segunda-feira, 18 de agosto de 2014

REFORMAS ESTRUTURAIS NECESSÁRIAS PARA QUE O BRASIL VOLTE A CRESCER E AUMENTE SUA PRODUTIVIDADE E COMPETITIVIDADE MUNDIAL.


REFORMAS ESTRUTURAIS NECESSÁRIAS PARA QUE O BRASIL VOLTE A CRESCER E AUMENTE SUA PRODUTIVIDADE E COMPETITIVIDADE MUNDIAL.

    1)  RELAÇÃO CAPITAL X TRABALHO: rasgar a CLT, eliminar impostos sindicais (empregados e empregadores), passar a aceitar os acordos coletivos e os entre empresas e sindicatos, as rescisões de contrato de trabalho assistidas por sindicatos passam a ter validade final. Eliminar as cobranças do sistema S sobre o salário. Passaria a ser contribuição não obrigatória e sobre a receita das empresas. Imposto gerido por atividade privada é inaceitável (são mais capazes na corrupção). Se for imposto a receita deve passar para o governo que a utilizará para pagar bolsas de estudo para os alunos filhos dos trabalhadores;

     2)    SIMPLIFICAÇÃO DO SISTEMA TRIBUTÁRIO: eliminação de exigências burocráticas. As multas só poderão ser aplicadas na ocorrência de sonegação tributária. As empresas poderão iniciar suas atividades com declarações assinadas pelos sócios majoritários e diretoria. Poderão também solicitar paralização das atividades, ocasião em que todas as exigências burocráticas cessarão;

      3)    SISTEMA MONETÁRIO: a liquidez deverá ser mantida e só poderá crescer 5% ou até o PIB potencial definido pelo CMN (processo contínuo);

    4)    SISTEMA POLÍTICO: liberdade total para partidos políticos funcionarem e cláusula de obtenção mínima de 5% dos votos válidos para poder ter representação na câmara federal e no senado. O mesmo para as assembleias legislativas estaduais e as câmaras municipais;

     5)    FGTS: passar a pagar taxas de juros adequadas com o mercado (fazer um fundo com títulos públicos da união);

     6)    INSS: a contribuição acima do teto de aposentadoria feita pelas empresas passar a fazer um fundo em nome do trabalhador, principalmente o autônomo;      

7)    TETO MÁXIMO DE REMUNERAÇÃO NO SERVIÇO PÚBLICO: melhorar a redação para impedir privilégios inclusive os passados.  MAG 08/2014.



domingo, 17 de agosto de 2014

RELAÇÃO QUANTIDADE DE MOEDA X OPER. DE CRÉDITO SISTEMA FINANCEIRO X PIB X INFLAÇÃO.

RELAÇÃO QUANTIDADE DE MOEDA X OPER. DE CRÉDITO SISTEMA FINANCEIRO X PIB X INFLAÇÃO

M1, M2, M3, M4
Data M4 Oper. Créd.
Sist. Financ.
12 meses %
Variação % ano
Valor % 12
meses
i real
IGPM
PIB IPCA IGPM
2010 3040495 16,7 20,57 -0,102 7,5 5,91 11,32
2011 3550253 16,8 19,02 4,18 2,6 6,50 5,10
2012 4103151 15,6 16,2 -1,1 1 5,84 7,82
2013 4455383 8,6 14,64 0,938 2,3 5,91 5,51
ACUMULADO xxxx 71,12 91,16 3,898 13,96 26,43 33,1
06/2014 4714713 10,6 11,8 1,526 X 3,75 2,45

