cambial
externa (falta de recursos para efetuar pagamentos podendo faltar até para
compras de rotina. A rica Argentina passou por isto). O caso argentino difere
do brasileiro por sua moeda ter perdido a função de reserva de valor (os
argentinos em sua maioria poupam em dólares), é muito mais grave. No Brasil ainda
se poupa na moeda pátria (até quando?) e a maioria dos ativos são valorizados
em reais (na Argentina quase todos são valorizados em dólares). A função
reserva de valor da moeda pátria facilita e potencializa a política monetária. Então
vemos que a maioria das crises são monetárias (se expandem para o câmbio e
contas públicas), ativos que não moeda se valorizam acima dos preços aos
consumidores, formando bolhas até que estourem. O estouro se dá quando os
agentes racionais começam a fugir dos ativos super valorizados e estes perdem
liquidez (a desvalorização se dá mais rapidamente do que a valorização). Na
valorização (formação das bolhas) acontece o efeito riqueza virtual (a liquidez
dos ativos fica quase imediata = moeda), no furo da bolha acontece o inverso, o
efeito empobrecimento (a liquidez cai a quase zero, reduzindo a capacidade demanda
e atividades). Os BCs aprenderam que nas crises não podem deixar a liquidez
cair, faltar crédito nem banco quebrar. Normalmente as crises passam (claro que
alguns sofrimentos acontecem) e a economia volta ao normal aos poucos. As
crises de solvência (segmentos da economia ficam insolventes) exigem maiores
sacrifícios (absorver as perdas). O Brasil absorveu as perdas de quebras de
bancos (a maioria dos estados), dos saldos devedores dos financiamentos do BNH.
Os USA salvaram bancos na crise dos títulos subprime (hipotecas sem condições
de liquidez). Existem também as crises por problemas atmosféricos (terremotos)
e guerras. São soluções adequadas a cada situação.
A CRISE ATUAL (COVID -19): é uma crise com origem (causa
inicial) diferente da monetária. Uma redução forçada das atividades (isolamento
social para evitar contaminações e mortes) com efeitos na renda das pessoas e
empresas, que se transmite para desvalorizações dos ativos e da moeda pátria,
reduz a liquidez e o crédito (o medo das insolvências), e chega até aos bancos.
O BC está agindo correta e rapidamente fornecendo liquidez aos bancos e
evitando crise bancária. Um certo empoçamento da liquidez (do crédito) sempre
acontece. O normal seria o BC fornecer liquidez com finalidade específica para os
bancos emprestarem ou financiarem. A política cambial deve se limitar a
fornecer liquidez para o funcionamento normal do mercado (pagamentos de financiamentos
e de importações). O BC não deve atuar contra a tendência normal do mercado (é
remar contra a maré). Os swaps devem se manter nos limites anteriores à crise
(as vendas à vista têm por limite a existência de moeda).
ABAIXO PEQUENA PARTE DA PUBLICAÇÃO DE 01 / 2007
(baseado em texto de 1998, atualizado com gráficos posteriores que confirmam a
tese) publicada no site www.magconsultoria.uaivip.com.br
.
1) POLÍTICA MONETÁRIA: RELAÇÕES ENTRE A TAXA
BÁSICA E A TAXA DE MERCADO. 01/2007 (baseado em texto de 1998, atualizado com
gráficos posteriores que confirmam a tese).
A TAXA BÁSICA FAZ MAIS EFEITOS CONTRACIONISTA
DO QUE EXPANSIONISTA: a escolha dos agentes econômicos
(consumidores, investidores e poupadores) entre a Moeda e outros Ativos Financeiros
ou não é fundamental (isto é aceito por todos, keynesianos e clássicos).
Se a Moeda Pátria não é aceita como Reserva de Valor (Moeda mais Juros) a
turma foge para outros ativos (bolsa, imóveis, moedas estrangeiras, etc.),
podendo formar bolhas (véspera da crise). Não existe nada pior para uma
economia do que a desmoralização de sua moeda (bom senso).
Relação déficit público x taxa de juro básica x taxa de
juro de mercado: o déficit público influencia as taxas de juro de mercado
através da demanda por crédito pelo estado ou da monetização da economia, por
extensão a taxa básica;
a) COM A ECONOMIA EM EXPANSÃO (conjuntura prospectiva de
crescimento, expansionista): a taxa básica fixada acima da taxa neutra tem
efeito contracionista; fixada abaixo da taxa neutra provoca inflação e bolha
(preços dos ativos sobem acima dos IPCs) ao invés de mais crescimento. Com
os preços subindo acima da meta o BC deve fixar a taxa básica acima da
de equilíbrio (ou neutra). Os agentes fazem aplicações no BC (através
dos bancos) = retirada de moeda do mercado (contração monetária, retração de
empréstimos). Se o BC, ao contrário, fixar a taxa básica abaixo da neutra o
efeito expansionista será imediato e absurdo provocando inflação e bolha
(preços dos ativos sobem acima dos IPCs). Retirando moeda do mercado ele
reduz os depósitos bancários, reduzindo por consequência os empréstimos e
assim sucessivamente, desestimulando as atividades (a demanda e a inflação).
