quarta-feira, 27 de novembro de 2019

REPUBLICANDO POSTAGENS SOBRE O PENSAMENTO LIBERAL, CONSERVADOR E ESQUERDAS SOB OS ASPECTOS: ECONOMIA, POLÍTICA E COSTUMES.



republicando postagens sobre o pensamento liberal, conservador e esquerdas sob os aspectos: economia, política e costumeS.

QUINTA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO DE 2018
O PENSAMENTO LIBERAL.

O PENSAMENTO LIBERAL. 27/09/2015.

No Brasil o nome liberal (e o pensamento) foi demonizado por conceitos errados ensinados nas escolas, pelo fato do PFL (partido da frente liberal) ser um grupo de ocupantes de cargos públicos (inclusive para toda a família), base de apoio de um regime autoritário (quase ditadura), o PL (partido liberal) defender ideias contrárias ao pensamento e liberais extremistas e radicais defenderem os excessos de liberdade (que na prática e no tempo a eliminam). Os excessos (ou entendimento extremo do termo): 

1) LIVRE MERCADO. Na verdade o liberalismo defende normas que defendam a concorrência, pois não existe livre mercado nem liberalismo sem concorrência. O pensamento liberal defende a concorrência;

2) ELIMINAÇÃO DE NORMAS E REGULAMENTOS. Na verdade o pensamento liberal nasceu defendendo normas que limitassem os poderes das autoridades e dos reis. O pensamento liberal é a favor de normas e regulamentos que defendam a concorrência e a liberdade. É contra o excesso de normas e de regulamentos, contra as que aumentam o poder discricionário das autoridades. O poder deve ser da lei e não da autoridade;

3) O ESTADO. Os liberais são a favor da menor presença estatal possível, mas também a favor da maior quando necessária. Os governos não devem exercer funções que as atividades privadas consigam fazer para poder fazer bem as de sua obrigação e competência. É FUNÇÃO DO ESTADO REGULAR E NÃO OPERAR;

4) REGULAR. os liberais não são contra os governos regularem. Regular é a principal função do estado (mas sem excessos e sem dificultar a iniciativa privada e sem tolher a liberdade). Se funciona sem regulamento, não regulamente;

5) ECONOMIA. Na economia o pensamento liberal defende a iniciativa privada, a concorrência, preços livres, impostos baixos, o direito de propriedade e a herança.

UMA DEFINIÇÃO: O Liberalismo é uma corrente de pensamento que defende a liberdade individual (os direitos individuais e civis), a livre iniciativa, o governo democrático (baseado no livre consentimento dos governados e estabelecido com base em eleições livres), a liberdade de expressão, a defesa da concorrência, instituições que obedeçam a lei igual para todos, a transparência, o direito de propriedade. O liberalismo nasceu combatendo o direito divino dos reis (e a hereditariedade), os privilégios da corte, dos militares e o sistema de religião oficial.
Não confundir o pensamento liberal com a ANARQUIA (de Bakhunin, pensador russo), nem com o LIBERTARISMO (escola austríaca?), que critica os liberais por defenderem o estado regulador (não operador). Os libertários são contra Bancos Centrais e o monopólio na emissão da moeda e criticam até Milton Friedman.
MAG 27/09/2015.

MILTON FRIEDMAN E O Fed (Banco Central americano).


Milton Friedman deu entrevista respondendo sobre o que achava da atuação do Fed hoje (na época). Respondeu que podia fechar. Ele foi um crítico rigoroso da atuação do Fed, inclusive responsabilizando-o pela crise de 29/30 (pela atuação errada). Relacionou todos os erros cometidos pelo Fed. Foi de fato um crítico severo (e correto nas críticas). Mas em seu livro “Capitalismo e Liberdade” escreveu: “Convém que usemos o governo para fornecer uma estrutura monetária estável à economia livre – isto é parte da função de propiciar uma estrutura legal estável”. Rendeu-se à realidade.
ESCREVEU CONTRA A INDEPENDÊNCIA DO BANCO CENTRAL: “É um mau sistema para os que acreditam na liberdade justamente porque dá a poucos homens um poder tão grande sem que seja exercido nenhum controle efetivo pelo corpo político – este é o argumento chave político contra um BC independente.”
COMENTO:
Hoje o BC tem que atender a uma meta de inflação (estabilidade do poder de compra da moeda), com câmbio flutuante, que funcionam como um redutor do poder discricionário. Estas limitações do poder discricionário justificam a independência do BC para evitar as pressões políticas em anos de eleição. 2002.