     Em 4 anos (2010 a 2013) o M4 (a liquidez do M4 é fácil no Brasil) cresceu 71,12%, as operações de crédito 91,16%, o juro básico real ex-post (CDI - 20% de IRF - IGPM) rendeu 3,898%, o PIB cresceu 13,96%, o IPCA 26,43% e o IGPM 33,1%. A quantidade de moeda quando cresce sem existir sobras no NUCI (nível de utilização da capacidade instalada) e muito acima do PIB potencial por vários anos o resultado só pode ser inflação e no processo a famigerada estagflação. A fixação da taxa básica abaixo da adequada fez a velocidade de crescimento da demanda superar a da oferta, trazendo problemas ao Balanço de Pagamentos (a demanda interna passa a ser atendida por importações). A moeda desvaloriza para compensar. No caso brasileiro o real que estava sendo valorizado em relação ao dólar o processo inverteu-se, o BC passou a fazer operações de swaps cambiais (semelhante a uma venda de dólares futuros) para sustentar o valor do real e ajudar no combate à inflação (um risco para os cofres públicos). Os empreendedores e investidores por queda da previsibilidade ficaram desmotivados (as expectativas ficaram negativas). Se somarmos a isto um governo que tem aversão ao lucro, reprime os preços administrados, não demonstra compromisso com a responsabilidade fiscal e monetária, o resultado só pode ser expectativas negativas. É muito artificialismo (populismo, mentiras, demagogias) para não ser percebido. Uma boa política econômica é necessária ao crescimento econômico (não o suficiente). O crescimento exige também boa qualidade na gestão dos gastos públicos, investimentos produtivos, ambiente receptivo e encorajador aos investimentos (como querer investimentos se o governo tem aversão ao lucro?).  RESUMINDO: os problemas da economia brasileira são de responsabilidade do governo. MAG 07/2014

terça-feira, 12 de agosto de 2014

ESTADO, MOEDA E LIBERDADE.


ESTADO, MOEDA E LIBERDADE.

JEAN BODIN (1576): lança as bases teóricas do estado de direito.
BERNARDO DAVANZATI (1582): escreve “Lição da Moeda” onde é esboçada a ideia, talvez inicial, da teoria quantitativa da moeda.
DAVID HUME (1752): “Of Money e Of interest” dá forma bem esboçada à ideia da teoria quantitativa da moeda. Separa os efeitos do curto e médio prazo da alteração monetária das do longo prazo (inflação). “Os preços das mercadorias evoluirão sempre proporcionalmente à quantidade de moeda.” 
1760 – 1770: tem início a revolução industrial inglesa (inovações).
ADAM SMITH (1776): publica o livro “A Riqueza das Nações”, com as ideias básicas do pensamento econômico liberal. A presença do estado deve ser definida e limitada por leis, o poder é da lei e não da pessoa (limitar o poder discricionário das autoridades). Redução dos gastos improdutivos dos governos. Liberdade dos mercados, concorrência defendida por regras do jogo pré-estabelecidas, a menor presença estatal possível.  
GUSTAV KNUT WICKSELL (1911): “Lições de Economia Política”, quase um resumo de suas obras. Introduziu a ideia de taxa de juro de equilíbrio e suas relações com a inflação. Se o juro de mercado é superior ao de equilíbrio a demanda e os preços caem. O monetarismo racional tem suas origens em seus estudos.  
IRVING FISHER (1928/1937): desenvolveu os estudos da teoria monetária moderna (tudo passa por ele).
JOHN MAYNARD KEYNES (1936): “Teoria Geral do Trabalho, do Juro e da Moeda”, pode-se dizer que a macroeconomia moderna baseou-se toda ela em seus estudos, foi o tiro inicial que motivou o aprofundamento das pesquisas e o desenvolvimento da matéria (apesar de suas conclusões terem sido influenciadas negativamente pela depressão de 29/30).       
FRIEDRICH AUGUST VON HAYEK (1944), publica o livro Caminho da Servidão” adequou com brilhantismo o pensamento liberal à sua época.
MILTON FRIEDMAN (1962), com a publicação do livro “Capitalismo e Liberdade”, em linguagem acessível a todos, faz o monetarismo renascer, contrapondo-se às conclusões de Keynes, que considerava totalmente erradas (fábrica de estagflação). É o principal autor do liberalismo e monetarismo modernos. Sua principal obra é “A História Monetária dos Estados Unidos”.
Outros autores: 
Karl R. Popper, A Sociedade Aberta e seus Inimigos
Douglass North, Entendendo o Processo de Mudança Econômica
Norberto Bobbio, Liberalismo e Democracia.

