quinta-feira, 31 de maio de 2012

O COPOM ERROU MAIS UMA VEZ.


COPOM DEMAGOGIA E INFLAÇÃO
O COPOM na reunião de 30/05 reduziu a Selic em 0,5%, para 8,5%. Pelas tabelas abaixo, apesar da crise, todos os índices listados ultrapassaram a meta, tanto no acumulado deste ano como mensalmente. Se a Selic ainda é considerada a principal ferramenta do BC para o controle da inflação, algo está errado, ou então o BC está prevendo uma piora da crise do EURO, com efeitos ainda maiores sobre a nossa economia.  A previsão de quase todos os racionais é de que a inflação deverá voltar mais forte ainda no segundo semestre. Devemos ressaltar que a subida do IPCA e dos IGPs aumenta o custo com juros para o TN, além de trazer insegurança e reduzir a previsibilidade da economia (amedronta novos investimentos).      
 IPCA - IGPM - AVISOS DA VOLTA DA INFLAÇÃO
IPCA - IPP - IGPM - IPAM - IPCM - IPA M (Ind. e Agric.)
DATA
i real
IGPM
IPP IPCA
IGP M
IPA M
IPC M
IPA  M
MÊS 12
meses
MÊS
12
meses
MÊS
12
meses
MÊS
12
meses
Prod. Ind.
Prod. Agric.
MÊS
12 meses
MÊS
12 meses
DEZ./11
0,84 -0,17 0,50 6,50
-0,12
5,10
-0,48
4,34
0,71
6,16
-0,36
4,78
-0,82
3,15
JAN./12
0,462 -0,43 0,56 6,22
0,25
4,53
-0,07
3,48
0,97
6,05
-0,49
3,67
1,10
2,98
FEV.
0,652 -0,42 0,45 5,84
-0,06
3,43
-0,26
1,99
0,27
5,63
-0,25
2,75
-0,28
-0,06
MAR.
0,218 1,05 0,21 5,24
0,43
3,23
0,42
1,76
0,48
5,47
0,22
2,58
0,97
-0,45
ABR.
-0,29
1,38 0,64 5,10
0,85
3,65
0,97
2,45
0,55
5,24
0,89
2,99
1,18
0,98
MAI.
-0,436
  0,36 4,99
1,02
4,26
1,17
3,62
0,49
4,81
1,29
3,57
0,85
3,75
 Obs: IPCA Meta 4,5%a.a; 0,367485% a.m. Em vermelho acima da meta. i real IGPM = CDI - IRRF 20% - IGPM. Abril e maio negativo (provoca a fuga da moeda mais juros para ativos que não moeda). IPP = ÍNDICE DE PREÇOS AO PRODUTOR.
ACUMULADOS 2012: EM MAIO TODOS ACIMA DA META (IPCA 21% ACIMA).
ACUMULADOS 2012: ÍNDICES E META DE INFLAÇÃO
ACUM. ATÉ
META IPCA IPC 10 IPC M IPC DI IGP 10 IGP M IGP DI IPA M INCC 10
04/2012 1,47806 1,87 2,288 2,29 2,288 1,089 1,47 1,95 1,05 2,0027
05/2012 1,85509 2,24 2,81 2,79 2,72 2,11 2,50 2,89 2,24 2,88
06/2012 x x x x   x x x x
META: 4,5% a.a; 0,367485% a.m; em vermelho acima da meta.


quarta-feira, 30 de maio de 2012

DESENVOLVIMENTISTAS, CRISE E CÂMBIO (VALOR)

DESENVOLVIMENTISTAS, CRISE E CÂMBIO (VALOR)
Delfim Netto (Valor 29/05/12): “Analistas culpam os países devedores (gastadores) pela crise que estamos vivendo, ressaltando a moderação virtuosa dos países credores.” “A crise foi construída pela desmontagem da regulação financeira aprovada nos anos 30 e pela péssima política monetária dos Bancos Centrais apoiada pela parte mais vocal e instrumentalizada da Academia.”
“Felizmente soubemos (o Brasil) aproveitar os últimos anos: 
1º) aprovando uma lei de Responsabilidade Fiscal que paradoxalmente fortaleceu nosso federalismo desregrado e criou, de fato, uma área monetária ótima; 
2º) um vento de cauda do comércio exterior que sem nenhum esforço exportador (continuamos a ter a mesma percentagem, 1,3%, que há 50 anos temos nas exportações totais) resolveu nosso problema externo.” “E isso é tudo que falta à zona do euro, a única moeda que não tem um país.”
Sugere que a Alemanha (que define como país virtuoso) contribua com: 
“1º) aumentando a sua demanda global para ajudar as exportações dos outros; 
2º) aceitando que o BCE cumpra o seu papel de emprestador de última instância; 
3º) aprovando a emissão de títulos solidários para atrair o setor privado no financiamento dos investimentos.”     

