segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

POLÍTICA ECONÔMICA E RECESSÃO (DEFLAÇÃO).


POLÍTICA ECONÔMICA E RECESSÃO (DEFLAÇÃO).

PALAVRAS QUE FAZEM PENSAR: CONJUNTURA PASSADA, PRESENTE E PROSPECTIVA, EXPECTATIVAS DO MERCADO, AMBIENTE INSTITUCIONAL SEGURO OU INSEGURO, TRANSPARÊNCIA, AUTORIDADES MONETÁRIAS PREVISÍVEIS E QUE PASSAM CREDIBILIDADE, INFLAÇÃO (BOLHAS) DE ATIVOS QUE NÃO A MOEDA PÁTRIA, FUGA DA MOEDA PÁTRIA, POLÍTICA MONETÁRIA (expansionista, contracionista, neutra), POLÍTICA FISCAL RESPONSÁVEL (expansionista ou contracionista), OU IRRESPONSÁVEL (contracionista ou expansionista), CAMBIO FLUTUANTE OU ADMINISTRADO (artificialismos), MONETIZAÇÃO (liquidez, empréstimos) ADEQUADA OU INADEQUADA, PAÍS EMISSOR (e não emissor) DE MOEDA CONVERSÍVEL E DE RESERVA MUNDIAL, CRESCIMENTO SUSTENTADO.

CRESCIMENTO ECONÔMICO SUSTENTADO, MOEDA E INFLAÇÃO:

J. M. KEYNES: “Não existe meio mais sutil e mais seguro de subverter a base existente da sociedade do que pela desmoralização da moeda.” "Os regimes autoritários contemporâneos parecem resolver o problema do emprego à custa da eficiência e da liberdade."

LÊNIN: “A melhor maneira de destruir um sistema capitalista é destruir a sua moeda.”
ADAM SMITH (21 anos antes de publicar A Riqueza das Nações): “Para retirar um estado do mais baixo nível de pobreza e elevá-lo à riqueza bastam três coisas: a paz, impostos módicos e uma boa administração da justiça. O resto virá por consequência.”

MILTON FRIEDMAN - CÂMBIO: “A instabilidade das taxas de câmbio é um sintoma da instabilidade da estrutura econômica subjacente. A eliminação de tais sintomas pelo estabelecimento administrativo das taxas cambiais não corrige nenhuma das dificuldades subjacentes e só torna o ajustamento a elas ainda mais penoso.” Substituir a ordem natural, espontânea e complexa dos mercados (infinitos interesses pessoais) pelas limitações do planejamento centralizado, dirigido por burocratas de governos (totalitários e autocráticos, onde a corrupção é facilitada), é o caminho do empobrecimento. 

BANCO CENTRAL DO BRASIL – Missão: assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente.

A análise econômica para ter consistência deverá considerar o ambiente, o tempo (passado, presente e futuro), as relações (causas e efeitos) entre as variáveis (de cp e de lp) e os agentes (a conjuntura), as variáveis controláveis (e não controláveis). Deve considerar também que a economia (os mercados) é dinâmica, sempre um processo em movimento, e que suas leis ou postulados são enunciados de tendências (o equilíbrio, ou desequilíbrio em movimento, um processo.).

CRISES (RECESSÃO E DEFLAÇÃO): quase sempre resultado de demagogia (irresponsabilidade) ou ignorância em política monetária (inadequadamente expansionista ou contracionista), fiscal (déficits excessivos) ou cambial (artificialismos).  As crises têm sempre um fundo monetário, desrespeito à moeda e à suas funções (unidade de medida, meio de pagamento e reserva de valor). A economia pode ser medida em quantidades (unidades, peso, quilos) ou em valor (moeda). Uma moeda que se desvaloriza deixa de atender as funções de unidade de medida e de reserva de valor. Normalmente a taxa de juro nominal (o aumento) tenta corrigir esta deficiência da moeda (a desvalorização). Se o BC (autoridade monetária) permite que a moeda perca a sua função de reserva de valor (excessiva monetização e desvalorização) com juros reais ex-ante (taxa líquida de IRF e da inflação prevista) abaixo da taxa neutra, e a ex-post (taxa nominal – IRF – inflação ocorrida) abaixo do ex-ante (nominal – IRF – inflação prevista), ou negativa, inicia-se a formação de bolhas nos ativos que não a moeda pátria (imóveis, bolsas, ouro, outras moedas, etc.).
A CRISE: ocorre sempre quando a bolha fura com a desvalorização muito rápida dos ativos que antes se valorizavam (o monitoramento é muito difícil). As desvalorizações dos ativos (redução de riquezas) provocam perdas de capacidade de pagamento, a percepção de empobrecimento, insegurança, insolvência, redução de crédito e de liquidez (empoçamento). A solução monetarista estudada e proposta por Milton Friedman para enfrentar a crise é o BC não permitir a redução da quantidade de moeda (liquidez e créditos) em circulação. Impedir a redução da quantidade de moeda não impede todo o sofrimento, já que os ajustes das valorizações excessivas dos ativos ocorrerão naturalmente, alem da necessária eliminação das inadequações (na verdade demagogias e irresponsabilidades) na política fiscal e na monetária. O que se consegue é evitar a recessão e a deflação, com política fiscal (o déficit possível) e monetária adequadas e responsáveis (taxa básica e de redesconto o mais baixa possível). Risco sistêmico também deve ser evitado não permitindo-se a quebra de bancos (não significa salvar acionistas, diretores e aplicações duvidosas e com taxas excessivas. É correto adequar-se as taxas a um mínimo, se necessário.).

PAÍS EMISSOR DE MOEDA RESERVA MUNDIAL: o país emissor de moeda reserva mundial tem a vantagem de na hora da crise e da aversão ao risco, diferentemente dos países que não emitem, ter seus títulos procurados como refúgio contra perda do capital, e as taxas de juros em queda. O inverso ocorre com os países que não emitem moeda reserva e têm dívidas que provocam dúvidas quanto a sua liquidez. O país emissor de moeda reserva mundial pode reduzir sua taxa básica alem da adequada para os países não emissores, que não provocará inflação (sua moeda flui para o mundo todo, não monetizando apenas sua economia). A possível desvalorização de sua moeda significa redução de sua dívida (é uma forma legal de dar o cano em parte da dívida), mas também de queda do poder aquisitivo de seu povo (é uma faca de dois gumes). Os países que acumulam reservas nesta moeda serão os perdedores.   

POLÍTICA MONETÁRIA E CONJUNTURA PASSADA, PRESENTE E FUTURA: com uma conjuntura passada e presente com inflação acima de 3%, ascendente e com preços artificialmente reprimidos, com a taxa básica real de juro ex-ante maior do que a real ex-post (e esta ainda negativa), com conjuntura futura sem risco de deflação, ao contrário, com pressões inflacionárias desestabilizantes, é absurdo o BC manter uma taxa básica real líquida (de IRF e de inflação) negativa. É a opção por desestabilizar a economia como um todo desnecessariamente.     MAG 01/2013.

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