terça-feira, 21 de abril de 2015

PREVIDÊNCIA - SISTEMA DE CAPITALIZAÇÃO (20/11/2007,resumo do original de 1998).

PREVIDÊNCIA - SISTEMA DE CAPITALIZAÇÃO (20/11/2007,resumo do original de 1998).
 INTRÓITO: Os cálculos são simplificados, matemáticos, não atuariais, servem como indicativo de valores e percentuais.

1) SISTEMA PREVIDENCIÁRIO. Um sistema previdenciário deve prever:

a) VALOR da POUPANÇA MENSAL necessária para fazer face à aposentadoria futura desejada (% sobre renda mensal presente). Individual;

b) SEGURO POUPANÇA (Coletivo): para fazer face a imprevistos como morte e doenças impeditivas ao trabalho, ocorridos durante o período de contribuições (percentual sobre rendimento mensal). O custo fica em torno de 3% do rendimento. O valor segurado é variável, sempre equivalente ao saldo da poupança necessária para garantir o rendimento mensal futuro.

c) SEGURO DOENÇAS (Coletivo): para fazer face a afastamentos temporários do trabalho (percentual sobre rendimento mensal);

2) CÁLCULOS:

2.1) POUPANÇA NECESSÁRIA PARA GARANTIR UM RENDIMENTO MENSAL FUTURO DURANTE UM PERÍODO DESEJADO.
Vamos considerar as variáveis:
a) duas taxas de juros mensais: i = 0,3274% e 0,5%;
b) período de aposentadoria de 360 meses (30 anos, aposentadoria com 53 anos e vida até 83) e de 216 (18 anos, aposentadoria com 65 anos e vida até os 83);
c) renda mensal R$1.000,00.
Soluções (HP 12C):
i = 0,3274%; n = 360; PMT = 1000;  PV = R$211.273,70.
i = 0,5%; n = 360;  PMT = 1000;  PV =  R$166.791,61.
i = 0,3274; n = 216; PMT = 1000;  PV = R$154.673,04.
i = 0,5; n = 216; PMT = 1000;  PV = R$131.897,87.
Resposta, PV = poupanças necessárias para períodos e taxas diferentes.

2.2) POUPANÇA MENSAL NECESSÁRIA PARA CAPITALIZAR UM VALOR QUE GARANTA UM RENDIMENTO MENSAL FUTURO DURANTE UM PERÍODO DESEJADO.
Vamos considerar as variáveis:
a) duas taxas de juros mensais: i = 0,3274% e 0,5%;
b) capital futuro necessário para garantir a renda mensal: R$211.273,70; R$166.791,61; R$154.673,04; R$131.897,87;
d) n = 420 (35 anos);
c) renda mensal = R$1.000,00.
Soluções (HP 12C): 
n = 420; i = 0,3274; FV = 211.273,70;  PMT = R$234,75 = 23,475% do rendimento mensal.  
n = 420; i = 0,5; FV = 166.791,61;  PMT = R$117,07 = 11,707% do rendimento mensal. 
n = 420; i = 0,3274; FV = 154.673,04;  PMT = R$171,86 = 17,186% do rendimento mensal.
n = 420; i = 0,5; FV = 131.897,87;  PMT = R$92,58 = 9,258% do rendimento mensal.

3) CONSIDERAÇÕES GERAIS:

3.1) Os cálculos permitem uma ideia genérica sobre o sistema de APOSENTADORIA POR CAPITALIZAÇÃO.

3.2) VANTAGENS: a) por ser individual não será injusto com ninguém; b) a auditoria é simples e fácil impedindo desvios e privilégios; c) o custo de gerenciamento é muito baixo; d) a parcela da população que recebe remuneração superior ao atual teto máximo do INSS, apesar de contribuir pelo total através da empresa, poderia ter uma aposentadoria real de acordo com seus rendimentos e contribuições.  

3.3) como qualquer patrimônio, ser transferidos aos herdeiros de acordo com lei específica.

3.4) A ASSISTÊNCIA SOCIAL aos menos favorecidos teria um sistema próprio custeado através de contribuições sociais específicas.  

3.5) O FGTS deveria passar a ser gerenciado de acordo com os interesses dos poupadores, permitindo ao titular buscar a melhor remuneração (obedecendo diretrizes de segurança, estabelecidas em lei).