COMENTO: Condena os analistas que consideram a falta de responsabilidade fiscal (a desobediência às regras fundamentais da criação do Euro, déficit máximo de 3% e dívida pública de 60% do PIB) como a causa principal e primeira da crise. Em seguida se contradiz recomendando que copiem a responsabilidade fiscal (austeridade) do Brasil (Real). ATENÇÃO: para os analistas, a quem critica, a causa da crise seria a desobediência às regras básicas da criação do Euro. Define como causa da crise a desmontagem da regulação financeira aprovada nos anos 30. ATENÇÃO: não considerou a evolução dos fatos acontecidos após 30. O sistema cambial mundial evoluiu de fixo para variável (após o país emissor da moeda reserva mundial descumprir a regra da paridade dólar x ouro. Deixou flutuar.). Outras regras foram estabelecidas, maiores em quantidade e em complexidade, mas incapazes de sozinhas evitarem as crises (como todos de bom senso sabem). As crises são feitas por países (autoridades irresponsáveis) que não respeitam a responsabilidade fiscal ou monetária (no que concorda ao avesso). SUGERE ainda que a Alemanha aumente sua demanda (gastos públicos) indo de encontro à regra de responsabilidade fiscal. Esquece que o mercado alemão pode (e deve) ser atendido pelos produtores mais competentes (qualidade e preço) do mundo todo. Recomenda que o BCE empreste aos países (bancos) quebrados (quem irá pagar?), sem exigir como contrapartida a eliminação dos gastos insustentáveis (a maioria roubalheiras políticas e populista-demagógicas). E afinal recomenda que o BCE avalize a dívida dos quebrados (a emissão de títulos pelo BCE seria isto). É o mesmo que punir os responsáveis (alemães) a pagar as dívidas dos gastadores irresponsáveis, aumente sua taxa de juro e reduza a dos outros países, sem ter o direito de exigir que as gastanças (como definiu) sejam eliminadas.

L. C. Bresser P. e Nelson Marconi (Valor 29/05/12): “O mercado interno é o maior ativo que a economia de um país pode possuir; “  “... uma parcela dos economistas brasileiros prefere conviver com a sobreapreciação cambial existente, porque o custo de se colocar a taxa de câmbio no nível de equilíbrio (a do equilíbrio industrial, que torna competitivas as empresas industriais eficientes) implicará alguma redução dos salários reais e em aumento da inflação (ambos temporários).”   

COMENTO. CONSIDERAÇÕES SOBRE CÂMBIO.
Partindo das premissas: 
1) câmbio não aceita definições reducionistas; 
2) câmbio é função das expectativas (= visão de futuro, positivas, negativas, neutras, racionais, emocionais) dos agentes e que estas se formam baseadas em: 
a) segurança, credibilidade (das instituições e do governo), previsibilidade (sempre em primeiro lugar); 
b) balanço comercial (o brasileiro muito influenciado pelos preços das commodities); 
c) fluxo cambial comercial e financeiro (visão de futuro); 
d) saldo em transações correntes (visão de futuro); 
e) estoques de dólares no mercado interno e externo; 
f) movimento de capitais (visão de futuro); 
g) reservas cambiais (visão de futuro); 
h) as apostas (derivativos, posições vendidas ou compradas) dos bancos, se em volume superior ao que recomenda a prudência, podem influenciar a taxa de câmbio por um período curto (volatilidade). Apostas imprudentes são estimuladas por atuações indevidas dos BCs no câmbio futuro (a atuação previsível do BC entrando salvando prejuízos estimulam as imprudências dos bancos). 
i) às expectativas de inflação de cada moeda (à política monetária – juros - prudente ou imprudente); 
 3) o câmbio de equilíbrio é aquele que for bom para a maioria.  Nunca será bom para todos. Se for ruim para os consumidores não será bom para a economia;
4) Não existe liberalismo sem livre concorrência, nem consistentes ganhos de produtividade, competitividade e avanços tecnológicos, com reservas de mercados ou privilégios, qualquer que seja ele (inclusive proteção cambial, mesmo que escondido atrás de artificialismos); 
5) CÂMBIO FLUTUANTE COMO SOLUÇÃO DO MERCADO LIVRE (Milton Friedman). “A instabilidade das taxas de câmbio é um sintoma da instabilidade da estrutura econômica subjacente. A eliminação de tais sintomas pelo congelamento administrativo das taxas cambiais não corrige nenhuma das dificuldades subjacentes e só torna o ajustamento a elas ainda mais penoso.”

