quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA BRASIL E EUA




IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE 04/2015 (rend. do trabalho pessoa física). BRASIL
Rendimento mensal R$Alíquota %Parcela a deduzir R$
Até 1903,98isentoxxxxxxx
de 1903,99 até 2826,657,5142,80
de 2826,65 até 3751,0515354,80
de 3751,06 até 4664,6822,5636,13
acima de 4664,6827,5869,36
Deduções da renda para cálculo do imposto:
1) R$189,59 por dependente legal; 
2) valor pago no mês ao INSS e à entidades de previdência privada; 
3) pensões alimentícias; 
4) até R$1903,98 de aposentadorias de aposentados com 65 anos ou mais.


IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE (APLICAÇÕES FINANCEIRAS, RENDA FIXA.)
Prazo da AplicaçãoTAXA %
Até 6 meses22,5
De 6 a 1220
de 12 a 2417,5
Acima de 2415
Com uma taxa de 7% para aplicação de 1 ano teremos líquido de IR 5,6% menos 4,25% de inflação prevista 1,35% de taxa real ex-ante. Muito arriscado considerando a conjuntura prospectiva. 

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA NOS EUA APÓS REDUÇÃO DE ALÍQUOTAS (em US$). EUA.

INDIVIDUAL 2018 a 2025
RENDIMENTO
TAXA
0
9525
10%
9525
38700
12
38700
82500
22
82500
157500
24
157500
200000
32
200000
500000
35
500000
acima
37

Chefe de Família  2018 a 2025
RENDIMENTO
TAXA
0
13.600
10
13600
51.800
12
51800
82.500
22
82500
157.500
24
157500
200.000
32
200000
500.000
35
500000
acima
37

CASAL CONJUNTO 2018 a 2025
RENDIMENTO
TAXA
0
19050
10%
19050
77400
12
77400
165000
22
165000
315000
24
315000
400000
32
400000
600000
35
60000
acima
37


CASALl INDIVIDUAL 2018 a 2025
RENDIMENTO
TAXA
0
9525
10%
9525
38700
12
38700
82500
22
82500
157500
24
157500
200000
32
200000
500000
35
300000
acima
37





INTRODUÇÃO E ALERTA:


INTRODUÇÃO E ALERTA:

A  ECONOMIA é uma CIÊNCIA SOCIAL-POLÍTICA (não exata). Toda sua lógica baseia-se no estudo do equilíbrio (movimento das variáveis e influências de umas nas outras) das forças econômicas (agentes, variáveis, tempo = mercado). A ideia de equilíbrio presume o desequilíbrio. As leis econômicas são dinâmicas, sempre um processo em movimento, são CAUSAIS E TEMPORAIS, estudam fenômenos que se sucedem no tempo (e as antecipações). São também CONDICIONAIS, como todas as leis científicas (requisitos são condições necessárias). São complexas, o entendimento exige conhecimentos acumulados, quase sempre tem exceções. Os efeitos no curto prazo podem ser diferentes do longo prazo (os juros de cp podem subir e os de lp caírem), no primeiro momento ser diferente dos seguintes.

Leis ou postulados econômicos são enunciados de tendências. As previsões econômicas são dependentes de ações políticas futuras (ou imprevisibilidades), motivo de sempre virem acompanhadas da máxima, "tudo o mais permanecendo constante."

O EQUILÍBRIO ESTÁTICO (a fotografia de um momento): facilita o estudo dos fenômenos econômicos para os iniciantes.

O EQUILÍBRIO DINÂMICO (o equilíbrio em movimento): procura explicar o processo em que o sistema está caminhando para alcançar o equilíbrio, assim como os momentos sequenciais. A economia em equilíbrio (pouca volatilidade) tem a PREVISIBILIDADE  facilitada (facilita o planejamento e encoraja os investimentos, o crescimento é sustentável, a moeda é estável), em desequilíbrio é mais volátil e imprevisível (desencoraja investimentos). O estudo econômico deve sempre analisar: CAUSAS, EFEITOS (positivos e negativos), TEMPO, EXPECTATIVAS, ÓTICAS DOS INTERESSADOS.   

A LEITURA DAS POSTAGENS DO BLOG DEVE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO AS DATAS EM QUE FORAM ESCRITAS. 

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

O MUNDO APÓS A REDUÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA PELOS EUA (a esquerda se apequenará).



O MUNDO APÓS A REDUÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA PELOS EUA (a esquerda se apequenará).