RESUMINDO: O pensamento liberal defende a liberdade das pessoas e das relações entre elas. Tem como princípio fundamental NORMAS PARA LIMITAR O PODER DISCRICIONÁRIO das autoridades e do mais forte sobre o mais fraco, para DEFENDER A CONCORRÊNCIA e os interesses dos consumidores (não existe liberalismo sem concorrência). A menor presença estatal possível, a maior quando necessária. O liberalismo pode ser definido como uma corrente de pensamento que defende a liberdade individual (os direitos individuais e civis), a livre iniciativa, o governo democrático (baseado no livre consentimento dos governados e estabelecido com base em eleições livres), a liberdade de expressão, a defesa da concorrência, instituições que obedeçam a lei igual para todos, a transparência, o lucro e o direito de propriedade e a separação de estado e religião (O ESTADO DEMOCRÁTICO DO DIREITO).



PENSAMENTO LIBERAL E LIBERDADE (democracias liberais). Escrito em 04/01/2014.

CÂMBIO E LIBERDADE. MOVIMENTO DE CAPITAIS:
Existindo mercado (demanda) e um ambiente seguro e amistoso, o afluxo de capitais e os investimentos sempre ocorrerão. MAG
A qualidade de vida é sempre melhor nas economias abertas a muitos fornecedores (concorrência). MAG
Desvalorizar a moeda pátria, reduzindo o poder de compra de toda uma sociedade, para proteger lucros e privilegiar segmentos empresariais não competitivos, é arbitrariedade que só poderia ser tomada com o consentimento dos prejudicados. MAG
Valorizar artificialmente a moeda pátria é o caminho mais curto para crise cambial. MAG
Competitividade, ganhos de produtividade, melhoria contínua, só com concorrência. MAG
Governo considerado incompetente ou inamistoso com o mercado e lucros (capitais, investimentos), passa insegurança, afugenta empreendedores e investidores, paralisa investimentos, desvaloriza a moeda pátria acima do que seria normal (empobrece a todos e piora a qualidade de vida). O inverso é verdadeiro: governo amistoso ao mercado atrai empreendedores e investimentos, a moeda pátria valoriza, o poder de compra aumenta (a qualidade de vida melhora com o desenvolvimento).

PRINCÍPIOS DO PENSAMENTO LIBERAL:
Normas (leis, regulamentos) em vez de autoridades (reduzir o poder discricionário de autoridades, de monopólios e do mais forte sobre o mais fraco). O poder é da norma e não da pessoa (autoridade).
Câmbio flutuante como solução de mercado e para evitar crises do balanço de pagamentos.
Normas que aumentam o poder discricionário das autoridades facilitam a corrupção (venda de facilidades e de privilégios), devem ser evitadas.
O liberalismo é contra privilégios como reserva de mercado.
O liberalismo é a favor da concorrência e de regras do jogo pré-estabelecidas que a regulem e defendam.
Não existe liberalismo sem concorrência.
O liberalismo defende a liberdade das pessoas fazerem acordos, inclusive a relação capital x trabalho, sem a intervenção do governo.
O liberalismo defende a liberdade sindical (e de associação), mas é contra o imposto sindical obrigatório (de empregados e de empregadores).
MAG 04/01/2014.


domingo, 3 de agosto de 2014

TAXA DE CÂMBIO: PREVISÕES (COMPLEXIDADE E DIFICULDADE).

