CRISE
USA (2008) X DESREGULAMENTAÇÃO
Alguns economistas
(geralmente contra as ideias liberais e monetaristas) culpam a
desregulamentação como a causa principal da crise denominada de subprime. No
Brasil chegaram ao absurdo de escrever que os liberais eram contra toda forma
de regulamentação. Ignorância ou desonestidade intelectual acadêmica (método utilizado
na academia pela esquerda - repetir a mentira.). Os iniciados sabem que o
pensamento liberal tem como um dos princípios fundamentais a existência de normas
para estabelecer as regras do jogo (mercado) e limitar o poder discricionário
das autoridades e dos mais fortes. O poder deve ser da norma e não da
autoridade. Os liberais são contra os excessos de normas (as que criam
dificuldades para oportunizar a venda de facilidades), as que burocratizam e dificultam
a vida das pessoas e das empresas. Os ultrapassados
nacional-desenvolvimentistas (keynesianos e viúvas do socialismo derrotado, da
queda do muro) abraçaram a argumentação de que os neoliberais foram os culpados
pela crise com a eliminação de regulamentos. As atividades privilegiadas com CONCESSÕES,
AUTORIZAÇÕES ou PERMISSÕES, são regulamentadas na origem (o privilégio exige um
regulamento). No Brasil nunca explicaram que parte do regulamento eliminado
causou a crise (apenas repetiam, semelhante a papagaios, a ignorância). Nos USA,
onde os leitores são mais informados e racionais, colocaram a culpa na
desregulamentação do sistema bancário que culminou com o fim da Glass –Steagall
em 1999 (de fato foi uma adequação e modernização das normas). A crítica principal foi sobre a permissão dos
bancos poderem revender seus empréstimos. É bom esclarecer que os liberais e os
monetaristas não são e nunca foram contra normas prudenciais (estabelecimento
de limites de risco), controladorias e auditorias (muito pelo contrário). O
argumento de que a autorização para os bancos poderem revender seus títulos foi
a causa principal da crise é tão errado quanto a ignorância de escrever que os
liberais são contra todas as normas (chega a ser infantil). Grandes empresas
não financeiras, triplo A, também faliram (ENRON, etc.). No Brasil onde
escrevem que as regulamentações são boas, inúmeros bancos quebraram. Chegamos
ao ponto do governo ter que capitalizar o BB e a CEF para que não quebrassem. A
CEF comprou 50% do Pan-Americano quando o mesmo já estava falido e insolvente
(de graça seria caro). Quer dizer que as auditorias internas, as externas e os
órgãos de fiscalização do governo, todos falharam (intencional ou não). A permissão do governo (USA) para que os
bancos pudessem revender seus títulos foi apenas uma ampliação da forma de
operar, semelhante a uma captação. Prorrogou e deu um tempo para que a crise
fosse solucionada (foi agravada).
A
CAUSA PRIMEIRA E VERDADEIRA DA CRISE: irresponsabilidade, barbeiragem, excessos
e afrouxamentos quantitativos, ou que nome queiram dar a erros na política
monetária. Vejamos: em ago/2000 a taxa básica americana chegou a 6,5% (o T-
note de 5 anos atingiu 6,06%). Em jan./2002 a básica foi para 1,73% (o T-Note 5
anos 4,34%); em jun./2004 a básica estava em 1,03% e o T-Note em 3,93%.
Os
preços dos imóveis subiam e eram garantias hipotecárias reais consideradas
seguras (uma tradição americana). Juros baixos fizeram a bolha dos ativos que
não moeda (os preços dos imóveis subiram formando a bolha). Entre 2006 e 2007 a
básica foi elevada inicialmente para mais de 4%, chegando a 5,26%. A bolha dos
imóveis começou a furar. Os bancos tentaram passar o mico das hipotecas para frente
(para os mais gananciosos, sempre foi assim). A crise de solvência virou de
liquidez. A quebra do LB (banco)
globalizou a crise.
O BRASIL: “Por isso não dá
para por abaixo de uma vez o tripé que reelegeu Lula com facilidade.” “Mas aos
poucos a turma desenvolvimentista que é maioria no governo irá limitando o
superávit primário, impedindo a redução da meta de inflação (de fato
flexibilizando para o teto máximo) e acabando com o câmbio flutuante. O IOF sobre entradas de capital é um início,
a construção de um sistema de metas mais flexíveis é a tarefa a que se propõem
com urgência.” De um economista que se diz neokeynesiano em
04/2008 (Valor). Conseguiram fazer inflação e reduzir o crescimento (2011 e
2012).
Keynes era a favor do câmbio
flutuante e contra a inflação (esta turma que se diz neo-keynesiana não sabe
disto): “Não existe meio mais sutil e mais seguro
de subverter a base existente da sociedade do que pela desmoralização da
moeda.” "Os regimes autoritários contemporâneos parecem resolver o
problema do emprego à custa da eficiência e da liberdade." J. M. KEYNES.
No endereço a
seguir conseguirá a tabela dos Fed Funds
(básica americana) em comparação com os T-Note de 5 anos, entre 2000 e 2008: http://www.magconsultoria.uaivip.com.br/artigos.htm
15) A CRISE AMERICANA - CORRELAÇÃO COM A POLÍTICA MONETÁRIA. MAG 01/2013.
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