domingo, 7 de outubro de 2018

COMO VI AS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS BRASILEIRAS (1955 a 2018).



COMO VI AS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS BRASILEIRAS (1955 a 2018).

1955: JK (governador de MG) PSD (o partido que dominava o cenário político tendo como principal adversário a UDN) vence com (PSD, PTB, PR, PTN, PST, PRT) 3.077.411 dos votos; 35,68%, Juarez Távora (UDN, PDC, PL, PSB) 2.610.462 dos votos; 30,27%, Adhemar de Barros (PSP, governador de SP) 2.222.725 dos votos; 25,77% dos votos. A oposição a JK tenta anular a eleição por causa de JK não ter conseguido a metade mais um dos votos válidos (a legislação na época não exigia). O General Lott, ministro da Guerra, abafa o golpe e garante a posse do eleito.
O GOVERNO: JK, como prometido, inicia e termina a construção da nova capital, Brasília. Na época imperava o entendimento de Keynes na economia (embora ainda existissem liberais defensores da responsabilidade fiscal e monetária. No Brasil E. Gudin e Octávio G. de Bulhões, ministros de Café Filho). A política econômica keynesiana teve como efeito imediato um crescimento da economia, mas o processo inflacionário se instalou. As críticas sobre corrupções originaram o nascimento de um líder populista demagogo, Jânio Quadros (a crença popular foi mais ou menos tipo Collor, Lula e Bolsonaro. Colocaram nos políticos qualidades que eles não tinham).

1960: a UDN maior partido de oposição apoia a candidatura de Jânio Quadros, do PTN, um político populista que fazia campanha contra corrupções (o símbolo era uma vassoura, para varrer a corrupção. O homem da vassoura vem aí). O resultado do pleito foi: Jânio Quadros (PTN/UDN/PR/PL/PDC) 5.636.623 dos votos; 48,26%; Henrique Teixeira Lott (ministro da guerra de JK) pela aliança PSD/PTB/PST/PSB/PRT; 3.846.825 dos votos; 32,94%; Adhemar de Barros (PSP) 2.195.709 dos votos; 18,79%. Foi uma eleição onde a insatisfação contra o poder político estabelecido prevaleceu. Era incompetente para o exercício da função, sabia criticar, mas não liderar uma federação complexa como a brasileira. Renunciou pensando que as forças armadas e o povo exigiriam seu retorno para evitar a posse de outro populista demagogo incompetente, o vice Jango. Errou, o povo até gostou da renúncia.    

1964: o golpe (ou revolução) militar que derrubou o governo Jango. Como vi e vivi o golpe.
O golpe militar de 1964 (apoiado pela maioria da sociedade civil, políticos, empresários e povo) na verdade foi um contragolpe, contra o risco do governo do fraco e incompetente presidente João Goulart ser dominado pela esquerda comunista e sindicalista (na verdade leigopatas e burropatas). O país estava dominado por agitadores e sem comando. Até a hierarquia militar estava sendo contestada e enfrentada. Os governadores de SP e MG apoiaram abertamente o golpe. João Goulart fugiu do país e não quis enfrentar os militares com o apoio de seu cunhado Brizola (um destemperado em que ele não confiava) governador do RS. Sabia que seria derrotado e não confiava nos apoiadores.
O congresso decretou o abandono da presidência por João Goulart e como não conseguiram acordo em torno de um nome civil aceitável por PSD, UDN e militares, elegeram o General Castelo Branco para presidente, tendo o mesmo se comprometido com JK que entregaria o poder aos civis no prazo constitucional. Castelo não só não cumpriu o acordado como cassou JK (líder do PSD) e Carlos Lacerda (líder da UDN). Foi um golpe dentro do golpe.
Acabaram com todos os partidos políticos e instalaram um bipartidarismo artificial (ARENA partido do governo e MDB oposição). Como a mídia era controlada o MDB quase não tinha votos. A solução foi permitir que cada partido pudesse lançar duas legendas (ARENA 1 e 2 e MDB 1 e 2) para que as eleições ocorressem (a maioria tinha medo ou não queria ser oposição a uma ditadura brutal que torturava e matava). Quem tortura é capaz de tudo, inclusive roubar.

AI 5: o ato institucional nº 5 foi a decretação da ditadura. O motivo foi a esquerda festiva motivar jovens despreparados (a leigopatia estudantil) a enfrentar o governo com atos de sabotagem (atos terroristas. Leigos sendo usados por espertalhões). Muitos morreram e foram torturados. Os atos e o fato da Câmara, corretamente, se recusar a punir um deputado (por ter feito um discurso) deram motivo para o AI 5.
A seguir um resumo dos absurdos do AI 5:
AI 5. Excluem-se de qualquer apreciação judicial todos os atos praticados de acordo com este Ato institucional........(O PODER ABSOLUTISTA DOS REIS E DITADORES).
AI 5. O Presidente da República poderá decretar o recesso do Congresso Nacional, (O CONGRESSO AMORDAÇADO).
AI 5. Art. 10 - Fica suspensa a garantia de habeas corpus (O POVO NAS MÃOS DE TORTURADORES).
AI 5. Ficam suspensas as garantias constitucionais ou legais de: vitaliciedade, inamovibilidade e estabilidade.... (A JUSTIÇA AMORDAÇADA).