TAXA DE CÂMBIO: PREVISÕES (COMPLEXIDADE E DIFICULDADE).
O sistema monetário mundial que está substituindo Breton Woods tem uma certeza, a taxa de câmbio flutuante (flexível, variável) veio para ficar. As autoridades monetárias (BCs) e as empresas (diretores financeiros) terão que conviver com as incertezas do mercado (monitoramento e vigilância constantes). As autoridades monetárias deverão evitar ao máximo influenciar artificialmente o mercado de câmbio. Os diretores financeiros terão que conviver com as complexidades e dificuldades de previsões, com muitas variáveis, pouca previsibilidade e certeza. A ação política (administrativa e eleitoral) tem muita importância na formação das expectativas (um presidente da república, do BC ou ministro, acreditados ou não) e na formação da taxa de câmbio.
Indicadores rudimentares, antecipados e de vulnerabilidades que devem ser monitorados:
INTERNOS:
      a)    Posição das reservas (caixa e liquidez) e sua evolução;    
       b)    Importações, Exportações e sua evolução;
     c)    Balanço de Serviços (viagens, transporte, aluguel de equipamentos, outros) e Rendas (juros, dividendos, lucros e salários);
   d)    Conta Capital e Financeira (IED = investimento externo direto, onde o investidor tem ingerência na gestão, IEI = investimento externo indireto, o investidor não tem ingerência na gestão, como ações em bolsa). Empréstimos de curto e de longo prazo;
     e)    Movimento de Câmbio (fluxo comercial e financeiro);
      f)     Dívida Externa e sua composição;
     g)    Evolução dos preços das Commodities;
     h)   Operações Cambiais do BC (swaps, swaps reversos, etc.);
     i)     Posição de Câmbio dos bancos (comprada ou vendida);
     j)      A taxa de juro (básica e de mercado) e sua relação com a externa. Imposto de igualização de juros (o nosso IOF);
     k)    Controle de movimento de capitais (segurança, liquidez e rentabilidade);
      l)     Defasagem de tempo entre causa e efeito.
EXTERNOS:
      a)    Liquidez monetária e de créditos;
       b)    Política monetária do dólar, Euro, Yen e Yuan;
      c)    Desvalorizações competitivas;
      d)    Dólares em excesso no mundo (adormecidos ou não), eurodólares, petrodólares, reservas em excesso (China, Japão, outros);       
      e)    Balanço Comercial, de Rendas, de Serviços e a conta Capital e Financeira dos USA, da China, do Japão e dos países com comércio relevante.
Os USA por emitirem a moeda mais aceita no mundo (considerada o meio de pagamento, de contabilidade e reserva de valor mundial) têm privilégios e algumas obrigações: suportam por mais tempo déficits nas contas externas (são os déficits sem lágrimas), exportam inflação (principalmente das commodities), podem pagar as menores taxas de juros do mundo, podem comprar ativos com moeda emitida e terem como contrapartida lucros, dividendos, juros, vendas casadas e aluguéis. Podem importar inteligências e financiarem avanços e inovações tecnológicas (impossível competir com eles, já que o custo é quase zero), onde são líderes incontestes.    MAG 08/2014.
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quarta-feira, 23 de julho de 2014

AUMENTOS DA SELIC X PREÇOS REPRIMIDOS ARTIFICIALMENTE X PONTOS DE ESTRANGULAMENTO DO PIB X PIB E INFLAÇÃO DESACELERANDO.

AUMENTOS DA SELIC X PREÇOS REPRIMIDOS ARTIFICIALMENTE X PONTOS DE ESTRANGULAMENTO DO PIB X PIB E INFLAÇÃO DESACELERANDO.
O PIB e a inflação estão desacelerando como efeito do aumento da taxa básica e dos preços reprimidos artificialmente (energia elétrica, gasolina, diesel, gás, querosene de aviação, óleo combustível, transporte urbano, preços relativos daí derivados e o câmbio controlado discricionariamente e sua influência sobre toda a economia). Teria a economia ultrapassado a capacidade instalada ou/e a taxa de desemprego que não acelera a inflação (NAICU em inglês, Non-accelerating inflation rate of capacity utilization; NAIRU, Non-accelerating inflation rate of unemployment)? O PIB potencial (percentual de crescimento sustentado da economia, sem provocar inflação) foi reduzido por pontos de estrangulamentos originados na falta de investimentos na infraestrutura (estradas, portos, aeroportos, energia, água, etc.)? Teriam os preços reprimidos (e a intolerância ao lucro) desmotivado e reduzido a previsibilidade essencial aos investimentos, principalmente os de longo prazo (amedrontaram os investidores)?
Esta conjuntura conflitiva é resultado da política econômica retrógrada “desenvolvimentista” (irresponsabilidade fiscal e monetária) de fácil monitoramento (deixa rolar). O equilíbrio da economia (oferta e demanda) estava sendo mantido em um nível artificialmente alto e insustentável no tempo, através de um déficit nas contas externas de US$ 80 bi. anual (STC). Esta farra estava sendo sustentada pela conta Capital e Financeira, que tem como contra partida a remessa de dividendos, lucros e juros (conta de rendas negativa em US$ 40 bi anual). A solução é baixar o nível do equilíbrio da economia para evitar nova quebra do país (reduzir a demanda insustentável, o PIB).
Como decidir a política monetária frente às variáveis:
a) redução do crescimento da quantidade de moeda, das operações de crédito do sistema financeiro, da inflação e do PIB (desaceleração); 
b) a necessidade de ajustes nos preços reprimidos (e seus encadeamentos), a pressão cambial (aviso de crise), influxos negativos no movimento de capitais e seus efeitos sobre toda a economia?
Se baixar a Selic a demanda sobe (os preços acompanham) e o déficit externo retorna com o risco de ser cada vez mais difícil financiá-lo. Continuar com o déficit nas contas externas sustentado por empréstimos e investimentos tem como contra partida aumentos das remessas de juros, dividendos e lucros. Iremos querer caminhar para ser uma Argentina em ponto maior? MAG 07/2014.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