A redução das alíquotas do Imposto de Renda PJ e PF pelos EUA (governo Trump - PR) mudará o tamanho do estado pelas nações que quiserem ser competitivas com Investimentos e não correr riscos de exportarem lucros artificialmente para serem tributados nas nações com taxas menores. 
As mudanças, resumidamente, foram:

a) a alíquota federal do IRPJ cai de 35% pára 21% (mais o IR estadual de 4% = 25%). No Brasil a alíquota é de 15% + 10% + 9% de COFINS = 34%;

b) repatriação de lucros não tributados anteriormente cai de 35% para 15,5% (caixa) e 8% para outros ativos;

c) revogação do sistema de tributação universal e adoção do territorial (nos EUA), acabando a possibilidade de compensação dos impostos pagos em outros países. Alguns dividendos de subsidiárias não serão tributados;

d) as despesas com juros terão por limite as receitas também com juros, mais 30% da receita tributável ajustável.

EFEITOS POSSÍVEIS:

a) a carga tributária será reduzida e exigirá semelhante redução da despesa pública (supérfluos, artificialismos, corporações incrustadas e sustentadas pelo estado). O tamanho do estado terá que ser reduzido no mundo todo para continuarem a ser competitivos na atração de investimentos;

b) a esquerda perderá espaço no mundo para o pensamento liberal na economia (a menor presença estatal possível). Quem não se adequar se apequenará.


NO BRASIL TEREMOS QUE FAZER AS REFORMAS ELIMINANDO PRIVILÉGIOS, MARAJÁS E ARTIFICIALISMOS SOB PENA DE FICARMOS CADA DIA MAIS POBRES.  

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

A SELIC NÃO PODE CAIR MAIS.



A SELIC NÃO PODE CAIR MAIS.

Considerando a não aprovação da reforma da previdência, o aumento do dólar, o aumento substancial do IGPM (IPAM, IPCM, IPA M prod. Indust. e agrícolas), o déficit público, o STF ter suspendido o aumento da contribuição previdenciária e a prorrogação por um ano do aumento salarial, seria prudente dar uma parada para verificar o caminhar da conjuntura.


IGPM NOV./17.  0,52%; DEZ. 0,89%.
IPAM NOV./17.  0,66%; DEZ1,24%.
IPAM Prods. Industr. NOV./17.  0,68%; DEZ. 1,37%.
IPAM Prods. Agríc. NOV./17.  0,61%; DEZ. 0,83%.

IPCA OUT./17.  0,42%; NOV.  0,28%; DEZ. 0,44%.
IPCA DEZ./17. SEMIDURÁVEIS 0,66%; NÃO DURÁVEIS 0,48%; SERVIÇOS 0,6%;
IPCA DEZ./17. PREÇOS LIVRES 0,52%; COMERCIALIZÁVEIS 0,49%; NÃO COMERCIALIZÁVEIS 0,54%.

IPP – ÍNDICE DE PREÇOS AO PRODUTOR SET./17  1,06%; OUT. 1,51%; NOV. 1,62%.


terça-feira, 12 de dezembro de 2017

ROMA E A TENTATIVA DE GOVERNO SOCIALISTA DE DIOCLECIANO. A LENTA DECADÊNCIA DO IMPÉRIO (REPÚBLICA) ROMANO E SUA MOEDA. A INFLAÇÃO DE D. PEDRO I do BRASIL.



ROMA E A TENTATIVA DE GOVERNO SOCIALISTA DE DIOCLECIANO.