Aplicações em
títulos do TN = a moeda continua no mercado (o gasto acontece através do TN).
Apenas se acontecer Superávit Público Nominal e o TN depositar o valor no BC
é que é = a retirada de moeda do mercado. Se o Superávit for utilizado para pagar
dívida do TN a moeda continua no mercado (o efeito imediato é a redução das
taxas de juros de mercado, por extensão da taxa básica). A redução da demanda
do estado (G) é compensada pelo aumento de recursos com a iniciativa privada.
Os juros caem pela redução das captações pelo estado;
b) COM A
ECONOMIA EM CONTRAÇÃO
(ou conjuntura prospectiva contracionista): Neste caso o BC deve fixar a
taxa básica abaixo da neutra. O efeito expansionista da taxa básica
apesar de nulo para conseguir crescimento, evita mais contração. Os
agentes continuam com suas aplicações no mercado (não acontece contração
monetária), mas como a conjuntura já está recessiva continua da mesma maneira
(mas com menos força). Estando a conjuntura em transição, saindo da recessão,
com os preços aos consumidores subindo acima da meta e os dos ativos que não
moeda evoluindo acima destes, a taxa básica sendo fixada abaixo do ponto
neutro agravará o cenário. A história monetária e a prática têm demonstrado
que o efeito expansionista da taxa básica (o efeito expansionista da moeda)
atua mais nos preços dos Ativos que Não Moeda (financeiros ou não), formando
Bolhas, do que no crescimento real da economia (acontece inflação ao invés de
crescimento econômico). Estando a conjuntura em recessão os efeitos acontecem
nos preços dos ativos (acima dos efeitos nos preços dos bens de consumo). A
conjuntura recessiva continua, agravada pelo desequilíbrio nos preços
relativos e pela redução nos salários reais. A correção da economia em
desequilíbrio (preços relativos e bolhas) apenas atrasa. Para evitar
contração a receita é aumento dos gastos públicos (déficit público de 3%, com
máximo de 5% do PIB, até que as atividades e expectativas revertam para
retorno da normalidade) e fixar a taxa básica abaixo da neutra. 04/2020.
|
quarta-feira, 1 de abril de 2020
A TURMA DO PENSAMENTO MÁGICO TENTA REAPARECER.
A TURMA DO PENSAMENTO MÁGICO TENTA REAPARECER.
Após produzirem o retorno do processo inflacionário
(conseguirem provocar motivos legais e políticos para o impeachment de DR), a
maior recessão dos últimos anos (quase 10%), quase criarem uma crise cambial de
difícil solução (a Argentina conseguiu quebrar duas vezes quase seguidas), e
terem silenciado após o modelo liberal conseguir com racionalidade e
responsabilidade:
1) controlar o processo inflacionário;
2) reduzir as taxas de juros de mercado e a seguir a taxa básica (sem artificialismo);
3) corrigir as barbeiragens (artificialismo) da política cambial e as contas externas;
4) corrigir os preços reprimidos do setor energia;
5) eliminar a corrupção generalizada em empresas e bancos públicos;
6) salvar a Petrobras;
7) aprovar a reforma da previdência;
8) encaminhar a solução das outras reformas (administrativa, tributária) com possibilidade de serem aprovadas;
9) enfim, praticarem uma política monetária, fiscal e cambial racional e responsável.
2) reduzir as taxas de juros de mercado e a seguir a taxa básica (sem artificialismo);
3) corrigir as barbeiragens (artificialismo) da política cambial e as contas externas;
4) corrigir os preços reprimidos do setor energia;
5) eliminar a corrupção generalizada em empresas e bancos públicos;
6) salvar a Petrobras;
7) aprovar a reforma da previdência;
8) encaminhar a solução das outras reformas (administrativa, tributária) com possibilidade de serem aprovadas;
9) enfim, praticarem uma política monetária, fiscal e cambial racional e responsável.
Aconteceu a crise do Coronavírus (COVID-19) com paralisação
de indústrias, comércios, serviços, esportes e transportes, todos os segmentos perdendo
receitas e condições de cumprirem com pagamentos, várias pessoas perdendo
emprego (o seguro desemprego cobre) e a turma das atividades informais
(inclusive trabalhadores sem registros) e autônomos em situação de
vulnerabilidade social em razão da pandemia virótica que afeta pulmões e
respiração, ocasionando uma anomalia econômica e social.
Os liberais sempre foram defensores da responsabilidade
monetária, fiscal e cambial, mas também da Assistência Social aos mais
necessitados (um dos princípios do liberalismo racional). Em situações anômalas
(imprevisíveis), acima das perturbações aleatórias (previsto nos modelos macroeconômicos),
é defendido pela política monetária, após Milton Friedman, não permitir que a
liquidez caia e por extensão os gastos públicos, muito diferente do defendido
por Keynes (1936) que é gastar (gastos produtivos ou improdutivos) contestando
Adam Smith (1776) que defendeu que se a relação gastos improdutivos / produtivos
subisse acima do aceitável (o aceitável dependeria da relação gastos públicos /
PIB) os efeitos sobre a renda (PIB) seria negativo (reduziria a renda). É
quando a maioria consome, mas não produz, desarmonizando a relação oferta e
demanda.
