A TAXA
BÁSICA E SEUS POSSÍVEIS EFEITOS.
Se a taxa
básica nominal (ibn) for fixada acima da neutra (os efeitos
dependerão de quanto acima da neutra) e a real for positiva, ex-ante (previstas)
e ex-post (as passadas, efetivamente realizadas) pelo critério ib – IRF - ipca
ou igpm, teremos:
a) o TN
conseguirá vender seus títulos Selic com ágio (custo menor, um título de 100
será vendido por 100 + ágio);
b) a expectativa
de inflação cairá, ficará descendente (causa dos títulos serem vendidos com
ágio);
c) os
juros nominais de mercado de longo prazo passarão a ter tendência descendente
(a parte longa da curva de juros fica negativa) reduzindo o custo de captação de
LP para o TN (taxas fixas);
d) a
moeda pátria poderá valorizar (dependerá da confiança – credibilidade das
autoridades monetária e institucionais - e da liquidez externa) aumentando o
poder de compra dos agentes (famílias). Os ativos internos demandados pelo
exterior ficarão mais valorizados em dólar (por causa da valorização do real);
e) os
ativos internos que não a moeda pátria (ações, imóveis, etc.) não demandados
pelo exterior poderão desvalorizar (a preferência pela liquidez da moeda e
pelos juros internos positivos);
f) Se a
ib nominal (ibn) for fixada acima da neutra (mesmo que alta), mas a real (ibr) for
negativa (as ex-post, efetivamente realizadas, passado, ou a ex-ante, prevista),
os efeitos poderão ser o inverso.
Se a taxa básica nominal (ibn) for
fixada abaixo da neutra, mesmo que alta, mas positiva (taxa real, ibr) teremos:
a) os títulos
do TN poderão ser demandados apenas com deságios (100 - deságio);
b) a expectativa
de inflação ficará ascendente (causa dos títulos serem vendidos com deságio);
c) os juros
nominais de mercado de LP passarão a ter tendência ascendente (a parte longa da
curva ficará positiva) subindo o custo de captação de LP para o TN (taxas
fixas);
d) a
moeda pátria poderá desvalorizar pressionando os preços internos dos produtos e
serviços importados e exportados (processo inflacionário), reduzindo o poder de
compra dos agentes (famílias);
e) os
ativos internos que não a moeda pátria (ações, imóveis, etc.) poderão valorizar
(por causa dos juros internos baixos. A fuga da moeda);
f) Se a
ib nominal (ibn) for fixada abaixo da neutra e a real (ibr) for negativa (as ex-post,
efetivamente realizadas, passado, ou a ex-ante, prevista), os efeitos poderão ser agravados.
OBSERVAÇÃO SOBRE A RENDA DOS JUROS SELIC: se o BC subir muito a taxa básica (para combater a perda de credibilidade) ele estará transferindo e aumentando a renda dos poupadores que continuarão buscando moedas estrangeiras para aplicações (desvalorizando a moeda nacional e pressionando a inflação). O efeito do aumento da renda dos poupadores sobre a demanda se compensa com as expectativas de redução da inflação e dos juros de mercado de LP (a demanda pode ser postergada) e com o aumento do custo dos financiamentos ao consumo (sobe no primeiro momento e contrai a demanda). Os investimentos estrangeiros fogem por falta de garantia para o capital investido (investem moeda forte e recebem moeda fraca perdendo com a desvalorização). Nestes cenários a diferença entre câmbio oficial e negro (livre) é muito alta. O Brasil ainda não chegou neste ponto, mas se a reforma da previdência não for aprovada chegará. Se o BC (autoridade monetária) e autoridades institucionais passarem segurança (se passarem credibilidade) os efeitos serão diferentes (talvez o inverso).
Regra geral: se o passado da política monetária for de Selic real (ibr) negativa, se as autoridades monetárias (e institucionais) não passarem confiança (credibilidade) a taxa neutra ficará mais alta (o inverso é verdadeiro). Conjuntura prospectiva (cenário) que passe insegurança (tipo a política fiscal atual com saldos primários negativamente crescentes) exige taxa básica real positiva (ibr). O BC tem poder sobre a taxa básica nominal, mas não sobre os possíveis efeitos (apenas poderá influenciar). Declarações de autoridades que passem insegurança faz as taxas de juros nominais de mercado subirem (e a neutra também). Não tem pensamento mágico, tem relação causa e efeito e análise racional. Não existe causa ou efeito único, apenas principais. Os efeitos terão sempre mais de uma causa (a análise deverá listar as principais), e as causas terão sempre mais de um efeito (a análise deverá listar as principais). MAG 06/2019.
OBSERVAÇÃO SOBRE A RENDA DOS JUROS SELIC: se o BC subir muito a taxa básica (para combater a perda de credibilidade) ele estará transferindo e aumentando a renda dos poupadores que continuarão buscando moedas estrangeiras para aplicações (desvalorizando a moeda nacional e pressionando a inflação). O efeito do aumento da renda dos poupadores sobre a demanda se compensa com as expectativas de redução da inflação e dos juros de mercado de LP (a demanda pode ser postergada) e com o aumento do custo dos financiamentos ao consumo (sobe no primeiro momento e contrai a demanda). Os investimentos estrangeiros fogem por falta de garantia para o capital investido (investem moeda forte e recebem moeda fraca perdendo com a desvalorização). Nestes cenários a diferença entre câmbio oficial e negro (livre) é muito alta. O Brasil ainda não chegou neste ponto, mas se a reforma da previdência não for aprovada chegará. Se o BC (autoridade monetária) e autoridades institucionais passarem segurança (se passarem credibilidade) os efeitos serão diferentes (talvez o inverso).
Regra geral: se o passado da política monetária for de Selic real (ibr) negativa, se as autoridades monetárias (e institucionais) não passarem confiança (credibilidade) a taxa neutra ficará mais alta (o inverso é verdadeiro). Conjuntura prospectiva (cenário) que passe insegurança (tipo a política fiscal atual com saldos primários negativamente crescentes) exige taxa básica real positiva (ibr). O BC tem poder sobre a taxa básica nominal, mas não sobre os possíveis efeitos (apenas poderá influenciar). Declarações de autoridades que passem insegurança faz as taxas de juros nominais de mercado subirem (e a neutra também). Não tem pensamento mágico, tem relação causa e efeito e análise racional. Não existe causa ou efeito único, apenas principais. Os efeitos terão sempre mais de uma causa (a análise deverá listar as principais), e as causas terão sempre mais de um efeito (a análise deverá listar as principais). MAG 06/2019.
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