Um comentário:
UMA RESPOSTA SOBRE NAZISMO.
Sei o que a maioria da literatura fala (fui parte dos enganados por muito tempo), semelhante ao que a maioria da mídia e literatura falava sobre a revolução redentora (era o melhor dos mundos democratas e de direita, quando sabemos que era uma ditadura cruel e corrupta. Muitos ainda pensam que eram honestos). Fui estudar mais a fundo e vi que estava tudo errado. O NAZISMO é semelhante. É a mentira repetida mil vezes (conforme Lênin ensinou) que se torna verdade. O nome é SOCIALISMO e quem estuda sabe que socialismo e comunismo são esquerda. O programa do partido era de esquerda (basta ler). A prática era totalitária, preços controlados, desapropriações sem indenizações, o poder das autoridades acima das leis, sindicatos controlados pelo estado (no fascismo o controle era maior no papel e menor na prática), intervencionistas (mandavam na economia e nas empresas), os serviços públicos eram todos estatais ou 100% controlados. Se direita é representada pelo pensamento liberal, libertário (a escola austríaca) e conservador, como definir SOCIALISMO E NACIONALISMO como direita? Em economia e política eram totalitários (planejamento centralizado), portanto esquerda. Bobbio (italiano de esquerda) que foi um comunista muito culto, mais velho, chegou a estas conclusões. É o domínio do baixo e alto clero da mídia na Europa pela esquerda. No Brasil era o baixo clero, agora as mídias e seus donos se uniram contra Bolsonaro e semelhante aos USA, acredito que escolheram o culpado e o caminho errado. Terão que rever seu negócio, pois o mundo só anda para trás com guerra, mesmo assim após evolui rapidamente. Em tempos normais evolui e as mídias sociais vieram para ficar. O domínio da massa de manobra já não é mais da mídia corporativa, como deixou de ser dos barões no império e dos coronéis na república. Por enquanto é da leigopatia que domina as mídias sociais. Acredito que com o tempo os saberes evoluirão. É o que penso e publico em meu site em linguagem que me esforço para fugir da complexidade dos economistas de base matemática e financeira (minha formação de vida). Neste caso vou remar contra a maré com a minha pequena parte de utilização da mídia social e leitores de mais de 30 países (olhe que sou liberal há muitos anos, nome que era demonizado e do qual todos fugiam. Até na direita tenho quem pensa diferente: os conservadores em costumes e os libertários em economia e até na política monetária).

Daqui a alguns anos poderão dizer que o SOCIALISMO DO SÉCULO XXI não era de esquerda, era de direita (é semelhante). Ditadura nunca é liberal.

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SEGUNDA-FEIRA, 5 DE NOVEMBRO DE 2018.

LIBERAIS X CONSERVADORES X ESQUERDA (ASPECTO ECONÔMICO, POLÍTICO E CULTURAL)

QUADROS SINTÉTICOS COM DIFERENÇAS PRINCIPAIS.

VARIÁVEIS ECONÔMICAS
LIBERAIS (economia de mercado) e CONSERVADORES
COMUNISTAS (esquerda, socialistas, economia planificada, centralizada)
LUCRO
SIM
NÃO
PROPRIEDADE
SIM
NÃO
HERANÇA
SIM (tributação mínima)
NÃO (tributação máxima)
PREÇOS
MERCADO
Controlados
PRODUÇÃO
MERCADO
Planificada
COMÉRCIO
LIVRE
Planificado
ESTATAIS
MÍNIMO
MÁXIMO
TRIBUTAÇÃO
MÍNIMA
MÁXIMA
ESTADO: OPERAR E REGULAR
SÓ Regular (funciona sem norma não normatize)
REGULAR E OPERAR

VARIÁVEIS POLÍTICAS
LIBERAIS (direita, economia de mercado) e CONSERVADORES
COMUNISTAS (esquerda, socialistas, economia planificada, centralizada)
DIREITO DE IR E VIR
Sim
Não
LIBERDADE DE EXPRESSÃO
Sim
Não
LIBERDADE DE IMPRENSA
Sim
Não
LIBERDADE POLÍTICA
Sim
Não
PARTIDO POLÍTICO
Livre
Único.