A receita que está sendo adotada neste momento é a liberal monetarista na
política monetária: impedir a queda da liquidez e dos empréstimos (evitar o
empoçamento da liquidez); e na política fiscal: prover assistência social para
quem perdeu renda, portanto nada da irresponsabilidade dos gastadores
irresponsáveis, provocadores de hiperinflação e de recessão (apelidados de
keynesianos). 31/03/2020.
terça-feira, 10 de março de 2020
RNB - RENDA NACIONAL BRUTA = PIB – PRODUTO INTERNO BRUTO, TAXA BÁSICA E CRESCIMENTO.
RNB - RENDA
NACIONAL BRUTA = PIB – PRODUTO INTERNO BRUTO, TAXA BÁSICA E CRESCIMENTO.
A RNB (PIB) é igual ao somatório de: Renda do trabalho (salários,
honorários e outros rendimentos do trabalho) + Juros + Lucros + Aluguéis = RT +
J + L + A.
O aumento da RT e dos Juros é uma
das condições necessárias (não exclusivas) para que ocorra o crescimento sustentado
(não artificial) do PIB (RNB). Explico: a maior parte das pessoas recebem
salários, honorários ou outros rendimentos do trabalho, por extensão são os
maiores Consumidores e Poupadores (fundos de pensão, cad. de poupanças, etc.) em
quantidade e em valor. Sabemos que o PIB = C + I + G + E - M (consumo + investimentos+
gastos do governo + exportações – importações) e que o Investimento = Poupança
interna + externa. Portanto não havendo aumento
da renda do trabalho (por aumento da quantidade de trabalhadores ou da renda
dos mesmos) não teremos aumento de Consumo (motivador de Investimentos), nem de
Poupança interna (se deficiente será necessário importar poupança externa sob a
forma de investimentos diretos ou empréstimos). Os lucros são dependentes da renda
do trabalho (consumo) e os investimentos da relação risco x lucros. Os
investimentos externos têm como contrapartida a remessa de lucros, os
empréstimos os pagamentos dos juros (redutores do PNB = produto nacional bruto
= RNB).
Se os juros internos (taxa básica) forem negativos, não existirá
motivação para poupança com aplicações financeiras na moeda pátria, ocorrerão
fugas para a moeda mais forte e aplicações em outros ativos como imóveis,
bolsa, ouro, etc. podendo formar bolhas e o furo das mesmas quando ocorrer a
crise (e esta ocorrerá, pois tudo que valoriza acima do limite será
desvalorizado) e o sentimento geral de empobrecimento (redução de atividades e
queda do PIB). Os juros internos negativos causam também desalento e
insegurança à grande quantidade de trabalhadores que passam a ter receio quanto
a renda futura (fundos de pensão e poupanças pessoais). E sabemos que a expectativa
negativa quanto a renda futura (salários, pensões, aposentadorias, poupanças) tem
efeito negativo sobre o consumo e este sobre os investimentos (reduz PIB). É o
inverso do que se pensa em uma análise rápida sem aprofundar-se.
O país que emite a moeda reservas mundial, nas crises, por
ser o refúgio mais seguro para aplicações recebe aumento do fluxo (demanda)
para sua moeda e títulos, podendo abaixar a taxa básica. Seus títulos se
valorizam (a taxa de juro cai). O inverso acontece com os países que emitem
moedas inseguras e com menos segurança em seus títulos. Então a taxa básica real
(a líquida de imposto e de inflação) só deve cair se estiver positiva e acima
da neutra (a de equilíbrio). 10/03/2020
domingo, 8 de março de 2020
NOTÍCIAS FALSAS (FAKE NEWS): MÍDIAS SOCIAIS E MÍDIAS CORPORATIVAS.
NOTÍCIAS FALSAS (FAKE NEWS): MÍDIAS
SOCIAIS E MÍDIAS CORPORATIVAS.
MÍDIAS SOCIAIS: como as
pessoas agem perante uma notícia falsa? A maioria das pessoas sabem ser falsas,
curtem e compartilham se for de seu interesse. Poucos são enganados. As
notícias falsas acontecem mais nas mídias sociais.
MÍDIAS CORPORATIVAS: antes
das mídias sociais tinham o poder quase total sobre a formação da opinião
pública, poder sobre a vida das pessoas (podia destruir ou construir pessoas e
presidentes). Era chamada de quarto poder (hoje nem tanto). Um dos defeitos era
(ainda é) a defesa corporativista das mídias corporativistas e de jornalistas,
mesmo que errados ou canalhas. Deveriam ser escravas da verdade no noticiário,
mas na pratica torcem e distorcem a verdade, às vezes vergonhosa e agressivamente
(alguns perderam a vergonha de serem desonestos, assumiram). É pena pois muitos
profissionais competentes assumiram como normal torcer e distorcer (muitos
mentem repetidamente), perderão a credibilidade (são chamados de lixo e bostas
nas mídias sociais).