SOBRE CORRUPÇÃO: existiam ações e títulos ao portador (facilitava a corrupção). Foi Collor quem acabou com isto. Não existia a PGR (Procuradoria Geral da República) na forma que existe hoje. A PF era pequena e fraca (tinha medo dos ditadores e preferiu apoiá-los). A CGU (Controladoria Geral da União) não existia. Se o Congresso era dominado o TCU (Tribunal de Contas da União também era). Nada era feito sem passar pelas mãos dos ditadores (todos os ocupantes de cargos eram indicados por eles).
Foram 21 anos de poder total: com poder total não modernizaram as leis tributárias, trabalhistas (não acabaram com a picaretagem do imposto sindical obrigatório) e não eliminaram os privilégios da previdência. Atrasaram o país em informática com uma lei absurda nacional-desenvolvimentista (as importações de tecnologias eram dificultadas, na verdade impedidas). O modelo econômico adotado foi o nacional-desenvolvimentista (heterodoxia ou keynesianismo) que deixou de herança: hiperinflação e 15 anos de paralisia do crescimento. A mesma coisa que Dilma tentou fazer e colocou o país em dois anos e meio de recessão (a maior que o país já viveu).
Governaram com corruptos e deixaram de herança política: Andreazza, Maluf, Sarney, Eliseu Resende, Lula (PT), Brizola, Collor e a turma do NE e a do Sul.
NA HORA DE ENTREGAR O PODER FIZERAM A LEI DA ANISTIA AMPLA GERAL E IRRESTRITA: governaram sem respeitar o poder da justiça (como verdadeiros reis absolutistas) e perdoaram seus crimes e os da oposição.
Foram incompetentes e a corrupção não era fiscalizada. Atrasaram o desenvolvimento do país em informática e o institucional. A única coisa que fizeram foi impedir um possível (mas não provável) golpe comunista. No governo Garrastazu Medici ocorreu o milagre econômico (efeito da política keynesiana). No governo Geisel (que negou-se a fazer uma política econômica, fiscal e monetária responsáveis, restritivas) iniciou-se o processo inflacionário que teve como efeito 15 anos de estagflação (hiperinflação com estagnação econômica).   

GOVERNO SARNEY (1985 a 1990): herança da ditadura. Tancredo Neves (oposição aceita pelos militares) eleito falece antes de assumir e Sarney, vice, assume. A corrupção generalizou e a inflação vira hiperinflação. Planos econômicos rudimentares com tabelamentos de preços são tentados e fracassados. O governo conseguiu estabilizar a democracia apesar das dificuldades. O legislativo teve poder constituinte e aprovou uma nova constituição com algumas modernizações e muitos absurdos (a mais corrigida e complementada de todas as constituições). O ponto fraco foi permitir a legislação em causa própria e o domínio do orçamento por corporações de funcionários públicos e de empresas que só sobrevivem através de privilégios do governo. Os privilégios construíram uma realidade com péssima distribuição da riqueza, má qualidade de vida e inviabilizaram o país. Diga-se que o regime militar com poder total também não fez nada para limitar os privilégios.  

COLLOR (1990 a 1992) e o IMPEACHMENT: a constituição permitiu o pluripartidarismo e o PDS (partido dos defensores do regime militar implodiu) dividiu-se com o PFL (partido da frente liberal), o MDB dividiu-se com a criação do PSDB (intelectuais de esquerda de SP que viraram liberais quando no poder), o PT foi criado para dividir a força de Brizola (o líder de segunda categoria que iria subir com a eliminação dos líderes naturais cassados pela revolução), assim como a tomada do PTB dele (teve que criar um novo partido, o PDT). Apesar dos vários anos na Europa não evoluiu em nada o pensamento e o saber (foi e voltou ignorante). Na eleição imperou a rejeição ao poder político estabelecido representado pelos partidos originários do regime militar (situação e oposição). Os eleitores de direita rejeitaram os partidos antigos e aceitaram a capa da revista VEJA elegendo o Caçador de Marajás, Collor. A esquerda ficou com Lula (criação do regime militar) contra Brizola (ficou em segundo nos votos da esquerda). Collor venceu e decepcionou (era de fato inexperiente e despreparado para o poder). Muitos nomes negaram convites para dirigir a economia (foi um erro). Lula declarou que sua sorte foi ter perdido a eleição, pois não estava preparado para governar e achava que estava (o desastre do governo Collor ensinou-o). Quando foi eleito já tinha a maturidade necessária para saber que não sabia e procurou bons nomes para a economia (o principal foi Henrique Meirelles, deputado do PSDB, que assumiu o BC). Nesta eleição Mário Covas (com fama de esquerda) e o PSDB ainda estavam contaminados pelo estigma da esquerda. A tardia declaração de Covas de que faria um Choque de Capitalismo não conseguiu ser acreditada pelo eleitorado da direita (a esquerda já estava ocupada por Brizola e Lula-PT). Demoraram a ver o óbvio, não eram e não representavam a esquerda já ocupada por Brizola e Lula. Color e sua jovem equipe fez muitas coisas boas e ruins: acabou com o anonimato em operações financeiras, liberalizou o comércio exterior, acabou com a ignorância do nacionalismo na informática, eliminou a tentativa de fazer uma bomba atômica (que iria influenciar toda a AS), iniciou as tentativas de desestatizações, mas continuou com a corrupção (diferente do MDB que era descentralizada, centralizando-a). Um dos motivos de sua queda, além da incapacidade, foi este (ganhou com um discurso, derrotando o poder político estabelecido, chamando-o de corrupto e estava fazendo pior).    