ARGENTINA: SUA DÍVIDA E SUA MORATÓRIA. QUEM É O ABUTRE?

ARGENTINA: SUA DÍVIDA E SUA MORATÓRIA. QUEM É O ABUTRE?
É normal que empresas e pessoas por diversas razões fiquem sem condições de honrar seus compromissos. A legislação dos países prevê as condições das empresas e pessoas entrarem em acordo com seus devedores, sempre através do poder judiciário (o terceiro que julga as condições de pagamento), são as conhecidas concordatas (hoje recuperação judicial).
Já os países por razões justas ou por irresponsabilidades e demagogias de governos populistas e ignorantes (em geral os dois) também podem ficar sem condições de honrar seus compromissos. Nestes casos devem procurar uma negociação obedecendo à legislação do país a que se comprometeu a cumprir ao pedir o dinheiro emprestado. É bom esclarecer que aposentados (trabalhadores) do mundo inteiro (através de fundos) colocam suas poupanças e sobrevivência confiando nestes fundos (e os fundos colocam seu prestígio confiando nos países).  
A Argentina para conseguir vender os títulos de sua dívida comprometeu-se a obedecer à legislação americana (inclusive esta condição proporciona uma taxa de juros menor). Por demagogias, populismos, ignorâncias, corrupção e outros motivos não conseguiu honrar o pagamento de sua dívida. O correto teria sido recorrer à justiça a que se comprometeu obedecer para entrar em acordo (moratória negociada, assistida). Ao invés disto, com populismo e demagogia, impôs uma moratória, ofendendo aos credores que haviam confiado em sua honestidade e honradez, condições consideradas desonestas por parte dos credores. Muitos aceitaram as condições draconianas impostas por não terem condições de sustentar a morosidade de uma cobrança judicial (o processo corre desde 2002). Os mais indignados recorreram à justiça. Como era previsível, a justiça americana (com bastante morosidade, dando tempo para renegociação), viu-se forçada a obedecer à legislação e obrigar o devedor a honrar seus compromissos. A novidade foi a obrigação da Argentina pagar aos credores que não aceitaram as condições draconianas e recorreram à justiça, sempre que pagasse aos outros credores. O Supremo tribunal americano considerou a sentença do juiz correta e negou o recurso da Argentina. Durante todo o tempo (12 anos) a Argentina ofendeu os credores que confiaram em sua honestidade e comprou seus títulos (abutres e outras demagogias). Continua ofendendo seus credores ao invés de negociar honestamente. Na moratória Argentina existe uma cláusula que a obriga a pagar em condições de igualdade aos credores que a ela se submeteram, os acordos feitos com outros credores. A SOLUÇÃO: submeter-se a novo acordo com todos os credores em condições mais honestas. Não pagar dívidas tendo condições de pagar é desonestidade. Quem é o abutre?

