domingo, 9 de junho de 2019

PIB, PNB, CONCEITOS, VARIÁVEIS E AGENTES ECONÔMICOS.


PIB, PNB, CONCEITOS, VARIÁVEIS E AGENTES ECONÔMICOS.

O PIB (produto interno bruto) = consumo + investimento (privado e público produtivos e improdutivos) + gastos do governo (produtivos e improdutivos) + exportações – importações = C + I + G + E – M. A fórmula reduzida é C + I.
Fazem parte do PIB produtos benéficos (pão, medicamentos) e maléficos (fumo, bebidas, armas), necessários (alimentos) e desnecessários (pirâmides do Egito, catedrais).
Os liberais e monetaristas condenam os gastos desnecessários e improdutivos como um mal para a economia (existem os improdutivos necessários), os keynesianos defendem os gastos sejam eles quais forem.

PNB (produto nacional bruto): é o PIB ajustado + recebimentos procedentes de rendas do exterior e - remessas ao exterior.

PNB (produto nacional bruto) = PIB + - RLFE (renda líquida de fatores do exterior = recebimentos do exterior – remessas para o exterior).
PNB = RNB = DNB (despesa nacional bruta).

PNB (produto nacional bruto): é o total dos valores adicionados pelos diversos setores da economia ao processo produtivo. Valor Adicionado: conceito que mede a contribuição de cada setor ao processo produtivo (sem duplicações). O PNB mede a capacidade de criação de valor da economia. É a soma de: bens econômicos (tangíveis e intangíveis) produzidos para o mercado + retenção de mercadorias pelos produtores para o consumo + valor do aluguel das casas habitadas pelos proprietários + salários in natura (aluguéis, mercadorias, etc.).

PNB = RNB (renda nacional bruta) = total das remunerações pagas aos fatores de produção (salários + juros + lucros + aluguéis). PNB = RNB = DNB (despesa nacional bruta) = valor total das despesas em bens para uso final (mercadorias e serviços para o consumo e investimentos).
Não se inclui no cálculo do PNB: serviços domésticos da dona de casa, pagamentos de renda que não resultem de atividades produtivas (aposentadorias, juros da dívida pública) e atividades ilegais (não socialmente úteis, como contrabando, etc.).

RNB = renda nacional bruta = renda do trabalho (salários + autônomos + empresas de pessoas de venda trabalho) + lucros + juros + aluguéis = S + L + J + A.
Os lucros são os obtidos por todos os sócios de empresas (pequenos e grandes) e em negócios pessoais. Os juros são os obtidos por todas as pessoas que poupam e fazem aplicação, inclusive fundos de pensão, FGTS e trabalhadores.   

DIFERENÇA ENTRE PIB (produção) E ESTOQUE DE RIQUEZAS (FATORES DE PRODUÇÃO).
Pelas definições acima vimos que não entra no cálculo do PNB e do PIB a propriedade de ativos (os fatores de produção), internos ou externos, entram apenas os bens econômicos produzidos para o mercado. Então não entra no PNB a propriedade de bens intelectuais (os ativos protegidos por registros), o capital de empresas no exterior, o capital emprestado ao exterior, a propriedade de qualquer ativo no exterior. Apesar de não entrar no cálculo do PNB, seus rendimentos (lucros, aluguéis, juros, royalties) entram. Semelhante aos aluguéis das casas residenciais. O ativo casa não entra, mas é representado pelo valor do aluguel que é semelhante a uma renda (renda = produto). Melhores as residências maiores os aluguéis e o PIB. Da mesma maneira a propriedade de ativos no exterior é representada no PNB pelas suas rendas (lucros, juros, royalties, etc.).

OS FATORES DE PRODUÇÃO (estoque de riquezas = Ativos) são: Trabalho, Capital, Recursos Naturais e Tecnologia.

OS AGENTES ECONÔMICOS são: trabalhadores assalariados e autônomos, empresários, acionistas, poupadores (investidores), proprietários de imóveis, de bens locáveis inclusive tecnologia.  Vemos que na macroeconomia não existe a demagogia da palavra rentista, mas sim os poupadores que retêm parte de sua renda para garantir o futuro. Quem são os poupadores: a maioria são os que recebem renda do trabalho (assalariados e autônomos) e poupam para garantir o futuro (aposentadorias, fundos de pensão) em aplicações financeiras (recebem juros), ações (recebem dividendos e valorizações), moedas estrangeiras, imóveis, ouro, etc.

VARIÁVEIS ECONÔMICAS E AGENTES.

FATORES DE
PRODUÇÃO
(ATIVOS)
PRODUTO (PIB)
PRODUÇÃO
RENDA
(S + L + J + A)
AGENTES ECONÔMICOS
Rec. Naturais
C = Consumo
Salários (rend. do trabalho)
Assalariados e Autônomos
Capital
I = Investimento
Lucros
Empresários, Acionistas, Investidores
Trabalho
G = gastos do governo
Juros
Poupadores
Tecnologia
E = Exportação
Alugueis
Proprietários

M = Importação



Rem. = Rem. para o ext.; Rec. = Receb. do ext  




EFEITO DA DESVALORIZAÇÃO DA MOEDA (para privilegiar exportadores): acomoda a necessidade (e a motivação) da busca de melhoria contínua de qualidade e gestão; transfere recursos da parte eficiente (a competitiva) da economia para proteger os incompetentes e privilegiar os competitivos que exportam (a maioria empresas com capitais estrangeiros); é opção por redução de poder de compra da população, da demanda e do PIB (empregos inclusive); é opção por parque industrial atrasado e não competitivo.   
Outro efeito muito importante e não divulgado da desvalorização (ou valorização com efeito inverso) cambial artificial é o barateamento dos ativos nacionais (empresas, imóveis, etc.) e sua consequente transferência de titularidade para estrangeiros. Os ativos sendo de propriedade de estrangeiros têm como contrapartida a remessa de lucros e juros (o maior saldo negativo da conta transações correntes do balanço de pagamentos brasileiro).

EXCESSO DE RESERVAS PARA EVITAR VALORIZAÇÃO CAMBIAL: se originada de compras de dólar feitas pelo BC para dar liquidez ao mercado é correto. Se, porém, é originada de excessos de compras de moedas para evitar valorização cambial é errado. O excesso de reserva se aplicado com rendimento de juros menores do que a inflação é como se estivéssemos fazendo uma doação ao país emissor da moeda reserva mundial (pobres doando para ricos). É pobre financiando rico.
No momento atual o Brasil tem excesso de reserva e aplica em títulos de liquidez mais alta (e juros menores). Como temos necessidade de captar poupança externa, é aceitável e recomendado que o excesso da reserva seja aplicado financiando empresas (e bancos) brasileiras que fazem captação no exterior (através do BNDES e BB que têm expertise em financiamentos).
Se aplicarmos em títulos americanos estaremos financiando o Fed (com juros baixos) a monetizar o mundo, cobrando juros baixos dos bancos, que reemprestam a empresas brasileiras (e ao TN) cobrando juros altos. MAG 01/03/2012. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário