COPOM 18 e 19/10/2011 – SELIC E CURVA DE JUROS
Sempre que se estuda fixar uma taxa básica (Selic) devemos olhar:
a) a inclinação da curva de juros na parte curta e na longa (muito ou pouco ascendente ou descendente);
b) se o ponto mais negociado está acima ou abaixo de 1 ano;
c) se o maior volume negociado está acima ou abaixo de 1 ano;
d) a tendência dos juros e da curva no tempo (os juros estão com tendência de alta ou de baixa);
e) se a taxa básica ex-post líquida de IRF está positiva ou negativa. No momento atual (30/09/2011) os juros estão andando de lado, após um período de queda. O ponto mais negociado com vencimento em jan./2013, 10,46% (abaixo da Selic 12%). O volume mais negociado acima de 1 ano, mas pouca diferença, as taxas curtas maiores do que as longas.
Destes dados podemos ler que:
a) o mercado financeiro (agentes que colocam dinheiro em jogo) está prevendo queda das atividades e da inflação (as taxas longas caíram e estão menores do que as curtas), conjuntura prospectiva em queda;
b) a taxa neutra (ponto mais negociado da curva) está menor do que a Selic (10,46% para 12%), significando que a política monetária ainda está contracionista;
c) o maior volume negociado está acima de 1 ano, mas muito pouco, significando que os agentes ainda estão pouco seguros e com previsibilidade de longo prazo baixa. Se o mercado (os que colocam dinheiro em jogo) está prevendo queda das atividades, não há o que justifica uma Selic (12%) maior do que o ponto mais negociado da curva de juros (10,46%). Considerando o cenário ainda confuso e nebuloso uma queda de apenas 0,5% é o mais aconselhável.
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