ITAMAR FRANCO, VICE DE COLLOR ASSUME (1993 / 1994): assume após o impeachment de Collor. Governa com apoio do PSDB e de vários outros partidos. Com FHC no Ministério da Fazenda (e uma estudiosa equipe de jovens economistas) implantou a URV (unidade real de valor) etapa que antecedeu o vitorioso Plano Real (estabilidade do poder de compra da moeda). Fez algumas desestatizações enfrentando ferrenha oposição.

FHC - PSDB (1995 a 2002): sendo o MF (Ministro da Fazenda) do vitorioso Plano Real, conseguiu se eleger com relativa facilidade. Assumiu com a experiência no governo Itamar Franco e com a equipe econômica que planejou o plano real. Corrigiu a falha do plano real que era o medo de deixar o câmbio flutuar, com o competente Armínio Fraga no Banco Central e seu tripé econômico: meta de inflação, câmbio flutuante e superávit primário. Tripé que foi mantido por Lula em seus governos e abandonado por Dilma Rousseff. Fez a Lei de Responsabilidade Fiscal, desestatizou várias empresas e os bancos estaduais (utilizados pelos governadores para emitir moeda, uma aberração que foi eliminada para o bem da política monetária).  Em seu segundo governo não conseguiu controlar os gastos públicos. Uma insatisfação geral era sentida com o Poder Político Estabelecido.

LULA PT (2003 a 2006 e 2007 a 2010): inteligentemente colocou no BC Henrique Meirelles conceituado executivo de alto nível de banco estrangeiro, eleito deputado federal por Goiás pelo PSDB. Colocou no MF Antônio Palocci que entendeu a necessidade de se fazer uma política fiscal com superávits primários (o governo foi um sucesso ajudado pelos bons ventos das commodities exportadas pelo país). Pegou a crise americana de 2008 que afetou o mundo todo. Em seu governo a confirmação das reservas de petróleo do pré-sal deu início ao aumento e generalização da corrupção na estatal Petrobras. Conseguiu eleger Dilma Rousseff presidente. 

DILMA ROUSSEFF (2011 a 2014 e 2015 a 12/05/2016, impeachment): abandonou a Responsabilidade Fiscal e o rigor do Tripé, superávit primário, câmbio flutuante e meta de inflação (o mercado perdeu a confiança na seriedade do governo e do BC). Instalou uma tapeação na contabilidade pública, apelidada de contabilidade criativa pelos críticos (motivo de seu impeachment). A corrupção aumentou e institucionalizou-se. Chamou seu plano de “nova matriz econômica,” na verdade outra tapeação para gastar sem responsabilidade. Ganhou a eleição mentindo na campanha (A REELEIÇÃO FOI CHAMADA DE ESTELIONATO ELEITORAL) e assim que tomou posse procurou outro economista do PSDB, conceituado no mercado (J. Levy), que tentou dar credibilidade e confiança à política do governo: chantageado inclusive pelo PT e oposição fracassou e foi demitido. A corrupção na Petrobras foi chamada de Petrolão (surpreendeu até aos mais pragmáticos pelos altos valores).  

MICHEL TEMER 2016 a 2018: iniciou apoiado pelo legislativo e compromissado em fazer as reformas necessárias ao país. As gravações feitas pelo empresário da JBS em conversas com Temer e com Aécio enfraqueceram o governo. A parte entregue a Henrique Meirelles ficou blindada como prometido. Semelhante a Lula cumpriu a promessa e respeitou as áreas econômicas entregues a HM. O BC conseguiu reverter o processo inflacionário e controlar a inflação. A recessão de 10% que já havia eliminado mais de 3 milhões de empregos com carteira assinada, foi revertida e em 2018 até junho mais de 500.000 carteiras já haviam sido assinadas. O real valorizou e reduziu a perda de poder de compra que já havia ocorrido. Foi um bom governo, mas moralmente indefensável (não conseguiu livrar-se  do passado).

ELEIÇÃO 2018: as corrupções descobertas pela operação Lava Jato, MPF e PF indignaram os eleitores de direita. O PSDB perdeu seu candidato Aécio Neves gravado pela JBS em conversas comprometedoras. Geraldo Alckmin, governador do estado de São Paulo, experiente, competente, também estava sendo investigado por corrupção, apesar de não haver provas de sua atuação direta, mas o nome de seu cunhado foi citado. Os governos de José Serra muito comprometidos. O MPF poucos dias antes da votação pediu prisões preventivas de gestores ligados aos governos do PSDB de SP, Goiás e Paraná. Isto foi um tiro no pé da candidatura Alckmin (liquidou-a). O partido terá que ser refundado. E os eleitores do PT? Assumiram as corrupções de seus líderes e continuam fiéis, mas perdeu os votos dos eleitores de centro.     