Torceram, distorceram e
mentiram desavergonhadamente contra Trump, durante a disputa no PR, depois na
campanha a presidente, durante o governo e agora na reeleição. Não fizeram
críticas sobre os candidatos a candidato a presidente despreparados do PD,
omitem a história de corrupção de Joe Biden (criticam quem investiga), Bernie Sanders
define-se como socialista, o noticiário define-o socialista democrata,
democrata, até como social democrata (e de direita). Transformar notícias
positivas em negativas é desonestidade (lixo e bosta como escrevem nas mídias
sociais criticando). Como defender as mentiras? Querem clientes? Sejam
profissionais, imparciais, escravos da verdade.
O futuro das mídias corporativas
será a rapidez, a qualidade e a imparcialidade do noticiário. Análises (e analistas)
racionais e bem fundamentadas. Manter os leitores pela credibilidade e
imparcialidade. As mídias parciais terão como clientes apenas as partes que
agradam (sempre diminutas). E as críticas podem ser feitas? Claro que sim, mas
mentir e distorcer notícias não.
Respeitem a profissão de
jornalistas: torcer, distorcer e mentir no noticiário não é jornalismo, é
ativismo.
A DEMOCRATIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO:
hoje as mídias sociais democratizaram as condições de noticiarem fatos,
opiniões, críticas e pensamentos, até fake News. As desonestidades que se
publicavam nas mídias corporativas sobre pensamentos (a maioria desonestidades
acadêmicas. Apostilas toscas cópias de outras), começavam por definições
erradas como forma de criticar ideias adversas a seus interesses (motivo de
denominar de desonestidades acadêmicas) para no fim em uma síntese de poucas
linhas não conseguir explicar de maneira entendível o que pensavam. Mais
sofisticadamente continuam: um jornalista internacional chamou Bernie Sanders
de social democrata, quando o mesmo sempre se definiu como socialista (e
demagogicamente como democrata ultimamente). O PD dos USA enxergando o risco se
uniu contra o demagogo socialista (ignorante não deve ser). E Trump pode ser criticado
sem ofender a verdade, sem distorcer notícias? Claro que sim e teria mais efeito.
Com Bolsonaro é semelhante: torcem, distorcem notícias, deixam de informar
adequadamente a relação entre os três poderes, a verdade é que são ativistas
incompetentes pelos excessos (se fossem racionais e verdadeiros as críticas
seriam aceitas). Um fato: Lula, Dilma e
Bolsonaro não têm a cultura adequada para ocuparem a presidência, mas não
criticavam DR que não sabia que não sabia, Lula com suas tiradas
desqualificadas (achavam bonito a ignorância). Bolsonaro pelo menos informa o
que sabe e o que não sabe e escolheu bem seu Ministério (o melhor dos últimos tempos).
E ganhou a eleição democraticamente enfrentando o poder político estabelecido e
a quase totalidade da mídia corporativa. Os ataques pessoais são vergonhosos
(contra Trump também).
POPULISMO: Chamam de
populistas líderes da direita que defendem pensamentos em que acreditam, quando
o correto seria chamar de populistas os sociais democratas (de fato são
liberais), os socialistas (a maioria se diz democrata e o estudante
principiante de uma boa escola e professor sabe que não existe socialismo
democrata, as definições do termo, os programas dos partidos, as experiências
acontecidas e acontecendo comprovam, tudo ditadura, limitando o direito de ir e
vir, de informação e partido único), que se elegem com promessas demagógicas
impraticáveis e insustentáveis e
governam de maneira diferente (isto sim é populismo). Definir liberal como populista
é desonestidade ou ignorância. Se existem liberais populistas? Deve existir,
mas o pensamento liberal não é populismo.
POPULISMO é a política fundada no aliciamento das
classes sociais de menor capacidade de análise e de poder aquisitivo (a massa
de manobra sempre enganada). O populista é carismático, tem boa fluência
verbal, boa oratória, fala o que o povo quer ouvir e não o que pensa. EM RESUMO:
POPULISTA É MENTIROSO, É DEMAGOGO E DESONESTO.
AS MÍDIAS SOCIAIS VIERAM PARA FICAR (é uma inovação
destruidora como tantas outras), ajudam muito a difusão do saber (muito mais democraticamente
do que as mídias corporativas ajudaram). As definições e conceitos errados que
se repetiam nas colunas e artigos (a maioria da esquerda festiva que sobrevive ancorada
e sugando o estado e os contribuintes). Definiam direita, esquerda e liberalismo
de forma totalmente equivocada. Nem definir corretamente o que é esquerda e
direita faziam (muitos ainda erram). 08/03/2020
ESQUERDA E DIREITA: SISTEMAS ECONÔMICOS, POLÍTICOS E
CULTURAIS (COSTUMES). Parte de postagem já publicada.