Em 276 os exércitos romanos escolheram PROBO como Imperador (íntegro e corajoso). Expulsou os germanos da Gália, os vândalos da Ilíria, construiu uma muralha entre os rios Reno e o Danúbio, amedrontou os Persas apenas com a firmeza de suas palavras e implantou a paz no Império. Reduziu os gastos com os exércitos e implantou o reino das leis. Colocou o exército para drenar pântanos, derrubar florestas e trabalhar em obras públicas. Foi assassinado pelo exército (que depois arrependeu-se e ergueu um monumento em sua memória).
Para sucedê-lo o escolhido foi DIOCLECIANO um Imperador com grande habilidade política. Conseguiu pacificar as correntes políticas e organizar o governo. Estabeleceu a sede do governo em Nicomédia na Ásia Menor (ao sul de Bizâncio). O Senado se reunia em Roma. Organizou um estado com administração centralizada. A ditadura era uma necessidade das guerras. Foi bem-sucedido nas guerras. Nos anos de paz enfrentou uma crise econômica (declínio). Para enfrentar a carestia implantou a ECONOMIA DIRIGIDA. Estabeleceu um regime monetário sadio (garantiu a pureza e o peso das moedas que dizem ter perdurado até 1453), mas tabelou preços, distribuiu alimentos pela metade dos preços e empreendeu grandes obras públicas para dar trabalho aos desempregados. Estabeleceu controle estatal sobre vários segmentos de atividades (inclusive estatizou a importação de trigo). Proibiu a exportação de sal, ferro, ouro, vinho, cereais e óleo da Itália e regulou com rigor a importação destes bens. As regulamentações eram minuciosas e entravaram as negociações. As vendas de facilidades e de privilégios passaram a ser rotina. Com a desorganização dos mercados que a tentativa de organização centralizada provocou (os mercados substituídos pelo estado e regulamentações), a solução foi tabelar preços e culpar os açambarcadores. Foi uma das tentativas de substituir as leis de mercado (oferta e procura) por dirigismo estatal. O fracasso foi total e instantâneo (tipo plano cruzado e seus tabelamentos). A carestia aumentou, mercadorias essenciais deixaram de existir. O Édito teve de ser afrouxado (Constantino o revogou). O custo da administração dirigida foi uma das fraquezas do regime de Diocleciano. Para sustentar tal burocracia (dizem ter chegado à metade da mão de obra) as taxas foram aumentadas. Para evitar o recebimento de tributos com moeda depreciada começaram a receber com produtos. A fiscalização empregava até tortura. Muitas cidades deixaram de existir pois as populações passaram a buscar refúgio entre os bárbaros. Outros absurdos aconteceram (até a escravidão por dívidas com o estado). Mesmo com este exemplo a humanidade repetiu e ainda tenta repetir os mesmos erros.

A LENTA DECADÊNCIA DO IMPÉRIO (REPÚBLICA) ROMANO E SUA MOEDA.

A escassez dos metais preciosos das minas de ouro da Trácia e de prata da Espanha e o abandono e a perda da Dácia e seu ouro por Aureliano (e o crescimento do consumo para joias e artes ornamentais) foi enfrentada pelos imperadores com a redução da qualidade da liga das moedas. A quantidade de ouro e de prata das moedas foi reduzindo com o tempo. Sob Nero os metais de liga eram de 10%, Cômodo (filho de Maro Aurélio) aumentou para 30%, Septimo Severo para 50%. Nos anos 260 a quantidade de prata no Antoniannus (moeda de Caracala que no início tinha 50% de prata) caiu para 5%. Chegaram ao absurdo de obrigarem a aceitação da moeda sem valor metálico, mas exigiam que as taxas fossem pagas em ouro. Os preços aumentavam rapidamente, na Palestina subiram 1000% entre os séculos l e lll. No Egito a medida de trigo subiu de 8 Dracmas para 120.000. Em quase todo o Império (províncias) a inflação empobreceu a classe média e reduziu os investimentos (capital).


A INFLAÇÃO DE D. PEDRO I:
Portugal para vingar-se de Napoleão invadiu o Uruguai (partindo do Brasil) e tomou-o da Espanha (governada por um irmão de Napoleão) ajudado pela Inglaterra. D. Pedro herdou uma província habitada por espanhóis sem lei e sem ordem (assaltos às fazendas para roubo de gado). Com a independência o Brasil ficou quebrado (as guerras, diferente do que muitos escrevem, para tomar as províncias de Portugal e impedir a divisão do Império foram muito caras). Uruguaios e argentinos aproveitaram o enfraquecimento do Império e iniciaram a guerra para anexação da província à Argentina. D. Pedro gastou pedindo empréstimos para manter a guerra (a verdade é que fomos derrotados) e quebrou o tesouro que já estava à míngua. Com a ajuda dos ingleses exigiu a independência do Uruguai para fazer a paz (um estado tampão).
A guerra teve efeitos na economia e na disciplina militar (mais da metade do orçamento chegou a ser gasto com o exército e a marinha).
O Império foi obrigado a EMITIR. A INFLAÇÃO DISPAROU. O deságio do papel moeda (para as moedas de metais) chegou a 40%. Ninguém acreditava no dinheiro papel brasileiro.
ESTA HISTÓRIA SE REPETE DESDE ENTÃO. ALGUNS APRENDERAM (SÃO OS MONETARISTAS, OU RESPONSÁVEIS) OUTROS CONTINUAM ACREDITANDO QUE SE PODE GASTAR À VONTADE (SÃO OS IRRESPONSÁVEIS, QUE SE APELIDARAM DE DESENVOLVIMENTISTAS. NA VERDADE CRIADORES DE RECESSÕES E DE CRISES CAMBIAIS) .


sábado, 2 de dezembro de 2017

O DÉFICIT DA PREVIDÊNCIA POR BENEFICIÁRIOS (2016 e 2017).



