AMPLIAR A LIQUIDEZ PARA REDUZIR OS JUROS DE
MERCADO?
FIXAR SELIC (taxa básica de juros) BAIXA
REDUZ O CUSTO DA DÍVIDA DO TN?
Muitos escrevem (leigos e economistas, inclusive um ex-ministro, no
jornal Valor) sobre os efeitos da taxa básica na economia, principalmente sobre
os juros e o custo para a dívida pública (TN). Alguns economistas (e leigos com
espaço na mídia) escrevem que o BC deveria, ao invés de subir a Selic, aumentar
a liquidez para forçar a baixa dos juros (não escrevem de mercado, mas subentende-se),
ou simplesmente fixar a Selic em um nível baixo objetivando reduzir o custo de
carregamento da dívida do TN, reduzindo a necessidade de superávit primário
(receitas menos gastos do TN sem considerar os juros). É uma agressão à teoria
econômica rudimentar, mas como publicam justifica-se escrever explicando
(principalmente em respeito aos leigos em economia).
LIQUIDEZ X JUROS: de
fato se o BC aumentar a liquidez, em um primeiro momento, os juros caem, as
atividades aquecem (principalmente a demanda), iniciando ou agravando (na conjuntura atual brasileira) o processo
inflacionário e suas nefastas consequências. Os negócios financeiros a lp
só acontecem com utilização de índice de preços, é o retorno da inércia
inflacionária. Os investimentos não sobem, pois os investidores se retraem,
postergando riscos, por insegurança e redução da previsibilidade. O equilíbrio
demanda x oferta acontece com aumento dos déficits externos (comercial,
serviços e rendas), em nível insustentável no tempo. Foi o que tentaram fazer no primeiro governo
DR.
ABAIXAR A SELIC REDUZ O CUSTO PARA O TN? NÃO. Com uma Selic abaixo da taxa de mercado o
TN só conseguirá vender títulos atrelados a ela com deságios crescentes (é um
aumento de juro). A credibilidade no BC acaba e se instala o pior dos mundos.
Os juros de mercado de lp sobem exponencialmente (a curva de juros fica
ascendente), sempre querendo ganhar da expectativa de inflação. O custo de
captação para o TN sobe (os negócios de lp reduzem-se por insegurança cada vez
maior).
RESULTADO PARA A ECONOMIA DO AUMENTO INADEQUADO DA LIQUIDEZ: o retorno do processo inflacionário, a
hiperinflação, a estagflação, a bolha de preços de ativos que não moeda, o furo
da bolha (a perda da riqueza virtual e a sensação de pobreza), e ao final, a
recessão (queda da demanda). É o pior dos mundos, mas muito utilizado antes dos
anos de eleições (depois vem o sofrimento das correções, os ajustes).
A CONJUNTURA ATUAL: a
política que os economistas do governo DR denominaram de “nova matriz
econômica” teve uma vida um pouco mais longa por artificialismos adotados, como
represamentos de preços, operações de swaps cambiais de US$ 118 bilhões (jan.
/2015) para evitar a desvalorização do real, passando uma falsa ilusão de
riqueza e de poder de compra (principalmente) de importados. O saldo em
Transações Correntes de 2014 foi negativo em US$ 104,8 bilhões (insustentável
no tempo). 06/15.
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MEIOS DE PAGAMENTO AMPLIADOS - M1,
M2, M3, M4
|
||||||||||
Data
|
M1
Meio
de pag.
|
M2
|
M3
|
M4
|
Oper. Créd.
Sist. Financ.
12 meses %
|
Variação % ano
|
||||
Valor
|
12
meses
|
i real
IGPM
|
PIB
|
IPCA
|
IGPM
|
|||||
2010
|
281876
|
1362389
|
2549739
|
3040495
|
16,7
|
20,57
|
-0,102
|
7,5
|
5,91
|
11,32
|
2011
|
285377
|
1617480
|
3030280
|
3550253
|
16,8
|
19,02
|
4,18
|
2,6
|
6,50
|
5,10
|
2012
|
324483
|
1763932
|
3518246
|
4103151
|
15,6
|
16,2
|
-1,1
|
1
|
5,84
|
7,82
|
12/2013
|
344843
|
1953197
|
3820243
|
4455383
|
8,6
|
14,64
|
0,938
|
2,3
|
5,91
|
5,51
|
12/2014
|
351603
|
2150684
|
4319484
|
4993133
|
13,4
|
11,8
|
4,73
|
0
|
6,41
|
3,69
|
05/2015
|
304345
|
650375
|
4460048
|
5243078
|
13,3
|
10,5
|
0,164
|
x
|
4,56
|
3,22
|
MOEDA SEGUNDO SUA LIQUIDEZ:
M0 = Base Monetária = Moeda corrente + Reservas
bancárias;
M1 = Meio de Pagamento = Oferta Monetária = Moeda
corrente + Dep. a vista;
M2 = M1 + Dep. Investimentos + Poupança;
M3 = M2 + Fundos Invest. + Oper. Compromissadas;
M4 = M3 + Títulos Federais Selic.
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OPERAÇÕES DE
CRÉDITO DO SISTEMA FINANCEIRO (BCB)
|
||||||
ANO
|
TOTAL
|
VAR. %
12
meses
|
i real
|
PIB
|
IPCA
|
IGPM
|
12/2007
|
935,97
|
X
|
0,174
|
5,4
|
4,46
|
7,75
|
12/2008
|
1227,5
|
31,14
|
9,624
|
5,1
|
5,9
|
9,81
|
12/2009
|
1414,34
|
15,22
|
- 3,52
|
-0,6
|
4,31
|
-1,72
|
12/2010
|
1705,28
|
20,57
|
-3,52
|
7,5
|
5,91
|
11,32
|
12/2011
|
2033,9
|
19,02
|
4,18
|
2,6
|
6,50
|
5,10
|
12/2012
|
2368,68
|
16,2
|
-1,1
|
1
|
5,84
|
7,82
|
12/2013
|
2715,15
|
14,6
|
0,938
|
2,3
|
5,91
|
5,51
|
12/2014
|
3021,77
|
11,3
|
4,958
|
0
|
6,41
|
3,69
|
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OPERAÇÕES DE CRÉDITO DO SISTEMA FINANCEIRO (BCB)
|
|||||||
|
SETOR PRIVADO
|
SETOR PÚBLICO
|
TOTAL
|
||||
ANO
|
P. FÍSICA
|
P. JURÍD.
|
TOTAL
|
Gov. Fed.
|
Est. Munic.
|
TOTAL
|
|
2013
|
1315987
|
1245847
|
2561838
|
67003
|
82533
|
149536
|
2711371
|
2014
|
1398577
|
1412105
|
2810682
|
93697
|
113077
|
206774
|
3017456
|
05/2015
|
1399332
|
1454274
|
2853606
|
106462
|
120929
|
227391
|
3080997
|
Var. 12 meses
|
6,4
|
11,2
|
8,8
|
29,2
|
30,2
|
29,7
|
10,1
|
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