POLÍTICA ECONÔMICA E RECESSÃO (DEFLAÇÃO).
PALAVRAS QUE FAZEM PENSAR: CONJUNTURA PASSADA, PRESENTE E PROSPECTIVA, EXPECTATIVAS DO MERCADO, AMBIENTE
INSTITUCIONAL SEGURO OU INSEGURO, TRANSPARÊNCIA, AUTORIDADES MONETÁRIAS
PREVISÍVEIS E QUE PASSAM CREDIBILIDADE, INFLAÇÃO (BOLHAS) DE ATIVOS QUE NÃO A
MOEDA PÁTRIA, FUGA DA MOEDA PÁTRIA, POLÍTICA MONETÁRIA (expansionista, contracionista,
neutra), POLÍTICA FISCAL RESPONSÁVEL (expansionista
ou contracionista), OU IRRESPONSÁVEL (contracionista ou expansionista), CAMBIO
FLUTUANTE OU ADMINISTRADO (artificialismos), MONETIZAÇÃO (liquidez, empréstimos)
ADEQUADA OU INADEQUADA, PAÍS EMISSOR (e não emissor) DE MOEDA CONVERSÍVEL E DE RESERVA
MUNDIAL, CRESCIMENTO SUSTENTADO.
CRESCIMENTO ECONÔMICO SUSTENTADO, MOEDA E INFLAÇÃO:
J. M. KEYNES: “Não existe meio mais sutil e mais seguro de subverter a
base existente da sociedade do que pela desmoralização da moeda.” "Os
regimes autoritários contemporâneos parecem resolver o problema do emprego à
custa da eficiência e da liberdade."
LÊNIN: “A melhor maneira de destruir um sistema capitalista é destruir a
sua moeda.”
ADAM SMITH (21 anos antes de publicar A Riqueza das Nações): “Para
retirar um estado do mais baixo nível de pobreza e elevá-lo à riqueza bastam
três coisas: a paz, impostos módicos e uma boa administração da justiça. O resto
virá por consequência.”
MILTON FRIEDMAN - CÂMBIO: “A instabilidade das taxas de câmbio é um
sintoma da instabilidade da estrutura econômica subjacente. A eliminação de
tais sintomas pelo estabelecimento administrativo das taxas cambiais não
corrige nenhuma das dificuldades subjacentes e só torna o ajustamento a elas
ainda mais penoso.” Substituir a ordem natural, espontânea e complexa dos
mercados (infinitos interesses pessoais) pelas limitações do planejamento
centralizado, dirigido por burocratas de governos (totalitários e autocráticos,
onde a corrupção é facilitada), é o caminho do empobrecimento.
BANCO CENTRAL DO BRASIL – Missão: assegurar a estabilidade do poder de
compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente.
A análise econômica para ter consistência deverá
considerar o ambiente, o tempo (passado, presente e futuro), as relações (causas
e efeitos) entre as variáveis (de cp e de lp) e os agentes (a conjuntura), as
variáveis controláveis (e não controláveis). Deve considerar também que a
economia (os mercados) é dinâmica, sempre um processo em movimento, e que suas
leis ou postulados são enunciados de tendências (o equilíbrio, ou desequilíbrio
em movimento, um processo.).
CRISES (RECESSÃO E DEFLAÇÃO): quase sempre
resultado de demagogia (irresponsabilidade) ou ignorância em política monetária
(inadequadamente expansionista ou contracionista), fiscal (déficits excessivos)
ou cambial (artificialismos). As crises
têm sempre um fundo monetário, desrespeito à moeda e à suas funções (unidade de
medida, meio de pagamento e reserva de valor). A economia pode ser medida em
quantidades (unidades, peso, quilos) ou em valor (moeda). Uma moeda que se
desvaloriza deixa de atender as funções de unidade de medida e de reserva de
valor. Normalmente a taxa de juro nominal (o aumento) tenta corrigir esta
deficiência da moeda (a desvalorização). Se o BC (autoridade monetária) permite
que a moeda perca a sua função de reserva de valor (excessiva monetização e
desvalorização) com juros reais ex-ante (taxa líquida de IRF e da inflação
prevista) abaixo da taxa neutra, e a ex-post (taxa nominal – IRF – inflação ocorrida)
abaixo do ex-ante (nominal – IRF – inflação prevista), ou negativa, inicia-se a
formação de bolhas nos ativos que não a moeda pátria (imóveis, bolsas, ouro,
outras moedas, etc.).
A CRISE: ocorre sempre quando a bolha fura com
a desvalorização muito rápida dos ativos que antes se valorizavam (o
monitoramento é muito difícil). As desvalorizações dos ativos (redução de riquezas)
provocam perdas de capacidade de pagamento, a percepção de empobrecimento, insegurança,
insolvência, redução de crédito e de liquidez (empoçamento). A solução
monetarista estudada e proposta por Milton Friedman para enfrentar a crise é o
BC não permitir a redução da quantidade de moeda (liquidez e créditos) em
circulação. Impedir a redução da quantidade de moeda não impede todo o
sofrimento, já que os ajustes das valorizações excessivas dos ativos ocorrerão
naturalmente, alem da necessária eliminação das inadequações (na verdade
demagogias e irresponsabilidades) na política fiscal e na monetária. O que se
consegue é evitar a recessão e a deflação, com política fiscal (o déficit
possível) e monetária adequadas e responsáveis (taxa básica e de redesconto o
mais baixa possível). Risco sistêmico também deve ser evitado não permitindo-se
a quebra de bancos (não significa salvar acionistas, diretores e aplicações duvidosas
e com taxas excessivas. É correto adequar-se as taxas a um mínimo, se
necessário.).
PAÍS EMISSOR DE MOEDA RESERVA MUNDIAL: o país
emissor de moeda reserva mundial tem a vantagem de na hora da crise e da
aversão ao risco, diferentemente dos países que não emitem, ter seus títulos
procurados como refúgio contra perda do capital, e as taxas de juros em queda.
O inverso ocorre com os países que não emitem moeda reserva e têm dívidas que
provocam dúvidas quanto a sua liquidez. O país emissor de moeda reserva mundial
pode reduzir sua taxa básica alem da adequada para os países não emissores, que
não provocará inflação (sua moeda flui para o mundo todo, não monetizando
apenas sua economia). A possível desvalorização de sua moeda significa redução
de sua dívida (é uma forma legal de dar o cano em parte da dívida), mas também
de queda do poder aquisitivo de seu povo (é uma faca de dois gumes). Os países
que acumulam reservas nesta moeda serão os perdedores.
POLÍTICA MONETÁRIA E CONJUNTURA PASSADA,
PRESENTE E FUTURA: com uma conjuntura passada e presente com inflação acima de
3%, ascendente e com preços artificialmente reprimidos, com a taxa básica real de
juro ex-ante maior do que a real ex-post (e esta ainda negativa), com
conjuntura futura sem risco de deflação, ao contrário, com pressões
inflacionárias desestabilizantes, é absurdo o BC manter uma taxa básica real
líquida (de IRF e de inflação) negativa. É a opção por desestabilizar a
economia como um todo desnecessariamente. MAG
01/2013.
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