Os autores propõem um câmbio de equilíbrio industrial (parcial, portanto artificial e privilegia a parte mais rica da sociedade, inclusive os acionistas estrangeiros, quase sempre a maioria.). Definem o mercado interno como o maior ativo que uma economia pode possuir e ao mesmo tempo receitam a desvalorização da moeda pátria (se a desvalorização tem que ser conseguida com o abandono do sistema de câmbio flutuante pelo administrado, é artificial). Enfim: desvalorização artificial da moeda é igual à redução do poder de compra de todos (não apenas dos salários, mas inclusive das empresas que importam maquinários e tecnologias), que é igual à piora da qualidade vida, e ainda, é igual a reduzir o tamanho do mercado (que é o que dizem defender). Menor o mercado menor a atração de indústria. Na verdade defendem a ultrapassada política protecionista e os interesses dos exportadores (da maioria que tem altos lucros e não precisa de proteção, bem como da minoria que nunca conseguirá ser competitiva). 


sábado, 26 de maio de 2012

DÍVIDA PÚBLICA MOBILIÁRIA FINANCEIRA INTERNA

COMPOSIÇÃO % DA DPMFI (DÍV. PÚBL. MOB. FED. INT.) EM PODER DO PÚBLICO (Fonte TN).
MÊS/ANOPRÉ%SELIC%ÍNDICES%V. C.%TR%Outros%TOTAL
% s/ ano
anterior
DEZ./200148,797,82329,4652,7943,636,99178,5828,6123,523,770,100,02624,08x
DEZ./200213,662,19379,0760,8378,1712,54139,4722,3812,762,050,050,01623,19-0,14
DEZ./200391,5312,51449,0361,3999,0713,5578,6710,7613091,790,030,00731,4317,368
DEZ./2004162,7620,09462,9957,14120,7114,9041,745,1522,042,720,020,00810,2610,777
DEZ./2005272,9027,86507,1651,77152,1915,5326,412,7021,012,140,010,00979,6620,906
DEZ./2006395,0436,13413,6637,83246,4322,5414,171,3024,192,210,000,001093,511,62
DEZ./2007456,9737,13409,0233,39321,6526,2611,610,9525,622,090,000,001224,8712,059
DEZ./2008407,1632,19453,1335,83371,1329,3413,451,0619,941,580,000,01264,8215,667
DEZ./2009471,4833,71500,2235,77400,1528,169,840,7016,721,200,000,01398,4210,562
DEZ./2010608,3537,93521,7132,53451,3028,149,170,5713,400,840,000,01603,9414,69
DEZ./2011682,6338,28562,4431,54527,7829,610,220,5700001783,0611,167
ABR./2012691,9238,55491,2327,37601,9238,5510,050,5600001794,710,3719
EFEITOS DA POLÍTICA MONETÁRIA NA DÍVIDA PÚBLICA MOBILIÁRIA FEDERAL INTERNA (DPMFI).
POLÍTICA MON. FROUXA (a queda artificial da selic provoca inflação): a) AUMENTA AS TAXAS DE JUROS PRÉ DE LONGO PRAZO (a curva de juros de mercado fica positivamente mais inclinada) E O CUSTO DE NOVAS CAPTAÇÕES; b) REDUZ O PRAZO DE NOVAS CAPTAÇÕES; c)  O TN NÃO CONSEGUE FAZER NOVAS CAPTAÇÕES SELIC (só com deságios desaconselháveis); d) O CUSTO DE CARREGAMENTO DO ESTOQUE DA DÍVIDA CORRIGIDA POR ÍNDICES AUMENTA (o risco de inflação inercial volta).
POLÍTICA MONETÁRIA CORRETA (condição para crescimento sustentado): a) AS TAXAS DE JUROS DE LONGO PRAZO CAEM (a curva reduz a inclinação positiva podendo até ficar negativa, descendente), REDUZINDO O CUSTO DE CAPTAÇÃO E FACILITANDO O ALONGAMENTO DA DÍVIDA; b) O ALONGAMENTO DA DÍVIDA  REDUZ OS VALORES MENSAIS A SEREM REFINANCIADOS (facilitando as captações pelo TN) PERMITINDO REDUÇÃO DE TAXAS; c) OS ÍNDICES DE INFLAÇÃO CAEM (CONSEQÜENTEMENTE A SELIC) REDUZINDO O CUSTO (SUSTENTADO) DE CARREGAMENTO DO ESTOQUE DA DÍVIDA.  

