segunda-feira, 21 de novembro de 2011

TAXA DE JURO, DÍVIDA PÚBLICA E PIB


TAXA DE JURO, DÍVIDA PÚBLICA E PIB



Existem três variáveis significantes na fixação das taxas de juros pelo mercado, Segurança, Liquidez e Rentabilidade. As duas últimas diretamente influenciadas pela primeira. Maior a Segurança, maior a liquidez (dos títulos) e menor a taxa de juro. Inúmeros exemplos podem ser citados: USA (taxa de juro baixa), Alemanha taxa menor do que a da França que é menor do que a da Itália. A segurança é transmitida ao mercado através da análise de dados e de fatores políticos. A dívida e a carga tributária em relação ao PIB, o saldo em transações correntes e no balanço comercial, as reservas, as instituições e inúmeros outros fatores influenciam a taxa de juros para um país. Um país com bons números, mas politicamente inseguro (oposição forte e demagógica que contesta a dívida) tem suas taxas de juros aumentadas. Isto aconteceu por vários anos com o Brasil, por discursos demagógicos contra a dívida pública mantidos por uma oposição, parte ignorante e a grande maioria jogando o jogo do quanto pior melhor. O custo para o Brasil foi enorme e pesa até hoje (isto deve pesar na consciência de alguns).
Inúmeros países da zona do EURO tinham uma relação dívida PIB muito alta e taxas de juros relativamente baixas (Itália, Espanha, Portugal, Bélgica). A segurança que o histórico dos países passava fazia com que seus títulos fossem demandados (liquidez) e a taxa de juros não subisse muito. A crise da Grécia fez a liquidez ser reduzida por efeito da aversão ao risco (insegurança) e as taxas de juros subiram para os países com números que deixam a desejar.
Fazendo analogia com a política monetária brasileira podemos afirmar que um dos motivos da necessidade de nossa taxa básica ser tão alta é a crítica que o BC sofreu (durante todo o governo FHC e Lula) e ainda sofre (passa insegurança para o mercado). Quer dizer que a turma que crítica a taxa básica alta e o BC, de fato estão trabalhando contra a queda da Selic (alguns conscientemente, a maioria por ignorância).  


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