4) TRANSIÇÃO: durante o período de transição o governo poderá (compulsoriamente enquanto necessário), para fazer face à dívida passada, remunerar os fundos conforme as cadernetas de poupança. Os antigos contribuintes do INSS poderão escolher entre o novo e o antigo sistema. Os novos contribuintes, compulsoriamente, deverão optar pelo novo sistema. As aposentadorias para os contribuintes antigos obedecerão ao sistema anterior. Um sistema de poupança virtual calculada pelas contribuições antigas poderá ser estudado (é o mais indicado).
Os privilégios têm que ser eliminados (se necessário através de consulta popular constitucional).
O sistema S (SENAI, SESI, SEBRAE, SENAC, SESC, etc.), e o Salário Educação devem parar de punir o salário. Podem ser substituídos, se politicamente for impossível eliminá-los, por: Salário Educação, contribuição de 0,3% das receitas das empresas, sistema S, obrigação das empresas aplicarem 0,3% de suas receitas em educação (livre escolha das empresas, podendo utilizar os serviços do atual sistema S). O Imposto e a contribuição sindical devem ser facultativos (de empregados e de empregadores).
Marco Aurélio Garcia, economista, 20/11/2007 (resumo de artigo publicado em 1998).  


terça-feira, 7 de abril de 2015

TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES MENSAIS REDUTORAS DOS SALÁRIOS DOS TRABALHADORES DAS ATIVIDADES PRIVADAS:

TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES MENSAIS REDUTORAS DOS SALÁRIOS DOS TRABALHADORES DAS ATIVIDADES PRIVADAS:

1) OBRIGAÇÕES SOCIAIS:
1. 1) 20% Previdência Social recolhida pelo empregador sobre o salário total);
1. 2) de 8% a 11% parte do empregado (até o teto máximo do INSS);
1. 3) Acidentes de trabalho (média) 2%;
SUB. TOTAL: DE 30% a 33% até o teto máximo. Acima do teto máximo mais 20%. As aposentadorias nunca atingem o teto máximo, pois são calculadas sobre a média de 80% das contribuições feitas ao longo da vida.

2) FGTS - CONTRIBUIÇÃO PARA O FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO:
FGTS 8%. Recebe metade da menor taxa de juro do mercado. É um absurdo que os sindicatos dos empregados e dos empregadores aceitem este roubo sem nunca terem reclamado.

3) CONTRIBUIÇÕES DE TERCEIROS QUE PESAM SOBRE O SALÁRIO E SÃO FATORES DE REDUÇÃO DOS MESMOS:
3. 1) Salário-educação 2,5%
3. 2) Sesi 1,5%
3. 3) Senai 1%
3.4 ) Sebrae 0,6%
3.5) Incra 0,2%
SUB. TOTAL: 5,8%. Estas verbas são centros (antros) de corrupção e são redutoras dos salários. Deveria ser substituída a base de cálculo (nunca ser redutora de salário). O percentual poderia ser utilizado para melhorar o valor das aposentadorias dos empregados das atividades privadas. Outra opção seria a eliminação pura e simples reduzindo o custo da mão de obra em relação a outros países.

4) A SITUAÇÃO DOS AUTÔNOMOS E DOS TRABALHADORES QUE GANHAM ACIMA DO TETO DO INSS É AINDA PIOR (absurdamente pior):
Se um autônomo receber em um mês de uma empresa R$ 50.000,00 ela pagará 20% sobre este valor ao INSS e reterá do autônomo 27,5% de IRF. O autônomo já terá pago a sua contribuição até o teto máximo do INSS. Vejam o peso da carga tributária. Os 20% recolhidos ao INSS acima do teto máximo não beneficiam o trabalhador em nada. Se ele não receber nada no próximo mês os 20% pagos no mês anterior não servem para fazer face ás contribuições futuras.

5) IMPOSTO SINDICAL PATRONAL E DOS EMPREGADOS:
OS SALÁRIOS SUPORTAM AINDA A ROUBALHEIRA DO IMPOSTO SINDICAL.
A roubalheira do Imposto Sindical Patronal é semelhante, outra picaretagem fascista que perdura no Brasil.
DEVERIA SER UMA CONTRIBUIÇÃO VOLUNTÁRIA. SE OS SINDICATOS FOREM CONSIDERADOS BONS ELES SERÃO SUSTENTADOS. SE NÃO FOREM CONSIDERADOS BONS NÃO MERECEM SER SUSTENTADOS.