CUSTO MÉDIO DA DPF (Fonte TN).
 
Custo médio mensal
Custo Médio 12 meses
Dez./09Dez. /10DEZ./11ABR./12Dez./09Dez./10DEZ./11ABR./12
LFT Selic8,6610,6611,909,359,969,7811,6211,29
LTN pré (i venc.)11,2311,3312,3511,8011,7211,0611,9612,15
NTN B IPCA12,1714,6413,7612,4912,3413,5913,7612,14
NTN C IGPM6,5818,4018,6822,277,8222,1715,4013,92
NTN F pré (i sem.)12,6612,5212,5812,2012,6412,4912,5212,54
DPF externa-0,72-13,45 52,5860,56-13,016,4220,2925,98
SELIC INADEQUADAMENTE BAIXA AUMENTA O CUSTO DA DÍVIDA PÚBLICA (VIDE CUSTOS IGPM).

PRAZO MÉDIO DA DÍV. PÚBL. FEDERAL (interna e externa). Fonte TN.
DÍV. PÚB. FED. VALORES E PRAZO MÉDIO
TÍTULODÍV. PÚBLICAPRAZO MÉDIO
DEZ./10Partic. %DEZ./11%DEZ./01DEZ./09DEZ./10DEZ./11ABR./12
DPMF Interna1603,94100%1783,061002,915,05 anos5,12 anos5,375,81
Pré (LTN)608,3537,93682,6338,280,281,711,791,862,05
Índ. Preços (NTN)451,3028,14527,7829,65,7011,3011,9112,4512,51
Selic (LFT)521,7132,53562,4431,543,032,652,722,692,64
Câmbio9,170,5710,220,572,1112,4311,7210,9810,85
TR13,400,84XX7,6213,5512,42XX
DPF Mob. Ext.69,3910083,29100X12,3312,3512,6612,50
Global USD50,3572,5653,3666,47X15,0314,4514,3814,32
Euro6,639,554,215,06X3,002,472,392,04
Global BRL12,2517,6512,0314,44X12,1511,8710,8610,82
Reestruturada0,160,230,120,14X3,772,781,711,37
Dív. Contratual20,7010011,5713,89X9,0110,7510,169,96
Org. Multilaterais16,8781,496,918,30X9,5011,3311,2311,02
Cred. Priv./Ag. Gov.3,8318,504,665,59X6,448,208,578,33
SELIC INADEQUADAMENTE BAIXA REDUZ OS PRAZOS DE FINANCIAMENTOS DOS TÍTULOS CORRIGIDOS POR SELIC. APENAS OS CORRIGIDOS POR IGPM CONSEGUEM PRAZOS MAIORES.