VARIÁVEIS POLÍTICAS
CONSERVADORES
LIBERAIS
ESQUERDA
INSTITUIÇÕES
Tradicionais, democratas conservadores
Aberto ao novo, liberais democratas
Governo centralizado, ditadura
GOVERNO
Forte e centralizado, mas democrata
Descentralizado, mais poderes para estados e municípios.
Forte, centralizado, ditadura

VARIÁVEIS CULTURAIS
(COSTUMES).
CONSERVADORES
LIBERAIS
ESQUERDA
RELIGIÃO COSTUMES
Religiosos tradicionais
Religiosos, Laicos e progressistas.
Laicos e progressistas
ABORTO
Contra e criminaliza
Contra, mas não criminaliza
Contra, mas não criminaliza

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KEYNESIANOS (heterodoxos, desenvolvimentistas) X MONETARISTAS (ortodoxos) X NOVOS DESENVOLVIMENTISTAS (heterodoxos).
O quadro abaixo é um resumo.
ASSUNTO
KEYN.
MON.
NOVOS DESENV.
1 – Poder discricionário (arbítrio) na condução da política monetária ou meta de inflação como limite.
Arbítrio
Meta
Arbítrio
2 – Regras: a pol. monetária deve ser conduzida por regras?
Não
Sim
Não
3 – Expectativas racionais dos agentes econômicos?
Não
Sim
Não
4 – Transparência obrigatória nas informações da autoridade monetária
Não
Sim
?
5 – Quantidade de moeda: crescimento sem oscilações e constante, tendo como limite o PIB potencial (fatores de produção).
Não
Sim
Não
6 – Causa das crises: oscilações e excessos na oferta monetária
Não
Sim
Não
7 – Taxa natural de desemprego (6%)
Não
Sim
?
8 – Pleno emprego
Sim
Não
?
9 – Câmbio flutuante
Sim
Sim
Não
10 – PIB potencial. Nível de utilização dos fatores de produção. Limite
Não
Sim
?
11 – Taxa básica: em torno da neutra (de equilíbrio)
Não
Sim
Não
12 -  Taxa básica principal ferramenta para reverter processo inflação
Não
Sim
Não
13 – Meta de inflação
Não
Sim
Não
14 – Gastos improdutivos (pirâmides do Egito)
Sim
Não
Não
15 – Déficits públicos e aumento de dívida: causa de crise
Não
Sim
Sim
16 – Aumento da quantidade de moeda acima do PIB potencial causa inflação e após (no processo) a estagflação
Não
Sim
Não
17 – Tabelamentos de preços de produtos e serviços
Sim
Não
Não
18 – Presença do governo limitada à Regular, Monitorar, Julgar e Defender a Concorrência e os Consumidores.
Não
Sim
Não
19 -  Presença do governo o mais ampla (inclusive operacional e na produção)
Sim
Não
Sim
Os Novos Desenvolvimentistas abandonaram a defesa de gastos públicos improdutivos como causa de crescimento, passaram a defender superávits fiscais, mas ainda defendem taxa básica de juros baixa (?) e câmbio competitivo (industrial), administrado.  MAG 10/2015

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QUARTA-FEIRA, 17 DE ABRIL DE 2019.

ESQUERDA OU DIREITA? ENTENDA.


ESQUERDA OU DIREITA? ENTENDA.