O DÉFICIT DA PREVIDÊNCIA POR BENEFICIÁRIOS (2016):

TÍTULO
BENEFIC. mil
DÉFICIT bi.
PER CAPTA mil
SERV. PÚB. CIVIS
623,5
43,1
68,1
MILITARES
299
34,1
127,7
INSS URBANO
24.200
36,4
1,5
INSS RURAL
9.400
101,6
10,7

Fonte: VALOR EDITORIAL 01/12/2017.


O ROMBO DA PREVIDÊNCIA PÚBLICA FEDERAL 2017:
INSS URBANO 46,334 bilhões
INSS RURAL 103,389 bi.
INSS TOTAL 182,369 bi.
RPPS CIVIL 45,244 bi.
RPPS MILITAR 37,684 bi.
RPPS TOTAL 86,348 bi.
GERAL FEDERAL 268,8 bi.
AINDA EXISTEM OS DÉFICITS ESTADUAIS.RS, RJ, MG, RN E OUTROS JÁ SOFREM OS PRIMEIROS EFEITOS.

Existe a receita da COFINS, mas ela tem que fazer face à educação, saúde e assistência social. O RESULTADO GERAL DO TN É DEFICITÁRIO antes de contabilizar as despesas com juros (é o que chamam de déficit primário). O PIOR É QUE A TENDÊNCIA É ASCENDENTE. SE NADA FOR FEITO IRÁ ESTOURAR E TEREMOS QUE FAZER IGUAL GRÉCIA, PORTUGAL, ESPANHA E OUTROS ONDE ACONTECERAM REDUÇÕES DE ATÉ 40% (REAIS POIS É EM EUROS). OUTRA OPÇÃO QUE EXISTE É DEIXAR ACONTECER OS DÉFICITS E HIPERINFLAÇÃO (acontece a redução através da inflação).




segunda-feira, 20 de novembro de 2017

A QUANTIDADE DE MOEDA (LIQUIDEZ), A CONJUNTURA (AMBIENTE, PAÍSES) EM QUE É ACEITA, A INFLAÇÃO, O CRESCIMENTO E A RECESSÃO.



A QUANTIDADE DE MOEDA (LIQUIDEZ), A CONJUNTURA (AMBIENTE, PAÍSES) EM QUE É ACEITA, A INFLAÇÃO, O CRESCIMENTO E A RECESSÃO.  

A quantidade de moeda em conceito ampliado para liquidez deve ser estratificada em:
1) moeda corrente, dep. a vista;
2) aplicações financeiras com cláusulas de recompra;
3) cad. de poupanças e títulos vincendos (de cp e de lp) com até 30 dias;
4) aplicações financeiras de médio e lp, com facilidade de negociação no mercado;
5) ativos que não a moeda pátria (possíveis de venda);
6) moedas reservas mundiais;
7) ações com liquidez e ouro;
8) imóveis residenciais, comerciais e industriais (maquinários) com alta liquidez;
9) quadros, joias.

A comparação que se deve fazer é entre: a quantidade de moeda na definição acima x o PIB (conjuntura, ambiente, países) em que a moeda é aceita nas três funções básicas, unidade de medida, meio de pagamento e reserva de valor e o potencial de crescimento do PIB.

A inflação não acontecerá se o crescimento da liquidez vier acompanhado de potencial relativo de crescimento do PIB, ou do ambiente (países) em que a moeda é aceita como liquidez (ou passar a ser aceita). O dólar passou a ser aceito por um número maior de países sendo que muitos com potencial de crescimento muito grande (China). As reservas mundiais cresceram. A liquidez pode crescer, permitir uma taxa de juro baixa e não provocar inflação.
Se a quantidade moeda (conceito liquidez ampliada) não acompanhar o crescimento da conjuntura pode provocar recessão ou redução do crescimento.