DETENTORES DE TÍTULOS PÚBLICOS FED. - DPMFI - Fonte TN
TÍTULOSDEZ./10DEZ./11ABR./12
Valor%Valor%Valor%
Inst. Financ. (priv. e est.)494,8130,85561,1631,47529,6529,51
Fundos de Inv.412,3625,71451,1125,30494,9327,58
Previdência227,9114,21274,8415,41250,3813,95
Não residentes182,4311,37202,3311,35220,3712,28
Governo167,2310,43157,08,81152,308,49
Seguradoras59,443,7172,914,0976,334,25
Outros59,763,7363,713,5770,753,94

sexta-feira, 18 de maio de 2012

IGP 10 CONFIRMA RETORNO DO PROCESSO INFLACIONÁRIO


IGP 10 CONFIRMA RETORNO DO PROCESSO INFLACIONÁRIO.
O IGP 10 (maio) veio confirmar o retorno do processo inflacionário, veja a seguir: IGP 10 1,01%; Produtos Industriais 1,32%; Prod. Agropecuários 0,9%; IPA 10 1,21%; IPC 10 0,51%.  Diante destes números e com rentabilidade negativa em suas aplicações financeiras os agentes (pessoas físicas e jurídicas) fugirão para ativos que não moeda (imóveis, ouro, dólar, etc.), podendo formar bolhas (início de crise),  e consumo (os IPCs ficarão menores do que a inflação de alguns ativos, mas acima da meta.). É uma irresponsabilidade jogar todo o sacrifício que a população brasileira suportou, durante anos, para a conquista da estabilidade monetária, para satisfazer demagogias (e lobbies de exportadores) de métodos que nos trouxeram a inflação, a estagflação e a perda de poder de compra de todos (e de qualidade vida).
A responsabilidade do BC é com a manutenção do poder de compra da moeda e por extensão com a qualidade de vida de todos.  
Meta de inflação: 4,5% a.a e 0,367485% a.m. 
COMPARAÇÃO DE ACUMULADO: ÍNDICES E META
   METAIPCAIGPDIIGP10IGPMIPCMIPC10INCC10
04/20121,478061,871,951,0891,472,292,28832,0027
05/20121,85509xx2,11xx2,812,88
         

terça-feira, 8 de maio de 2012

SE A VALORIZAÇÃO DA MOEDA PÁTRIA INCOMODA, CEDER AOS LOBBIES PARA DESVALORIZAR ARTIFICIALMENTE O CÂMBIO DERRUBA GOVERNO.

SE A VALORIZAÇÃO DA MOEDA PÁTRIA INCOMODA, CEDER AOS LOBBIES PARA DESVALORIZAR ARTIFICIALMENTE O CÂMBIO DERRUBA GOVERNO.
Em abril o fluxo cambial foi positivo em US$5.803 (US$6.567 no comercial e US$ -765 no financeiro). O BC atuou retirando do mercado US$9.110 (US$3.307 acima das entradas). Uma atuação inadequada com sistema de câmbio flutuante (justificando dúvidas para auditorias), produzindo um custo desnecessário para os contribuintes, que está influenciando artificialmente o valor do Real, desvalorizando-o, reduzindo o poder de compra de todos e o tamanho do mercado interno, por extensão a qualidade de vida e a motivação para a instalação de novas indústrias, aumentando as pressões inflacionárias, isto tudo cedendo a pressões de lobbies, para proteger pequena parte da indústria brasileira (a maioria estrangeira), sem condições de competitividade (só sobrevivem com proteção eterna, insustentável em uma sociedade moderna e séria), e beneficiar com lucros extras a maioria que não necessita de protecionismo.  

segunda-feira, 7 de maio de 2012

A DEMAGOGIA DOS PARTIDOS SOCIALISTAS, A IRRESPONSABILIDADE FISCAL E MONETÁRIA.


A DEMAGOGIA DOS PARTIDOS SOCIALISTAS, A IRRESPONSABILIDADE FISCAL E MONETÁRIA.

NOTICIÁRIO APÓS RESULTADO DA ELEIÇÃO NA FRANÇA.

“A Alemanha não irá renegociar o pacto fiscal da Europa sobre disciplina orçamentária, de acordo com a chanceler alemã, Angela Merkel. Diante disso, o governo rejeita medidas para ampliar o crescimento que elevem os níveis de dívida, segundo afirmou o porta-voz do governo Steffen Seibert nesta segunda-feira (7), um dia após o socialista François Hollande ter vencido a eleição presidencial francesa.”
“Do nosso ponto de vista, uma nova negociação do compacto fiscal não é possível", disse o porta-voz da chanceler Angela Merkel, Steffen Seibert, durante uma coletiva de imprensa. Ele completou: "Não queremos crescimento através de novas dívidas. Em vez disso, queremos crescimento através de reformas estruturais."