A - CULTURAL:
1 – DIREITA. CONSERVADORES: defendem a aceitação dos
princípios religiosos, doutrinários e imutáveis. Na economia são sempre
liberais, contra o comunismo e socialismo. São considerados DIREITA.
2 - LIBERAIS (DIREITA E ESQUERDA): são progressistas
e acompanham a evolução da ciência e dos costumes. Defenderam a separação da
igreja do estado, são laicos. São princípios aceitos pela ESQUERDA E PELA
DIREITA.
B - POLÍTICO:
1 – DIREITA. DEMOCRACIA: defende três poderes
independentes e harmônicos, Legislativo, Executivo e Judiciário, na ordem, e
eleições com a participação ampla. Defende o poder dos governados escolherem
seus governantes. Os liberais e conservadores são democratas. É considerada DIREITA.
2 – ESQUERDA. DITADURA: defende um poder proeminente,
o executivo. A ditadura é definida buscando evitar o ponto vulnerável das
democracias (a descentralização do poder), a possibilidade da corrupção
generalizar-se. Sabemos que maior o poder (a centralização do poder concentra-o
nas mãos de poucos) maior a possibilidade de corrupção. O poder total sempre
leva à corrupção total (centralizada). O COMUNISMO (ESQUERDA) DEFENDE A
DITADURA do partido único.
C - ECONÔMICO:
1 – ESQUERDA. CAPITALISMO DE ESTADO: economias de
planejamento centralizado, Comunismo, Socialismo. O planejamento centralizado
(poder centralizado em poucas pessoas) impede a democracia, motivo do comunismo
defender a forma de governo ditadura (centralização do poder). É considerado ESQUERDA.
2- CAPITALISMO DE MERCADO (economias de mercado):
defende a propriedade privada, o lucro e a concorrência (a luta pelo lucro e
pela sobrevivência) como forma de incentivar as melhorias contínuas e os ganhos
de produtividade e as inovações. Diferente das economias de planejamento centralizado,
socialismo (a centralização exige o poder centralizado nas mãos de poucos) as
economias de mercado (inúmeros agentes concorrendo) para funcionar exige a
descentralização do poder (o poder econômico é descentralizado). É considerado DIREITA.
RESUMO: Racionalmente todos os sistemas econômicos
são entendidos como Capitalistas, a diferença é a propriedade do capital (do
estado ou privada). Impossível uma economia se desenvolver sem o Capital.
08/03/2020.
sábado, 29 de fevereiro de 2020
CRESCIMENTO ECONÔMICO: RELAÇÕES COM CONSUMO, INVESTIMENTO, RENDA E JUROS.
CRESCIMENTO
ECONÔMICO: RELAÇÕES COM CONSUMO, INVESTIMENTO, RENDA E JUROS.
Já é sabido que não
há taxa de juros, mesmo que negativa (+ i - % inflação = - i), capaz de fazer
crescimento sustentado e reanimar uma economia. A taxa de juro é apenas uma variável das mais
importantes, necessária, mas não o suficiente. Existe a inércia inflacionária
(conhecida pelos brasileiros) e a de preços (tipo uma inflação retardada,
diferente da reprimida). A inflação afeta o câmbio antes de afetar os
preços internos (inflação e câmbio são efeitos, são gêmeos, um afeta o outro). Não existe inflação que perdure sem expansão
monetária e demanda que a sustente.
EXPANSÃO MONETÁRIA: nos países que não
emitem moeda conversível (reserva) a expansão monetária acima do PIB potencial
é causa de inflação. Nunca aconteceu um processo inflacionário sem expansão
monetária e demanda que o sustentasse. A expansão monetária é causa de inflação
dependendo de cada país (e da conjuntura dos mesmos). O que aprendemos de novo
é que a expansão monetária sozinha não provoca crescimento nem inflação em país
que emite moeda reserva mundial (basta que a aceitação da moeda se expanda para
outros países).
POLÍTICA MONETÁRIA E CRESCIMENTO
SUSTENTADO:
A experiência demonstrou que a
política monetária é mais eficaz no combate à inflação (claro que a
parceria com a política cambial e fiscal adequadas torna-a mais eficaz ainda)
do que (sozinha) para motivar e conseguir crescimentos
(aumentos consistentes das atividades econômicas). O crescimento depende de
outras variáveis fundamentais que constituem também a relação das causas das
atividades econômicas. A queda da taxa de juro (sozinha) não provoca, com
certeza, o aumento dos investimentos, é apenas uma variável necessária. A
contestação de que a política monetária pode criar um ambiente de expansão,
como único fator, é unanimemente aceito. O reconhecimento das limitações da
política monetária, de que ela não pode como único fator resolver os complexos
problemas e interesses individuais da atividade econômica, não tira sua
importância no quadro mais vasto da política macroeconômica.