O PT em 12 anos no poder  não fez NADA para beneficiar o trabalhador da atividade privada. Nem a remuneração do FGTS corrigiu (até reduziu).

Com a redução dos tributos improdutivos que pesam sobre o trabalho, as aposentadorias das atividades privadas poderiam ser melhoradas, os salários poderiam ser aumentados sem aumentos de custos para as empresas. Atividades como SENAI, SESI poderiam ser sustentadas por alíquotas sobre a receita das empresas ou então serem custeadas voluntariamente pelos usuários através das empresas beneficiadas.

A PICARETAGEM DO SEBRAE NÃO TEM SUSTENTAÇÃO (MAIS UM ANTRO DE SUSTENTAÇÃO DE POLÍTICOS).

INSS, APOSENTADORIAS:

A contabilidade do INSS deveria separar a parte da Previdência, da Assistência Social e das aposentadorias concedidas pelo governo como benefícios especiais e assistenciais (sem contribuições), objetivando saber a Realidade do Resultado Previdenciário do país. Não é justo jogar sobre as costas dos trabalhadores das atividades privadas (os que se aposentam com os menores valores) estes custos. Deveriam pesar sobre as receitas totais do governo.  

MAGECONOMIA 10/1987 (04/2015).

segunda-feira, 16 de março de 2015

OS ERROS DE DILMA ROUSSEF E DE SEUS ECONOMISTAS HETERODOXOS (DESENVOLVIMENTISTAS?).

OS ERROS DE DILMA ROUSSEF E DE SEUS ECONOMISTAS HETERODOXOS (DESENVOLVIMENTISTAS?).

2010 2011 2012 2013 2014
US$ R$ dez. 1,666 1,876 2,04 2,343 2,656
US$ % ano -4,307 12,58 8,94 2,34 2,656
IPCA 5,91 6,50 5,84 5,91 6,41
IGPM 11,32 5,10 7,82 5,51 3,69
SELIC ano 9,75 11,60 8,40 8,22 10,90
SELIC EM DEZ. 10,75 11,00 7,25 10,00 11,75
Bal. Com. 20.267 29.796 19.431 2.558 -3.930
FLUXO cambial 24.354 65.279 65.279 16.753 -12.261
S. T. Correntes -47.518 -52.612 -54.246 -81.374 -90.946
Pet. Brent dez. 94,75 107,38 111,11 110,80 57,33
Swaps Camb. BC 2.065 75.105 109.588
1) Pegou o dólar a R$ 1,666 e o problema era evitar que o Real se valorizasse mais ainda. Com suas demagogias, aversão ao lucro, inclusive reprimindo preços (desmotivando e amedrontando investidores), fazendo operações arriscadas de Swaps cambiais (de zero chegaram a US$ 118 bilhões em 02/2015) para evitar artificialmente a desvalorização do real (invertendo o quadro cambial) levou o dólar acima de R$ 3,00 com tendência de ir para quatro se a Selic não subir muito.
2) As demagogias dos economistas heterodoxos, que infestam as Faculdades Federais (eleitorais ou ignorância de DR) conseguiram tirar o Brasil de uma posição externa relativamente confortável para quase levar o país a nova moratória. O saldo do balanço comercial passou para negativo, o Fluxo Cambial idem e o saldo em transações correntes (com o exterior) chegou ao absurdo de US$ 91 bilhões negativos.
2) Com o IGPM beneficiado pela queda dos preços das commodities (3,69% em 2014) conseguiu subir o IPCA acumulado de 12 meses acima de 7%, mesmo subindo a Selic para 12,75%. A tendência é de chegar acima de 8 se a Selic não subir.