O país que emite a moeda reserva mundial tem este privilégio, mas se administrar mal a moeda perderá e sofrerá as consequências (relação quantidade de moeda x política fiscal x conjuntura). MAG 11/2017.


domingo, 5 de novembro de 2017

UMA TENTATIVA DE EXPLICAR AS CONTAS DO TN E DA PREVIDÊNCIA.



UMA TENTATIVA DE EXPLICAR AS CONTAS DO TN E DA PREVIDÊNCIA.

As contas do TN abrangem o INSS e o RPPS (da união). A lei da previdência é genérica para INSS e para o RPPS (previdência dos funcionários públicos da União, estados e municípios). O TN administra as despesas obrigatórias (salários, previdência, transferências constitucionais, as fixadas em percentual das receitas) e as discricionárias. Abaixo um resumo das contas sem despesas financeiras e pagamentos de dívidas (o que chamam de resultado primário). A dívida da União (o estoque) garante os fundos de pensão (de empresas públicas e privadas), os fundos de investimentos de pessoas (físicas e jurídicas) administrados pelos bancos, os fundos das seguradoras (que garantem as indenizações) e as sobras de caixa dos bancos. Se a União deixar de pagar acontece o caos na economia: uma quebradeira geral, uma depressão (muito pior do que recessão). 

É sabido por todos que o INSS paga aposentadorias baixas e o RPPS altas, algumas abaixo do teto do INSS (R$ 5.531,31), a maioria abaixo do teto do RPPS (R$33.700,00) e muitas acima do teto do RPPS (é o que chamo de corrupção legalizada pelo judiciário).

As receitas do INSS e do RPPS não garantem os pagamentos das aposentadorias e pensões (os dois sistemas são deficitários). Além das receitas do INSS e do RPPS a União (estados e municípios não) arrecada a COFINS  e o PIS que devem ser gastos com a Seguridade Social (saúde, educação, assistência social e previdência). Estas receitas sustentam os déficits da União com a previdência (mas são retiradas da saúde e da educação). Os estados e municípios não têm estas receitas.

Uma análise contábil e financeira considera a evolução do passado (a tendência), o presente e as projeções (o futuro). Verão na tabela abaixo que a união tem déficit crescente na previdência e no saldo geral (o resultado primário). Isto sem considerar pagamentos de juros e das dívidas.

Existem dois sistemas de previdência: CAPITALIZAÇÃO E REPARTIÇÃO. O  sistema de capitalização no Brasil ficou inviável por causa do estoque da dívida (aposentadorias, pensões e contribuintes com expectativas de direitos).  O sistema que o governo gerencia é o de repartição: as contribuições dos trabalhadores ativos devem pagar as aposentadorias de cada mês. Existe uma conta simples que explica até para leigos o sistema: se existir 1 aposentado e 1 contribuinte, este deverá pagar o salário do aposentado. No Brasil estamos em torno de mais ou menos 2,5 contribuintes para cada aposentado. Uma conta grossa indica que as contribuições devem ser de 100 / 2,5 = 40% (isto se a média dos salários dos contribuintes for igual à média das aposentadorias e pensões). Está provado que o sistema é insustentável e vergonhosamente privilegia minorias (MPF, LEGISLATIVO, IR, JUDICIÁRIO E OUTROS). Não se deixe enganar, não seja massa de manobra.

A reforma da previdência irá igualar direitos do INSS e do RPPS (eliminar privilégios). Tentam através de análises interesseiras (políticos que defendem o quanto pior melhor e a turma privilegiada com aposentadorias insustentáveis) demonstrar através de contas sem a mínima sustentação que seus privilégios podem ser mantidos (e a massa de manobra do INSS que sempre foi roubada e sustenta os privilégios ainda apoia).

Vejam os saldos de 2016 e de 2017 (até ago).

RESULTADO PRIMÁRIO DO GOVERNO CENTRAL (conceito acima da linha). R$ bilhões.