SOCIALISMO significa economia com planejamento e administração centralizada. É contra o lucro, a propriedade privada e o pluralismo partidário. Os preços são controlados, a produção e o mercado são planificados e controlados pela burocracia governamental. É a favor da ditadura do partido único. A liberdade de expressão, o direito de ir e vir, a liberdade de imprensa e a política são privilégios da elite do partido único. É contra os ideais do liberalismo. Se o liberalismo é uma corrente de pensamento que defende a liberdade individual (os direitos individuais e civis), a livre iniciativa, o governo democrático (baseado no livre consentimento dos governados e estabelecido com base em eleições livres), a liberdade de expressão, a defesa da concorrência, instituições que obedeçam a lei igual para todos, a transparência e o direito de propriedade, o socialismo é contra tudo isto.
A crise dos países que adotaram o EURO como moeda única e que se comprometeram com déficit público de no máximo 3% e dívida pública com limite superior igual a 60% do PIB, teve como causa principal a irresponsabilidade fiscal (déficits e dívida acima dos limites a que se comprometeram). O ganho que os países que tinham inflação alta, juros altos da dívida pública, conseguiram com a adoção do EURO, queda da inflação e dos juros para rolagem da dívida pública, foi perdido com novas irresponsabilidades fiscais. Irresponsabilidades fiscais vêm sempre acompanhadas de altos gastos públicos improdutivos e de qualidade inferior. Os salários dos deputados gregos eram (ou ainda são) três vezes superiores aos dos alemães, o sistema previdenciário agredindo a racionalidade atuarial. A Espanha e Portugal com gastos públicos de baixa qualidade (improdutivos e desnecessários muito acima do aceitável). A Itália com corrupção semelhante aos países do terceiro mundo. A França com redução das horas trabalhadas, com benefícios sociais insustentáveis pelos contribuintes. Além de não quererem trabalhar não querem importar mão de obra que trabalhe para eles. A dívida subiu acima do aceitável pelos credores, os juros iniciaram uma onda de alta (custo de carregamento da dívida pública quase insustentável). O candidato socialista francês demagogicamente prometeu lutar contra a austeridade fiscal (leia lutar contra a responsabilidade fiscal). Terá que verificar se os credores e emprestadores concordarão em financiar mais ainda um governo gastador e irresponsável, ou se os contribuintes alemães aceitarão sustentar benefícios sociais prometidos por políticos demagogos, que enganam a boa fé (leia ignorância) do povo (que não quer trabalhar e pagar a dívida passada.). Vão virar uma Argentina, ou então, como sempre acontece, o demagogo irá fazer tudo diferente do que prometeu. Outra opção será sair do EURO e adotar uma moeda que irá se desvalorizar (leia inflação e na sequência estagflação).     

domingo, 6 de maio de 2012

DESINDUSTRIALIZAÇÃO, DESACELERAÇÃO, RECESSÃO E DEPRESSÃO.

DESINDUSTRIALIZAÇÃO, DESACELERAÇÃO, RECESSÃO E DEPRESSÃO.
DESINDUSTRIALIZAÇÃO: redução da capacidade de produção de uma economia. Não confundir com a redução natural e esperada da participação da indústria no PIB, ocasionada por crescimento e desenvolvimento de uma economia (semelhante à redução da participação do setor agrícola.).  Com o desenvolvimento de uma economia a participação do setor serviços aumenta (é um acontecimento natural e esperado).
DESACELERAÇÃO: redução sequencial do percentual de crescimento do PIB por três trimestres (mas continua havendo crescimento).   
RECESSÃO: redução sequencial do valor do PIB por três trimestres seguidos, em percentual negativo pequeno.
DEPRESSÃO: redução sequencial do valor do PIB por três trimestres seguidos, em percentual negativo significativo e expectativas negativas quanto ao cenário futuro,  

