FIZERAM
TANTO QUE CONSEGUIRAM
Pois é fizeram tanto que
desta vez conseguiram uma conjuntura sem crescimento e com inflação (muito pior
do que inflação com crescimento). Pior ainda é que privilegiaram os protegidos
do poder com financiamentos e participação societária perto de irrecuperáveis
(BNDES, Marfrig; JBS, etc., CEF escândalo do Pan-Americano). O BB foi
manchado com o mensalão (até diretor foi condenado com cadeia). Abandonaram o
tripé, perderam credibilidade, amedrontaram o mercado, deixaram de influenciar
as expectativas, isto em época de crise. Agora desavergonhadamente falam que
não abandonaram o tripé. A imprensa é testemunha escrita e televisada através
de declarações contra o câmbio flutuante. Desvalorizaram nossa moeda retirando poder
de compra (qualidade de vida e modernizações tecnológicas produtivas, investimentos)
de todos, para beneficiar lucros de minorias privilegiadas (com grande parte
dos acionistas estrangeiros) sob o falso argumento de proteger nosso parque
industrial. Protecionismo, seja ele qual for, retira a necessidade das empresas
lutarem pela sobrevivência (para que? São protegidas.), aloca recursos em
atividades onde não somos e não seremos competitivos, retirando das onde somos.
Represaram preços retornando o país para o absurdo da política de inflação reprimida.
Este é o motivo da
indignação da conceituada revista The Economist, corretamente, ter sugerido a
substituição da equipe econômica. Se o ministro da economia escolhido pelo PT
fosse o Meirelles a economia estaria muito melhor (preteriram o melhor pela
turma do pensamento mágico).
A Selic não caiu por méritos
deste governo, mas por demérito. As taxas de juros de mercado
caíram por expectativas negativas (insegurança, queda de previsibilidade), insegurança
do capital investido (executivo passa insegurança), queda da previsibilidade de
lucros. A taxa selic apenas acompanhou a queda dos juros de mercado. Uma
novidade foi a taxa ex-post de juro de mercado (negativa, quando deduzida de
IRF e da inflação) ter caído abaixo da taxa natural de juro (isto é prova de
política econômica errada ou governo ruim). A taxa ex-post real está vindo abaixo
da ex-ante real prevista.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
A
INFLAÇÃO DO DIA A DIA EM BH EM 2012 – IPEAD – UFMG
A
inflação que de fato influencia a vida da classe média:
FEIJÃO
32,52%; ARROZ 30,25%; BATATA INGLESA 71,48%; PÃO FRANCÊS 14,71%; REFRIGERANTE EM
SUPERMERCADO 9,23%; EMPREGADA DOMÉSTICA 14,13%; ÔNIBUS URBANO 7,64%; CONDOMÍNIO
8,06%.
MAG
01/2013
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