COMENTÁRIO SOBRE CRESCIMENTO ECONÔMICO:
Uma adequada Distribuição de Rendas,
a existência de Fatores de Produção (recursos naturais, capital,
trabalho, tecnologia), a Segurança Institucional do capital investido,
uma normatização (marco regulatório) adequada que passe segurança e motivação,
vantagens ou desvantagens comparativas naturais e artificiais (leis adequadas,
judiciário eficaz – rápido e justo - legislativo ou executivo que passem
segurança), um Sistema Financeiro compatível que proporcione Segurança
para as poupanças e que alimente as necessidades de financiamentos do Consumo e
dos Investimentos, um sistema previdenciário que estimule a formação de
poupanças e que não permita privilégios, contas públicas transparentes com
publicações de balancetes mensais analíticos, gastos públicos improdutivos
(atividades meio) sejam o menor possível, são fatores importantes e que devem
ser analisados.
CRESCIMENTO ECONÔMICO CAUSAS:
a) existindo capacidade instalada ociosa,
estoques, fatores de produção não utilizados ou evolução tecnológica que
permita aumento de produção (produtividade), o aumento da liquidez pode
provocar aumento do PIB sem ocorrer inflação. Os monetaristas (e liberais)
aconselham que a moeda deve ter um crescimento conhecido e ter por limite de crescimento
o PIB POTENCIAL conhecido;
b) a melhoria da Distribuição da Renda
aumenta o Consumo (nível de atividades) e motiva investimentos, mas pode causar
inflação se não ocorrer aumento de produção (ou de importação);
c) taxas de juros de mercado menor que
a natural, ou taxa básica menor do que a de equilíbrio ou neutra eleva a
demanda sem causar inflação se existir capacidade de produção não utilizada
(fatores de produção livres);
d) emissão de moedas para fazer face a
gastos produtivos e necessários, aumenta a capacidade de produção;
e) entrada de divisas estrangeiras com
conversão para moeda local aumenta a liquidez (pode causar inflação);
f) aumento da procura global com
aumento da oferta global;
g) aumento de exportações;
h) FATORES DE PRODUÇÃO (pleno emprego)
- Não existindo pleno emprego dos fatores de produção (trabalho, capital,
recursos naturais, tecnologia), o aumento dos GASTOS DO GOVERNO (G) e dos Meios
de Pagamentos, direcionados a Investimentos eficazes e de maturação de médio
prazo, podem ser uma medida benéfica e de estímulo à economia (estimula a
procura global, os investimentos e a produção).
i) EFEITO ENRIQUECIMENTO -
Expectativas positivas e segurança quanto ao futuro podem aumentar o consumo e
investimentos (pode provocar aumentos de preços caso inexista aumento de
produção). A percepção de aumento de renda pessoal, provocada por valorizações
de ativos, etc., provoca sensação de segurança e aumento de consumo;
j) EFEITO EMPOBRECIMENTO -
Expectativas negativas, provocadas por desvalorizações de ativos (poupanças,
bolsas, imóveis, etc., provoca percepção de empobrecimento), e por taxas de
juros reais negativas (queda da renda de poupadores, de fundos de pensões,
etc.), provocam insegurança quanto ao futuro e podem induzir a redução de
consumo, de investimentos e queda de preços (paradoxo);
k) DESARMONIA ENTRE AS POLÍTICAS
FISCAL E MONETÁRIA (incluso a cambial) - Déficits públicos acima do aceitável (política
fiscal) puxam as taxas de juros de mercado para cima e exigem maior taxa básica
por parte da política monetária (um puxa para um lado, o outro, para outro),
influenciando negativamente as expectativas;
l) INSEGURANÇA NA MOEDA PÁTRIA: a
perda de segurança no poder de compra da moeda (juros negativos provocam perdas
nas poupanças e nos fundos para garantir aposentadorias e renda mensal) provoca
redução de consumo para aplicações em outros ativos (que não a moeda pátria
mais juros), podendo provocar bolhas nos preços de outros ativos. O furo da
bolha provoca crise e perdas. A redução do consumo reduz a pressão
inflacionária (paradoxo). Não tem sustentação a LP e provoca crise cambial e
desvalorização da moeda pátria e inflação a seguir (no segundo momento);
m) gastos improdutivos (necessários e
desnecessários) em percentual alto em relação à receita ou aos gastos
produtivos necessários reduz o PIB. O inverso é verdadeiro.
CONSUMO: RELAÇÕES COM RENDA, JUROS E
INFLAÇÃO. 04/2012
1) KEYNES: para Keynes o consumo
subiria de acordo com a renda. Maior a renda maior o consumo total, mas menor
em relação à renda.
2) IRVING FISHER: para Fisher o
consumo dependia da expectativa de renda e de vida.
3) MILTON FRIEDMAN: para Friedman o
consumo dependia da renda permanente (a renda que os agentes têm segurança de
que receberão).
4) MODIGLIANI: para Modigliani o
consumo é função da riqueza e da renda em relação à expectativa de vida.
5) MELHORIA NA DISTRIBUIÇÃO DE RENDA:
a melhoria na distribuição de renda (redução da concentração da renda) aumenta
o consumo no curto e no médio prazo (ou enquanto houver espaço para ela
ocorrer). O aumento do consumo induz o aumento dos investimentos (é o
crescimento da renda total = PIB).