OS VOTOS DE BOLSONARO FORAM:
A) DESCONTENTAMENTO CONTRA A CORRUPÇÃO DO PODER POLÍTICO ESTABELECIDO;
B) CONTRA VIOLÊNCIA URBANA, PRO SEGURANÇA (saudades da segurança e ordem dos regimes militares);
C) CONTRA MÁ QUALIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS;
D) ANTI PT E LULISMO; 
E) PRO LAVA JATO E MORO.


TEXTO COMPLEMENTAR.

2018 - A REJEIÇÃO PELOS ELEITORES DA DIREITA COM O PODER POLÍTICO ESTABELECIDO (com a imagem contaminada por investigação por corrupção):
1) O PSDB teimou em lançar um candidato competente, experiente, mas citado e investigado pelo MPF. O momento pedia um candidato sem a contaminação com investigações (prevaleceu a versão e não os fatos);
2) A insegurança policial tendo como oposição a lembrança da segurança do tempo do regime militar (Bolsonaro sempre defendeu a segurança do regime militar). São outros tempos (a solução é muito mais complexa), mas a maioria exige mais rigor e poder aos policiais;
3) A crise econômica provocada pelo governo Dilma (a nova matriz econômica) que originou a maior recessão que o país já passou e seus efeitos (o timing entra causa e efeitos favoreceu demagogias). De uma queda nos empregos com carteira de mais de 3 milhões provocada pelas demagogias e barbeiragens da equipe econômica de DR, o governo Temer (a equipe econômica de HM) conseguiu reverter para mais de 500 mil carteiras assinadas até ago./2018;
4) A gravação feita pela JBS com Temer e Aécio acabou de expor a contaminação da corrupção ao mais alto nível político (atingiu os eleitores do PSDB, mas não atingiu os do PT que fecharam os olhos para as corrupções). O MPF e a Lava Jato pedindo prisões da elite do PSDB do Paraná, Goiás e SP, em setembro, enterrou as pretensões de Alckmin (era esperado);
5) A esquerda absorveu a corrupção de seus líderes e vota ideologicamente. A direita trocou o PSDB por Bolsonaro. Nos estados está prevalecendo a vitória do poder político estabelecido no NE. A esquerda continua com os votos do NE, dos eleitores com renda mais baixa e com os menos escolarizados (do Brasil);
6) FATO NOVO: Bolsonaro abandonou a visão econômica nacional-desenvolvimentista do regime militar e de DR, adotando o modelo liberal defendido por seu competente economista. Demonstrou ter a maleabilidade necessária para articular e negociar com o poder legislativo (são muitos anos de experiência no legislativo). Tem um discurso que agrada ao momento de insegurança policial e econômica do país (o mercado absorveu suas falas e de seu economista);
7) SEGUNDO TURNO: será a disputa entre esquerda demagoga e atrasada com a direita (qual?). Começa do zero: que vença a direita para o bem do Brasil e dos brasileiros. Os juros caem (inclusive os externos), o real valoriza (na verdade reduz a queda), os ativos valorizam (inclusive a bolsa). A inflação? Terá que ser combatida com a taxa básica adequada (Selic). As reformas? Terão que ser feitas ou teremos inflação e nossa moeda deixará de ter a função de reserva de valor (tipo Argentina). Antes de melhorar deverá piorar.





sábado, 6 de outubro de 2018

O LIBERAL E OS REGULAMENTOS.



O LIBERAL E OS REGULAMENTOS:

       1)    A PRINCIPAL FUNÇÃO DOS GOVERNOS É REGULAR E NÃO OPERAR;

       2)    SE FUNCIONA SEM REGULAMENTO NÃO REGULAMENTE;

      3)    OS REGULAMENTOS DEVEM EVITAR DIFICULTAR O AMBIENTE DE NEGÓCIOS;

     4)    TODO REGULAMENTO TEM UM TEMPO DE VALIDADE: DE TEMPOS EM TEMPOS REVISE OS REGULAMENTOS PARA ATUALIZÁ-LOS, SIMPLIFICÁ-LOS OU ELIMINÁ-LOS SE NÃO MAIS NECESSÁRIOS;

     5)    AS RELAÇÕES ENTRE PESSOAS (física ou jurídica) NÃO DEVEM SER DIFICULTADAS (devem ser facilitadas e a vontade das partes respeitadas);

     6)    OS REGULAMENTOS DEVEM EVITAR OS PODERES DISCRICIONÁRIOS DAS AUTORIDADES. AS AUTORIDADES DEVEM TER SEUS PODERES LIMITADOS PELAS LEIS;
       
7) O PODER DE REGULAR E TRIBUTAR É ESTRATÉGICO. PRODUZIR PETRÓLEO, AÇO E OUTROS INTERNAMENTE É ESTRATÉGICO. ESTATAIS NÃO SÃO ESTRATÉGICAS. OPERAR NÃO É ESTRATÉGICO NEM FUNÇÃO DO ESTADO.

MAGECONOMIA 

terça-feira, 2 de outubro de 2018

BREVE COMENTÁRIO SOBRE CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO, INVESTIMENTOS E DEPRECIAÇÕES.