No Brasil, atualmente, não está acontecendo desindustrialização, pelo contrário, o setor industrial está em crescimento e as exportações de manufaturados idem. A produção da indústria automobilística cresceu muito, várias novas fábricas estão sendo construídas. O que existe é uma redução natural da participação do setor no PIB (o setor de serviços está crescendo). Como nossa economia conviveu por vários anos com protecionismo industrial, política de substituição de importações, política monetária e fiscal irresponsáveis, nossa moeda ficava desvalorizada, muitos segmentos do setor industrial não se desenvolveram (nasceu e conviveu sem capacidade de competir), os preços ficaram absurdamente acima dos mundiais, o poder de compra era semelhante ao poder de compra da moeda desvalorizada, inferior ao resto do mundo e a qualidade de vida também inferior. Com a responsabilidade orçamentária (fiscal) estabelecida (superávit primário), política monetária obedecendo a metas de inflação e o sistema de câmbio flutuante, a credibilidade do país voltou, a moeda valorizou-se, a atração por investimentos diretos do exterior cresceu acima do esperado pelos mais otimistas, o poder de compra dos consumidores (povo) subiu e a qualidade de vida melhorou. Isto tudo aconteceu apesar de nenhuma reforma necessária ter sido feita. Com as reformas o desenvolvimento será maior ainda. Apesar disto tudo ainda existem economistas que aconselham a que voltemos aos tempos antigos de desvalorização da moeda, redução do poder de compra do povo e piora da qualidade de vida, tudo em nome de defesa dos interesses (lobbies) menores de uma indústria atrasada e sem poder de competição. É defender o errado para proteger privilégios para minorias.      

quinta-feira, 3 de maio de 2012

IGPM - AVISO DA VOLTA DA INFLAÇÃO

                    IGPM - AVISO DA VOLTA DA INFLAÇÃO
IGPM - IPAM - IPCM - IPA M (Ind. e Agric.)
DATA
IGPM
IPAM
IPCM
IPA  M
Mês
12 meses
Mês
12 meses
Mês
12 meses
Prod. Ind.
Prod. Agric.
Mês
12 meses
Mês
12 meses
DEZ./11
-0,12
5,10
-0,48
4,34
0,71
6,16
-0,36
4,78
-0,82
3,15
JAN./12
0,25
4,53
-0,07
3,48
0,97
6,05
-0,49
3,67
1,10
2,98
FEV.
-0,06
3,43
-0,26
1,99
0,27
5,63
-0,25
2,75
-0,28
-0,06
MAR.
0,43
3,23
0,42
1,76
0,48
5,47
0,22
2,58
0,97
-0,45
ABR.
0,85
3,65
0,97
2,45
0,55
5,24
0,89
2,99
1,18
0,98
 Obs: IPCA Meta 4,5%a.a; 0,367485% a.m. Em vermelho acima da meta.

Como pensar em cair a taxa básica com os números (na tabela acima) de março e abril? O IPA M de abril de 0,89% é inflação contratada para o futuro. IPA M não sobe sem demanda.
ÍNDICES PUBLICADOS EM DATAS POSTERIORES À PUBLICAÇÃO DO POST:
a) O IPP - ÍNDICE DE PREÇOS AO PRODUTOR, de março, subiu 1,05%, sendo que 18 das 23 atividades pesquisadas subiram os preços.
b) COMO PREVI O IGPDI DE ABRIL VEIO EM 1,02%. 
c) As vendas de imóveis novos em SP crescem 27% no primeiro trimestre. AVISO DE FUGA, DOS AGENTES, PARA ATIVOS QUE NÃO MOEDA (INÍCIO DE BOLHA? APÓS VEM A CRISE.);
d) o IPCA de abril veio em absurdos 0,64%;
e) o i real (CDI - IRRF - IGPM) em abril veio negativo em -0,29% (provoca a fuga da moeda para outros ativos e bolha).
NO BRASIL QUANDO SE BRINCA OU SE FAZ DEMAGOGIA COM INFLAÇÃO O CASTIGO VEM A JATO.
A RESPONSABILIDADE DO BC É COM A MANUTENÇÃO DO PODER DE COMPRA DA  MOEDA (indispensável ao crescimento sustentado). BC NÃO PODE CEDER À POLÍTICA PARTIDÁRIA OU ELEITORAL. NÃO PARTICIPEM DA DESMORALIZAÇÃO DO QUE FOI CONSTRUÍDO COM MUITO SACRIFÍCIO.