MAGCONSULTORIA 07/2014.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

FALANDO DE FUTEBOL - SELEÇÕES BRASILEIRAS

SELEÇÕES BRASILEIRAS CAMPEÃS DO MUNDO
      1)      SELEÇÃO DE 1958 (3 craques e todos os outros médio superior):
Defesa: Gilmar, De Sordi (Djalma Santos), Belini, Orlando, Nilton Santos;
Meio de Campo: Zito (Dino Sani)e Didi (Moacir);
Ataque: Garrincha (Joel), Pelé (Dida), Vavá (Mazola), Zagalo (Pepe).
      2)      SELEÇÃO DE 1962 (3 craques, Pelé machucou, o time já envelhecido). Foi ajudada no apito.
Defesa: Gilmar, Djalma Santos, Mauro, Zózimo, Nilton Santos;
Meio de Campo: Zito, Didi;
Ataque: Garrincha; Vavá, Pelé (Amarildo); Zagalo (Pepe).
      3)      SELEÇÃO DE 1970: (6 craques).  Everaldo entrou em lugar de Marco Antônio por marcar melhor (apesar de ser menos habilidoso). Pelé voltava para marcar.
Defesa: Félix, Carlos Alberto, Brito, Piazza, Everaldo (Marco Antônio);
Meio de Campo: Clodoaldo, Gerson e Rivelino;
Ataque: Jairzinho, Pelé e Tostão.
      4)      SELEÇÃO DE 1994: (2 craques, 6 excelentes). Para ganhar tivemos que colocar 4 no meio de campo e barrar o craque Raí.
Defesa: Tafarel, Jorginho (Cafu), Márcio Santos (Ricardo Rocha), Aldair, Leonardo (Branco);
Meio de Campo: Dunga, Mauro Silva, Mazinho (Raí), Zinho;
Ataque: Bebeto e Romário.  
      5)      SELEÇÃO DE 2002: (3 craques, 3 excelentes).  Para ganhar colocamos 4 no meio de campo e barrar o Juninho.  
Defesa: Marcos, Cafu, Lúcio, Roque Júnior e Roberto Carlos;
Meio de Campo: Edmilson, Gilberto Silva, Kleberson (Juninho), Ronaldinho Gaúcho;
Ataque: Rivaldo e Ronaldo.
SELEÇÃO DE 1982: (3 craques, 4 excelentes). Faltou um no meio de campo? Paulo Izidoro no lugar de Serginho?.
Defesa: Waldir Peres, Leandro, Oscar, Luizinho e Júnior;
Meio de Campo: Toninho Cerezo, Falcão e Sócrates;
Ataque:  Zico, Serginho e Eder.  

SELEÇÃO DE 2014: no jogo contra a Alemanha (o único craque machucado).
Defesa: Júlio César, Maicon (Daniel Alves), David Luiz, Dante (Tiago Silva), Marcelo;
Meio de Campo: Luiz Gustavo, Fernandinho (Paulinho), Oscar;
Ataque: Hulk, Jô (Fred), Bernard.
COMENTÁRIO: time fraco joga contra o mais forte preenchendo o meio de campo e no contra ataque. O meio de campo deveria ser: David Luiz, Luiz Gustavo, Paulinho (Fernandinho), Oscar. Na defesa: Tiago e Dante. No ataque Neymar (Ramires) e Hulk.

Isto para não ser goleado e ter uma possibilidade de ganhar no contra ataque.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

PROJEÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA PARA 2015. DADOS DO COMÉRCIO EXTERIOR E INTERVENÇÕES DO BC NO CÂMBIO (11/7/14).

DADOS DO COMÉRCIO EXTERIOR E INTERVENÇÕES DO BC NO CÂMBIO.
PROJEÇÕES 2015 DE POLÍTICA ECONÔMICA.

Em julho, até o dia 11, o Fluxo Cambial Financeiro ficou negativo em -US$4,114 bilhões (saldo acumulado -US$5,427), o BC efetuou linha de recompra de US$4,7 bi., suas operações de Swaps (exposição ao dólar), em 30/05, eram de R$ 203,8 bi. (o BC publica este dado com atraso de 30 dias). Isto justifica a política econômica abaixo (terá que ser feito em 2015. 2016 já tem nova eleição).
Em 2015 teremos, provavelmente, uma conjuntura com as seguintes ações de política econômica:
     1)    Aperto fiscal (aumento de superávit primário);        
     2)    Realinhamento dos preços administrados reprimidos (essencial para o aumento da confiança, da previsibilidade e dos investimentos);
    3) Ajuste cambial (reduzir exposição do BC em Swaps). Acontecerá por bem ou por mal (e esta turma de “desenvolvimentistas” de araque, que receitava valorização artificial do dólar, agora executa o inverso, defende o real);
      4) Aumento da Selic (caso corrijam preços administrados e câmbio).


Os quadros estatísticos abaixo justificam o pensamento acima (o aperto monetário já iniciou, vide queda do crescimento  do M4 acumulado de 12 meses e das operações de crédito):

DADOS DO COMÉRCIO EXTERIOR E INTERVENÇÕES DO BC NO CÂMBIO.