APRENDIZADO: uma política econômica correta, sozinha, não é capaz de garantir o crescimento econômico sustentado (apesar de necessária), mas a errada é capaz de reduzir o PIB (empobrecer o povo) com inflação ascendente e quebrar o país externamente.
ALÉM DA CORRUPÇÃO GENERALIZADA E SEM PUNIÇÃO.
MAGECONOMIA 03/2015 

quarta-feira, 11 de março de 2015

TÍTULOS PÚBLICOS DO TN - BRASIL

TÍTULOS PÚBLICOS DO TN - BRASIL 

TN - TÍTULOS NO MERCADO
PREFIXADOS
LTN PRE 2018 i no final 01/01/2018
LTN PRE 2021 i no final 01/01/2021
NTN F 2025 i semestral 01/01/2025
CORRIGIDOS POR IPCA + JUROS
TN IPCA - NTN B 2019 i final 15/05/2019
TN IPCA - NTN B 2024 i final 15/08/2024
TN IPCA - NTN B 2035 i final 15/05/2035
TN IPCA - NTN B 2020 i semestral 15/08/2020
TN IPCA - NTN B 2035  i semestral 15/05/2035
TN IPCA - NTN B 2050  i semestral 15/08/2050
SELIC
TN SELIC LFT 2021 i no final 07/03/2021

1) Os títulos são negociados pelo valor de face, com ágio (acima do valor de face) e com deságio (abaixo do valor de face).
2) Os títulos desvalorizam (deságio, passam a valer menos do que o valor de face) quando a taxa de juro dos mesmos são menores do que as de mercado ou quando as expectativas são de juros de mercado ascendentes.  
3) Os títulos valorizam (ágio, passam a valer mais do que o valor de face) quando a taxa de juro dos mesmos são maiores do que as de mercado ou quando as expectativas são de juros de mercado descendentes.
4) Os títulos Selic têm seus rendimentos acompanhando a taxa fixada pelo COPOM (comitê de política monetária do BC). Esta taxa é fixada a cada reunião do COPOM, de 45 em 45 dias.
Se a Selic for fixada abaixo do correto, o TN só consegue vender os títulos com deságio (abaixo do valor de face).

Se a Selic for fixada acima do juro de mercado os títulos passam a ter ágio (são negociados acima do valor de face).

terça-feira, 10 de março de 2015

CARGA TRIBUTÁRIA SOBRE O SALÁRIO

UM TRABALHADOR DA INICIATIVA PRIVADA COM SALÁRIO DE R$ 4.663,75 MENSAIS (teto do INSS), PAGA, DIRETA (11%) OU ATRAVÉS DO EMPREGADOR (20%), O A SEGUIR:
1) PARA O INSS R$ (31%) 1.539,03;
2) PARA O SEGURO DO INSS (2%) = R$ 93,27;
3) PARA O IR (27,5% - R$ 826,15) = R$ 456,38;
4) A CARGA DO TRABALHADOR É = R$ 2.088,68 = 44,78%.
ALÉM DISTO: SEU FGTS RENDE 3% DE JUROS a.a (a taxa básica selic é 12,75%). A PERDA EM 35 ANOS (420 meses) É DE : 
R$ 100,00 à taxa de 1% a.m renderia em 35 anos R$ 643,00.
À taxa de 3% a.a (0,25% a.m) renderia R$ 74,00. 
A perda do trabalhador é de 88,5%, do valor correto a receber (recebe-se apenas 11,5% do correto).
SALÁRIO ACIMA DO TETO: A EMPRESA É OBRIGADA A RECOLHER 20% SOBRE O VALOR PAGO (que não beneficia o trabalhador diretamente em nada).
E O PT PARTIDO QUE SE DIZ DOS TRABALHADORES, HÁ 12 ANOS NO PODER, REDUZIU OS JUROS DO FGTS DE 6% PARA 3% a.a.
MAGECONOMIA resumo atualizado de escrito de 1994.

terça-feira, 3 de março de 2015

A RELAÇÃO DÉFICIT PÚBLICO X TAXA BÁSICA DE JUROS X CRESCIMENTO ECONÔMICO E AS LINHAS DE PENSAMENTO ECONÔMICO.

A RELAÇÃO DÉFICIT PÚBLICO X TAXA BÁSICA DE JUROS X CRESCIMENTO ECONÔMICO E AS LINHAS DE PENSAMENTO ECONÔMICO.

Existem duas linhas de pensamento econômico antagônicas a respeito: a liberal monetarista (clássica) e a heterodoxa (nacional desenvolvimentista ou keynesiana desvirtuada).