6) O CONSUMO, A TAXA BÁSICA DE JURO, A
LIQUIDEZ (QUANTIDADE DE MOEDA) E A INFLAÇÃO: os monetaristas defendem o
princípio de que o aumento da liquidez (moeda) em proporção maior do que o
crescimento potencial do PIB provoca um aumento da demanda (C + I) no CP, das
expectativas de inflação e da inflação no médio ou longo prazo. Recomendam que
a liquidez tenha um aumento constante, não superior à capacidade de crescimento
do PIB (PIB potencial). Desaconselham altos e baixos no crescimento da moeda,
pois isto traz insegurança aos agentes e reduz a previsibilidade e os
investimentos. A taxa básica é a ferramenta mais eficaz dos BCs na redução do
excesso de liquidez (moeda) do mercado, por consequência reduz também as
expectativas de inflação (no processo a taxa básica será reduzida no segundo
momento). Uma taxa básica abaixo da adequada permitirá um aumento das
expectativas de inflação e necessidade de uma taxa maior no futuro para
combater os aumentos dos preços. Se a autoridade monetária deixar que a
liquidez aumente seguidamente em relação ao PIB potencial o processo
inflacionário instala-se.
7) CRISES: em um processo de aumento
de liquidez agravado com taxa de juro real ex-post negativa (a taxa real
ex-post fica menor do que a ex-ante, a inflação projetada fica sempre menor do
que a ocorrida), instala-se o processo inflacionário e a fuga da moeda mais
juros para ativos que não moeda (imóveis, moedas estrangeiras, ações, ouro,
etc.). Esta conjuntura artificial (aumento desproporcional de liquidez e juros
negativos) caminha para o processo de insegurança e furo da bolha dos preços
dos ativos que não moeda, trazendo redução da Previsibilidade para o mercado,
instalando-se um cenário que começa com a Desaceleração do Crescimento do PIB
provocada pela redução da riqueza (desvalorizações de ativos), passando para a
recessão, podendo chegar à depressão se não combatido adequadamente. O combate
à crise que se instala resume-se em impedir a quebra dos bancos, a redução da
liquidez (não confundir com aumentos excessivos), complementada por política
fiscal (aumento de gastos públicos não constantes e melhoria de distribuição de
renda). MAG 04/2012.
O RISCO DA
EXAUSTÃO TECNOLÓGICA (depreciações aceleradas, perda de capacidade de
concorrência da produção): o hiato do
produto (diferença positiva entre PIB potencial e o efetivo) = capacidade de
produção instalada não utilizada, e a capacidade de produção podem perder as
condições de concorrer se acontecer uma modernização acentuada de software,
hardware ou de sistema de produção. Exemplos: os teares antigos exigiam 1 funcionário
por tear para funcionar, os modernos exigiam 1 para controlar 50 teares. Os
motores (e outros componentes) a diesel tinham que ser revisados a cada 150.000
km, os modernos passaram a durar 1 milhão de km. Na área de informática as
inovações destrutivas ocorrem a cada dois anos. Isto significa que uma crise
que dure alguns anos torna a capacidade de produção da economia sem condições
de concorrer.
A DESVALORIZAÇÃO
CAMBIAL: outro fator positivo por um lado e
negativo por outro é a desvalorização cambial. Por um lado, reduz o preço em dólar
da produção interna exportável e sobe o das importações. As commodities exportáveis prefixadas em dólar
apenas aumentam os lucros dos produtores internos (e pressionam os preços
internos), já as importadas aumentam os preços internos em real. A desvalorização
cambial sobe os preços de importações de fatores de produção (maquinários,
software, sistemas e partes reexportáveis). Pode fazer a indústria nacional
perder capacidade concorrência.
A MÁGICA DO CRESCIMENTO SUSTENTADO:
taxa básica adequada, câmbio flutuante, gastos improdutivos pequenos em relação
aos produtivos, regulamentação que não iniba o ambiente de negócios (que
facilite e motive), um sistema financeiro sólido e seguro, linhas de
financiamento de LP, facilidade de importações de tecnologias e de fatores de
produção (maquinários, sistemas e partes para reexportar).
FORMAÇÃO DE EXPECTATIVAS POSITIVAS: instituições políticas (legislativo e executivo) que passem segurança e previsibilidade, Banco Central e Ministério da Economia e Planejamento que passem segurança e previsibilidade, mídia propositiva positiva (a mídia negativa dificulta a formação de expectativas positivas). Segurança cambial para investidores externos. O medo de perda cambial afasta investimentos. Tributação adequada a concorrer com principais concorrentes externos na captação de investimentos. 29/02/2020.
FORMAÇÃO DE EXPECTATIVAS POSITIVAS: instituições políticas (legislativo e executivo) que passem segurança e previsibilidade, Banco Central e Ministério da Economia e Planejamento que passem segurança e previsibilidade, mídia propositiva positiva (a mídia negativa dificulta a formação de expectativas positivas). Segurança cambial para investidores externos. O medo de perda cambial afasta investimentos. Tributação adequada a concorrer com principais concorrentes externos na captação de investimentos. 29/02/2020.
