terça-feira, 1 de novembro de 2011

EXPECTATIVAS RACIONAIS, POLÍTICA ECONÔMICA DISCRICIONÁRIA OU DIRIGIDA POR REGRAS?


EXPECTATIVAS RACIONAIS, POLÍTICA ECONÔMICA DISCRICIONÁRIA OU DIRIGIDA POR REGRAS?

EXPECTATIVAS RACIONAIS: defende a tese de que os agentes utilizam todas as informações disponíveis (de mercado, de políticas do governo, declarações de autoridades monetárias), antes de fazer seus investimentos (imóveis, terras, ações a LP, reinvestimentos empresarias, etc.), aplicações financeiras (taxa pré, pré + índice, bolsa, ouro, etc.), ou endividarem-se. Partindo da aceitação de que os agentes econômicos pensam (bom senso = racionalidade) antes de fazerem seus investimentos, aplicações ou negócios, alguns princípios passam a ser fundamentais (e aceitáveis) na política monetária, como o compromisso com a transparência (boas estatísticas), a credibilidade (conseguida com verdades e explicações racionais e consistentes) e uma comunicação eficaz para influenciar as expectativas. Agindo os agentes econômicos baseados em expectativas racionais (de inflação, da conjuntura prospectiva, causa e efeito), se justifica uma política monetária baseada em regras e metas, como câmbio flutuante (elimina o poder discricionário da autoridade), superávit primário e meta de inflação. As expectativas racionais justificam também os modelos macroeconômicos (baseados em causa e efeito), além das regras e metas. Justifica o aumento ou a redução da taxa básica para influenciar as expectativas dos agentes quanto a inflação futura. Por outro lado, se os agentes não pensam (não têm expectativas racionais) para fazer seus investimentos ou aplicações financeiras, as regras e metas não têm sustentação, não se justificam, prevalecendo a tese da política discricionária.   
As expectativas influenciam a política monetária e esta busca influenciar as expectativas dos agentes. As empresas decidem sobre seus investimentos com base nas expectativas do mercado, dos lucros previstos (orçamentos) e da política monetária e fiscal.
Os monetaristas defendem as expectativas racionais e por extensão as regras. Os heterodoxos (desenvolvimentistas) são contrários às expectativas racionais e favoráveis à política econômica discricionária.  

NAS FORMAÇÕES DE BOLHAS (valorizações de ativos acima dos preços aos consumidores por tempo longo) OS AGENTES DEIXAM-SE LEVAR PELAS EXPECTATIVAS DE GANHOS FÁCEIS (a tentação da sensação de riqueza fácil, aproveitar a formação da bolha, a riqueza virtual artificial). OS QUE TÊM EXPERTISE SAEM ANTES DO FURO. A MAIORIA PERDE COM O FURO DA BOLHA (que acontece com muito mais rapidez do que o esperado). AS PERDAS SÃO IMENSAS (A SENSAÇÃO DE EMPOBRECIMENTO É ENORME). MUITOS QUEREM FAZER CRER QUE ESTA EXCEÇÃO INVALIDA AS EXPECTATIVAS RACIONAIS DOS AGENTES, MAS É APENAS UMA EXCEÇÃO. MUITOS SE ARRISCAM NA ESPERANÇA DE SAIR ANTES DA BOLHA FURAR, MAS A MAIORIA SABE SER UMA BOLHA EM FORMAÇÃO. MAG 01/2011

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