A LIBERAL MONETARISTA DEFENDE: a estabilidade da moeda como condição necessária, mas não o suficiente, ao crescimento sustentado, a menor presença estatal possível, a maior quando necessária (o estado deve limitar-se às funções de estado, às estratégicas de defesa, às deficiências ocasionais da iniciativa privada e a estabelecer as regras do jogo justas e adequadas à vida econômica). A moeda deve crescer tendo por limites o PIB potencial e sem surpresas ou desvios, o crescimento deve ser constante e conhecido por todos (é um limite ao poder discricionário dos governos). Defende normas que limitem o poder discricionário das autoridades, o poder deve ser da lei e não das autoridades. Os gastos públicos improdutivos (atividades meio) devem ser o menor possível para não provocar queda do PIB. É contra normas que aumentem o poder discricionário de autoridades ou de poderes. É contra a burocratização, se funciona sem normas não as faça, melhor sem elas. É contra o excesso de leis. É contra a legislação política ser feita pelo legislativo comum. Deve ser feita por uma constituinte exclusiva onde os constituintes (e parentes) não possam fazer parte do governo, inclusive do legislativo. Um exemplo: o legislativo não pode fazer leis que o beneficiem (em causa própria). Defende uma política monetária (BC) que estabeleça a taxa básica de juros adequada à política fiscal estabelecida (que evite inflação ascendente). A inflação deve ser limitada a 2% com desvio de 1% (máxima de 3%). O déficit público deve limitar-se à capacidade de crescimento da economia (PIB potencial). O câmbio deve ser flutuante. É contra o tabelamento de preços, a favor do lucro obtido através da concorrência. Defendem a concorrência com regras do jogo pré-estabelecidas. São a favor das expectativas racionais, teoria que justifica a relação causa e efeito na política monetária.

A HETERODOXA (nacionais desenvolvimentistas, keynesianos de araque): opiniões ou doutrinas que discordem do saber consolidado e aceito pela maioria. São muito utilizadas nas demagogias políticas eleitorais. É o que denomino de turma do pensamento mágico, que prega existir o paraíso terrestre: gaste à vontade, emita moeda à vontade, no fim tudo dará certo. As experiências ensinaram que dão muito errado. Defendem sempre a queda da taxa básica mesmo com inflação ascendente (alguns falam que a taxa básica não controla a inflação). Defendem que um pouco mais de inflação é benéfica ao desenvolvimento, a maior presença estatal, o poder discricionário na condução da política monetária (a meta de inflação é uma norma que limita o poder discricionário da autoridade monetária, por isto são contra). O limite do déficit público é uma norma que limita o poder discricionário da autoridade política, por isto são contra. São contra o limite na emissão de moeda (são a favor do poder discricionário). Defendem os gastos públicos, produtivos ou improdutivos (que chamam de sociais) como desencadeadores do crescimento. Adotam o tabelamento de preços para controlar a inflação (inclusive câmbio valorizado e insustentável). São contra as expectativas racionais, uma das teorias que justificam a relação causa e efeito na política econômica, principalmente a monetária.

OS AJUSTES NECESSÁRIOS PARA CORRIGIR AS BARBEIRAGENS DOS HETERODOXOS NO PODER (governo DR):
Se um país tem a sua carga tributária e a dívida pública em 20% do PIB, o espaço para abusos e barbeiragens é grande. Se um país emite moeda aceita como reserva mundial o espaço para abusos também é grande.  Se um país é considerado sério e com gastos públicos produtivos, o espaço para déficits públicos é maior do que para os considerados de risco (não sérios ou incompetentes).
O Brasil é considerado um país com um mercado grande e uma população com cultura cristã ocidental, receptiva e amigável (um mercado atrativo). É também considerado como um risco devido ao passado de políticas econômicas erradas que o obrigaram a pedir e negociar moratórias, sendo a última ainda na memória. Sua carga tributária é em torno de 40%, a legislação é complexa e excessivamente cara, difícil de ser atendida. A dívida mobiliária interna líquida não é alta, é aceitável, entretanto a bruta é alta (títulos públicos em poder do BC). O déficit nominal de 2014 foi surpreendentemente alto (assustou a todos, até aos mais pessimistas). A dívida externa pública é baixa, mas a das empesas e dos bancos é alta. As reservas são altas. O déficit externo em TRANSAÇÕES CORRENTES é alto e insustentável. Se o governo não adotasse o ajuste o país iria quebrar mais uma vez. QUAL É A SOLUÇÃO? Reduzir gastos públicos (aumentar a receita) e adequar a taxa básica para reverter a inflação ascendente, eliminar o artificialismo dos preços reprimidos que desarmonizaram os preços relativos. Se haverá redução das atividades e da renda pessoal? Claro que sim. Como eliminar déficits externos sem aumentos de juros e redução das atividades (para reduzir a demanda, as importações e motivar exportações). 