Para afirmar que um partido político ou governo (do passado ou presente) é de DIREITA ou de ESQUERDA, é necessário definir o significado de cada um dos termos estratificando e comparando, mesmo que resumidamente, os programas dos partidos e dos governos com os tópicos das definições. Todas as declarações feitas sem base em uma análise racional comparativa é ignorância (a maioria intencional). São vergonhosas as entrevistas e citações com defensores da esquerda (alguns desconhecidos) para confirmar afirmações de esquerdistas de que o socialismo não é esquerda (alguns afirmam que a URSS de Stalin e o Socialismo do século XXI de Chaves não são esquerda). O domínio da mídia (mais forte na Europa, agora também nos USA e no Brasil) pela esquerda consegue definir socialismo e partidos com programas socialistas que fizeram o que sempre fazem, ditaduras cruéis assassinas que empobrecem os seus povos, sejam definidas como de direita. A massa de manobra, uns ignorantes outros nem tanto, dominada pela desonestidade intelectual da mídia esquerdista acompanha docilmente.
Abaixo resumidamente defino as linhas de pensamento:

A) DIREITA (liberais, conservadores, libertários):

1. SOB O ASPECTO CULTURAL (conservadores e liberais).
1.1 CONSERVADORES defendem a aceitação dos princípios religiosos doutrinários, a maioria imutável. Na economia são sempre LIBERAIS, contra o comunismo e o socialismo;
1.2 LIBERAIS são progressistas e acompanham a evolução da ciência e dos costumes. Defenderam a separação da igreja do estado, são laicos e pregam a liberdade e o respeito às religiões.

2. SOB O ASPECTO POLÍTICO (democracia).
DEMOCRACIA. Defende três poderes independentes e harmônicos, Legislativo, Executivo e Judiciário, na ordem, e eleições com a participação ampla. Defende o poder dos governados escolherem seus governantes. Os liberais e conservadores são democratas. É considerada direita liberal. Diversos nomes políticos absorvem a direita: liberais, conservadores, sociais liberais e os que tentam confundir (sociais democratas, democracia cristã, social cristão, democratas, republicanos, popular e outros).

3. SOB O ASPECTO ECONÔMICO:
CAPITALISMO DE MERCADO (economias de mercado) defende a propriedade privada, o lucro e a concorrência (a luta pelo lucro e pela sobrevivência) como forma de incentivar as melhorias contínuas, os ganhos de produtividade e as inovações. Dividem-se em LIBERAIS: economia de mercado, aceita o estado regulador. O estado regula, mas não opera. Se funciona sem regulamento não regulamente. São as democracias liberais; LIBERTÁRIOS: economia de LIVRE mercado, o estado não regula e não opera. Não existe no mundo.
RESUMO: racionalmente todos os sistemas econômicos são entendidos como capitalistas, a diferença é a propriedade do capital (do estado ou privada). Impossível uma economia se desenvolver sem o Capital.

B. ESQUERDA (socialistas, comunistas):

1. SOB O ASPECTO CULTURAL (liberais em parte).
São progressistas e acompanham a evolução da ciência e dos costumes. São laicos e pregam o ateísmo, apenas suportam as religiões, mas sem liberdade e sob vigilância.

2. SOB O ASPECTO POLÍTICO:
DITADURA. Defendem um poder proeminente, o executivo. A ditadura é definida obedecendo a linha de pensamento econômico, planejamento centralizado (que exige o poder nas mãos de poucos). Sabemos que maior o poder maior a possibilidade de corrupção. O poder total sempre leva à corrupção total (centralizada). O comunismo e o socialismo defendem a ditadura. Diversos nomes absorvem a esquerda: socialismo (o principal), comunistas (os radicais) e os que tentam confundir (socialismo e liberdade, do trabalhador, trabalhista e outros).    

3. SOB O ASPECTO ECONÔMICO:
CAPITALISMO DE ESTADO economias de planejamento centralizado, comunismo, socialismo. O planejamento centralizado (poder centralizado em poucas pessoas) impede a democracia, motivo do comunismo defender a forma de governo ditadura (centralização do poder). É considerado ESQUERDA. Podem ser:
RADICAIS: comunistas e socialistas, economia de planejamento centralizado. As experiências no mundo fracassaram, produziram pobreza, miséria e fome para o povo e ditaduras sanguinárias (uma elite militar e a alta burocracia centralizam o controle da riqueza);
ESTATIZANTES: vários nomes como keynesianos, desenvolvimentistas, heterodoxos, estatizantes. 17/04/2019.