BREVE COMENTÁRIO SOBRE CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO, INVESTIMENTOS E DEPRECIAÇÕES.

Este texto pretende também explicar as necessidades das reformas que permitirão os ajustes necessários nos gastos públicos para que os déficits primários da União (receita menos gastos antes de despesas financeiras) acabem (isto é necessário para impedir o aumento da dívida pública) e pelos menos parte dos juros sejam pagos.

Para este comentário vamos considerar o conceito reduzido de PIB = C + I (Produto Interno Bruto = Consumo + Investimentos). Sabemos que o Fator de Produção Capital (fatores de produção = capital, trabalho, recursos naturais e tecnológicos) sofre depreciações por uso e tecnológicas (estas de dois em dois anos no máximo). Portanto a produção para se manter tem que ter um investimento semelhante ao capital depreciado, e para aumentar, o investimento terá que ser maior e modernizado (para enfrentar a concorrência). São os investimentos que mantêm a sobrevivência frente a concorrência, a melhoria contínua, os ganhos de produtividade e permitem inovações. Se o país não conseguir investir semelhante às depreciações o PIB cai. O Brasil tem investimento negativo (menor do que as depreciações) e complementa com os externos (importação de capital). O desenvolvimento é a melhoria da qualidade de vida (ganhos tecnológicos e outros) com ou não crescimento do PIB. Os investimentos externos procuram AMBIENTES DE NEGÓCIOS que passem segurança e previsibilidade (confiança nos governos e nas instituições). Um mercado consumidor também atrai.

Se o consumo presente não permitir investimentos teremos redução do consumo no futuro. É o timing entre a causa e o efeito que os políticos populistas e demagogos aproveitam para suas falas. Se o investimento presente é superior às depreciações a demanda presente e o crescimento se mantêm, criando condições para o aumento do consumo futuro.

UM ADENDO: é necessário que se classifique os investimentos e o consumo em necessários e desnecessários, produtivos e improdutivos. O consumo pode ser improdutivo e necessário (saúde, educação, saneamento) no presente, mas produtivo no futuro. Os investimentos quase sempre exigem um tempo para seus efeitos benéficos. Pode existir também investimentos mal planejados, desnecessários e improdutivos. Portanto a qualidade dos gastos públicos é fator importante no crescimento e no desenvolvimento.  

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

POLÍTICA MONETÁRIA: TAXA BÁSICA DE JURO OU CONTROLE DA QUANTIDADE DE MOEDA? CASO ARGENTINA.



POLÍTICA MONETÁRIA: TAXA BÁSICA DE JURO OU CONTROLE DA QUANTIDADE DE MOEDA? CASO ARGENTINA.

FUNÇÕES DA MOEDA.

A política monetária  (gerenciamento da moeda)  deve ter como missão respeitar as funções da moeda (preservar o poder de compra, manter inflação controlada):
a) RESERVA DE VALOR:  permite formação de mercados de poupanças,  empréstimos e investimentos (a longo prazo), em consequência o desenvolvimento sustentado. A inflação reduz ou até elimina esta função.
b) UNIDADE DE MEDIDA: permite ao mercado precificar o valor dos bens e serviços, facilitando negócios e o desenvolvimento. A inflação reduz a eficácia desta função.   
c) MEIO DE PAGAMENTO (instrumento de troca): facilita negociações permitindo que se formem mercados e em consequência ocorra o desenvolvimento (crescimento).

POLÍTICA MONETÁRIA

 É função da política monetária assegurar o poder de compra da moeda. A utilização da taxa básica demonstrou ser a melhor ferramenta para evitar processos inflacionários e controlar a liquidez (e demanda, atividades. Adequar a velocidade de crescimento da demanda e oferta, harmonizá-las) em seu conceito amplo (todos os ativos com liquidez abaixo de 30 dias, não apenas M0 a M4). Esta política perde sua eficácia nos casos de dominância fiscal (a insegurança passada pela política fiscal reduz os efeitos da taxa básica) e nos países onde a função de reserva de valor da moeda pátria deixa de existir e perde sua credibilidade. Os negócios de ativos reais e as poupanças são feitas em sua maioria em moedas consideradas reservas (caso da Argentina).

O Banco Central pode atuar através de (nos países onde a função de reserva de valor da moeda ainda é respeitada):
 1) Administração das taxas de juros (básica x de mercado);
 2) Depósitos compulsórios;
 3) Compra ou venda de títulos públicos;
 4) Compra ou venda de moedas inclusive atuação em mercados futuros;
 5) I. O. F. = Imposto sobre Operações Financeiras.

Nos países onde a função de reserva de valor da moeda não existe mais e a política fiscal não pode ser ajustada (superávits primários adequados) a utilização da taxa básica perde a eficácia e pode ser desaconselhada.