ANO
RECEITAS
Transf.
REC.
Líquida
 
DESPESAS
RESULTADO Gov. Fed.
RESULT.
BC
RESULT.
Gov. Central
PREVID.
TN + BC
Total
Previd.
TN + BC
Total
TN
PREVID.
TOTAL
2010
211,96
706,56
918,53
134,69
783,84
254,86
450,21
750,07
122,18
-42,89
79,29
-0,520
78,77
2011
245,89
742,38
988,27
163,04
825,23
281,44
450,27
731,71
129,62
-35,55
94,07
-0,552
93,52
2012
275,76
784,12
1059,89
171,39
888,50
316,59
496,04
812,63
129,84
-40,83
89,01
-0,752
88,26
2013
307,15
871,84
1178,98
183,39
995,59
357,00
561,59
918,59
128,16
-49,86
78,31
-1,318
76,99
2014
337,50
883,97
1221,47
199,96
1021,51
394,20
644,52
1038,72
39,60
-56,70
-17,10
-0,115
-17,21
2015
350,27
897,52
1247,79
204,68
1043,10
436,09
722,61
1158,70
-28,22
-85,82
-114,04
-0,699
-114,74
2016
358,14
956,82
1314,95
226,84
1088,12
507,87
734,50
1242,37
-3,55
-140,73
-153,28
-0,972
-154,25
JAN.
27,11
114,08
141,20
17,17
124,03
35,57
73,62
109,19
23,45
-8,46
14,99
-0,160
14,835
FEV.
28,01
61,59
89,61
22,15
67,46
38,28
54,18
92,46
-14,72
-10,26
-24,98
-0,017
-25,00
MAR.
28,52
69,66
98,19
13,37
84,82
38,78
53,92
92,71
2,43
-10,26
-7,82
-0,071
-7,89
ABR.
30,43
88,99
119,42
15,74
103,68
38,94
54,92
93,86
18,33
-8,51
9,82
0,005
9,82
MAI.
28,25
68,25
96,50
20,21
76,29
40,49
51,28
91,77
-3,12
-12,24
-15,36
-0,116
-15,479
JUN.
28,49
71,83
100,32
16,58
83,74
39,20
53,33
92,53
1,97
-10,71
-8,74
-0,044
-8785
JUL.
27,47
80,42
107,89
16,06
91,82
39,29
71,10
110,39
-6,82
-11,82
-18,64
0,072
-15,57
AGO.
28,53
62,79
91,32
16,33
74,98
43,84
51,49
95,33
-4,88
-15,31
-20,19
-0,152
-20,346
SET.
27,69
65,96
93,65
12,89
80,76
52,76
53,29
106,05
-0,247
-25,07
-25,32
0,031
-25,29
OUT.
28,26
119,62
147,88
15,88
132,00
39,50
51,68
91,18
52,28
-11,24
41,04
-0,222
40,81
NOV.
28,56
71,75
100,31
25,77
74,54
47,53
65,36
112,89
-19,17
-18,97
-38,13
-0223
-38,357
DEZ.
46,81
81,84
128,65
34,74
93,92
53,68
100,36
154,04
-53,18
-6,87
-60,05
0,076
-60,124
2017
295,01
812,90
1107,92
185,49
922,43
450,23
575,44
1025,67
52,59
-155,22
-102,63
-0,615
-103,24
JAN.
26,9
110,57
137,4
18,58
118,85
40,3
59,54
99,8
32,5
-13,37
19,18
-0,14
19,04
FEV.
28,4
65,69
94,1
24,96
69,96
41,95
53,46
95,41
-12,8
-13,59
-26,35
0,07
-26,28
MAR.
29,1
73,90
102,9
15,34
87,57
42,1
56,45
98,55
2,1
-13,1
-110,1
0,03
-10,98
ABR.
31,1
94,97
126,1
18,1
108,1
43,1
52,37
95,55
24,78
-11,99
12,79
-0,22
12,57
MAI. 29,55 69,84 99,39 21,62 77,76 47,57 59,56 107,13 -11,23 -18,02 -29,22 -0,117 -29,37
JUN. 29,78 75,04 104,82 18,14 86,68 42,62 63,86 106,48 -6,93 -12,84 -19,77 -0,028 -19,80
JUL. 29,64 78,93 108,57 19,43 89,13 43,15 66,13 109,28 -6,56 -13,52 -20,07 -0,077 -20,23
AGO. 30,30 79,84 110,13 18,10 92,04 47,19 54,45 101,63 7,38 -16,89 -951 -0,086 -9,60
SET. 30,12 73,997 104,12 14,22 89,9 58,27 54,27 112,54 5,61 -28,14 -22,54 -0,102 -22,64
OUT. 30,187 90,239 120,43 17,18 103,25 43,99 54,07 58,06 18,95 -13,80 5,15 0,039 5,19

FONTE BC E TN.