O PD PARTIDO DEMOCRATA DOS USA ESTÁ SENDO DOMINADO POR POLÍTICOS DE ESQUERDA. Afirmam serem liberais, mas em economia são intervencionistas e abrigam as esquerdas (inclusive socialistas). O PR PARTIDO REPUBLICANO É LIBERAL EM ECONOMIA E CONSERVADOR EM COSTUMES. 

 REPUBLICADO EM 27/11/2019  



quinta-feira, 21 de novembro de 2019

SELIC: JURO REAL E EFEITO SOBRE CÂMBIO.


SELIC: JURO REAL E EFEITO SOBRE CÂMBIO.

A Selic real é a líquida de IRF (20% para aplicações de 1 ano) e de IPCA ou IGPM.

A Selic real acumulada deste ano até out. liquida de 20% de IRF e de IPCA e de IGPM é: 1,528% (IPCA) e – 0,662% (IGPM. Negativa). Sabe-se que o IGPM passado é antecipação do IPCA futuro.

A Selic real de 2018 também líquida de 20% de IRF e de IPCA e de IGPM foi: 1,386% IPCA e – 2,404% IGPM.

Se isto afetou a desvalorização do real? Claro que sim. 
O fluxo cambial financeiro ficou negativo em 2016 em US$ 51,652 bi.; em 2017 em US$ 52,299 bi.; em 2018 em US$ 48,735 BI.; em 2019 até 01/11 em US$ 35,560bi. Mais avisos desnecessários.  

QUAL O MAIOR RISCO? O real perder a sua função de reserva de valor ainda aceita pelos brasileiros. Aí adeus política monetária e tripé.

A previsão da Selic real para os próximos 12 meses é: 5% - 20% de IRF e menos 3,8% de IPCA = 0,2%; considerando o IGPM de 5,5% teremos - 1,5%.

O risco de desandar é grande, não vale a pena arriscar. Agora já não é mais política monetária tempestiva, é de fato temerosa (quase irresponsável)
Perder em câmbio para sustentar Selic baixa é absurdo. CHEGOU A HORA DE PARAR A QUEDA DA SELIC. Na verdade terá que subir daqui a alguns meses se a política monetária for a preventiva.  

MAGECONOMIA 11/2019.  

terça-feira, 19 de novembro de 2019

POLÍTICA MONETÁRIA: FERRAMENTAS X EFEITOS (inflação e empregos).



POLÍTICA MONETÁRIA: FERRAMENTAS X EFEITOS (inflação e empregos).

A política monetária tem como principal e mais potente ferramenta a taxa de juro (básica e de redesconto). É o estudo da relação entre quantidade de moeda (conceito estendido para liquidez = ativos possíveis de se tornarem líquidos em até 30 dias) de um lado e do outro o PIB (e o PNB) e os seus efeitos (no início no nível de preços, hoje sabemos que em mais variáveis). A taxa básica atua retirando moeda do mercado para o BC (reduz liquidez).
Como se transmite a política monetária praticada através das taxas de juros (básica e de redesconto)? Ela se transmite (com política cambial flutuante) através das variáveis:

     a)    CONSUMO (pode antecipar ou postecipar decisões dos agentes econômicos);

     b)    INVESTIMENTOS (idem);

     c)    CRÉDITO (pode aumentar a procura por crédito);

    d)    PREÇOS DOS ATIVOS QUE NÃO A MOEDA pátria. Podem subir os preços dos ativos que não moeda pátria (inclusive do dólar, moeda reserva mundial) acima do nível geral dos preços formando bolhas (se a taxa básica for fixada abaixo da taxa neutra ou da adequada). Pode fabricar uma sensação de riqueza (virtual) durante os aumentos dos preços e da liquidez dos ativos (isto funciona como um aumento da sensação de liquidez, mas é virtual). Quando os aumentos cessam inicia-se o que aprendemos ser o furo da bolha dos preços dos ativos (caem os preços e a liquidez, numa velocidade muito maior do que ocorreram os aumentos). A sensação de riqueza virtual se transforma em sensação de perda, de pobreza. É a crise que pode ser uma recessão menor, se corretamente combatida, ou se transformar em uma depressão se combatida erradamente;    

