ECONOMIA MONETÁRIA E EUGÊNIO GUDIN, UMA HOMENAGEM.
Em
11/02/2012 publiquei a postagem “ECONOMISTAS
BRASILEIROS - IMPORTANTES E
QUE ESTAVAM CERTOS” onde listei apenas quatro nomes (apesar de inúmeros outros também merecerem a menção), Eugênio Gudin, Roberto Campos, Mário Henrique Simonsen e Armínio Fraga (de fato são quatro economistas que fizeram história). EUGÊNIO GUDIN foi quem introduziu o estudo da economia (fez o curso) e a profissão de economista no Brasil (foi um dos fundadores da FGV). Escreveu o livro PRINCÍPIOS DE ECONOMIA MONETÁRIA (ótimo para a época e bom até hoje). Autor de diversos artigos em jornais e estudos. Na época da ditadura do pensamento keynesiano conseguiu ter o bom senso de salvar-se. Foi professor de Moeda e Crédito da Faculdade de Ciências Econômicas da UNB.
QUE ESTAVAM CERTOS” onde listei apenas quatro nomes (apesar de inúmeros outros também merecerem a menção), Eugênio Gudin, Roberto Campos, Mário Henrique Simonsen e Armínio Fraga (de fato são quatro economistas que fizeram história). EUGÊNIO GUDIN foi quem introduziu o estudo da economia (fez o curso) e a profissão de economista no Brasil (foi um dos fundadores da FGV). Escreveu o livro PRINCÍPIOS DE ECONOMIA MONETÁRIA (ótimo para a época e bom até hoje). Autor de diversos artigos em jornais e estudos. Na época da ditadura do pensamento keynesiano conseguiu ter o bom senso de salvar-se. Foi professor de Moeda e Crédito da Faculdade de Ciências Econômicas da UNB.
Jovem ainda, filho de comerciantes, conhecedor de fluxo de caixa e sabendo a diferença entre duplicata, fatura e fatura duplicata, lia Roberto Campos e Gudin nas revistas e jornais. Apaixonei-me pela economia lendo-os. Na década de 60 do século passado, no segundo ano do curso de economia, fui apresentado ao livro “Princípios de Economia Monetária” de autoria de Gudin. Apesar de, na época, ter considerado a matéria fácil, hoje reconheço que não tinha cultura acumulada nem a maturidade necessária para entender a complexidade do assunto e sua importância.
A seguir transcrevo um trecho de seu livro analisando a teoria
quantitativa:
“Assim é que, partindo da teoria quantitativa
como uma simples relação entre meios de pagamento e preços, fomos
gradativamente levados pela análise mais acurada das causas que influem sobre
os preços, a introduzir novas variáveis. Além dos fatores monetários, como a
melhoria da produtividade, volume do emprego, contágio internacional etc.,
outros fatores monetários, além da renda e dos encaixes monetários hão de ser considerados:
a quase-moeda, o grau de liquidez, a taxa de juros, o capital e os salários.
À medida que a análise vai crescendo em
complexidade, atenua-se a simples predominância da ação direta da quantidade da
moeda sobre os preços. Mas a multiplicidade dos fatores que podem exercer ação
sobre a procura e os preços não importa
em equipará-los quanto a sua importância. Abstraindo dos elementos
monetários, inclusive o volume do emprego, a procura e os preços dependem, predominantemente, da renda ou das
disponibilidades monetárias.
Nos países de organização financeira
complexa, em que os títulos do tipo quase-moeda são de vulto, a situação de
liquidez geral do sistema tem, como escreve a Comissão Radcliffe, um papel
importante. Mas é preciso não esquecer que, mesmo nesses países, ninguém
resgata dívidas nem faz pagamentos com títulos e sim com moeda, escritural ou
manual, e que se o Banco Central não suprisse a provisão necessária dessa
moeda, a liquidez dos títulos passaria a ser inoperante.”
Discorre sobre a relação entre o aumento dos salários e a melhoria da
produtividade, inflação reprimida, política fiscal apropriada, a influência da
taxa de juros no curto prazo sobre a liquidez e a longo prazo sobre os investimentos.
Discute sobre a dificuldade (devido à complexidade) de definir corretamente o
que é causa e efeito (na análise da evolução e no andamento das atividades econômicas.
A diferença entre análise estática e dinâmica, o andamento do processo). Discorre
sobre as expectativas de rendimentos dos capitais a investir (taxa de juros
ex-ante e ex-post). Confirma a necessidade de estabilidade monetária para que
ocorra o crescimento sustentável do PIB. Sobre déficit orçamentário escreve: na
depressão, o déficit orçamentário é até, por vezes, recomendável; na inflação,
inteiramente condenável. Hão de conjugar sempre as duas políticas, a monetária
e a fiscal.
MAGECONOMIA, 20/11/2014.
Nunca existiu um processo inflacionário desacompanhado do aumento da quantidade de moeda (liquidez em seu seu sentido mais amplo). As depressões sempre acontecem após o furo das bolhas de ativos (e a sensação de perda e de pobreza), cujos preços aumentaram além do razoável, em virtude da desmoralização da moeda pátria.
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