sexta-feira, 16 de setembro de 2011

LIBERALISMO (NEOLIBERALISMO), A VERDADE


LIBERALISMO (NEOLIBERALISMO), A VERDADE.

O liberalismo nasceu combatendo o absolutismo monárquico, o direito divino dos reis (a hereditariedade dos governantes), os privilégios da corte, dos militares e o sistema de religião oficial. Os liberais acreditam que substituir a ordem natural, espontânea e complexa dos mercados (infinitos interesses pessoais) pelas limitações do planejamento centralizado, dirigido por burocratas de governos (totalitários e autocráticos, onde a corrupção é facilitada), é o caminho do empobrecimento. O pensamento liberal tem como princípio fundamental NORMAS PARA LIMITAR O PODER DISCRICIONÁRIO de autoridades e do mais forte sobre o mais fraco, para DEFENDER A CONCORRÊNCIA e os interesses dos consumidores (não existe liberalismo sem concorrência). Resumindo: a menor presença estatal possível, a maior quando necessária. O liberalismo pode ser definido como uma corrente de pensamento que defende a liberdade individual (os direitos individuais e civis), a livre iniciativa, o governo democrático (baseado no livre consentimento dos governados e estabelecido com base em eleições livres), a liberdade de expressão, a defesa da concorrência, instituições que obedeçam a lei igual para todos, a transparência, o lucro e o direito de propriedade. Ao contrário do que escrevem, Milton Friedman (o pai do liberalismo moderno) defendia a normatização, sabedor que a falta de regras do jogo é o retorno à barbárie. Inclusive em seu livro “Capitalismo e Liberdade” escreve um capítulo cujo título é: “O governo como legislador e árbitro”, e outro “Normas em vez de autoridades”. É populismo, demagogia ou ignorância escreverem que o liberalismo (ou neoliberalismo) prega a eliminação da regulação (alguns chegam a escrever a total eliminação da regulação). O que o liberalismo prega é a redução do poder discricionário dos governantes, é a obediência de todos às regras pré-estabelecidas (enfim regras do jogo estabelecidas e que defendam a concorrência). A economia liberal concorda com as frases: se for ruim para os consumidores não é bom para a economia como um todo; o câmbio de equilíbrio é aquele que for bom para a maioria, nunca será bom para todos.

AUTORES LIBERAIS (alguns): 

Adam Smith, A Riqueza das Nações (1776); 
Friedrich August Von Hayek, Caminho da Servidão (1944); 
Milton Friedman, Capitalismo e Liberdade (1962); 
Karl R. Popper, A Sociedade Aberta e seus Inimigos
Douglass North, Entendendo o Processo de Mudança Econômica
Norberto Bobbio, Liberalismo e Democracia
José Guilherme Merquior , A Natureza do Processo
Roberto Campos. Lanterna na Popa.


Marco Aurélio Garcia, BH, Economista. 2011.

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