COMENTÁRIOS:

 a) MOEDA SUPERAVALIADA (câmbio valorizado)- Contribui para o combate a inflação (artificialmente), abala a confiança na estabilidade cambial (crença de  não sustentabilidade), afasta a entrada e estimula a saída de capital estrangeiro, dificulta exportações. 
 b) MOEDA  SUB AVALIADA (câmbio desvalorizado) -  Favorece a abolição de controles, agrava a inflação, facilita a entrada de capitais, favorece as exportações. 
c) MOVIMENTO DE CAPITAIS -  O ideal, se a economia suportar, é deixar livre. Aceita-se alguns controles, o menos possível, em situações de comprovada necessidade (dificuldades com o Balanço de Pagamentos). Se dificulta-se a saída de capitais a entrada seca,
 d) REGIME DE CÂMBIO IDEAL - É a Taxa Flutuante (a que exige menos medidas artificiais e os consequentes desequilíbrios), quando suportada pela economia (Balanço de Pagamentos).

POLÍTICA FISCAL - 

Se faz através do plano orçamentário e de sua execução. Aumento ou redução de tributos. Aumento ou redução de gastos públicos (custeio ou investimentos, produtivos ou improdutivos). Estimular ou desestimular as atividades econômicas.    

REGIME DE METAS DE INFLAÇÃO:

a) A eficácia da política monetária depende em grande medida da sua CREDIBILIDADE;
b) Uma COMUNICAÇÃO  eficaz e o compromisso com a TRANSPARÊNCIA são fundamentais;
c) A coordenação das EXPECTATIVAS exige explicações racionais e consistentes por parte do BC;
d) O BC determina a taxa de juros de curtíssimo prazo (TAXA SELIC), mas a transmissão da política monetária se dá por meio das taxas de mercado em diferentes horizontes, que não são controladas pela autoridade monetária;
e) é possível ocorrer um descasamento entre a taxa selic e as taxas de mercado, se os agentes antecipam mudanças da política monetária, ou em períodos de incerteza ou ainda em períodos em que a política monetária perde CREDIBILIDADE.

POLÍTICA MONETÁRIA – EFICÁCIA (INFLAÇÃO E CRESCIMENTO). 01/2007.  

1) A experiência demonstrou que a política monetária é mais eficaz no combate à inflação (claro que a parceria com a política cambial e fiscal adequadas torna-a mais eficaz ainda) do que (sozinha) para motivar e conseguir crescimentos (aumentos consistentes das atividades econômicas). O crescimento depende de outras variáveis fundamentais que constituem também a relação das causas das atividades econômicas (Anatole Murad desenvolveu um estudo interessante sobre o assunto). A queda da taxa de juro (sozinha) não provoca, com certeza, o aumento dos investimentos, é apenas uma variável necessária. A contestação de que a política monetária pode criar um ambiente de expansão, como único fator, é unanimemente aceito. O reconhecimento das limitações da política monetária, de que ela não pode como único fator resolver os complexos problemas e interesses individuais da atividade econômica, não tira sua importância no quadro mais vasto da política macroeconômica.  
2) Uma adequada distribuição de rendas, a existência de fatores de produção (recursos naturais, capital, trabalho, tecnologia), a segurança institucional do capital investido, uma normatização (marco regulatório) adequada que passe segurança e motivação, vantagens ou desvantagens comparativas naturais e artificiais (leis adequadas, judiciário eficaz – rápido e justo - legislativo ou executivo que passem segurança), um sistema financeiro compatível que proporcione segurança para as poupanças e que alimente as necessidades de financiamentos do consumo e dos investimentos, um sistema previdenciário que estimule a formação de poupanças e que não permita privilégios, contas públicas transparentes com publicações de balancetes mensais analíticos, gastos públicos improdutivos (atividades meio) sejam o menor possível, são fatores importantes e que devem ser analisados.


1) Considerando os conceitos:
1.1) INFLAÇÃO: Aumento generalizado e contínuo dos preços dos bens e serviços (do nível geral dos preços).
1.2) INÉRCIA INFLACIONÁRIA -  A inflação presente e futura é efeito (função) da causa indexação passada. Aumentos dos preços provocados por contratos com cláusulas de correção por índices de preços, por decisões judiciais, por memória inflacionária e por aumentos de salários (consumidores consideram normais os aumentos dos preços). A correção monetária (indexação) alimenta a inflação indefinidamente (vira uma espiral inflacionária);
1.3) CONTAMINAÇÃO, PREÇOS RELATIVOS – O aumento do preço de um produto com influência sobre os custos de outras mercadorias e serviços (petróleo, insumos, produtos oligopolizados), pode CONTAMINAR o nível geral de preços (ao invés de apenas os preços relativos) se a política monetária não for eficaz (expectativas dos agentes econômicos formadores de preços).
1.4) INFLAÇÃO DE CUSTOS - Ocorre quando o nível de demanda agregada permanece o mesmo, mas os custos de produção aumentam, diminuindo a oferta agregada. Também chamada de inflação de oferta.

AS  PALAVRAS DE DELFIM NETTO A RESPEITO DE INFLAÇÃO DE CUSTOS (entrevista dada ao jornal VALOR em 30/09/2005, caderno EU):
“O Dênio (Dênio Nogueira, primeiro presidente do Bacen) trouxe do governo Castelo Branco uma política monetária extremamente dura. Cheguei lá (quando assumiu o Ministério da Fazenda no governo Costa e Silva, em 1967), e começamos a INVENTAR UMA TEORIA, de que havia INFLAÇÃO DE CUSTOS, não de demanda. O Campos e o Dr. Bulhões (Roberto Campos e Otávio Gouvêa de Bulhões, ministros do planejamento e da fazenda do governo Castelo Branco) ficavam furiosos. Então, se era inflação de custos, vamos atacar custos. Claro que eu sabia que era um jogo  de palavras, porque se não tiver inflação de demanda a outra não se sustenta. Mas é permissível uma pequena manipulação." 