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020
SOCIALISMO DEMOCRÁTICO EXISTE? A UTOPIA QUE CUSTOU VIDAS E SOFRIMENTOS.
SOCIALISMO DEMOCRÁTICO EXISTE?
A UTOPIA QUE CUSTOU VIDAS E SOFRIMENTOS.
Carl Marx denominou sua teoria de Socialismo Científico e os outros
autores de sua época de Socialistas Utópicos.
Para ele a evolução da sociedade ocorreria como a
seguir:
a) o COMUNISMO
PRIMITIVO inicial das tribos (propriedade comum) evoluiu para o FEUDALISMO (direito de propriedade, do
lucro e proteção de profissões);
b) o feudalismo evoluiu para o CAPITALISMO (economia de mercado com concorrência). O
capitalismo levaria à uma bem-sucedida evolução do Proletariado;
c)
o Proletariado
iria impor o SOCIALISMO. E o COMUNISMO seria a evolução do final do SOCIALISMO,
uma utopia, onde a propriedade voltaria a ser comum e a democracia adotada,
abandonando-se a ditadura política do socialismo.
SOCIALISMO significa
economia de planejamento centralizado, poucas pessoas no comando (a elite
burocrática). Como o planejamento centralizado é feito por poucas pessoas adotaram
a ditadura (comando de poucos) e partido único, o que inviabiliza a democracia (a
adoção do termo socialismo democrático é demagogia política, engana eleitores).
Proíbem a propriedade privada, o lucro, a herança, controlam a produção,
tabelam preços, controlam a mídia e informações (a imprensa é do governo) e até
o direito de ir e vir.
É o inverso do
LIBERALISMO, economia de mercado, produção, preços, mídia e direito de ir e vir
livres. A propriedade privada é permitida. A iniciativa privada opera e os
governos legislam, tributam e julgam (3 poderes independentes = democracia). O
fundamento do pensamento liberal é: se funciona sem norma / regulamento, não normatize
/ regulamente, o poder é da lei e não da autoridade (as leis devem limitar o
poder discricionário das autoridades), as normas/regulamentos devem proteger a
concorrência (sem concorrência não existe liberalismo). É a concorrência e a busca
do lucro que estimula a luta pela sobrevivência, a melhoria contínua, os ganhos
de produtividade e as inovações. Foi isto que derrotou o socialismo: a
comparação do enriquecimento das economias de mercado (capitalismo liberal) com
o empobrecimento das economias de planejamento centralizado (capitalismo de
estado, socialismo).
Como terminou? Em milhões de mortes e pobreza
generalizada das nações que adotaram o sistema socialista. A máxima, maior o
poder maior a corrupção, aconteceu em todas as nações que adotaram o Socialismo.
Nikita Krushev antecipou o fim do Socialismo com
a famosa frase: que sistema bom é este que temos que construir muros para que
não fujam. Se fosse bom estaríamos construindo muros para que não entrassem. Gorbachev e Yeltsin redemocratizaram a Rússia
(acabaram com a URSS), eliminaram o totalitarismo e o sofrimento do povo.
SOCIALISMO E SOCIAL DEMOCRACIA (o uso político e demagógico
dos termos).
A utilização política eleitoral (indevida, demagógica
ou ignorante) dos nomes:
a) SOCIAL DEMOCRACIA, de fato é economia de mercado,
liberalismo econômico. Foi utilizado politicamente na Europa (substituindo o
nome liberal) para combater o SOCIALISMO (na época em que a esquerda ameaçava
ganhar eleições);
b) SOCIALISMO: com a queda do muro de Berlim, a dissolução
da URSS, a Europa oriental abandonando o socialismo e as nações que ainda teimam
em manter ou adotar o socialismo (Venezuela, Cuba, Coreia do Norte)
empobrecerem (perderem PIB e a maioria do povo viver na pobreza), começam a
inventar termos demagógicos para enganar os eleitores menos informados, como
SOCIALISMO DEMOCRÁTICO (isto não existe, pois é contra os fundamentos da
ideologia socialista). Bernie Sanders, candidato a candidato a presidente dos
USA pelo PD, definia-se como SOCIALISTA, agora demagogicamente define-se como
socialista democrata (é o que dizem). Não sabe a definição correta do termo
socialista (ignorância) ou é demagogia eleitoral? Se ganhar o que vais
prevalecer? A definição correta de socialismo ou a demagógica (que ninguém sabe
o que é)? E analistas políticos (e alguns econômicos) aceitam e incorrem no
mesmo erro. Um economista ganhador do prêmio Nobel passando por cima da declaração
de Bernie Sanders afirma que o mesmo não socialista e sim social democrata. Então
Sanders é ignorante ou demagogo?
Adequação de texto de 2012. 20/02/2020.
Assinar:
Postagens (Atom)