    e)   EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO (PREÇOS CORRENTES) ascendente ou descendente, dependendo da taxa básica de juro adotada: se acima da taxa neutra de juro (a que possibilita  o crescimento do PIB sem provocar inflação) as expectativas de inflação serão descendentes, e os efeitos se farão sentir nos juros de mercado de LP que terão tendência de queda (a parte longa da curva de juros começa a ficar descendente, negativa). O inverso é semelhante: uma taxa básica abaixo da neutra deverá aumentar as expectativas de inflação e os juros de mercado de LP (a parte longa da curva de juros fica ascendente, positiva);

    f)     CÂMBIO: a taxa básica de juro pode influenciar o câmbio através da atração da entrada de capitais para investimentos produtivos ou financeiros (bolsa, títulos financeiros públicos e privados emitidos em moeda pátria). Pode também atuar desestimulando investimentos produtivos e financeiros. O risco cambial amedronta a entrada de capitais e estimula a saída.  Como investir com moeda conversível e correr o risco de uma moeda inconversível que se desvaloriza todo dia? A queda dos investimentos externos significa também menos empregos de qualidade;

g)    EMPREGOS e PIB. A missão dos BCs é assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e a solidez do sistema financeiro. O crescimento do PIB e dos empregos têm como condição necessária, mas não o suficiente, um BC que consiga cumprir sua missão e passar segurança para o mercado e investidores.  O crescimento do PIB e empregos depende também da qualidade da política fiscal: relação gastos públicos improdutivos / produtivos pequena (boa qualidade dos gastos públicos).   

MAGECONOMIA 11 / 2019 (resumo de publicações anteriores).



domingo, 20 de outubro de 2019

PNB, PIB, RNB, RENDA PER CAPTA, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO.


PNB, PIB, RNB, RENDA PER CAPTA, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO.

O PNB (produto nacional bruto) = RNB (renda nacional bruta) = PIB (produto interno bruto) + ou - RLFE (renda líquida de fatores do exterior). RLFE = rex = rec. - rem. (recebimentos - remessas para ou do exterior).

Então PNB = RNB = PIB + - RLFE (rex = rec. - rem.).  

Temos também que a RNB (renda nacional bruta) = S + L + J + A (salários + lucros + juros + alugueis), que podemos estratificar em: S = renda do trabalho (assalariado, autônomo, serviço público), L (lucros de pessoa jurídica, física e de fundos de pensão), J (juros recebidos por assalariados, autônomos, capitalistas, empresas, fundos de pensão, etc.), A (alugueis recebidos por proprietários de pessoas físicas e jurídicas, urbanos e rurais, residências e comerciais).

RNB = RTA + RAU + RTP  (renda do trabalhador assalariado + autônomo + público) + LEM + LPF + LFU (empresas, pessoas e fundos) + JTA + JAU + JPC + JEM + JFU (recebidos por trabalhadores assalariados e autônomos + poupadores capitalistas + empresas + fundos de pensão) + A (alugueis urbanos, rurais, comerciais, residenciais).

RNB  = (RTA + RAU + RTP) + (LEM + LPF + LFU) + (JTA + JAU + JPC + JEM + JFU).
A renda nacional per capta é a RNB dividida pela população.
PNB = C + I + G + E – M + rec. – rem., onde também estratificando podemos fazer: C = consumo das famílias + consumo das empresas, I = investimentos das pessoas, das empresas, do governo (produtivos e improdutivos) e do exterior (remetem dividendos),  G = gastos do governo (necessários e desnecessários), E = exportações, M (importações).   

RENDA PER CAPTA CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO.
É certo que a melhor distribuição de renda influencia o consumo (C) e por extensão o PIB. Mas os investimentos externos ao mesmo tempo que aumentam o PIB e a RNB, aumentam a renda per capta (os salários aumentam), aumentam também a concentração de riqueza e de renda (o capital investido e a renda oriunda dele).  Em período de crescimento com investimentos externos a RNB, a renda per capta e a concentração de riquezas aumentam (é uma concentração benéfica).