Considerando o problema provocado pelo uso do conceito de inflação de custos para combater a política monetária (sempre abortar um processo no meio do caminho). ACEITAR O CONCEITO DE INFLAÇÃO DE CUSTOS É ACEITAR RECEITAS DIFERENTES PARA COMBATER UM PROCESSO INFLACIONÁRIO (heterodoxia e monetarismo). NÃO PODEMOS CONFUNDIR AUMENTO DE PREÇO DE PRODUTO OLIGOPOLIZADO (aumentar participação no PIB e nos preços relativos) COM PROCESSO INFLACIONÁRIO. Os oligopólios têm mais condições de se defender em um ambiente com processo inflacionário (garantir ou aumentar sua participação na renda nacional). 06/2006.


quinta-feira, 27 de setembro de 2018

O PENSAMENTO LIBERAL.



O PENSAMENTO LIBERAL. 27/09/2015.

No Brasil o nome liberal (e o pensamento) foi demonizado por conceitos errados ensinados nas escolas, pelo fato do PFL (partido da frente liberal) ser um grupo de ocupantes de cargos públicos (inclusive para toda a família), base de apoio de um regime autoritário (quase ditadura), o PL (partido liberal) defender ideias contrárias ao pensamento e liberais extremistas e radicais defenderem os excessos de liberdade (que na prática e no tempo a eliminam). Os excessos (ou entendimento extremo do termo): 

1) LIVRE MERCADO. Na verdade o liberalismo defende normas que defendam o mercado e a concorrência, pois não existe livre mercado nem liberalismo sem concorrência. O pensamento liberal defende os mercados e a concorrência. O livre mercado e a livre concorrência não se sustentam no tempo sem normas que os defendam. Os liberais são a favor de mercados (livres para todos que quiserem participar) e de concorrência (não existe livre mercado nem livre concorrência sem normas que os defendam);

2) ELIMINAÇÃO DE NORMAS E REGULAMENTOS. Na verdade o pensamento liberal nasceu defendendo normas que limitassem os poderes das autoridades e dos reis. O pensamento liberal é a favor de normas e regulamentos que defendam a concorrência e a liberdade. É contra o excesso de normas e de regulamentos, contra as que aumentam o poder discricionário das autoridades. O poder deve ser da lei e não da autoridade;

3) O ESTADO. Os liberais são a favor da menor presença estatal possível, mas também a favor da maior quando necessária. Os governos não devem exercer funções que as atividades privadas consigam fazer para poder fazer bem as de sua obrigação e competência. É FUNÇÃO DO ESTADO REGULAR E NÃO OPERAR;

4) REGULAR. os liberais não são contra os governos regularem. Regular é a principal função do estado (mas sem excessos e sem dificultar a iniciativa privada e sem tolher a liberdade). Se funciona sem regulamento, não regulamente;
 
5) ECONOMIA. Na economia o pensamento liberal defende a iniciativa privada, a concorrência, preços livres, impostos baixos, o direito de propriedade e a herança.

UMA DEFINIÇÃO: O Liberalismo é uma corrente de pensamento que defende a liberdade individual (os direitos individuais e civis), a livre iniciativa, o governo democrático (baseado no livre consentimento dos governados e estabelecido com base em eleições livres), a liberdade de expressão, a defesa da concorrência, instituições que obedeçam a lei igual para todos, a transparência, o direito de propriedade. O liberalismo nasceu combatendo o direito divino dos reis (e a hereditariedade), os privilégios da corte, dos militares e o sistema de religião oficial.
Não confundir o pensamento liberal com a ANARQUIA (de Bakhunin, pensador russo), nem com o LIBERTARISMO (escola austríaca?), que critica os liberais por defenderem o estado regulador (não operador). Os libertários são contra Bancos Centrais e o monopólio na emissão da moeda e criticam até Milton Friedman.
MAG 27/09/2015.

MILTON FRIEDMAN E O Fed (Banco Central americano).


Milton Friedman deu entrevista respondendo sobre o que achava da atuação do Fed hoje (na época). Respondeu que podia fechar. Ele foi um crítico rigoroso da atuação do Fed, inclusive responsabilizando-o pela crise de 29/30 (pela atuação errada). Relacionou todos os erros cometidos pelo Fed. Foi de fato um crítico severo (e correto nas críticas). Mas em seu livro “Capitalismo e Liberdade” escreveu: “Convém que usemos o governo para fornecer uma estrutura monetária estável à economia livre – isto é parte da função de propiciar uma estrutura legal estável”. Rendeu-se à realidade.
ESCREVEU CONTRA A INDEPENDÊNCIA DO BANCO CENTRAL: “É um mau sistema para os que acreditam na liberdade justamente porque dá a poucos homens um poder tão grande sem que seja exercido nenhum controle efetivo pelo corpo político – este é o argumento chave político contra um BC independente.”
COMENTO:
Hoje o BC tem que atender a uma meta de inflação (estabilidade do poder de compra da moeda), com câmbio flutuante, que funcionam como um redutor do poder discricionário. Estas limitações do poder discricionário justificam a independência do BC para evitar as pressões políticas em anos de eleição. 2002.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