E o câmbio? Terá que se ajustar no tempo (a corrida câmbio de equilíbrio x inflação). MAGECONOMIA, 03/2015.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

VAMOS QUEBRAR? NÃO.

 VAMOS QUEBRAR? NÃO. 
Se os ajustes não forem feitos sim. As expectativas (ancoradas na política econômica passada) são piores do que a realidade. Quem vive acima das possibilidades sustentáveis no tempo tem que fazer ajustes (responsabilidade = austeridade). Vejam como a dívida bruta (TN + BC) aumentou em relação ao PIB (de 56% para 62%). Foi uma forma artificial de aumentar a dívida do TN (a dívida foi comprada pelo BC). Tabela corrigida e complementada em 02/03/2014.


ANO / MÊS 01/2015 2014 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000
1- CDI ACUMULADO 0,93 10,81 8,06 8,40 11,60 9,75 9,88 12,48 11,82 15,03 19,00 16,15 23,25 19,11 17,28 17,32
2- CDI - IRRF (20%) 0,744 8,648 6,448 6,72 9,28 7,80 7,904 9,984 9,456 12,02 15,20 12,92 18,60 15,29 13,82 13,85
3- IGP(M)  01/15 0,76 3,69 5,51 7,82 5,10 11,32 -1,72 9,81 7,75 3,83 1,21 12,41 8,71 25,31 10,38 9,95
4- i real = CDI - IRF - IGP(M) 01/15 -0,016 4,958 0,938 -1,1 4,18 -3,52 9,624 0,174 1,706 8,19 13,99 0,51 9,89 -10,02 3,44 3,90
5- IPCA 12/14 1,24 6,41 5,91 5,84 6,50 5,91 4,31 5,9 4,46 3,14 5,69 7,60 9,3 12,53 7,67 5,97
6-  i  real CDI - IRF - (IPCA) 12/14 -0,496 2,238 0,834 0,88 2,78 1,89 3,594 4,084 4,996 8,88 9,51 5,32 9,3 2,76 6,15 7,88
7- V. C. % (ptax)  01/15 0,23 13,39 14,63 8,94 12,58 -4,307 -25,49 31,94 -17,15 -8,66 -11,82 -8,13 -18,23 51,68 19,13 9,30
8 - PIB % (novo critério)  0 2,3 1 2,7 7,5 -0,3 5,2 6,1 4,0 3,2 5,7 1,1 2,7 1,3 4,3
9- PIB US$ tri. preços corr. 2243 2247 2475 2143 1625 1650 1366 1088 882 663 553 504 553 644
9.1) PIB R$ tri. preços corr. 4844 4392 4143 3770 3239 3032 2661 2369 2147 1941 1699 1477 1302 1179
10- DÍV. Liqui. Mob. int. TN 01/15 2138 2183 2028 1916,7 1783 1603,9 1398,4 1264,8 1224,8 1093 980 812 732 623 624 516
10.1) DÍV. TN + BC bruta 3301 2986 2823 2535 2307 2036 1759 1584 1391 1253 1100 978 839
11- Oper. Créd. SF 12/14 3021 2715 2359,6 2029 1705 1412 1227,3 935,97 x x x x x x x
12- DÍV. Líqu. TN (% do PIB) 41,86 43,6 43 42,5 43 41,12 46,0 46,13 45,64 41,8 43,1 42,2 47,92 43,76
12.1) Dív. Bruta TN (Públ. + BC) % PIB 61,64 64,3 61,2 61,2 62,85 58 59,5 58,7 58,36 56,67
13- REC. SRF. (Total) 01/15 125,8 1188 1138 1029 970 805,7 698,3 685,7 602,8 392 364,1 322,6 273,3 243 196,8 176
14 - DÍVIDA Líqu. / RECEITA 1,837 1,78 1,86 1,81 1,99 2,00 1,818 2,03 2,78 2,42 2,51 2,678 2,57 3,17 2,93