TÍTULOS
2008
2009
2010
2011
2012
2013 01/14 02/14 03/14 04/14 05/14 06/14 11/7/14 2014
1) BAL. COMERCIAL
24746
25347
20267
29796
19431
2561 -4057 -2125 112 506 712 2365 -2490
1 A) BAL. SERV. E RENDAS
-57234
-52945
-70630
-85225
-76523
-87325 -7704 -5434 -6470 -8876 -7417 -35799
2) TRANS. CORRENTES
-28300
-24334
-47518
-52612
-54246
-81374 -11591 -7445 -6246 -8291 -6635 -40074
3) CONTA CAPITAL E FINANC.
32986
70551
100102
111868
72762
73778 14070 7627 7654 9945 7414 45773
4) DIV. EXTERNA bi.
267
282
350
402
442
485 489 493,7 503,67 518,6 518,15 518,15
5) RESERVAS caixa mi.
198793
238520
288575
352073
373147
358808 360936 362691 363914 366717 368752 373516 378261 378261
5.1) RESERVAS LIQUIDEZ 206806 239054 288575 352012 378613 375794 375462 377217 377217 378418 379153 380517 380511 380511
6) FLUXO CAMB. Total
-983
28732
24354
65279
16753
-12261 1610 -1856 2304 2783 -813 118 -5427 -1280
6.1) Fluxo Comercial
47900
9924
-1650
43950
8373
11136 1591 -2129 -521 3798 1922 -1772 -1312 1578
6.2) Fluxo Financeiro
-48883
18808
26004
21329
8380
-23396 19 272 2825 -1015 -2735 1890 -4114 -5427
7) INTERVENÇÕES BC
-5438
36527
41952
50107
5686
-11520 2460 0 1250 1575 2035 3400 4751 14736
7.1) Pronto
7585
24038
41417
47908
11152
0 X X x x X x x X
7.2) Termo
0
0
0
2199
0
0 X X x x X x x X
7.3) Linha c/ Recompra
-8338
8338
0
0
-5466
-11520 2460 X 1250 1575 1300 3400 4751 14736
7.4) Empréstimo
-4685
4151
535
0
0
0 X X x x X x x 0
8) OUTROS BC
18887
8211
8103
13331
8445
-2819 -295 1755 -27 1228 735 1364 -5 4718
9) EXPOSIÇÃO BC R$ x US$ swaps
27749
0
0
-3016
4204
175422 192110 194223 197618 198701 203800 203800
9 .1) Resultado (caixa) 4801 3199 x 706 1098 -1315 -3920 8336 6206 3964 2202 16788
10) POS. CÂMB Bancos
C10130
C3391
V16784
V1583
V6069
V18124 V16593 V18597 V16254 V13578 V14342 V13746 V13746
11) VAR. CAMB. US$
31,93
-25,49
-4,307
12,579
8,94
14,636 3,57 -3,83 -3017 -1,19 0,13 -1,63 -5,98
OBS: a) Fluxo Cambial (linha 6) positivo = entrada de dólar no mercado; b) Intervenções do BC positivas (linha 7) = semelhante a compra de moeda pelo BC. Negativas, vendas. OUTROS (8) = variações de posições (títulos, moedas, etc.).


  COMENTÁRIOS:

 a) a variação cambial é do dólar;

 b) a tabela não registra os movimentos de câmbio de derivativos dos bancos com o mercado privado e entre estes. A tabela é anual e não demonstra o movimento mensal;

 c) as ocorrências do mercado internacional não estão consideradas (por ex.: as operações de QE do Fed – BC dos USA, etc.);
 CÂMBIO É MUITO MAIS COMPLEXO DO QUE ESTA TABELA (mas a tabela é um registro da atuação de grande parte do mercado).
 
OUTROS COMENTÁRIOS:
  1) PREÇOS DE PRODUTOS EXPORTADOS:
     a) Quedas pioram a relação de trocas (redução de renda real, pode provocar depreciação cambial);
     b) Aumentos melhoram a relação de trocas (aumento da renda real, pode provocar apreciação cambial).
 