CAGED 2015 A AGO/2018. EMPREGOS COM CARTEIRA (ADMITIDOS E DEMITIDOS)


EM AGO/2018 FORAM CRIADOS 110.431 EMPREGOS.
UF 2015 2016 2017 07/2018 
Brasil -1.625.551 -1.371.363 -123.429 501.807
Norte -115.603 -89.322 -11.021 17.908
 Rondônia -17.995 -13.867 119 2.159
 Acre -2.646 -2.894 -996 -527
 Amazonas -39.912 -19.934 -947 2.091
 Roraima -1.062 -688 1.797 -458
 Pará -44.576 -43.448 -11.443 10.757
 Amapá -4.941 -3.862 -925 1.118
 Tocantins -4.471 -4.629 1.374 2.768
Nordeste -276.285 -248.741 -39.596 16.765
 Maranhão -16.586 -20.634 -2.825 8.060
 Piauí -4.844 -13.516 1.873 2.640
 Ceará -35.842 -36.901 -5.306 12.833
 Rio Grande do Norte -14.955 -16.286 -1.761 793
 Paraíba -17.039 -12.952 -3.853 2.069
 Pernambuco -92.100 -52.949 -13.067 -9.983
 Alagoas -5.487 -10.649 -8.324 -17.146
 Sergipe -6.356 -15.450 -2.427 -4.847
 Bahia -83.076 -69.404 -3.906 22.346
Sudeste -906.715 -805.035 -113.397 281.436
 Minas gerais -203.546 -123.767 15.438 100.164
 Espírito Santo -46.391 -38.135 -4.547 10.542
 Rio de Janeiro -178.822 -241.581 -100.254 -8.755
 São Paulo -477.956 -401.552 -24.034 179.485
Sul -234.427 -149.767 22.151 97.481
 Paraná -77.143 -59.495 7.740 43.095
 Santa Catarina -60.139 -33.006 26.780 36.111
 Rio Grande do Sul -97.145 -57.266 -12.369 18.275
Centro-Oeste -92.521 -78.498 18.434 88.217
 Mato Grosso do Sul -14.611 -2.422 -6.561 7.815
 Mato Grosso -19.310 -20.504 12.153 30.502
 Goiás -38.646 -27.045 16.236 37.095
 Distrito Federal -19.954 -28.527 -3.394 12.805
Fonte:  MTb/SPPE/DER/CGCIPE - CAGED Lei 4.923/65

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

OS CANDIDATOS A PRESIDENTE DO BRASIL E SUAS LINHAS DE PENSAMENTO.


OS CANDIDATOS A PRESIDENTE DO BRASIL E SUAS LINHAS DE PENSAMENTO. 

PARA OS LEITORES DOS 20 PAÍSES QUE VISITAM O BLOG.

DIREITA (46% nas pesquisas):

JAIR BOLSONARO - PSL (Partido Social Liberal): pró-mercado, liberal em economia e conservador em costumes. Tem experiência legislativa, mas não tem em gestão, nem no executivo. Lidera apesar de não ter tempo na TV e ter a menor verba pública. Tem excelente economista. NÃO É O RISCO QUE A THE ECONOMIST PUBLICOU. É  apenas inexperiente em cargos de gestão executiva, mas muito experiente no legislativo e conseguiu ser o representante dos anseios de grande parte dos eleitores brasileiros. 

GERALDO ALCKIMIN - PSDB: o partido (FHC) que sempre liderou os votos da direita, mas não decolou neste pleito.

HENRIQUE MEIRELLES (MDB), ÁLVARO DIAS (PODEMOS) E JOÃO AMOEDO (NOVO).

ESQUERDA (38%):

FERNANDO HADDAD (PT, partido de Lula que apesar de se dizer de esquerda, é um amontoado de interesses): o prestígio é de Lula (mais na região NE, a mais pobre), condenado por unanimidade em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro a 12 anos e 1 mês. É réu em mais 4 processos. O STF - Supremo Tribunal Federal utilizou o termo ORCRIM - organização criminosa referindo-se à quantidade de condenados do partido por crimes de corrupção e outros. HADDAD lidera pela esquerda.

CIRO GOMES (PDT): político experiente, foi do PSDB, e a cada eleição se candidata por um partido. O discurso é populista de acordo com o eleitorado que pensa conquistar. Por ser do do Ceará, NE, é bem votado na região, mas perde para o candidato de Lula. De fato ele é de direita, mas nesta eleição busca eleitores de esquerda. Metade dos eleitores de Ciro devem migrar para a direita.

MARINA SILVA (REDE) sua origem é o PT, mas fundou um partido com programa e economistas liberais, mas a maioria de seus eleitores são de esquerda. Metade dos eleitores de Marina devem migrar para a direita. 

EXTREMA ESQUERDA DEMAGÓGICA (PC do B. PSOL) com 1%. 
09/2018