segunda-feira, 7 de maio de 2012

A DEMAGOGIA DOS PARTIDOS SOCIALISTAS, A IRRESPONSABILIDADE FISCAL E MONETÁRIA.


A DEMAGOGIA DOS PARTIDOS SOCIALISTAS, A IRRESPONSABILIDADE FISCAL E MONETÁRIA.

NOTICIÁRIO APÓS RESULTADO DA ELEIÇÃO NA FRANÇA.

“A Alemanha não irá renegociar o pacto fiscal da Europa sobre disciplina orçamentária, de acordo com a chanceler alemã, Angela Merkel. Diante disso, o governo rejeita medidas para ampliar o crescimento que elevem os níveis de dívida, segundo afirmou o porta-voz do governo Steffen Seibert nesta segunda-feira (7), um dia após o socialista François Hollande ter vencido a eleição presidencial francesa.”
“Do nosso ponto de vista, uma nova negociação do compacto fiscal não é possível", disse o porta-voz da chanceler Angela Merkel, Steffen Seibert, durante uma coletiva de imprensa. Ele completou: "Não queremos crescimento através de novas dívidas. Em vez disso, queremos crescimento através de reformas estruturais."

SOCIALISMO significa economia com planejamento e administração centralizada. É contra o lucro, a propriedade privada e o pluralismo partidário. Os preços são controlados, a produção e o mercado são planificados e controlados pela burocracia governamental. É a favor da ditadura do partido único. A liberdade de expressão, o direito de ir e vir, a liberdade de imprensa e a política são privilégios da elite do partido único. É contra os ideais do liberalismo. Se o liberalismo é uma corrente de pensamento que defende a liberdade individual (os direitos individuais e civis), a livre iniciativa, o governo democrático (baseado no livre consentimento dos governados e estabelecido com base em eleições livres), a liberdade de expressão, a defesa da concorrência, instituições que obedeçam a lei igual para todos, a transparência e o direito de propriedade, o socialismo é contra tudo isto.
A crise dos países que adotaram o EURO como moeda única e que se comprometeram com déficit público de no máximo 3% e dívida pública com limite superior igual a 60% do PIB, teve como causa principal a irresponsabilidade fiscal (déficits e dívida acima dos limites a que se comprometeram). O ganho que os países que tinham inflação alta, juros altos da dívida pública, conseguiram com a adoção do EURO, queda da inflação e dos juros para rolagem da dívida pública, foi perdido com novas irresponsabilidades fiscais. Irresponsabilidades fiscais vêm sempre acompanhadas de altos gastos públicos improdutivos e de qualidade inferior. Os salários dos deputados gregos eram (ou ainda são) três vezes superiores aos dos alemães, o sistema previdenciário agredindo a racionalidade atuarial. A Espanha e Portugal com gastos públicos de baixa qualidade (improdutivos e desnecessários muito acima do aceitável). A Itália com corrupção semelhante aos países do terceiro mundo. A França com redução das horas trabalhadas, com benefícios sociais insustentáveis pelos contribuintes. Além de não quererem trabalhar não querem importar mão de obra que trabalhe para eles. A dívida subiu acima do aceitável pelos credores, os juros iniciaram uma onda de alta (custo de carregamento da dívida pública quase insustentável). O candidato socialista francês demagogicamente prometeu lutar contra a austeridade fiscal (leia lutar contra a responsabilidade fiscal). Terá que verificar se os credores e emprestadores concordarão em financiar mais ainda um governo gastador e irresponsável, ou se os contribuintes alemães aceitarão sustentar benefícios sociais prometidos por políticos demagogos, que enganam a boa fé (leia ignorância) do povo (que não quer trabalhar e pagar a dívida passada.). Vão virar uma Argentina, ou então, como sempre acontece, o demagogo irá fazer tudo diferente do que prometeu. Outra opção será sair do EURO e adotar uma moeda que irá se desvalorizar (leia inflação e na sequência estagflação).     

4 comentários:

  1. Esse "Demagogo frances" está me fazendo lembrar de um ex presidente brasileiro que mudou muito suas atitudes após ser eleito...
    Agiu muito diverso das suas convicções anteriores...

    Mas colocando na balança, até que o Brasil teve um desenvolvimento bem surpreendente após a sua eleição e o desempenho do seu governo...

    Eu gostaria que o SR.discorresse sobre este assunto, aplicando uma discreta comparação da crise atual na EUROPA em relação ao desempenho do nosso governo nos últimos tempos...
    Se achar ser viável essa provável comparação...
    Att Agradeço.

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  2. Anônimo: o Lula antes de ser eleito assinou a carta compromisso com o povo brasileiro (era uma carta onde comprometia-se a não rasgar contratos e fazer rupturas demagógicas). Inteligentemente manteve o tripé de câmbio flutuante, meta de inflação e superávit primário. Tentou fazer as reformas tão necessárias, não conseguiu, assim como Collor e FHC também não conseguiram. O Lula não se comprometeu com o ideário socialista.
    Minha crítica aos partidos socialistas é por utilizarem um nome comprometido com um ideário e não terem compromisso com ele. Felizmente são demagogos (se acreditassem no socialismo seria pior). O candidato socialista que venceu a disputa pela presidência da França, prometeu o que não pode cumprir e não deve cumprir. Quando falam que vão acabar com a política de austeridade leia: vou acabar com a responsabilidade fiscal (vai ser irresponsável?). O EURO é uma moeda de vários países, a França sozinha não pode nada. Se abandonar o EURO ela quebra, já que não foi responsável o suficiente. Os contribuintes alemães não vão aceitar sustentar irresponsabilidades de outros países.

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  3. Ainda assim eu gostaria de ver aqui no seu "Belo BLOG" um paralelo da nossa economia atual comparado à grave crise que acontece hoje na Europa.
    Tenho a impressão de que ajudaria a ampliar a visão de nós leigos à entender o que se passa por trás dessa emaranhada teia complicada de interesses políticos, misturada aos desempenhos financeiros de nossos governantes...
    Isso se não for incomodá-lo nos seus estudos econômicos.
    Grato por sua atenção.
    att.

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  4. Anônimo: o Brasil mantem uma política fiscal com superávits primários (saldo positivo antes das despesas com juros), uma meta de inflação alta (4,5%) mas aceitável e o sistema de câmbio flutuante (um seguro contra crises externas). Isto trouxe confiança e previsibilidade ao mercado. É considerada uma política relativamente RESPONSÁVEL. Os países do EURO abusaram dos déficits e dos gastos irresponsáveis.Os bancos financiaram sustentando estas irresponsabilidades (que eles chamam de austeridade). Se os países não pagarem os bancos quebram e dão o cano em seus clientes (é uma bola de neve). E tem a turma que quer continuar com a boa vida de gastar sem ter com que. Todo ajuste de retorno à RESPONSABILIDADE TRÁS SOFRIMENTO (pagar os gastos irresponsáveis do passado trás mais sofrimento ainda).

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