A concentração de renda tendo como causa o salário médio do setor público ser mais que o dobro do privado e a dos 20% maiores serem 40 vezes a renda mínima do setor privado é uma concentração maléfica. Existe uma elite que ganha até 150 vezes a renda mínima do setor privado.  MAG 10/2019.


terça-feira, 3 de setembro de 2019

SELIC TEMPESTIVA OU PREVENTIVA:


SELIC TEMPESTIVA OU PREVENTIVA:
Selic mais alta reduziria as expectativas de desvalorização cambial, atrairia investimentos externos e reduziria fuga da moeda pátria como reserva de valor (fuga para ouro, bolsa, dólar, imóveis, etc.), entretanto as atividades não estão pressionando (ainda) a inflação. Uma política monetária preventiva desaconselha novas baixas da Selic, a tempestiva permite, mas sabemos que terá de subir mais a frente. A desvalorização do real desaconselha nova queda da Selic (a perda do poder de compra da moeda já é grande).. 

A CURVA DE JUROS JÁ MUDANDO PARA ASCENDENTE (COM PERCENTUAIS BAIXOS E INFLAÇÃO APARENTEMENTE CONTROLADA). 



EM 09/02/2017 UMA CURVA DESCENDENTE, COM PERCENTUAIS MAIORES, MAS COM REVERSÃO DAS EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO.





domingo, 18 de agosto de 2019

O IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO, A EVOLUÇÃO DA INDÚSTRIA NACIONAL, A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO NACIONAL.


O IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO, A EVOLUÇÃO DA INDÚSTRIA NACIONAL, A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO NACIONAL.

O Imposto de Importação tem a finalidade arrecadatória, de proteção à indústria ou a segmentos de negócios nacional. As taxas devem ser moderadas e descendentes com o tempo, para não servirem como acomodatórias para as empresas locais (inclusive as multinacionais).

O Imp. de Import. não deve ser alto (na verdade deve ser zero ou muito baixo) para maquinários, tecnologias, matérias primas destinadas a produção de produtos para exportação, para não inviabilizar as empresas brasileiras a concorrerem com as do exterior. A EMBRAER jamais existiria se tivesses tributação alta em suas importações. Uma siderurgia jamais conseguirá concorrer se tiver tributação alta para importar maquinários (altos fornos), tecnologias e outros produtos. Por outro lado, não terá estímulo para trabalhar e desenvolver a melhoria contínua (produtividade) se tiver proteção excessiva (Imp. de Import.) para sua produção. A melhoria contínua e as inovações só ocorrem em ambientes de concorrência, na luta pelo lucro e pela sobrevivência.   O desenvolvimento (melhoria contínua e qualidade da produção) não ocorre em economias com altas proteções tarifárias.

EFEITOS DO II NA QUALIDADE DE VIDA: vimos os efeitos no desenvolvimento das empresas nacionais. Eles ocorrem também na qualidade de vida da população. Segmentos onde os produtos estrangeiros levam vantagem excessiva. Um exemplo: vinhos, Whiskies e runs. Gerações passadas de jovens brasileiros foram submetidos a bebidas de baixa qualidade (inclusive falsificações grosseiras) que influenciaram sua qualidade de vida e até a saúde. Se as importações de vinhos, whiskies e runs não fossem excessivamente protegidas a indústria local teria se adequado para concorrer. Se não conseguissem não mereceriam a proteção excessiva. É a concorrência e o mercado (a demanda) que estimulam a produção competitiva. Pode-se generalizar o pensamento.

EFEITOS NO DESENVOLVIMENTO DO CONHECIMENTO: os governos militares brasileiros com sua política de proteção excessiva e até ojeriza a produtos importados (principalmente computadores e informática) atrasou o desenvolvimento do conhecimento da população brasileira e o desenvolvimento de todo o nosso parque industrial. A indústria automobilística semente agora está se adequando aos produtos (qualidade e preços) de outros países.

IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO SUPERIOR A 30% (EXISTEM SUPERIORES) É ABSURDO, INFLUENCIA A QUALIDADE DE VIDA E DESMOTIVA A MELHORIA CONTÍNUA (GANHOS DE PRODUTIVIDADE). Jamais seremos um país desenvolvido com proteção tarifária. É a concorrência e o mercado que desenvolvem um país. 08/2019


sábado, 10 de agosto de 2019

A RENDA NACIONAL, OS GASTOS IMPRODUTIVOS E O CRESCIMENTO. .



A RENDA NACIONAL, OS GASTOS IMPRODUTIVOS E O CRESCIMENTO.

PNB (produto nacional bruto) = RNB (renda nacional bruta).

RNB = RT + L + J + A; onde RT = renda do trabalho assalariado da iniciativa privada e do governo, autônomos e outros; L = lucros; J = juros; A aluguéis.

Existe uma relação entre a RNB e o PNB (são iguais). Se a renda não sobe o PNB também não sobe. A demanda é efeito da renda das famílias (renda do trabalho, juros, lucros e aluguéis).  Existe também uma relação entre gastos produtivos, improdutivos e crescimento do PIB.

Não se inclui no cálculo do PNB: serviços domésticos da dona de casa, pagamentos de renda que não resultem de atividades produtivas (aposentadorias, juros da dívida pública) e atividades ilegais (não socialmente úteis, como contrabando, etc.).

Como a renda do trabalho das atividades privadas sobe pouco o efeito sobre as atividades é também pequeno. Apenas a renda dos trabalhadores dos governos subiu acima da inflação (a renda é alta, mas são poucos em relação à população). Sem renda, sem demanda (sem consumo). Sem demanda, lucros baixos. Com pouca atividade a demanda por empréstimos e financiamentos também é baixa, tendo como efeito juros nominais de mercado baixos (reduz renda das famílias que têm aplicações pequenas). A renda baixa das poupanças das famílias traz insegurança quanto ao futuro e reduz a demanda (em um segundo momento a demanda por ativos que não moeda subirá).

Como subir a renda das famílias? Com empregos. Como subir empregos? Com investimentos produtivos por parte do governo. Mesmo produzindo déficits? Para dar um impulso inicial sim, mas com responsabilidade.  REDUZIR GASTOS IMPRODUTIVOS DOS GOVERNOS

PUBLICAÇÕES ANTERIORES SOBRE O ASSUNTO:




sexta-feira, 12 de julho de 2019

RELAÇÃO SELIC, SELIC REAL, OUTROS ATIVOS E FLUXO FINANCEIRO CAMBIAL



ATIVOS
01/19
02/19
03/19
04/19
05/19
06/19
2019
SELIC (-20% IR)
0,54
0,49
0,47
0,52
0,54
0,47
3,07 (2,456
CDI (-20% IR)
0,54
0,49
0,47
0,52
0,54
0,376
3,07 (2,456
POUPANÇA
0,37
0,37
0,370
0,37
0,37
0,37
2,25
IBOVESPA
10,82
-1,86
-0,18
0,98
0,70
4,06
14,88
DÓLAR PTAX
-5,75
2,37
4,23
1,25
-0,12
-2,75
-3,23
Dólar paral. (tur.)SP



0,13
0,09
2,17
-0,74
Euro BC
-5,55
1,55
2,78
1,00
-0,59
-0,80
-3,92
OURO BM&F B3
-2,03
1,94
1,58
0,93
1,36
6,79
10,84
IPCA
0,32
0,43
0,75
0,57
0,13
0,01
2,23
CDI - 20% IRF - IPCA
0,112
-0,038
-0,374
-0,154
0,302
0,201
0,226
IGPM
0,01
0,88
1,26
0,92
0,45
0,80
4,38
CDI - 20% IRF - IGPM
0,422
-0,488
-0,884
-0,504
0,018
-0,424
-1,924




FLUXO CAMBIAL FINANCEIRO 1ª SEMESTRE 2019

TÍTULO 2019
JAN.
FEV.
MAR.
ABR.
MAI.
JUN.
TOTAL
FLUXO CAMBIAL FINANCEIRO
552
6556
-7101
-5751
-1149
-8434
-15327