  2) EXPECTATIVA DE VALORIZAÇÃO CAMBIAL (do real): pode aumentar a oferta de venda de dólares futuros desvalorizando-os mais ainda e por extensão o à vista. O BC pode dificultar e limitar as operações domésticas futuras (mas não alcança operações no exterior). Pode dificultar a entrada de capitais de curto prazo (limites, IOF, etc.) e comprar o excesso de liquidez (de dólares) à vista e futuros (swaps);
 
 3) EXPECTATIVAS DE DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL (do real) pode aumentar a demanda por dólar   futuro podendo valorizá-lo mais ainda e por extensão o à vista. O  BC tem a obrigação PRUDENCIAL  de normatizar e monitorar as operações futuras e de derivativos dos bancos evitando riscos superiores à capacidade dos mesmos (suportar e honrar perdas). Pode oferecer dólares futuros (swaps) e vender à vista para atender a demanda (pagamentos comerciais e de dívidas). 

 4) AS OPERAÇÕES COM  MOEDAS TÊM POR LIMITE A EXISTÊNCIA DAS MESMAS, AS OPERAÇÕES FUTURAS E DERIVATIVOS DEVEM TER SEUS LIMITES FIXADOS PELO BC, POIS SÃO VIRTUAIS E NÃO TÊM LIMITE (evitar jogatinas irresponsáveis e insolvências).  MAG 03/2013.

OPERAÇÕES DE CRÉDITO DO SISTEMA FINANCEIRO (BRASIL).


ANO
GOV.
INDUST.
HABIT.
RURAL
COMERC.
P. FÍS.
OUTROS
TOTAL
VAR. %
i real
PIB
IPCA
IGPM
12
meses
Ano
12/2007
18,8
213,8
45,8
89,2
97,6
314,3
156,3
935,97
X
X
0,174
5,4
4,46
7,75
12/2008
27,2
296,4
63,3
106,4
124,8
389,5
219,6
1227,5
31,14
31,14
9,624
5,1
5,9
9,81
12/2009
58,974
304,745
91,862
112,266
136,306
462,506
247,687
1414,34
15,22
15,22
- 3,52
-0,6
4,31
-1,72
12/2010
67,805
361,051
138,784
123,902
172,559
548,777
292,403
1705,28
20,57
20,57
-3,52
7,5
5,91
11,32
12/2011
81,671
417,385
200,506
141,134
208,415
633,758
347,483
2033,9
19,02
19,02
4,18
2,6
6,50
5,10
12/2012
118,833
461,997
277,047
171,301
227,212
698,505
404,739
2368,68
16,2
16,2
-1,1
1
5,84
7,82
12/2013
150,273
516506
395,224
218,162
242,271
767,512
425,200
2715,15
14,6
14,6
0,938
2,3
5,91
5,51
05/2014
167772
521893
440101
236034
237141
779178
421772
2803891
3,25
3,3
0,076

3,33
3,22


M1, M2, M3, M4
Data
M1
Meio
de pag.
M2
M3
M4
Oper. Créd.
Sist. Financ.
12 meses %
Variação % ano
Valor
12
meses
i real
IGPM
PIB
IPCA
IGPM
2010
281876
1362389
2549739
3040495
16,7
20,57
-0,102
7,5
5,91
11,32
01/2011
257449
1348659
2554397
3044764
17,3
x
x
x
x
x
2011
285377
1617480
3030280
3550253
16,8
19,02
4,18
2,6
6,50
5,10
01/2012
259833
1591803
3085569
3599589
18,2
x
X
X
X
X
2012
324483
1763932
3518246
4103151
15,6
16,2
-1,1
1
5,84
7,82
01/2013
286780
1720981
3548965
4128406
14,7
X
0,132

0,89
0,34
12/2013
344843
1953197
3820243
4455383
8,6
14,64
0,938
2,3
5,91
5,51
01/2014
312969
1929693
3815899
4434913
7,4
14,8
X
X
0,55
0,48
05/2014
303211
1979397
3945538
4569701
7,6
3,25
0,076
X
3,33
3,22

 MOEDA SEGUNDO SUA LIQUIDEZ: M0 = Base Monetária = Moeda corrente + Reservas; M1 = Meio de Pagamento = Oferta Monetária = Moeda corrente + Dep. a vista; M2 = M1 + Dep. Investimentos + Poupança;
M3 = M2 + Fundos Invest. + Oper. Compromissadas; M4 = M3 + Títulos Federais Selic.