segunda-feira, 26 de setembro de 2011

DERIVATIVOS FINANCEIROS: CAMBIAIS, DE JUROS, DE ÍNDICES, DE CRÉDITO.

DERIVATIVOS FINANCEIROS: CAMBIAIS, DE JUROS, DE ÍNDICES, DE CRÉDITO.   
Derivativos Financeiros: operações para empresas que buscam proteção (de câmbio, juros, índices, entre outros). Quatro modalidades de contratos existem: “termo”, “futuro”, “opções” e “swaps”. Os derivativos podem ser negociados em bolsas organizadas, com registro das operações, ou no mercado de balcão (geralmente instituições, sem divulgação de preços e não seguem regras específicas).
É uma operação com duas partes, uma ganha outra perde. Uma empresa que tem créditos de exportações em dólares faz derivativos para fazer face às suas despesas em reais, se perder não prejudica sua operação (não leva risco à economia). O risco acontece quando empresas ou bancos aventuram-se em operações superiores às suas necessidades e capacidade de suportar perdas (é o jogo).  Resumindo: um derivativo não passa de uma aposta em um evento futuro.
Os derivativos de créditos quando feitos em pacotes sem responsabilidades das instituições originárias que concederam os créditos e sem análises do crédito destas, se em grande volume, podem ser considerados riscos de crise (é semelhante ao comerciante que vendeu a prazo, não recebeu e falou, mas vendi caro.).
Os CDS (credit default swap = swap de risco de crédito) foram utilizados pelos bancos americanos para pulverizar riscos (na verdade estavam pulverizando perdas, vendendo micos para desavisados ou gananciosos).  Os grandes bancos fizeram isto, no passado, com os títulos argentinos (repassando-os para os aposentados italianos). Quase todos sabiam que a Argentina estava insolvente, mesmo assim era considerada um risco menor do que o Brasil. E a Grécia hoje? Insolvente (sabido por todos). A solução é uma perda transparente (perdão de parte da dívida) ou alongamento sustentado pelo BCE.  A Espanha não é insolvente, basta ter um suporte. A Itália apesar de financeiramente insolvente tem economia para suportar um aperto de vários anos e sair da crise.
Os BCs devem fazer operações de derivativos? Se é responsabilidade deles normatizar, fiscalizar e arbitrar, como ser isento para participar da jogatina? Normalmente os BCs operam fazendo o mercado ficar artificial (aí vira uma bola de neve). Não podem parar, pois têm que salvar os perdedores, ou tentar fazer o mercado voltar à normalidade.
A obrigação dos BCs é estabelecer limites de operações e de riscos para os bancos (boas normas prudenciais).  MAG 09/2011.


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